Passion escrita por Mari


Capítulo 58
Capítulo 54 - Paixão


Notas iniciais do capítulo

Penúltimo capítulo. Boa leitura!



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– Angie, você foi enganada. A verdade é que German não sabia sobre aquelas drogas escondidas no carro. Armaram para ele.-
– Armaram? Do que você está falando, papai? Quem armou?-
O que está acontecendo? German confessou que ele estava envolvido, ele me disse com todas as letras.
– Sua mãe. Sua mãe armou para que a droga fosse colocada lá dentro e depois armou para que vocês fosse parados e a droga descoberta.-
Se eu tivesse levado um soco no estômago teria sido menos doloroso.
– Como assim? Ele confessou que tinha sido ele, ele disse que não me amava e só queria se divertir comigo.- Digo e sinto as lágrimas se acumulando em meus olhos.
– Não. Sua mãe o obrigou. Ele tinha que assumir a culpa pelas drogas para você, tinha que terminar o namoro e fazer você nunca mais querer vê-lo ou...ele ia ser preso por trafico. Se ele fizesse o que sua mãe pediu, ela daria um jeito de solta-lo.-
Não posso acreditar no que eu estou ouvindo. Minha cabeça está zonza. Minhas pernas fraquejam e eu cedo.
–Angie!- Papai e Harry dizem ao mesmo tempo e sinto mãos me impedindo de me chocar contra o chão.
Sou levada até uma cadeira e me oferecem um copo de água. Não sei de quem veio, murmuro um obrigada a ninguém em especial.
Tomo todo o conteúdo do copo e tento manter a respiração calma. Tento me concentrar nas palavras que meu pai acabou de me dizer.
Então tudo foi mentira? Eu fui enganada para acreditar que German não me amava e que ele não tinha mudado?
Todo esse sofrimento pelo qual eu passei nos últimos meses, quando eu podia estar feliz ao lado do homem que eu amo, e que agora sei que me ama também.
– Não acredito que eu perdi todo esse tempo.- Digo baixinho.
– Angie, olhe para mim.- Olho em direção a voz.
– Minha filha, me perdoe por não ter tido coragem e te contado antes. Por favor, não me odeie.-
– Eu não te odeio, papai.- Tranquilizo-o. Eu odeio minha mãe, ela sim eu odeio.
– Angie...Ainda não é tarde demais.-
– Você quer dizer...-
– Sim, quero dizer que você ainda pode ser feliz. Vá atrás dele.- Papai tira a chave do carro do bolso e segura na minha frente.
– Se você realmente quer isso, então vá.-
– Mas...Mas e...- Olho para todos que estão nos encarando curiosos.
– Eu cuido deles, não se preocupe.-
– Será? Será que eu devo, e se eu chegar lá e...-
– Chega de será e se...Vá atrás daquilo que vai te fazer feliz, Angie.-
Olho em seus olhos e sinto a determinação crescendo dentro de mim. Enxugo minhas lágrimas e sorrio largamente.
– Obrigada, papai.- Pego as chaves da sua mão e saio correndo.
Paro de repente e me viro, vou até Harry que está me olhando completamente perdido.
– Angie, o que está acontecendo?-
– Me desculpe Harry, mas eu não posso fazer isso.- Digo tirando o anel do meu dedo e colocando na palma de sua mão.
– Você é um homem maravilhoso, de verdade. Algum dia uma mulher de muita sorte vai usar esse anel, mas ela não sou eu. Sinto muito.-
Vou correndo em direção a porta, não olho em seu rosto pois não quero ver o quanto eu estou o machucando.
Harry é uma cara legal e não merecia isso.
Escuto os gritos de protesto de mamãe.
– Angie, não se atreva a fazer isso. Volte aqui agora.-
Continuo andando sem olhar para trás.
– Angie.- Escuto uma voz familiar me chamando. Me viro e vejo Paul passando pelas portas do restaurante.
– Você está muito nervosa, não pode dirigir assim.-
– Paul, eu preciso ir até a casa do German agora.-
Ele puxa as chaves da minha mão.
– Eu não vou deixar você dirigir assim, Angie.-
– Paul, você não intende, eu...-
– Entre no carro, eu dirijo.-
Ele me dá um sorriso travesso e entra no lado do motorista.
Eu entro no carro e coloco apressadamente o cinto de segurança.
Paul arranca com o carro e seguimos em direção a casa de German.
***
Quando Paul chega no endereço que eu dei, tiro o sinto de segurança e saio do carro.
– Angie?- Ele chama.
– Sim?-
– Eu vou ficar aqui te esperando por meia hora, se você não sair nesse tempo então eu vou embora, ok?-
– Ok. Muito obrigada, Paul.-
– Sem problemas. Boa sorte.-
Fecho a porta e vou correndo em direção da entrada.
Deus queira que ele não esteja com nenhuma mulher ai dentro. Mas que besteira a minha, ele me ama. Mas não seja por isso, eu o amo e mesmo assim estava com o Harry, se ele estivesse namorando também não poderia culpa-lo.
Fico remexendo as mãos nervosamente. Meu estômago esta doendo e eu estou ansiosa. Me viro para Paul e ele faz um sinal de incentivo com as mãos.
Encaro a porta por mais um minuto e então bato minha mão contra a madeira, batendo repetidas vezes com força.
Nada. Espero mais um pouco e então bato de novo, com mais força.
– Já vai, já vai.- Escuto a sua voz familiar e meu coração dá um pulo.
– Mas que pressa, só não derrube a minha...- German me olha com os olhos arregalados. - ...Porta.-
Pela sua expressão, eu sou a última pessoa que ele achou que bateria na sua casa.
– Angie...- Sua voz falha e ele limpa a garganta.
– Angie?- Ele tenta de novo e a sua voz sai mais firme.
– Oi.- Digo.
– Oi. O que você está fazendo aqui?- Ele olha para além de mim e vê Paul, faz um sinal com a cabeça e volta seu olhar em minha direção.
– Eu precisava falar com você imediatamente.-
Paro, respiro e inspiro uma lufada de ar.
– German, eu sei a verdade. A verdade sobre aquela noite, seis meses atrás.-
Ele me olha avaliando o que eu acabei de dizer.
– Você sabe? O que você acha que sabe, Angie?-
– Eu...Eu...Ann...Posso entrar?- Aponto para dentro da casa.
– Ah, desculpe. Claro, entre.- Ele sai do caminho me dando passagem.
Ele fecha a porta e caminha para a sala, eu o sigo. Ele se senta no sofá e faz sinal, me convidando a me sentar também.
– Por favor.-
– Obrigada.-
De repente diversas lembranças invadem minha mente, quando German me deu aquele primeiro orgasmo nesse mesmo sofá, ou quando a gente ficava abraçados aqui, assistindo TV e conversando sobre amenidades. Eu quero tudo isso de volta. Eu quero estar em seus braços novamente, eu estive ausente por muito tempo e meu corpo esta me implorando para pular em seu colo e abraça-lo e beija-lo como se não houvesse amanhã.
– Me conte o que você sabe.- Ele diz.
– Eu sei a verdade. Que você era inocente, você não sabia daquelas drogas no carro. Que você teve que mentir pra mim porque minha mãe ameaçou deixar você ir preso por trafico quando a verdade é que, foi ela que armou para você. E eu sei que tudo aquilo que você falou, das outras mulheres e sobre você não querer fugir comigo...Tudo aquilo era mentira também.-
– Ah, Angie.- Ele esconde a cabeça nas mãos e escuto seu choro baixinho. Chego mais perto dele e o envolvo com meus braços, ele me abraça de volta.
– Graças a Deus você sabe a verdade.-
– Eu sei, German. Eu sei.-
– Eu te amo.-
– Eu também te amo.-
– Como você descobriu?- Ele levanta o olhar e me encara.
– Meu pai acabou de me contar há alguns minutos atrás. Harry pediu para casar comigo e o meu pai não queria que eu...-
Ele se levanta em um pulo e me olha como se eu tivesse duas cabeças.
– Como é que é? O Harry pediu pra você casar com ele? E quem é esse Harry?- Ele diz o nome fazendo uma careta, como se tivesse um gosto amargo.
– Harry Prescott, lembra? Mais um dos inúmeros homens que a minha mãe tentou arranjar pra mim.-
Vejo a compreensão em seu rosto, depois uma careta, como se ele estivesse sentindo dor.
– Se ele te pediu em casamento então vocês...Vocês dois estavam...?-
– Sim. Nós estávamos namorando.- Admito e abaixo o olhar. Ele fica tanto tempo em silêncio que sou obrigada a encara-lo de volta.
– Você...Você aceitou se casar com ele?- Ele pergunta olhando minha mão e procurando um anel de noivado.
– Aceitei, mas não porque eu queria. Mas então papai me contou toda a verdade e eu rompi com Harry e vim correndo pra você, meu amor.- Me levanto e caminho até a sua frente.
– Eu te amo, German. Só você.- Digo olhando para seus lindos olhos azuis, que eu senti tanto a falta.
– Eu também te amo, Angie. Muito. Você sabe que eu não tinha escolha, não é? Eu tinha que fazer o que a sua mãe mandou ou eu ia...-
– Sim, sim. Eu sei. Eu entendo.- Tranquilizo-o.
– Você me perdoa? Perdoa por ter mentindo e te magoado?-
– Não tenho nada para perdoar, você não tinha escolha. Eu entendo isso.-
Ele fecha os olhos e os aperta. Respira fundo e vejo uma lágrima solitária rolando dos deus olhos.
Me aproximo de seu rosto e limpo a lágrima com um beijo, assim como eu fiz uma vez.
Vejo o sorriso em seus lábios e sorrio também. Ele abre os olhos e seu olhar é intenso, desesperado.
– Eu senti tanta, mas tanta a sua falta, coração.-
Ouvir ele me chamando pelo meu apelido, que ele me deu naquele dia, no meu primeiro encontro V8, aquece meu coração e instantaneamente sinto uma sensação de paz tomar conta de mim.
– Eu também senti muito a sua falta. Tanto que até doía.-
– Ah, Angie - Ele segura meu rosto e aproxima sua boca da minha.
– Eu quero muito te beijar. Posso?-
– E desde quando você precisa perguntar?- Ele sorri e meu estômago se aperta, ver aquele sorriso lindo dele me tira completamente do eixo.
Ele finalmente abaixa sua boca na minha.
Finalmente, depois de tanto tempo, sinto seus deliciosos lábios.
Nosso beijo é contido no começo, como se para que nosso corpo tenha tempo de reconhecer um ao outro.
Não que eu precise, meu corpo reage imediatamente ao seu primeiro toque, deixando meu coração a mil por hora e minhas pernas bambas.
Seu beijo me deixa completamente fora de mim, enquanto estamos nos beijando só existe eu e ele e essa sensação de que nada mais importa.
Ele aprofunda o beijo e ele se torna mais intenso, mais faminto e apaixonado.
Sinto seus braços em volta de mim e de repente estou sento erguida do chão. German me pega no colo sem quebrar o beijo, eu envolvo minhas pernas na sua cintura e meus braços em seu pescoço.
Ele espalma uma mão nas minhas costas e a outra está segurando minha bunda por cima do tecido do meu vestido.
Quando ele aperta eu gemo e o beijo mais ferozmente.
Ele nos leva até seu quarto e me coloca gentilmente em sua cama.
Ele tira meu vestido e e minha calcinha. Ainda bem que esse vestido não precisa de sutiã.
Seu olhos faíscam quando vê meu corpo nu.
– Eu sonhei tanto com esse corpo maravilhoso.- Ele sussurra.
– German.- Chamo seu nome em uma suplica, ansiando pelo seu toque.
– Eu sei, meu amor. Eu sei.- Ele sussurra em meu ouvido.
Ele vai acariciando todo o meu corpo com suas mãos, depois de cada caricia, ele beija o local por onde passou.
Depois de ter beijado, mordido e chupado todo o meu corpo, e quando eu acho que estou prestes a ficar louca, ele finalmente tira toda sua roupa e se deita sobre mim.
– German, o que é isso?- Passo os dedos sobre as letras em negrito que estão escritas no seu peito esquerdo, bem em cima do seu coração.
Angie
– É uma tatuagem.- Ele diz.
– É o meu nome.- Eu sussurro admirando as letras que formam meu nome marcadas em sua pele para sempre.
– Você é o meu coração, Angie.- Ele sorri e eu não consigo evita, lágrimas caem do meu rosto.
– Ei, não chore.- Ele diz secando meu rosto.
– Está tudo bem, são lágrimas de felicidade.-
Ele me olha com admiração e paixão.
– Eu te amo.-
– Eu te amo, German.-
Assim que essas palavras saem da minha boca, sinto sua ereção entrando em meu corpo e eu arqueio as costas.
– Oh, German.-
– Eu te amo.- Ele diz e repete em um murmuro a cada estocada que me dá.
Seus movimentos são lentos e gentis, não fazendo simplesmente sexo, mas sim amor.
Não só a união de dois corpos, mas de duas vidas, duas almas...Unidas para sempre.


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Notas finais do capítulo

Quero muitos comentários hein. @Violeteros_BR beijos Mari



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