– Magia proibida, magia proibida ...

Levy estava na biblioteca com Gajeel a folhear livro a mais de meia hora. O Dragon Slayer estava sempre a suspirar de aborrecimento, mas Levy parecia estar mais entretida com a sua leitura e procura do que propriamente com ele. Ele também, só a tida ido acompanhar porquê... nem mesmo ele sabia. Só queria estar mais tempo com ela.

– Isso ainda vai demorar muito pequena? Estou a ficar com fome... – Gajeel resmunga, tentando chamar a atenção dela.

– Se quiseres podes ir, não me importo de ficar aqui sozinha, já fiz isto muitas vezes. – A azulada responde, sem nem mesmo tirar os olhos daquele livro.

– Então eu espero... – Mais meia hora pensou ele. –Tens a certeza que estas a procurar no livro certo?

– Não sei... - Mas como assim não sabes? Vais procurar na biblioteca inteira?

– Se for preciso... – Ela então fecha o livro. – Neste não está, próximo. Ele então suspira de novo e pega em mais um livro do monte que Levy tinha escolhido. Pouco antes de eles terem vindo para lá, ela já tinha estado a fazer uma seleção de livros onde, possivelmente, estaria a resposta a enigma que ela procurava.

– Espero que esteja neste. – Ela sorri para o livro e o abre. Deita de barriga para baixo no chão e começa a sua leitura.

– Não esperas isso mais que eu... O rapaz então olha em volta e se pergunta: Por que ela gostará tanto daquele sítio? Claro, a resposta era mais que obvia, pelos livros. E ali havia um monte deles. Mas... por que os livros? Será que havia mais alguma coisa no mundo... que ela gostasse mais que livros?

– Olha baixinha, me explica uma coisa. – Ele começa.

– Primeiro para de me chamar baixinha, e segundo, que queres?

– Perguntar o porquê de gostares tanto disso.

– Gostar tanto de quê mesmo? – Ela, se tivesse mesmo concentrada na conversa deles, saberia no que ele estaria a falar mas, naquele momento, a pesquisa que estava a fazer era o mais importante.

– Gostares tanto de ler livros. O que de tão interessante tem isso?

– Bem... os livros são meus amigos. Levam-me a mundos novos e desconhecidos, e assim ao menos, nem que seja por um curto espaço de tempo, posso me abstrair do desde mundo.

– Não gostas deste mundo? Porquê? – Gajeel estava sempre a fazer perguntar, não por estar curioso, mas porque queria falar com ela, não queria estar mais no silencia e a voz dela o acalmava.

– Não é o mundo em si, mas sim as pessoas. Elas são más e irritantes. Especialmente aquelas que me chamam de baixinha.

– Eu não sou mau, apenas gosto de te chamar de baixinha.

– Agora sou eu que pergunto o porquê. Eu sei que sou baixinha, mas nem tanto assim. Sou do tamanho da Wendy e nem por isso tu chamas a Wendy de baixinha também.

– Mas a Wendy é diferente de ti.

–Poderias responder-me em que? -Perguntou a azulada um pouco irritada

–Por que eu não amo a Wendy como te amo a ti-Respondeu simplesmente. A azulada corou imenso com a resposta do moreno. O mesmo a puxou para o seu colo e sussurrou em seu ouvido

–‘’Ficas uma graça quando coras’’– Disse fazendo a azulada corar ainda mais

–B-baka! D-deixe-me terminar isso logo para p-podemos ir embora- Disse a maga saindo do colo do moreno e voltando a sua concentração para os livros. Levy sentou-se encostada na parede enquanto Gajeel deitou a cabeça em seu colo, que bufou irritado com a falta de atenção. Depois de um tempo o mesmo voltou a falar

–Baixinha? -Chamou mas foi ignorado completamente pela mesma. Irritado o mesmo teve uma ideia, rapidamente levantou e puxou o livro que a Levy lia

–Devolva! -Disse enquanto tentava inutilmente pegar o livro

–Devolvo se me deres um beijo!- Disse com um sorriso malicioso, a azulada bufou irritada e tentou novamente- Oras baixinha não custa dar-me um beijo- Disse em um falso tom irritado

Levy bufou em resposta a provocação do moreno, em uma das suas falhas tentativas de pegar o livro da mão de Gajeel, escorregou e iria cair no chão se braços fortes não a tivessem pego, Gajeel a puxou de encontro ao seu corpo e sussurrou algo em seu ouvido deixando Levy corada e logo depois o moreno roubo-lhe os lábios em um beijo Quando ambos se separaram estavam ofegantes. Levy sentia que ia explodir de vergonha

–S-satisfeito?- Pergunta -Muito- Sorrio -Poderia devolver o livro? –Perguntou sem graça por ainda estar nos braços de Gajeel, o mesmo devolveu o livro que tinha deixado cair. Levy voltou a ler seu livro enquanto Gajeel a observava

~*~

Naquela mesma noite enquanto Levy se preparava para dormir se lembrou das palavras ditas por Gajeel quando a segurou em seus braços

–“Quando você cair, estarei sempre aqui para lhe segurar’’

E com um sorriso no rosto a azulada foi dormir, e acabou sonhando com seu ‘’príncipe imperfeito’’