Rainha dos Corações escrita por Angie


Capítulo 27
Uma Mansão Isolada | Monika


Notas iniciais do capítulo

Quem é vivo sempre aparece kkkkk
Depois de três semanas aqui estou! Uhuuuul. Na primeira quinta não consegui, na segunda quinta já tinha começado a escrever, mas não terminei e na última quinta a mesma coisa aconteceu. Mas estou aqui para abrilhantar (ou não) seu domingo!!!
Acontece que as coisas estão bem complicadas. Como mudei de colégio (não sei se comentei isso com vocês), meus horários mudaram completamente. E teve uma semana que inventaram de fazer aula de Física de tarde no meu ÚNICO dia livre (que agora é segunda-feira). Afff.... Ainda estou organizando (já estamos em abril, sou lerda msm) tudo para ver se o dia de atualização vai continuar sendo Quinta... Mas, por enquanto, ainda é :D
E eu preciso pedir um favor: vocês poderiam preencher este "questionário"? >> http://goo.gl/forms/A6UBR5mKCs



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Monika, com seu vestido colorido e seus cabelos castanhos presos com flores, era envolvida por uma atmosfera opaca. Paredes cinza, bancos pretos, janelas esfumaçadas e rostos sem expressão. Ela já estava até desconfortável. E, para piorar, as poltronas luxuosas ficavam enrugadas a cada mísero movimento, produzindo um barulho irritante. Com isso também o cheiro tão característico de couro tomava o ambiente, misturando-se, de maneira estranha, ao aroma forte do perfume das Selecionadas.

O lado de fora, porém, era o mais natural possível. Alguns minutos antes, o cenário urbano de Copenhague tomava conta mas, felizmente, ele fora trocado pelas belas paisagens de campo. Um gramado se estendia até onde os olhos não poderiam alcançar, até além do horizonte, dando a impressão que um tapete verde cobria o local. As poucas árvores cresciam isoladas na imensidão. Suas em vários tons de laranja deslocavam-se na vegetação E assim, o cenário seguia, só sendo interrompido pela estrada de pedras estreita, por onde as três limusines passavam. Uma imagem pacífica, sem construções, sem população, com a interferência humana quase nula.

Até uma mansão ser avistada.

Ela era quase imperceptível na vegetação, com as paredes brancas envolvidas pelos grossos galhos de trepadeira como um cobertor. Até mesmo o telhado, que não deveria estar a menos que dez metros do chão, desaparecia entre as folhas redondas. Tudo tão abandonado.

As janelas, porém, destoavam, deixando,mesmo de longe, aparecer o interior rústico.Cortinas limpas podiam ser vistas balançando para fora dos vidros abertos. Alguém estava ali. Mas quem se atreveria a morar em um lugar desses?

Monika só conseguia pensar no pior.

— É para ali que nós vamos? — perguntou Ulrika, que estava sentada do lado oposto, praticamente tirando as palavras da boca de Moni. — É um local tão... Peculiar.

A morena olhou mais uma vez pela janela, observando a estranha casa. E a preocupação era que ela ficava cada vez mais próxima. Logo as rodas da limusine já se encostavam à estrada de chão, saindo do curso que poderia as levar a um luxuoso hotel ou a um palácio da Família Real. Com certeza, naquele dia elas não teriam o conforto de sempre.

— O Príncipe tem um grande talento. — afirmou Wanessa, ao lado de Monika, passando a mão pelos longos cabelos ruivos. — Ele sempre arranja programas estranhos para nós.

As sete meninas ali deram risadas discretas, que não se propagaram muito. Todas observavam atentas o lado de fora. Os olhos acompanhavam a paisagem sem piscar. Os rostos tinham expressões tensas, cada uma de seu jeito. Um clima estranho para um lugar estranho.

Não muito tempo depois, quando o silêncio ainda predominava, um homem musculoso se inclinou sobre a porta. O vento frio do lado de fora fez com que os pelos dos braços descobertos das garotas se arrepiassem. Logo, ao tocarem no chão úmido, descobriram que não era apenas o vento que era frio. Nem sempre usar vestido era bom. Mas elas nem se importaram, pois algo mais desconcertante estava logo em sua frente.

— Meninas, por favor, se aproximem. — pediu Serena, que se encontrava perto da entrada da mansão. — Rápido!

As vinte e uma garotas se aproximaram, em passos apressados, até onde a duquesa estava. Ao lado dela, via-se a figura alta, porém magra, do Príncipe. Sua expressão demonstrava uma mistura infeliz de pânico e de calmaria. Já era um grande progresso, tendo em vista as gafes por nervosismo dele cometidas anteriormente. A tranquilidade, porém, não vinha de uma melhora na timidez, mas sim por uma mulher que o abraçava pelos ombros. Monika e as outras Selecionadas não a conheciam, mas já tinham certeza que ela tinha influência sobre a vida de seu pretendente, mesmo não sabendo como.

Alguns segundos depois, a porta já reunia mais de trinta pessoas, contando também a criadagem, com o achegamento das garotas. Os saltos delas espirraram lama por suas pernas, fazendo com que algumas ficassem cobertas por uma espessa camada marrom. Era uma cena engraçada de se ver: pessoas que foram tratadas como realeza por duas semanas voltando à vida suja que tinham antes. Uma porção de serventes ria da situação, Monika pôde perceber.

— Não se preocupem, vocês poderão se limpar em breve. — anunciou a siberiana, praticamente lendo os pensamentos de todas. — Mas primeiro precisamos fazer breves apresentações e explicações. Alexander, por favor.

O Príncipe deu um passo a frente, suspirando. Seu olhar profundo passava pela fileira de garotas, encarando cada uma delas com ternura. O sorriso que Monika julgava não existir em seu rosto surgiu, revelando as salientes dobras das bochechas. Parecia que toda a inquietação se fora, deixando apenas a luz da euforia tomar conta.

— Bom, primeiramente, vocês precisam conhecer a proprietária dessa mansão. — disse orapaz, levantando o braço em direção à senhora que estava ao seu lado, a que tinha os braços envolta dele antes. — Rainha-mãe Amalia da Dinamarca, sobrinha do último Grão-Duque da Romênia independente e, o mais importante, minha avó.

Todas fitaram a mulher. O corpo esbelto era realçado pelo vestido cor de vinho, que batia na metade de suas canelas. Para completar, um colar com pingente redondo com um enorme desenho da Virgem Maria. O dourado da corrente se misturava aos cabelos castanho-claros levemente avermelhados com mechas grisalhas caiam sobre os ombros como cascatas. Seu rosto levemente bronzeado se assemelhava ao das Princesas Isabella e Saphira, com nariz pequeno e arrebitado e olhos azuis como o céu. Não havia dúvidas de que essa mulher formosa era a tão famosa Rainha viúva.

— Silêncio! — gritou Serena, a fim de cessar os cochichos das Selecionadas. — Vocês logo vão poder fofocar!

— Continuando. — falou Alexander, dirigindo um olhar repreensivo à Duquesa, mas logo depois virando a cabeça para o pequeno público. — Ela vai gentilmente ceder sua casa para que nós possamos ter uma tarde agradável em meio à natureza. Afinal, acredito que todas vocês estejam cansadas do ar quente e urbano de Copenhague.

As garota confirmaram em murmúrios.

— Avó, você gostaria de proferir algumas palavras a minhas pretendentes? — perguntou o Príncipe, sorrindo.

A mulher assentiu apenas com os olhos, que brilhavam ao receberem a luz do sol. Mesmo sem nenhum toque, sem nenhuma palavra, as meninas sentiam a doçura de uma mãe nela. Seu sorriso irradiava conforto. Não era de se estranhar que ela parecia acalmar o neto anteriormente.

— Minhas caras meninas, é um prazer finalmente conhecê-las. Desde a sua chegada, não ouço outra coisa além de como vocês são belas. — ela afirmou, juntando as mãos embaixo do queixo. — Vocês, porém, não estão aqui por um mero capricho meu. Pois eventualmente eu visitaria Amalienborg para vê-las. E vocês também não vieram até esse lugar excêntrico por acaso ou porque Serena não conseguiu nenhum outro espaço no campo para o evento. Vocês estão aqui seguindo as lembranças de Alexander. Foi aqui que ele passou a maior parte da primeira infância, correndo pelo gramado, subindo nas árvores e descendo pelas trepadeiras. Memórias gostosas de quando ele nem sonhava que conheceria as senhoritas. E vocês, como possíveis futuras esposas dele, precisam conhecer o passado, as recordações, para que entendam seu presente e futuro junto a ele.

As palmas começaram instantaneamente. Algumas Selecionadas tinham lágrimas em seus rostos. Monika preferiria esquecer o que pensara antes sobre o local. A Rainha-mãe colocara um significado tão poético na escolha de local que deixara o antes considerado feio e estranho em bonito, acolhedor. Nunca imaginara que poderia mudar de opinião com apenas algumas palavras.

— Bem-vindas à Mansão Erik X! — completou Amalia, abrindo os braços, como se fosse dar um abraço em todas as presentes.


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Notas finais do capítulo

TERMINADO O QUE EU FALEI NAS NOTAS INICIAIS: O questionário é para um trabalho escolar e eu preciso de muitas respostas para obter esses dados em estatística. Agradeço muito quem responder!! (as respostas que recebo são totalmente anônimas, então não se preocupem kkk)
E aí, gostaram???
Eu sei que todas vocês queriam ver/ler o que vai acontecer nesse piquenique, mas infelizmente há tretas que me impedem de fazer isso agora. Então vocês terão que esperar mais duas semaninhas (dois capítulos) para descobrir buahahahahahahah
Enfim, espero vocês nos comentários!
Qualquer erro me avisem!

xoxo