O Começo de Um Novo Fim - Dramione escrita por Valkyrie Narissa


Capítulo 12
Capítulo 10


Notas iniciais do capítulo

Olá pessoal. =)

Eu sei que eu demorei muito para voltar, mas eu tenho motivos. Bem, eu disse que ficaria fora por apenas 48 dias, mas acontece que as provas finais do Ensino Médio foram perto do meu aniversário (dia 14/12 quero parabéns!), e eu fiz vestibular entre meus niver e o natal e ia viajar então tinha organizar minhas coisas. Só voltei dia 02/01 e saiu o resultado do vestibular e eu passei (uhuuuullll) e agora estou que nem uma louca correndo atrás dos documentos para a matrícula.

Sem mais delongas....

Estou de volta e agradeço a todos que mandaram comentários enquanto estive fora. Já respondi a todos com muito carinho. Estava com muitas saudades de todos vocês e principalmente de escrever a fic.

Esse capítulo vai especialmente para as pessoas chatas que eu conheço que não me deixaram em paz um minuto pedindo pela fic. São elas: Pietra, Melissa, Victoria e Beatriz. Amo vocês, meninas.

E por último, mas não menos importante. EU PASSEI NA FEDERAL DE BRASÍLIA.. PALMAS PARA MIM..



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~Pov Hermione

Quando Gina lançou o feitiço silenciador no quarto dos meus filhos - ainda não me acostumei com isso - eu não sabia se ficava com raiva ou com medo. Na verdade eu soube no momento em que o bar se encheu de bebidas alcoólicas, que piorou quando ela disse que jogaríamos "Verdade ou Desafio". Eu estava com muito medo do que poderia acontecer nessa "festinha". Apesar se nunca ter participado de um jogo assim, eu sabia que coisa boa não sairia dali.

– Verdade ou Desafio? Nunca ouvi falar sobre esse jogo. - Luna disse claramente confusa. Por se tratar de um jogo trouxa, apenas Harry, Gina, Ron e eu sabíamos como funcionava.

– Não se preocupe, iremos explicar. - com um maneio da varinha, Gina conjurou uma garrafa de hidromel vazia e duas caixas de madeira, uma branca e outra preta.

Sentamos em um círculo no chão da sala de estar. A ordem era Draco, Pansy, Ron, Luna, Harry, Gina, Blás e eu ao lado do loiro.

– O jogo consiste em dizer somente a verdade quando perguntarem algo e cumprir os desafios propostos. - Harry explicou para todos, que estavam animados para jogar.

– A garrafa será girada no meio do círculo e para quem a garrafa apontar deverá escolher entre a verdade ou o desafio. - Gina estampava um sorriso diabólico ao concluir a frase. - O gargalo responde e o fundo pergunta.

– Podemos perguntar e propor qualquer coisa? - Blásio perguntou com um sorriso travesso nos lábios finos.

– Sim, cada um de nos colocará três perguntas e três desafios escritos em pergaminhos nessas duas caixas. A branca é para as perguntas e a preta para os desafios. Tomem cuidado com o que irão escrever, pois como não é necessário assinar e será tipo um sorteio, podemos ser vítimas de nós mesmos. - Gina concluiu enquanto distribuía seis pedaços de pergaminhos e penas para cada um.

– Como iremos sabe se a pessoa não está mentindo? - Draco perguntou após todos colocarem seus pergaminhos nas devidas caixas.

– Com isso! - minha melhor amiga ruiva tirou um vidrinho com um líquido incolor de sua bolsa e o exibia com os olhos brilhando de orgulho. - Isso garantirá que nada além da verdade saia de nossas boquinhas. - completou batendo palminhas alegres.

– Ginevra. Molly. Weasley. - eu disse pausadamente mostrando toda a minha raiva. - Por favor, me diz que isso não é o que eu estou pensando que seja. "Eu vou matar essa ruiva se ela tiver roubado isso." pensei.

– Primeiro: Já disse para nunca me chamar de Ginevra. Meu nome é GI-NA. - Ao seu lado, Harry revirou os olhos impaciente. - Segundo: isso aqui é exatamente o que você está pensando, Senhorita Granger. Poção Veritasserum direto do armário pessoal do Slughorn.

– Como você conseguiu isso? Estou impressionado. - Blás disse com altivez. Eu estava tão assustada com o "roubo" de Gina que não conseguia dizer absolutamente nada, minha boca se abria e fechava sem emitir som algum. - Estou tão orgulhoso da minha futura esposa. - todos gargalharam com o tom meloso que Zabini usou menos Gina que fechou a cara na hora e esforçava para se livrar do aperto do moreno que a abraçou fortemente.

– Vou ignorar seu comentário inoportuno, Zabini. - Gina disse impaciente revirando seus lindos olhos azuis assim que o moreno a soltou. - Vamos começar. - ela deu um pequeno gole na poção e passou para o Harry, que bebeu sem hesitar. Todos beberam e me encaravam me esperando beber o que sobrou.

"Sei que vou me arrepender mais tarde, mas se ta no inferno deve abraçar o capeta." pensei. Sorvi o que restou no pequeno vidrinho e o joguei de lado.

– Acho que primeiro devemos testar a poção. - Luna disse com sua voz tranquila e sonhadora.

– Concordo. - Gina disse olhando para Draco. - Draquinho, meu amor. - ironizou. - Fala aí para gente qual é o seu maior segredo? - perguntou.

– Eu sou um animado não registrado. - respondeu como se tivesse sido hipnotizado. Pansy e Blás se entreolhavam nervosos e Draco ficou vermelho de raiva quando finalmente se deu conta da revelação.

– O QUE? - todos gritaram espantados, exceto os dois sonserinos que começaram a rir da cara raivosa e desesperada de Draco.

– Exatamente o que vocês ouviram. - disse o loiro visivelmente mais calmo. - Eu sou um animado ilegal. Voldemort me obrigou a me tornar um sob ameaças de morte. O que é irônico, pois eu quase morri diversas vezes durante o processo. - rolou os olhos indignado.

– Em que animal você se transforma? - perguntei temerosa encarando seus olhos cinza.

– Em um lobo selvagem branco. - Minha respiração ficou pesada e fora de ritmo. Cenas do meu último pesadelo invadiram minha mente. - Hermione, você está bem? - perguntou preocupado.

– Sim. Vamos começar. - desviei o assunto. Minha mente trabalhava a mil por hora. "Seria possível que meu sonho fosse uma previsão? Se isso for verdade os meninos correm perigo. Eu devo estar ficando doida só pode. Depois conversarei com Draco.". Harry girou a garrafa iniciando o jogo.

~Pov Draco

Essa ruiva não para de me surpreender. Propõe um jogo suspeito, enche bar com as bebidas mais fortes do mundo bruxo, rouba Veritasserum da sala do Slughorn e ainda vai se casar com um sonserino. Pergunto-me o que ela está fazendo na Grifinória.

Porém, estou com uma puta vontade de arrancar cada fio ruivo da cabecinha dessa garota. Em que ela estava pensando quando me perguntou aquilo? Percebi que a minha morena ficou nervosa com esse fato. Mais tarde falarei com ela.

Depois de toda a explicação que dei o testa rachada, vulgo Harry Potter, finalmente girou a garrafa dando início ao jogo. As primeiras vítimas foram Luna e Hermione. Meus pensamentos estavam cheios de sacanagem e não duvido nada que os da Pansy e os do Blás também estejam. Somos sonserinos, nossas perguntas e desafios são os mais sacanas de todos.

– Verdade ou desafio, Mione? - Luna perguntou com sua voz angelical bem animada por iniciar a brincadeira. Hermione ficou pensativa e por fim respondeu.

– Verdade. - Luna colocou a mão na caixa branca retirando um dos pergaminhos.

– Onde, como, quando e com quem foi o seu primeiro beijo? - a pergunta foi levinha, mas Hermione ficou mais vermelha que um tomate.

– Er... Er... - hesitou. Com um suspiro de derrota continuou. - Foi no quarto ano, durante o Baile de Inverno que celebrava o Torneio Tribruxo com Viktor Krum. - ela disse sorrindo de olhos fechados como se estivesse lembrando. Uma raiva descomunal tomou conta de mim. Trinquei os dentes, cerrei os punhos e contei até dez para tentar me acalmar. - Dançamos umas cinco músicas d'As Esquisitonas após a valsa de abertura e ele me levou até a orla do lago negro. Eu estava muito nervosa, e quando isso acontece começo a falar sem parar. Eu falava muito rápido de várias criaturas que habitam o lago. - riu da lembrança. - Ele me calou com um beijo. Foi calmo, lento, carinhoso. Foi perfeito. - terminou suspirando junto com as outras garotas, os meninos e eu fizemos cara de nojo. Obviamente ninguém aqui além delas gostava do búlgaro idiota. – Foi um ótimo jeito de me fazer fechar a matraca.

– Vamos continuar. - mudei o assunto assim que vi que a Lovegood iria comentar sobre o "primeiro beijo perfeito" da MINHA morena e girei a garrafa novamente.

– Verdade ou desafio. - Pansy perguntou para a Gina.

– Desafio. - respondeu com um sorriso travesso nos lábios. Essa ruiva me da medo. Pansy deu uma risada nasalada quando leu o pergaminho silenciosamente. Já sabíamos que viria merda.

– Dê um beijo quente em alguém do mesmo sexo. - as meninas arregalaram os olhos e os meninos e eu soltamos risinhos animados que contribuíram para a ruiva ficar mais vermelha que seus cabelos. Pan começou a rir da cara de Gina fazendo cara de nojo para ela.

– Eu... Eu vou... Eu... - ela gaguejava nervosa. Suspirou derrotada e deu um sorrisinho cínico para Pansy. Por um breve momento pensei que a ruiva iria beijar minha amiga, mas invés disso puxou Hermione pela nuca selando seus lábios ao dela. Minha morena ficou estática e surpresa, mas se entregou aos poucos ao beijo da ruiva.

Suas línguas travavam uma batalha em um beijo vulgar e Gina passava suas mãos pelas curvas da Mione com voracidade. Fiquei duro só de observar as duas se acariciando ao meu lado. Hermione interrompeu o beijo em busca de ar e corou envergonhada.

– O quão errado é eu ficar excitado com isso? - perguntei e todos riram. Era visível que não foi apenas eu que ficou animadinho com esse desafio.

O jogo seguiu com rodadas emocionantes regadas a Hidromel e Firewhisky. Descobrimos que a parte do corpo que a Luna mais gosta são as pernas. Pansy disse que Ronald é bem dotado. Hermione não é mais virgem, o que deixou todos nós da Sonserina surpresos, mas não falou com quem perdeu. Harry descreveu os seios da Gina. Blás disse que já realizou sua fantasia sexual mais louca que era transar com duas irmãs ao mesmo tempo. - ele não disse quem eram as duas, mas Pansy e eu sabemos que foram as irmãs Greengrass, Daphne e Astória. Confessei que quase transei com uma menina da Sonserina durante a aula de poções de tão excitado que eu estava e Rony disse que perdeu a virgindade com Lilá Brown.

Os desafios foram bem quentes, como eu previ que seriam. Pansy deu um amasso em Blásio. Gina lambeu minhas orelhas e teve que mostrar os seios por cinco segundos. Hermione beijou o Ronald por um minuto. - eu poderia estar bêbado, mas isso não me agradou em nada. - Luna fez um lap dance em Harry. - Blás e Hermione seguraram a ruiva para não bater na loira. - Eu chupei os dedos da minha morena de forma sexy e fiquei só de cueca após um strip-tease. Harry descreveu uma cena de sexo entre ele e Madame Pince, a bibliotecária. - o que gerou uma crise de riso em todos.

– Vai lá, Draquinho. – Blás falou com a língua embolada por causa da bebida. – Verdade ou desafio, minha loira?

– Verdade. – respondi após sorver todo o conteúdo do meu copo. Blás pegou o pergaminho na caixa branca. Pelo canto do olho vi Gina sussurrar um feitiço a direção do meu amigo, mas não tenho certeza do que vi. – Lê logo essa merda, Zabini.

– Para quê a pressa, Malfoy? – o fuzilei com o olhar. Ele abriu o pergaminho e leu: - O que você falou sobre a Hermione para a Parkinson?

– O que? – perguntei. Gina e Luna sorriam vitoriosas, Pansy estava mais branca que o normal, os meninos estavam confusos Hermione tinha os olhos marejados. – Fala sério, Blás. O que está escrito aí?

– Eu já disse. – revirou os olhos. – O que você falou sobre a Hermione para a Parkinson? – terminou de ler e me entregou o pergaminho para eu conferir.

– O que? Como? Eu não... – eu não estava entendendo nada. – Quem perguntou isso?

– Eu. – Gina respondeu sorrindo. – Troquei a pergunta quando o Zabini retirou o pergaminho da caixa. – eu não estava entendendo a finalidade disso. – Responde Malfoy!

– Eu não preciso ouvir isso. – disse Hermione se levantando, mas a ruiva segurou seu braço a obrigando a ficar sentada.

– Você fica Mione. – disse séria olhando os olhos marejados da minha morena. – Você tem que ouvir.

– Por que está fazendo isso comigo? – sussurrou deixando suas lágrimas rolarem livremente. Meu coração ficou apertado com a cena.

– Ok. Pansy e eu estávamos sozinhos aqui no salão...

FLASHBACK ON

– Não quero continuar falando sobre isso. Vamos mudar de assunto. – Pansy pediu enxugando suas lágrimas. - Como está seu convívio com a Granger?

– Poderia estar pior. Não aguento mais conviver com ela todos os dias e não poder fazer o que eu realmente quero. – respondi calmamente e sem emoções, típico dos Malfoy.

– E o que você realmente quer? – perguntou. Arqueou as sobrancelhas de modo debochado com sempre faz.

– Matá-la. – dei uma breve pausa. Tomei fôlego e continuei. - Eu a odeio por estar fazendo isso comigo. Eu a odeio por ter sangue sujo. Eu a odeio por ser uma grifinória. Eu a odeio por ser Hermione Granger. Eu a odeio por amá-la. – suspirei derrotado e me joguei no sofá.

– O-O-O que? – perguntou estupefata. – Você está apaixonado pela Granger? Como isso aconteceu, Draco?

– Eu não sei. – respondi derrotado. – Sempre a irritei por ser de família trouxa, mas um dia parei para pensar nela. Se eu realmente a odiasse manteria distância, mas eu sempre procurava pirraçá-la. – expliquei. Era a primeira vez que eu botava para fora o que sentia em relação a Granger, e poder falar disso com Pansy me deu certo alívio.

– Isso não quer dizer muita coisa. Você não pode estar apaixonado por ela, Draco. – me abraçou e senti suas lágrimas em meus ombros. – Você só vai sofrer com isso. Quando seu pai souber, eu não sei o que ele pode fazer.

– Você acha que eu não sei? Você acha que eu já não estou sofrendo? – perguntei ironicamente. – Eu me apaixonei por uma pessoa proibida. Ela é linda e maravilhosa. Amo seu jeito sabe-tudo de ser, seus cachos castanhos que caem em perfeitas cascatas por suas costas, seus grandes e brilhantes olhos âmbar, seu modo de proteger a todos e sua lealdade aos dois babacas grifinórios.

– Ai Meu Merlin. – Pansy colocou a cabeça entre as mãos. – E eu pensei que EU é quem estava encrencada com meus pais por namorar um “traidor de sangue” – fez aspas com os dedos. – O que seus pais vão dizer?

– Eu não quero nem pensar nisso, Pan. – deixei uma lágrima escapar, mas a limpei rapidamente. – Eu não suporto nem pensar no que pode acontecer a ela se meu pai descobrir isso. O melhor que eu posso fazer é esquecê-la e fingir que nada disso aconteceu.

– Eu estou muito feliz que alguém amoleceu esse seu coração de pedra, mas tinha que ser justo a Granger? - riu sem emoção. – Ela é uma boa pessoa, pode não parecer, mas eu a admiro. Ela lutou com braveza enquanto eu estava do lado errado.

– Vou mandar uma carta para minha mãe pedindo ajuda, esperarei sua resposta. – sorri. – Vou tomar banho para relaxar e ir jantar. Sugiro que faça o mesmo. – nos despedimos e Pansy foi embora me deixando sozinho com meus próprios demônios.

FLASHBACK OFF

O silencio predominou no ambiente, só se escutava o som das respirações descompassadas de todos. Hermione estava de cabeça baixa e eu não parava de olhá-la até que ela levantou a cabeça e enxugou suas lágrimas.

– Vamos continuar o jogo. – e girou a garrafa novamente.

~Pov Hermione

Essa declaração do Draco só serviu para me deixar mais confusa sobre meus sentimentos. Eu sentia algo por ele, algo além de ódio, mas não posso dizer que era amor. Decidi por dar continuidade ao jogo e depois eu conversaria com o Malfoy.

– Vamos continuar o jogo. – e girei a garrafa novamente.

– Verdade ou Desafio, Potter? – Draco perguntou para o moreno.

– Desafio. – respondeu após um tempo em silêncio pensando. Draco colocou a mão dentro da caixa preta retirando, assim, um dos últimos pergaminhos.

– Beije a pessoa mais bonita presente nesse instante. – leu. Gina abriu um sorriso de orelha a orelha enquanto olhava para o moreno. Porém, em um gesto rápido, Harry se virou para direita e puxou Luna pela nuca selando seus lábios em um beijo ardente e possessivo. Todos estavam boquiabertos, inclusive eu. Gina se levantou e entrou no meu quarto batendo a porta com força. – Ok. Isso foi constrangedor. – Draco sussurrou em meu ouvido.

– Harry! – Luna exclamou colocando a mão na boca. – Por que fez isso? A Gina é sua namorada. – a loira se levantou e bateu na porta do meu quarto chamando por Gina, mas a ruiva não respondeu. – É melhor você falar com ela, Harry. – Luna se isolou em um canto do salão com os olhos marejados e soluçando.

~Pov Gina

“Eu não acredito que o Harry fez isso comigo.” Beijar a Luna na frente de todos foi com certeza a gota d’água para a nossa relação. Já vínhamos discutindo e brigando há um tempo, até conversei com Hermione na Torre de Astronomia dias atrás sobre isso, e desde que os filhos da Mione e do Draco disseram que nós nos casaríamos com outras pessoas as brigas aumentaram. Não quero terminar com o Harry, eu o amo desde que me entendo por gente, mas não tem outra solução.

Luna está batendo na porta, mas não quero falar com ninguém, muito menos com ela. Não estou com raiva dela, quer dizer, estou sim, mas sei que vai passar. A dor que se instalou no meu peito é muito forte e deixou uma enorme ferida aberta que demorará a se cicatrizar por completo.

Agora é Harry que está batendo na porta implorando para que eu abra. A única coisa que consigo fazer é gritar um “Vai embora, Potter. Não quero olhar para essa sua cara rachada nunca mais.” com a voz embargada devido ao choro. Mas como eu conheço meu “namorado” sei que ele não irá desistir. Ouço um “Bombarda Maxima” abafado e a porta do quarto se explode em mil pedacinhos.

– Precisamos conversar, Gina. – Harry se senta na beirada da cama que eu estou deitada. Escondi meu rosto no travesseiro decidida a ignorá-lo. – Olha para mim, por favor. – pediu acariciando meus cabelos.

– Nunca mais, ouviu bem? Nunca mais encoste em mim. – me esquivei de seus carinhos. – Eu não quero mais isso. Você não tem ideia do que eu sofri por você todos esses anos. – ri sem emoção limpando minhas lágrimas. - Você sempre me viu como um pirralha que era apenas a irmã do seu melhor amigo.

– Gina, eu.. – não queria ouvir sua voz, por isso o interrompi.

– Cala. a sua. maldita. boca. – falei pausadamente borbulhando de raiva. – Você vai me escutar agora. – encarei suas orbes verdes esmeralda com toda a raiva que consegui reunir. – Eu tive aguentar ver você apaixonado pela Cho Chang, levar Parvati Patil ao baile de inverno e ainda por cima ter que escutar todos os tipos de comentários sobre você de suas “admiradoras.”. Quando eu finalmente estava feliz namorando o Dino você consegue estragar também. – ele me olhou inquisitivo. – Nossas constantes brigas eram por sua causa, porque você decidiu gostar de mim quando eu estava feliz com outro. – minha raiva aumentava cada vez mais ao por tudo para fora. - Abandonou-me por causa de uma maldita guerra e agora beija uma das minhas melhores amigas na frente de todos. E se eu bem conheço a Luna sei que ela está isolada em canto chorando e se sentindo culpada por eu estar aqui sendo que a culpa É TODA SUA. – terminei já gritando. – SAI DAQUI. – apontei para o restou da porta e ele obedeceu consertando o estrago feito com um feitiço não verbal.

Vinte minutos mais tarde Hermione entrou no quarto me aconchegando em seu colo como sempre fazia. Nada falou, só deixou que eu chorasse em paz. Algum tempo depois ainda continuávamos na mesma posição e eu decidi para de chorar. Limpei minhas lágrimas e olhei para os olhos castanhos da minha amiga.

– Chega. Não vou ficar chorando por ele. – sorri fraco. – Agora é bola frente. Ginevra Weasley está na pista novamente. – disse com graça fazendo a Hermione rir.

– Você quer passar a noite aqui? – perguntou séria.

– Não, não quero atrapalhar você, o Draco e as crianças. – levantei da cama. – Acho que vou ficar na Sala Precisa.

– Nada disso. Você vai ficar aqui. E não vai atrapalhar em nada porque não tem nada para ser atrapalhado. – terminou e dei um sorrisinho malicioso. – Não me olhe assim. Todos já foram embora e o Draco está limpando a bagunça. Pode se acomodar no sofá.

– Obrigada amiga. – a abracei.

~Pov Hermione

Realmente a noite foi cheia de altos e baixos. Harry foi embora vermelho de raiva após discutir com a Gina, Luna saiu ainda chorando e o resto do pessoal estava constrangido pelo o que aconteceu.

Coloquei Gina para dormir no sofá e voltei para o quarto. Draco já estava de banho tomado lendo o livro que recomendei, Guerra dos Tronos, na cama. Peguei meus pertences e fui tomar um longo e relaxante banho na banheira. Aproveitei para por meus pensamentos para trabalhar. “O que irá acontecer comigo e com o Draco após essa revelação? Draco estar apaixonado por mim é insano, é errado e eu não sei o que eu estou sentindo por ele. É claro que não o odeio mais, sinto uma atração por ele, mas estar apaixonada? Acho que ainda não.”

Voltei para o quarto já com um pijama mais confortável do que aquela camisola que mais parecia uma blusa. Draco já estava encolhido dormindo no lado direito da cama, deitei ao seu lado o mais longe que consegui sem cair da cama. Sei que já dormimos juntos, mas com todos esses pensamentos na minha cabeça eu não estava confortável para dormir com o loiro como se fossemos um “casal apaixonado”.

Acordei com um barulho de risadas vindas da sala. Vesti uma calça jeans confortável e uma blusa de manga caída da minha banda trouxa favorita, AC/CD, e calcei um all star preto. Saí do quarto e Draco estava fazendo cócegas em Hydra enquanto a mesma o ameaçava com azarações. Scorpius se contorcia de tanto rir no sofá assistindo. Os três se calaram quando me viram escorada no batente da porta do quarto.

– Não acredito que estavam se divertindo sem mim. – fiz cara de brava tentando conter o riso. – Eu quero brincar também.

– Você? Minha mãe? Hermione Granger? Quer brincar? – Hydra perguntou espantada. – Você está falando sério?

– Claro que estou. – respondi sorrindo. – Por que o espanto?

– Digamos que a Ministra da Magia não tem tempo para brincadeiras com seus filhos. – Scorpius respondeu revirando os olhos. Minha boca se abriu em um perfeito “O” assim como a de Draco.

– Eu sou a Ministra da Magia? – gritei emocionada. – Eu não acredito. Como cheguei tão alto assim no Ministério? – perguntei.

– Vamos deixar essa história para outra hora. – Draco respondeu se recompondo. – Gina já saiu e temos que tomar café rápido e ir para a sala da McGonagall. Os elfos trouxeram nosso café aqui. – apontou para a mesa redonda que se encontrava abarrotada de alimentos, desde frutas e sucos a doces e refrigerantes. Eu como uma boa mãe não deixei ninguém tocar nos doces e nas bebidas gasosas.

Saímos do salão em silêncio, pelo menos da minha parte, já que Draco não parava de falar sobre Quadribol com Scorpius e Hydra. Aparentemente ambos são fascinados por esse esporte. Chegamos à sala da diretora e a gárgula já estava aberta. Entramos após nos anunciarmos e fomos surpreendidos pela presença do professor de Defesa Contra as Artes das Trevas.

– O que ele está fazendo aqui? – Draco perguntou o fuzilando com o olhar.

– Bom dia, Sr. Malfoy. – McGonagall disse sarcástica. – Vocês não achavam que iriam ao Beco Diagonal sozinhos, não é? – levantou uma sobrancelha em deboche. - O Professor Singer irá acompanhá-los nas compras.

– Tudo bem, diretora. – tentei soar o mais confortável possível com essa situação. – Podemos ir agora?

– Claro. A lareira está aberta para vocês. – respondeu me entregando um pote com Pó de Flu. Após todos irem eu peguei um punhado de pó e gritei. – BECO DIAGONAL. – sumindo em chamas verdes.

O Beco estava vazio já que todos os alunos já estavam em aulas. A maioria das pessoas estavam na Sorveteria Florean Fortescue, na Floreios e Borrões ou no Gringotes.

Ficamos esperando o Draco do lado de fora do banco Gringotes depois de uma discussão em que eu queria pagar e ele não queria deixar. Por fim decidimos que ele pagaria os materiais e eu compraria os bichinhos das crianças. Peguei a lista de materiais do primeiro ano para decidir aonde iríamos primeiro.

Uniforme:

Três conjuntos de vestes comuns de trabalho (pretas)
2. Um chapéu pontudo simples (preto) para uso diário
3. Um par de luvas protetoras (couro de dragão ou similar)
4. Uma capa de inverno (preto com fechos prateados)
As roupas do aluno devem ter etiquetas com seu nome.

Livros:

Livro padrão de feitiços (1ª série), de Miranda Goshwak
História da Magia, de Batilda Bagshot
Teoria da magia, de Adalberto Waffling
Guia de transfiguração para iniciantes, de Emerico Switch
Mil ervas e fungos mágicos, de Fílida Spore
Bebidas e poções mágicas, de Arsênio Jigger
Animais fantásticos e seu hábitat, de Newton Scamander
As forças das trevas: Um guia de autoproteção, de Quintino Trimble.

Outros equipamentos:

1 varinha mágica
1 caldeirão (estanho, tamanho 2)
1 conjunto de frascos
1 telescópio
1 balança de latão
Os alunos podem ainda trazer uma coruja, um gato ou um sapo.

– Vamos à Madame Malkin primeiro. – disse decidida. Ficamos cerca de duas horas na loja esperando os meninos experimentarem os uniformes. Aproveitei a distração de Draco para comprar um vestido para mim. Era nosso último ano e teria o baile de formatura. Gina iria me matar por comprar antes dela, mas achei o vestido perfeito para mim. Na altura do joelho e bem modelado com um avantajado decote da frente na cor verde musgo. Definitivamente era o meu vestido perfeito. Sem que Draco visse paguei Madame Malkin e pedi para que ela enviasse a Hogwarts mais tarde.

Depois de comprar os uniformes fomos comprar os livros didáticos da Floreios e Borrões. Eu me animei e acabei comprando cinco livros para mim, entre eles um sobre a Segunda Guerra Bruxa. Após duas horas e meia, Draco e Scorpius arrastaram Hydra e eu para fora da livraria e fomos ao Olivaras comprar as varinhas.

Antes de chegar à loja do Senhor Olivaras, passamos pela vitrine do Talhejusto & Janota, uma loja de roupas sofisticadas que agora também vendem jóias maravilhosas. Encantei-me com um par de anéis para namorados pratas, o do homem era simples e da mulher tinha um pequeno diamante. Fiquei alguns minutos admirando o anel até Draco e Scorpius virem me chamar. Scorpius me puxou e Draco deu uma olhada na vitrine e entrou na loja. Dez minutos depois ele saiu carregando uma sacola.

– O que é isso, papai? – Hydra perguntou apontando para a sacola.

– Encontrei um colar que sua avó, Narcissa, vai adorar e comprei para ela. – declarou dando de ombros.

Continuamos andando e entramos, finalmente, na loja do maior fazedor de varinhas da Europa.

– Olá. – Richard se pronunciou pela primeira vez no dia ao entrar na loja que estava vazia tentando chamar a atenção do velho Olivaras. – Detesto esse lugar. Prefiro a loja do Gregorovitch.

– Ninguém te perguntou nada. – Draco ralhou. – Fica quieto. Você só está aqui para nos acompanhar e não para dar pitaco.

– Draco! – repreendi. – Olha o exemplo que você está dando para os nossos filhos. – Draco sorriu satisfeito com o “nossos filhos” e Richard torceu a cara em desgosto.

– Vejam só o que temos aqui. – um senhor de cabelos brancos, Senhor Olivaras, se aproximou de nós. – Hermione Granger a que devo a honra? – fez uma leve mesura.

– Olá Senhor Olivaras, Draco e eu viemos comprar as varinhas de nossos filhos. – respondi dando um leve empurrão nos dois os aproximando do velho.

– Sim, sim. Minerva mandou-me uma carta. – respondeu. – Vocês, então, são os viajantes do futuro? – sorriu amigável. – Ainda me lembro da primeira vez que seus pais vieram aqui comprar suas varinhas. – falava com os dois. – Senhorita Granger: Trinta e oito centímetros, Videira Esculpida, núcleo de Fibra de Coração de Dragão. Você ainda a possui, querida?

– Sim, senhor. – mostrei-o. – Consegui recuperá-la. – disse sorrindo.

– Senhor Malfoy: Vinte e cinco centímetros, Pilriteiro e Pêlo de Unicórnio. – Draco sorriu assentindo. – Aqui jovem rapaz, teste essa. – entregou uma varinha bem simples para Scorpius. Ele tentou fazer um objeto levitar com um simples Wingardium Leviosa e um abajur explodiu. Somente a quarta varinha o escolheu. – Uma varinha muito boa. Pau-Brasil, trinta e três centímetros com núcleo de pena de fênix. Ela te ajudará a conseguir o que almeja. – Scorpius sorriu vitorioso. – Para a senhorita, eu acho que essa aqui. – Hydra pegou a varinha da mão do homem e uma luz dourada brilhante ofuscou a vista de todos. – Isso é muito curioso. São poucos os bruxos escolhidos pela primeira varinha. Amieiro, vinte e oito centímetros e núcleo de Pêlo de Unicórnio. Podemos esperar grandes feitos vindo da senhorita.

Despedimos-nos do Senhor Olivaras e fomos comprar os bichinhos das crianças na Animais Mágicos. Scorpius escolheu uma coruja negra com as pontas das asas pretas, o batizou de Seth. Já Hydra preferiu uma gatinha muito parecida com o Bichento e a apelidou de Isis.

Almoçamos um pouco tarde no Caldeirão Furado e fomos comprar os restos dos materiais. Paramos para tomar sorvete na Sorveteria Florean Fortescue, mas não demoramos, pois Draco queria passar na Artigos de Qualidade para Quadribol. Aparentemente a nova Firebolt 2.0 estava exposta na vitrine e com certeza ele iria comprar.

– Finalmente um momento a sós. – Richard cochichou no meu ouvido. Estávamos do lado de fora da loja, pois ainda estávamos tomando os sorvetes. – Não aguentava mais a tagarelice dos loiros aguados. – revirou os olhos.

– Olha bem com fala. – o repreendi. – Os “loiros aguados” são meus filhos e meu... meu – empaquei. O que Draco e eu seríamos?

– Vejo que você e o filinho de papai ainda não têm nada serio. – sorriu de lado. – Isso é muito bom. – me abraçou por trás depositando vários beijos no meu pescoço. – Eu não consigo para de pensar em você um segundo sequer.

– E eu gostaria que me soltasse. – me esquivei de seu aperto. – Não interessa o que Draco e eu temos. Nós ainda não definimos o que temos e isso não te diz respeito. – terminei apontando o dedo em sua cara.

– Calma Hermigatinha, vocês ainda não definiram porque não existe nada para definir. Esse dois devem ter sido um acidente. – riu em deboche. – Ele não te ama, se amasse já teria pedido sua mão em namoro. Eu te amo, Hermione. – segurou minha mão. – Eu desistiria do meu cargo de professor em Hogwarts por você. Você quer... – o cortei antes que ele perguntasse qualquer coisa.

– Não. – interrompi. – Eu não quero nada. Eu sei que o Draco gosta de mim e eu gosto dele. – parei para pensar. “Eu gosto do Draco? Eu gosto do Draco. Eu gosto do Draco!” – Eu já lhe disse que não quero nada com você, você é meu professor e nada mais do que isso. Fim de papo. – joguei o resto do sorvete fora e entrei na loja e deixei Richard falando sozinho, só pude ouvir um “Você será minha, Granger.”.

Draco estava no caixa pagando pelas vassouras. Comprou três Firebolt 2.0 e um kit de manutenção para vassouras.

– Você sabe que alunos do primeiro ano não podem ter vassouras próprias. – ralhei com Draco ainda dentro da loja.

– Ninguém vai descobrir, Mia. – sorri com o apelido. – Além do mais somos Malfoy e os Malfoy podem tudo. – revirei os olhos.

– Temos que voltar rápido, já está escurecendo. – aparatamos em Hogsmeade e pegamos as carruagens de volta ao castelo. Já estava anoitecendo e jantamos no salão comunal mesmo, graças aos bondosos elfos. Ficamos conversando sobre o nosso dia na sala já de pijamas até que Hydra e Scorpius bocejaram. – Hora de dormir. Os dois já para a cama. – os meninos se despediram e foram dormir.

– Sabe, o babaca do Singer tem razão. – gelei. – Nós não temos nada sério. – segurei a vontade de chorar pela frieza em sua voz. – Eu quero te mostrar uma coisa. – levantamos e fiquei de frente para ele. – Expecto Patronum. – uma lontra, assim como a minha, passeava feliz pelo salão comunal.

– Como-como-como você conseguiu? – perguntei. – É igual ao meu patrono.

– A chegada dos nossos filhos e a possibilidade de sermos uma família são pensamentos felizes. – ri gostosamente. – Eu te amo, Mia. – fiquei estática não conseguia dizer nada. – E é por isso que eu, Draco Lucius Black Malfoy, quero que você, Hermione Jean Granger, seja minha namorada. – retirou uma caixinha de veludo azul do bolso do moletom e a abriu. Era o conjunto de anéis que havia visto na Talhejusto & Janota. – Você me daria a honra de ser seu namorado?

– Sim. – o abracei e ele colocou o anel em meu dedo. Draco me abraçou e roçou seus lábios em meu pescoço. – Draco, chega. Agora não.

– Ah é? Por quê? Aqui não há ninguém. As crianças estão dormindo. Estamos completamente sozinhos em "casa" - e sem me dar chance de resposta, lá estava Draco passando levemente os lábios em meu pescoço novamente, aspirando meu perfume, arrepiando-me sem pedir autorização enquanto seguia caminho em direção ao seu ouvido. - Somos apenas eu e você.

Engoli em seco tentando, em vão, não fechar os olhos com as palavras do pai dos meus filhos. Mordeu meu lóbulo com lascívia e segurei-me com as duas mãos na gola de sua camiseta do pijama, o que fez com que seu corpo ficasse ainda mais colado ao meu. Draco me mantinha firme com uma das mãos em minha cintura e a outra fazendo leves carícias em meu pescoço e em meu rosto.

– Isso é tão... Errado, Draco. - disse quase num sussurro ao senti-lo começar a depositar beijos quentes por toda a extensão de meu pescoço e rosto evitando a boca como um método de tortura. Sabia que amanhã de manhã haveria marcas roxas e vermelhas em meu pescoço devido aos chupões que recebia do loiro. Havia um começo de barba em seu queixo que estava me tirando do sério e não contive um suspiro de satisfação.

– Por quê? - ele começou a trilhar com os lábios o caminho de minha boca e sem perceber subi uma das mãos para sua nuca, incentivando-o. - Somos solteiros, sabemos o que queremos, temos dois lindos filhos juntos, não há nada de errado dois seres humanos que são... - deixou a frase morrer.

– Que são? - perguntei rindo baixo o incentivando a continuar. Queria ouvi-lo dizer que éramos namorados. Ele mordeu minha mandíbula sensualmente e me olhou, divertido, com um sorriso malicioso pairando no canto dos lábios não resisti ao impulso de depositar beijos em seu pescoço de modo torturante como o mesmo estava fazendo comigo. - Que são o que, Draco?

– Para mim isso já estava claro, Mia. - apertou minha cintura com força por debaixo da minha blusa do uniforme, minha robe estava no chão, não percebi que ele havia tirado até localizá-lo jogado de qualquer jeito. Suas mãos subiam em carícias por todo meu corpo e não contive um gemido de prazer em seu ouvido. Grudou mais ainda nossos corpos um no outro e pude sentir o quão duro e sedento de desejo ele estava.

Sorri esperta. Agora era minha vez de jogar. Poderia determinar quem venceria. Coloquei os lábios a centímetros dos dele, ao retrucar na voz mais sensual que consegui.

– Então... Por que não me mostra o que está claro para você? - Draco não hesitou nem um segundo ao juntar nossos lábios num beijo lento, sem pressa. Arranhei a nuca dele com as unhas quando nossas línguas se encontraram, travando uma batalha sensualmente.

Ele me puxou para mais perto pela cintura, uma das mãos passeando livremente por minhas costas abaixo do baby doll enquanto a outra descia perigosamente apertando minha coxa.

Contudo, o beijo ficou mais quente à medida que fomos tomando conhecimento da boca e dos movimentos um do outro. Prensei Draco sem dó na porta do nosso quarto e ele aproveitou para apertar meu bumbum, trazendo-me contra sua ereção e me fazendo soltar um gemido baixo em sua boca. Quebrei o beijo com relutância, encostando nossas testas enquanto ambos tentavam recuperar o fôlego.

– Isso foi... – Draco tentou dizer.

– Maravilhoso. – o completei. – Acho que já deu por hoje. – sorrimos e deitei na cama. Dei leves batidas no espaço da cama ao meu lado o chamando.

– Preciso de um banho gelado antes. – dirigiu o olhar para o volume em sua calça e comecei a rir. – Não ria. Isso é culpa sua, Mia.

– Por que me chama de Mia? – perguntei curiosa.

– Hermione é muito longo. Todos te chamam de Mione e Gina e Luna te chamam de Hermi ou Herms. – explicou. – Queria um apelido só meu. Não gostou? – arqueou uma das sobrancelhas.

– Amei. – ri. – Agora vá tomar banho. – disse em um tom super mandão apontando para o banheiro e ele saiu levando suas coisas.

– Eu te amo! – gritou ao sair do quarto me fazendo rir.

– Também te amo. – sussurrei e ele não ouviu.

~Pov Draco

Peguei minhas coisas para o banho e entre elas a carta de minha mãe. Após pedir Hermione em namoro me deu uma súbita coragem para ler a opinião da minha mãe. Sentei na tampa do vaso e rompi o lacre de cera com o brasão da família.

“Querido Draco,

Fico muito feliz que seja monitor e capitão do time de Quadribol, só espero que isso não influencie em suas notas. Sua tia Andrômeda está mandando um beijo para você. Não quero que se preocupe comigo, pois estou bem. A companhia de sua tia e do pequeno Teddy está me fazendo muito bem.

Agradeça a Pansy e ao Blás por mim por serem tão bons amigos para você. Estou muito feliz por você estar se redimindo, meu filho. Espero sua carta me avisando os dias de visitas a Hogsmeade. Estou morrendo de saudade de você, príncipe.

Sobre Hermione Granger, parte de mim fica feliz por você estar amando, mas a outra parte está desolada por essa pessoa ser Hermione Granger. Não quero que pense que não a aprovo, muito pelo contrário, acho a Senhorita Granger uma bela mulher e ótimo partido para meu filho. O problema é que falta pouco para o seu pai voltar para casa e nas poucas visitas que fiz a Azkaban ele deixou bem claro que queria que você se casasse o mais rápido possível com uma mulher de família nobre e sangue puro, digna de receber o sobrenome Malfoy.

Assim que se casar você herdará o trono nas empresas da família e dirigirá o rumo que a família irá tomar. Sua noiva já foi escolhida e ela será transferida de Forccinari após as férias de natal.

Você já deve saber de quem eu estou falando, não é mesmo filho? Você se casará com Katrina Hurricane.

Com amor, sua mãe, Narcisssa.”

Não conseguia me mexer após ler sua carta. O que faria agora? Eu teria casar com Katrina, a menina que eu mais detesto na face da terra. É por essas e outras que odeio o meu pai. Tomei um rápido banho e voltei para o quarto. Hermione estava encolhida no canto da cama dormindo serena. Deitei ao seu lado e a abracei deixando uma lágrima escorrer por minhas bochechas. “O que eu vou dizer a ela?”

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What Could Have Been Love | Uma noite na Torre de Astronomia | F.R.I.E.N.D.S


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Notas finais do capítulo

O que acharam desse capítulo? Mereço reviews? Favoritos? Recomendações?

Quero comentários se não vou demorar mais ainda para postar o próximo capítulo... Muahahahaha

O beijo lésbico foi especial para minhas sapatas favoritas Pietra e Melissa. Amo vocês, demônias.. hahaha