Katy se levantou assustada. Seus olhos percorreram pelo imenso quarto branco até chegar ao vampiro que dormia no sofá esticado. A respiração de Katy voltava ao normal à medida que ela ria da postura de Luiz ao dormir no pequeno sofá.

–Como ele conseguiu ficar confortável.

Passando as mãos nos cabelos negros, a vampira desce da cama pisando no tapete peludo branco do quarto. Ela olha em volta, aquele não era o quarto dela, mas sabia de quem era... De Luiz.

As cortinas azuis marinhas quase negras decoravam a janela agora aberta, o tapete branco era bem peludo, a vampira não queria mais sair dali, a cama apesar de se grande com seus lençóis negros, ele preferiu dar espaço para a fêmea. O único sofá que não parecia confortável jazia perto da cama e logo atrás uma estante cheia de livros de fantasia e poesias. Katy caminhou até o banheiro, precisa jogar água no rosto.

Seu corpo doía muito apesar de não ter sido uma luta difícil. A vampira olhou seu reflexo no vidro; Seus cabelos negros todo bagunçados, em baixo de seus olhos jaziam olheiras um pouco negras, seus olhos verdes agora pareciam ser cor. Ela suspirou cansada, queria voltar para cama... Seria melhor dormir mais.

A água gelada fez contado com sua pele, acordando-a, mas algo mais acordou... Suas lembranças daquela luta. A vampira se olhou no espelho lembrando-se de cada detalhe da luta.

Bruce estava realmente diferente, em uma hora ele aparecia na outra desaparecia e parecia flutuar entre o espaço e o tempo, uma coisa que nenhum vampiro tem poder. Katy deixava as mãos na água enquanto mais imagens invadiam sua cabeça... Ate mesmo o ferimento de Bruce por culpa dela.

Katy arregalou os olhos... Ela tirou rapidamente as mãos da água e saiu do quarto mesmo sem metade de suas roupas... Seus pés nus traçavam o piso dourado do castelo rumo ao quarto de seu príncipe. A vampira parou em frente a uma grande porta respirando ofegante, mas ainda com medo. Mas por que ela tinha medo? Por ter sido fraca e por culpa disse seu mestre ter se ferido enquanto ela estava bem? Ela estaria realmente bem?

As portas são abertas revelando o quarto sombrio de Bruce que estava no centro do quarto olhando para seu braço. Katy arregalou os olhos ao ver o vampiro seminu enquanto ela invadia seu quarto.

–Hã... –Ela tentou desviar o olhar, mas não conseguia...

Seus olhos passaram pelas tatuagens que tomavam os braços e costas do vampiro com símbolos que ela mesma não conhecia. Símbolos variáveis que interligados formavam alguma coisa... Mas o que? A vampira gaguejou de novo tentando falar, mas agora ela mais ficava vermelha do que falava...

Ela olhou em direção a onde ele sofrera o ataque, não existia mais nada, mesmo ele sendo um vampiro com aquela arma matadora de vampiros seria impossível ele já estar completamente corado.

–Você... –Ela baixou o olhar.

Bruce sorriu de leve enquanto baixava o braço cheio de tatuagens. O vampiro se aproximava dela em passos compridos, o coração de Katy disparou... Mas por qual emoção? A vampira levantou o olhar até fitar os olhos azuis daquele vampiro que tomava alguma iniciativa.

Bruce se aproximou de seu corpo fazendo ela sentir o calor que o corpo dele emalava perto dela, de seus lábios perto dos dela, de seu desejo crescente.

–Não me diga que veio aqui só para me checar se estou bem. –Disse ele rosnando, mas seu rosnado não era de ira e sim a provocando enquanto seus dedos sumiam por sua camisola que nem ela mesma sabia como vestia aquilo.

A vampira sorriu em meio daquela situação negando com a cabeça, uma mentira, mas agora sabia o que realmente queria ali... Ele.

Bruce a puxou para perto de seu corpo enquanto seus lábios se encontravam com os dela com um beijo com puro desejo. Suas mãos faziam a camisola da vampira subir começando a mostrar suas coxas lisas. Ele sorria maliciosamente em meio dos beijos enquanto pegava a garota em seus braços. Ela sorria enquanto ele a carregava pelo quarto escuro. Ela olhava mais fascinada ainda suas tatuagens com perguntas, mas será que queriam elas agora?

A vampira foi colocada na cama enquanto o mesmo beijava seu colo baixando as alças da camisola.

–Você nunca as mostra. –Gemeu a vampira em meio dos beijos desejos do vampiro.

Katy viu a expressão do mesmo ficar seria, mas não respondera sobre as tatuagens, só quem sabia dela eram seu pai e a sua futura noiva.

–Nunca a mostro para ninguém. –Disse ele voltando a beijar seus lábios. –Mas você posso abrir uma exceção. –Sorriu ele.

A vampira tocou na face do vampiro enquanto o mesmo pegava para beijar a palma de sua mão. Katy perdeu aquele sorriso à medida que se lembrava de que ele deveria se casar com outra fêmea, uma fêmea que não estava nem perto de ser ela.

–Mas você vai se casar...

–Não fale. –Disse ele colocando um dedo nos lábios dela. –Não a quero mesmo meu pai insistindo em que preciso torna-la minha.

O vampiro voltou a beijar seu pescoço e colo.

–Mas não sinto nem desejo em tê-la na minha cama, nada... -As palavras eram abafadas pelos beijos. –Foi quando você apareceu.

Katy fitou os olhos do vampiro com curiosidade.

–Aquela vampira guerreira me chamava a atenção, nenhuma mulher enfrentaria a sociedade que não admite que uma mulher lute, mas você era uma guerreira e lutava por aquilo, você ama lutar por aqueles que você se importa.

Bruce deitou ao seu lado enquanto a vampiro se virava para ficar em seus braços.

–Eu queria saber como era aquela fêmea que me atraia minha atenção e não parava de pensar em você mesmo estando com outras mulheres, não conseguia achar nenhuma que chegasse perto de sua personalidade e desejos... Você é única e rara.

Katy sorriu enquanto afundava sua face no peito nu dele. Bruce passou seus dedos pelos cabelos negros e lisos da vampira. Ela gostava de ficar perto dele, se sentia bem... E morria por dentro em imagina-lo perde-lo para outra.

–Eu não vou desistir de você. –Sussurrou ele. –Nunca.

A vampira sorriu e fechou seus olhos cansados...