Uma turma do barulho: Um verão inesquecível escrita por Alex Ross


Capítulo 16
Capitulo 16




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O sol brilhava fortemente, o sopro da brisa quente de verão só piorava o calor e intensidade dele. O verão sempre tinha dias rigorosamente quentes e abafados. O que piorava o estado da nossa turminha. Eles estavam de frente para o campo olhando-o com tristeza. Suados e cansados por causa do sol eles viam escavadeiras, pedreiros, empreiteiros, maquinas, uma pilha de pedras, outra de areia, cal cimento e vários homens trabalhando no campo deles. Eles não podiam acreditar que em menos de doze horas, uma noite inteira, o que antes era um campo de beisebol improvisado feito por eles havia se tornado uma obra de construção.

Quando a turminha não achou que poderia piorar viram Rick se aproximando com os amiguinhos, com aquele nariz enorme arrebitado, e aquela roupa ridícula, quem é que usava um colete de lã em pleno auge do verão? Só aquele engomadinho ridículo mesmo. Ele se aproximou da turma ficando de frente para eles com aquele ar de vitória sorrindo como uma Hiena reumática com os amigos do lado rindo debochadamente da turminha que mal podia acreditar que haviam perdido o campo de beisebol para aquele bastardo.

– Viram que legal? O MEU pai comprou esse terreno e decidiu construir uma livraria aqui! É um ótimo lugar com bastante movimento, já que fica entre a avenida principal e a avenida que dá no centro estudantil. E adivinhem quem deu a ideia... – ele disse todo contente, Castiel sorriu debochado cruzando os braços.

– Deixe-me adivinhar, o clone de um defunto em decomposição? Ou pior do que isso... você? – todos tiveram que rir, mesmo que não fosse lá muito engraçado, mais era uma ofensa e tanto, para o defunto.

– Sim, ralé, eu mesmo que disse para o meu pai construir aqui, ele mais do que depressa decidiu fazer tudo durante a noite.

– Ralé? A sua mãe não me chamou disso ontem. – Castiel era um jovem de doze anos muito evoluído, tanto ele como Einstein e Lysandre. Mais Castiel era terrível.

– Minha mãe nem conhece pessoas de uma espécie tão deselegante quanto você! você não passa de um cão sarnento perto da minha posição social! – Castiel fechou as mãos formando dois punhos poderosos, mais se lembrou que violência só piraria a situação e com Anji doente não poderia arrumar confusão com o seu pai. Então ele sorriu mais uma vez maldoso, sabia o que fazer para irrita-lo.

– Então a sua mãe também é uma cachorra sarnenta, sabe ela adorou estar comigo ontem anoite e a sua irmão também, foi sim... E ainda me pediram para voltar... – mesmo crianças podem ser cruéis. Rick ficou irritadíssimo com isso e foi dando alguns passos firmes até Castiel e o encarou serio.

– Retire o que você disse!

– Nunca, não iria mentir assim ...

– Retire o que você disse ou ...

– Ou o que? Vai me bater? Cai dentro branquelo.

– Não, pensando bem vou resolver isso com a sua irmãzinha, acho que posso ensinar coisas bem interessantes para ela ... – Castiel não se conteve e logo deu um soco no nariz do garoto que chegou a fazer um estralo bem alto e o sangue começou a escorrer do raiz do garoto que se apavorou e começou a gritar de dor. Castiel balançou o punho e o olhou raivoso.

– Nem sonhe em chegar perto da minha irmã ou eu vou fazer muito mais do que quebrar o seu nariz! – Castiel pegou ele pela gola da camisa e ergueu ele do chão preparando o punho para dar mais um soco quando alguém tocou delicadamente no braço dele.

– Casti, por favor, vamos deixa ele ai... – ele olhou por cima do ombro e viu a pequena loira o olhando com os olhos turquesas meigos preocupados com ele. Ele lentamente foi colocando o garoto no chão

– Vamos Ambre, eu não vou perder o meu tempo com ele – Castiel disse se virando de costas marchando para longe do que antes era um capo.

Jonah estava triste e preocupado com ela que de nada melhorou, o médico disse que ela deveria ficar alguns dias de repulso acirrado sem sair para longe o ficar afobada. Não era algo tão grave, mais deveria se prevenir já que ela era pequenina e tinha um proteção genética fraca então poderia agravar o estado dela, por isso o máximo de repouso e nada de ansiedade e afobação. Jonah olhava-a dormindo abraçada ao enorme urso de pelúcia respirando com dificuldade, se lembrou de quando Anji era mais pequena ela tinha asma e isso era algo que não se curava assim da noite para o dia, uma vez muito raramente ela tinha crises de asma então ele meio que tia uma farmácia no armário do banheiro tudo que ela poderia precisar.

Ele acariciou os cachos ruivos dela, eram tão macios, os fios tão vividos e chamativos que eram incrível mente lindos. Ele suspirou pesado e cansado, passou a noite toda acordado ao lado dela para se caso ela tivesse uma crise de tosse, ou uma crise de asma ele estaria ali para cuidar dela e fazer o possível por ela. Ele levaria quinze minutos para ir na farmácia e para voltar, mais não poderia deixa-la lá sozinha ela poderia ter uma crise de asma, ou de tosse. Ele desceu para a sala quando tocaram a campainha quando abriu viu a turminha suja, suada, e aparentemente afobados, o que não era nada bom.

– Boa tarde meninos, como vão?

– Bem... tio podemos ver a Anji? – Ambre perguntou afobada

– Primeiro, respirem fundo e se acalmem. O médico disse que ela não pode ficar ansiosa ou afobada... – todos ficaram assustados, ela estava tão mal? - ... E precisa de muito repouso então ela não pode sair de casa. Mais preciso de um favor.

– Qual? – Castiel perguntou sério e preocupado.

– Eu tenho que ir na farmácia, vocês não poderiam cuidar dela pra mim? Ela ainda está dormindo então não vão precisar fazer nada.

– Claro, cuidamos dela até você chegar! – Eles literalmente empurraram ele para fora de casa entram e foram direto para o quarto da Anji vendo-a dormindo com a respiração cansada, era triste vê-la impossibilitada.

Eles se acomodaram no quarto dela pensando no que fariam. Ela nem em sonhos podia saber que eles estavam perdendo o campo, mais se não dissessem perderiam o campo e ela ficaria magoada com eles por esconderem isso dela. De todos quem mais estava mal era Castiel, ele viu todo o desempenho dela para construírem aquele Bendito campo para agora ver ele ir ao chão e isso era revoltante, tudo por causa de um riquinho mimado.

Jonah andava, não, ele estava correndo praticamente. O carro deu piti e não quis pegar então ele decidiu ir correndo até a farmácia que não fica muito longe de casa. Todos da rua o olharam correr desesperado e não disseram nada, apesar de curiosos. Quando ele chegou na farmácia não achou logo de cara os remédios que precisava para dar a Anji, depois de perguntar para o farmacêutico enquanto ele procurava de relance ele viu Kate entrando na farmácia e sorriu involuntariamente para ela que não deixou de sorrir e se aproximou dele.

– Boa tarde Kate ... – ele disse com um mínimo sorriso olhando para ela e logo depois desviando o olhar para onde deveria sair o cara com os remédios.

–Boa tarde Jonah, se sente bem?

–Hã? – ele se virou para ela e se tocou – Ah! Sim eu me sinto muito bem, quem não está bem de saúde é a Anji. Estou esperando o cara me trazer os remédios que não achei – ele disse sorrindo nervoso e gentil para ela.

– Ah, sim... e o que ela tem?

– Bem ele não me especificou nada, mais tem a ver com a asma dela. Tempo muito seco e me parece que ela respirou muita poeira, também tem a sinusite, pra mim é a mesma coisa com nome diferente. Fora o sistema e monológico dela que tem a proteção fraca... – um suspiro cansado e pesado completou o resto da frase.

– Entendi, e por isso essa carinha tristonha? – ela perguntou docemente fazendo ele sorrir

– Está tão na cara assim?

– Sim, só um cego não perceberia... Bem, acho que conheço um remédio caseiro que pode ajudar, receita da minha avó sempre funcionava. Se quiser...

– No momento estou aceitando tudo para o bem estar dela – ele disse pagando o farmacêutico sorrindo para Kate. Que sorriso, como podia ter um sorriso maroto tão doce quanto o dele?

– Como assim aquele *Tosse* *Tosse* *Tosse* riquinho fez mesmo isso? – ela tentou gritar com eles furiosa. Ela estava em pé com as mãos na cintura infantil.

– Se estamos dizendo... Aii – Armin acabou de ser estapeado por todos os amigos. Ele foi um tremendo idiota e sem querer deixou escapar que o campo estava sendo demolido.

– Deveria colar a sua boca com super cola... – Castiel estava indo para cima de Armin quando Anji juntou o pouco folego e voz que tia e gritou com todos.

– Vocês não iam me contar? Seus traidores, como podem fazer isso comigo! – ela gritou e Castiel congelou, não queria que ela visse ele como um traidor, não isso nunca.

– Anji, você está doente e por isso não queríamos contar ... Anji, foi para o seu bem... – com uma calma incrivelmente atordoante Castiel respondeu olhando para ela que parecia que iria matar um.

– Para o meu bem ou para o seu? – ele travou quando ela disse isso. – Eu me recuso a aceitar que aquele idiota acabe com a nossa diversão. Vocês vão para a sala e me esperem lá! – ela disse com a voz quase sumindo e incrivelmente rouca.

– No que você está pensando em fazer? – Lysandre perguntou preocupado com ela e com a saúde dela.

– Vão descobrir assim que saírem do meu quarto! – ela disse abrindo a porta e praticamente expulsando eles.

Ela foi até o guarda roupa pegou uma camiseta preta, um macacão jeans de short curto com grandes bolsos deixando um dos fechos soltos, calçou um par de meia encardidas e colocou os tênis pretos gastos e sujos, amarrou os cachos em Maria Chiquinha. Ela se olhou no espelho e deu uma fraco sorriso, ela iria fazer aquele branquelo esquisito pagar e muito caro pelo que ele fez. Foi uma tremenda covardia da parte dele. Ela pegou a mochila e pegou várias coisas aleatoriamente, principalmente, as coisas que ela usava para aprontar na escola. Ela desceu as escadas correndo até chegar na sala fazendo todos olharem preocupados para ela, menos claro Kentin que desde que chegou esteve com a cara fechada e o olhar raivoso.
Ao vê-la vestida e com cara de quem iria se vingar Castiel teve vontade de estrangular Armin, mas agora já estava feito mesmo e nada nem ninguém faria ela mudar de ideia, seja qual for.


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