Invisible Play - Game Over escrita por Douglastks52


Capítulo 74
Tempo - Florescer


Notas iniciais do capítulo

Oi!!!!! Eu estou de volta e nem passou um ano!!! É...é só isso mesmo...boa leitura...



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Ele abriu seus olhos e contemplou aquele imagem que já era agonia para o seu cérebro. A dor da morte era simplesmente nojenta de se sentir mas a frustração começara a tornar-se insuportável: 

—Sétima vez? -Tentou lembrar-se ele. -Ou oitava? Perdi a conta... 

Ele levantou-se e seguiu para o quarto de Lizzy calmamente, afinal de contas, era inevitável. Suas experiências anteriores o levaram a concluir que ele não podia impedir o seu sequestro, caso o contrário ambos morreriam. Uma explosão familiar foi ouvida e ele abriu a porta do quarto para observar aquela cena. 

O ódio em seu corpo não diminuía mesmo sabendo que ele podia recomeçar infinitamente, pelo contrário, ele perdia um pouco de si mesmo toda a vez que recomeçava. A expressão em seu rosto tornou-se negra ao ver Lizzy ser sequestrada mais uma vez. Ela olhou em sua direção desesperada e sussurrou antes de ser desmaiada: 

—Me ajude... 

Ele queimou por dentro e suas mãos contorceram com tamanha força que sangue escorreu: 

—Essa vai ser a última vez... -Sussurrou ele rangendo os dentes. 

Seu peito encheu-se de ar e ele gritou para todos ouvirem: 

—Eu vou te salvar, Lizzy! Independente do que aconteça! Por isso, apenas espere! 

Ele pegou seu celular e digitou aquele número: 

—Sasesu, a Lizzy foi sequestrada, eu preciso da sua ajuda, venha na minha casa. 

Sasesu enervou-se do outro lado: 

—Como você deixou a Lizzy ser sequestrada? Quão incompetente você consegue ser? 

Kurokawa não tinha nada perder: 

—Tudo bem, adeus então. -Respondeu. -Ficar falando com você não vai ajudar em nada, eu prometi para ela que iria salva-la e nada vai me impedir. 

Sasesu calou-se por alguns segundos: 

—Eu estou indo para a sua casa, me espere ai. 

O tempo passou e ele começou a considerar se valia a pena esperar Sasesu, ele podia correr na frente e economizar muito mais tempo, talvez até mesmo causar um final diferente. Mas a realidade era severa, Sasesu era forte e Kurokawa seria dizimado sem a sua ajuda. 

Quando a porta abriu, Sasesu foi confrontado com angústia: 

—Você demorou demais... -Reclamou Kurokawa. -Precisamos ir... 

Sasesu apenas concordou. O tempo passou e o silêncio começou a tornar-se insuportável: 

—Porque Lizzy foi sequestrada? 

Kurokawa respondeu sem fazer desvios: 

—Por minha culpa, eles são algumas pessoas que querem me matar. Não pense nisso, podemos resolver nossas diferenças depois dessa batalha. 

Sasesu pensou em retrucar mas foi impedido pela seriedade de Kurokawa. O objetivo deles se aproximava e Kurokawa sorriu de forma dissimulada: 

—Tente apenas não morrer... 

Seus olhos imploravam por sangue inimigo, eles podiam ser inocentes nessa linha do tempo mas ele lembrava-se de suas armas perfurando seu corpo. Kurokawa avançou dilacerando tudo em seu caminho, não havia espaço para hesitação. Seu companheiro assustou-se com a sua falta de misericórdia mas logo percebeu que aquilo era necessário. 

Seus inimigos eram leais mas não por respeito e sim por medo. Claustro era um ser humano assustador quando queria. Mas todos eles caíram um por um, Kurokawa estava muito mais preparado que a última vez. Mas quando eles atingiram aquele lugar, seu coração vacilou: 

—Sasesu morre aqui... -Pensou ele. -Seu ficasse e lutasse com ele, talvez, nós dois juntos pudéssemos derrotar Claustro. 

Ele olhou para trás e viu seu amigo coberto de feridas e sangue inimigo mas sem medo em seus olhos: 

—Kurokawa, o próximo andar é o último! -Exclamou Sasesu entre suspiros cansados. -Vá na frente e salve Lizzy, eu vou segura-los aqui. 

—Não, vamos juntos! -Retrucou ele. 

—Você é idiota? Vai se esquecer da promessa que fez para Lizzy? -Gritou Sasesu. -Apenas vá, eu vou dar o meu jeito. 

Ele teve que fazer uma difícil escolha, a vida ou a honra de seu amigo: 

—Merda...porque você tem que sempre tornar as coisas tão difíceis? -Pensou Kurokawa seguindo em frente. 

Enquanto corria em direção ao seu objetivo, a sua consciência pesou. Nem mesmo o recomeço poderia apagar a dor de saber que um companheiro de longa viajem seria executado: 

—Ei, Sasesu, não ouse morrer! -Gritou ele. -Você tem uma casa para voltar! Pessoas te esperando! E uma menina que precisa da sua ajuda! Não ouse ser um covarde e abandonar tudo isso!!! 

Ele subiu as escadas e confrontou seu inimigo. Claustro estava sentando em seu trono, imponente como um rei. Kurokawa ignorou-o e focou seu olhar em Lizzy: 

—Viu? Eu te disse que ia vir te salvar! -Sorriu. 

Ela desmanchou-se em lágrimas: 

—Kurokawa... 

Claustro levantou-se: 

—Me parece que eu estou interrompendo uma reunião amorosa mas infelizmente, eu não estou satisfeito. -Afirmou ele com um falso sorriso em seu rosto. -Você quebrou coisas que me pertenciam e ninguém tem a permissão para fazer. 

Ele sacou seu sabre e se aproximou: 

—Eles eram apenas soldados inúteis mas mesmo assim eles eram os MEUS soldados. 

Claustro avançou na minha direção e cravou seu sabre em braço direito, sangue escorreu mas ele não demonstrou dor. Kurokawa tentou mover seu braço mas ele foi rapidamente impedido por Claustro: 

—O que vai fazer agora, escória? -Perguntou ele com seu sorriso de costume no rosto. 

Kurokawa respondeu com uma cabeça forte o suficiente para fazer sangue escorrer pelo rosto de Claustro: 

—Você não tem noção de como estou cheio dessa sua arrogância...eu vou adorar tanto amassar esse seu rosto... 

Claustro limpou o sangue de seu rosto enquanto finalmente mudava sua expressão facial: 

—Eu vou te matar...lixo... 

Ele cortou ar e Kurokawa quase não pode reagir. Sua investida era estupidamente letal e veloz, Kurokawa só podia se esforçar para não receber golpes fatais. Ele caiu no chão com seu corpo repleto de cortes: 

—Tudo o que pode fazer, cão? -Perguntou Claustro. 

Kurokawa tentou levantar-se mas Claustro perfurou sua perna: 

—Não te dei permissão para levantar... 

Kurokawa segurou na espada daquele homem e retrucou sem hesitação: 

—Eu não preciso. 

Ele lentamente arrancou aquela espada de sua perna, Claustro tentou impedi-lo mas sua força era absurda. As feridas em seu corpo começaram a se fechar enquanto algo sinistro brilhou em seus olhos. Kurokawa avançou e desferiu socos pesados, Claustro se defendia com seu sabre o que fazia as mãos de Kurokawa ferirem-se profundamente: 

—O sabre dele não vai aguentar para sempre... -Pensou Kurokawa. -Se eu quebra-lo primeiro, minhas chances de vitória aumentarão. 

Claustro decidiu revidar e cravou sua espada no peito de Kurokawa em sua primeira oportunidade: 

—Achou que só você podia atacar? 

Kurokawa sorriu: 

—Idiota... 

Ele segurou o braço de Claustro com força o suficiente para quebra-lo, mas Claustro reagiu mandando ele para trás com um chute: 

—Isso doeu...mas não funcionou, vira lata. -Afirmou Claustro. 

Kurokawa apenas retirou aquela espada de seu peito e quebrou-a como se fosse vidro: 

—Será? 

Ele aparentava estar ganhando mas os ferimentos em suas mãos eram grande demais para serem curados, os dois estavam desarmados: 

—Não acredito que você vai me fazer sujar minhas mãos... -Reclamou Claustro. 

Kurokawa ajeitou suas mãos numa posição de combate: 

—O que foi? Nunca brigou na escola? Ou até isso os seus mordomos faziam por você? 

Claustro avançou e desferiu um soco com a sua mão fechada no rosto de Kurokawa. Ele virou sua cabeça para lado com o impacto mas rapidamente recuperou: 

—Você bate como uma menininha... -Riu Kurokawa. 

Kurokawa correu na sua direção e desferiu vários socos rápidos que foram facilmente desviados. Ele percebeu que a atenção se seu oponente estava focada apenas na parte superior de seu corpo, com base nisso, ele desferiu um chute e derrubou-o. Sem dar descanso, ele subiu em cima de seu oponente e começou a desferir inúmeros socos. 

E enquanto o sangue dos dois se misturava uma grande explosão de luz bagunçou tudo. Kurokawa levantou-se meio atordoado e viu Claustro em pé com uma grande luz em suas costas: 

—Não acredito que terei que usar isso contra um inseto como você... -Reclamou ele limpando o sangue de seu rosto. 

Ele pegou alguma coisa que emitia uma luz branca e fez uma investida. Kurokawa preparou-se para defender enquanto Claustro balançava aquilo para desferir o golpe final. A luz branca tomou a forma de um gracioso sabre e Kurokawa sentiu algo estranho mas era tarde demais. 

Ele planejava bloquear o ataque inimigo com seu braço mas ao perceber aquilo, ele tentou esquivar e falhou. O sabre feito de luz simplesmente cortou seu braço como papel. Seu membro decepado caiu no chão enquanto ele urrava de dor: 

—Você não devia ter desviado...teria sido muito menos doloroso... -Reclamou Claustro. 

Sua mente quase sucumbiu a dor: 

—Merda...o que é aquilo? Simplesmente cortou através de meus músculos...do aquilo é feito? Dói tanto...não consigo regenerar...chegar tão longe para perder assim...frustrante... 

A hemorragia não parava e sua visão começou a ficar desfocada. Seu corpo perdeu o equilíbrio e caiu enquanto ele observava seu ceifador se aproximar banhado numa luz branca: 

—Você não merece morrer banhado por essa luz sagrada... -Afirmou Claustro. -Mas que assim seja, sinta-se honrado... 

Um machado voou em sua direção mas foi simplesmente cortado em dois por aquela luz imponente: 

—Você deseja morrer também? -Perguntou Claustro. 

Kurokawa olhou para a porta para reconhecer um rosto: 

—Sasesu... 

Ele sacou outro machado de seu inventário e correu na direção de Claustro. Enquanto desferia vários ataques, ele finalmente foi capaz de afasta-lo de Kurokawa: 

—Lizzy!! -Gritou Sasesu. -Vá ajudar Kurokawa, eu vou segurar esse cara. 

Lizzy que estava paralisa em medo perto de uma parede foi capaz de se mover novamente: 

—Sim! -Gaguejou ela. 

Lizzy se aproximou de Kurokawa enquanto tentava estancar seu sangramento: 

—Se eu rasgar um pedaço da camisa dele talvez eu possa... 

Suas palavras começaram a se tornar mais sem sentido enquanto seu sangue cobria a sala: 

—Ainda há esperança... -Sussurou ele para si mesmo. 

—O que você disse, Kurokawa? -Perguntou Lizzy. -Eu não ouvi. 

Ele sorriu: 

—Você é tão bonita.


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Notas finais do capítulo

Sabia que a probabilidade de você ser atropelado por um bandido dirigindo um avião em chamas aumenta quando você não comenta? Pois é...eu também não sabia...



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