– Toma! - disse Jack sem saco.

– Nossa, que mal humor foi esse? - zombava Mônica.

– Não é da sua conta! - gritou Jack já perdendo a paciência.

Mônica ficou um pouco espantada, mas não queria perder a pose de durona e comentou:

– Nossa, tá de TPM? - depois disso, ela caiu na gargalhada. Jack ficou com mais raiva ainda, então disse quase no tom de ameaçador:

– Olha, sua dentuça, se você continuar falando assim comigo, eu não vou mais te entregar comida. Ao falar isso, Mônica se calou rapidamente, pois não queria perder sua comida, afinal, ele dava muito pouca comida para ela, se ele parar de dar as migalhas, ela poderia passar mal!

– OK, então, me diz porque você está tão bravo?

Jack apenas suspirou e contou:

– Ta bom, eu to assim, porque, tem uma garota que eu sempre gostei, em toda a minha vida, tipo, desde os 4 anos, quando a olhei, fiquei encantado, mas nunca disse isso, então, depois, de eu te sequestrar, eu pensei, cara, se eu posso sequestrar uma garota, então, posso fazer qualquer coisa! Aí, decidi me declarar para a Isadora, mas conhecida como Isa, mas, ela disse que nunca gostou de mim, e que nunca gostará. Depois, eu paguei mico, porque tinha muita certeza de que ela também sentia o mesmo que eu... - Mônica percebia que saia algumas lágrimas do rosto dele, por isso, sentiu uma obrigação de consolá-lo.

– Calma, está tudo bem, talvez não era pra ser com a... peraí, qual é mesmo o nome dela?

– Isadora, mas ela diz que não gosta desse nome, então todo mundo a chama de Isa. Ela estuda na nossa faculdade, sabia?

Mônica ficou paralisada, a Isa não tinha contado para ela que conhecia o Jack. Por quê?

– Sabia, na verdade, ela estudava comigo, no colégio anterior.

– Jura? Ela tinha me dito, que se mudaria para um outro bairro, mas eu não sabia que era esse, pois , eu me mudei para o bairro do Limoeiro, porque meu pai foi transferido para cá, então, minha mãe achou essa faculdade aqui.

– Sério?

– Sim.

– Jack, posso te perguntar uma coisa?

– Tá, como você me ouviu, te deixo.

– Quando você vai me soltar?

– Até você decidir me passar o cargo de representante da nossa sala.

– O quê?! Mas eu NUNCA vou te passar o meu cargo para um folgado como você! Está claro?

– Ah é? Então eu NUNCA vou te soltar, está claro?

– Você não pode me prender aqui pra sempre!

– Isso que veremos! - essa foi a última palavra dele, depois, foi embora da casa.

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– Nossa, cadê a Mônica? - perguntou Casacuda muito preocupada

– Não sei, cara, ela vive sumida! Que droga! - reclamou Marina.

– Ora, se ela foi sequestrada? - disse Cascuda, apenas pensando o pior.

– Cala essa boca, Cascuda!– gritou Marina tão alto que quase toda a cantina onde elas estavam comendo ouviu.

– Psiu! - disse a cozinheira, sem paciência.

– Desculpa! - falou Marina num tom de arrependida.

– Marina, fala baixo! - Cascuda deu bronca em Marina

– Tá, mas você, viu? Fica aí falando só besteiras! Já pensou a coitada da Dona Luíza souber que sua filhinha foi sequestrada? Ela vai ter um enfarte! E eu também! - Marina disse

As duas acabaram de comer seus lanches e se levantaram. Elas estavam no caminho do banheiro, até que...

As duas sentiram alguém puxando o braço delas, para o quartinho de limpeza.

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Depois do Jack sair, concluiu que o Jack não vai soltá-la tão cedo, então, ela decidiu que iria sair daquela casa da árvore hoje.

Ficou olhando melhor a casa para ver onde é que tem um lugar para ela poder fugir, mas todas as janelas estavam trancadas com madeiras e a porta estava trancada com dois cadeados: um de senha e o outro de chave, que não tinha nada na casa ela poder abrir, tinha apenas um frigobar e um sofá. Ela tinha medo de tentar levantar o sofá e fazer um "barulhão" e Jack ouvir.

Foi então que teve uma ideia! Olhou frigobar e percebeu que havia um pequeno buraco, no qual servia de passagem para o fio que ligava o frigobar até uma tomada perto da casa de Jack, então, como a unha dela era afiada, com cuidado de não pegar farpas, começou a arranhar a madeira, até que, em 3 horas de tanto arranhar, fez um buraco um pouco menor do tamanho do frigobar, mas foi o suficiente para pegá-lo, colocá-lo dentro do buraco, que, como era menor, fez com que a parede se quebrasse. Então, jogou o sofá pelo buraco na parede, para cair em algo ao menos, "fofo" e jogou-se em seguida também, fugindo, enfim, após 2 longos dias presa na casa de Jack.

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– Ei! Quem é você?– perguntou Cascuda e Marina que foram trancadas por uma pessoa que estava de capuz preto.

– Vocês me conhecem...

– Diz que é você! - disse Marina desesperada, pensando que fosse um ladrão.

A pessoa apenas riu e tirou o capuz:

– Sou eu, suas bobas!

– Magali! - gritaram as duas super contentes de ver a Magali, que não a viam faz 2 meses.

– Nossa, Magali, você me deu um susto! - disse Marina aliviada.

– Desculpa, é que eu quis fazer surpresa!

– Ah, isso não importa! o que importa é que: porque você viajou por 3 meses se você disse que ia viajar por 15 dias? Afinal, você embarcou em 17 de dezembro e só voltou agora, em 23 de fevereiro! Olha que você disse que ia voltar em 1 de janeiro!

– Bom, é que aconteceu algumas coisas...

Depois da Magali ter contado tudo o que havia acontecido ...

– Não acredito! Você e o Quim ficaram perdidos por 1 mês na ilha?! - a Cascuda exclamou sem acreditar.

– Pois é, nem eu acredito como consegui isso, sem morrer!

– Nossa, mas você sempre foi a comilona, nunca conseguiu ficar sem comer por muito tempo! O que você comia? - peerguntou Marina, sentindo pena da Magali por isso.

– Nossa, foi um sofrimento! Na ilha, eu não era muito boa para recolher alimentos, só para comer, mas, para minha sorte, meu companheiro é um padeiro que vive cozinhando, então, eu praticamente não fazia nada! Sentia muita pena do Quim, quando perguntei se ele queria a minha ajuda, ele recusava! E,quando eu fui ajudá-lo sem me preocupar se ele quer ou não a minha ajuda, ele sempre reclamava! Mas, o pior, é que na ilha, a única coisa que comíamos, era frutas, só: coco, bananas e amoras. A única carne era o peixe, mas, só ás vezes que comíamos peixe, porque, nós não sabíamos pescar, só ás vezes , que conseguíamos pegar um peixe, e ele era muito pequeno e não sabíamos fazer fogo, para fritá-lo, então, Quim teve a brilhante ideia de colocar um peixe no espeto deixar em cia de ma palmeira, para quando chover, o raio pegar ali. Mas, tinha algumas vezes, que nós não comíamos 1 vez por dia! E, como o meu estômago está acostumado a comer, eu ficava muito fraca!

– Poxa, que horror! Sinto muito, amiga!

– Obrigada, mas cadê a Mônica?

As duas se olharam e apenas disseram:

– Vamos sair deste quartinho de limpeza, primeiro.