Passion escrita por Mari


Capítulo 36
Capítulo 32 - Amor y nada más


Notas iniciais do capítulo

Aqui está o ultimo capítulo da maratona. Boa leitura!



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Depois do reconfortante banho coloco minha calcinha tipo shorts de renda preta e visto a camisa de German, sem sutiã. Sinto o tecido confortável roçar meus seios nus, cheiro e ela tem o cheiro delicioso de German.
Abro a gaveta e acho um pente e penteio meu cabelo, lentamente. Me olho no espelho, a cara lavada. Toda minha maquiagem foi embora junto com a água no ralo do chuveiro.
Meus olhos estão um pouco vermelhos por causa do choro. Dobro meu vestido e deixo em um canto junto com meu calçado.
Abro a porta e vejo German encostado na parede oposta com os braços cruzados. Ele está sem camisa e todo o sangue nele foi limpo. Ele está pensativo, encarando o nada.
Quando percebe minha presença, me olha. Vejo seu corpo enrijecer e ele passa o olhar pelo meu corpo, se demorando em minhas pernas nuas.
– Venha.- Ele pega minha mão e me leva até seu quarto.
– Você pode dormir na minha cama.- Ele me passa a caneca que estava na cômoda ao lado da cama.
– Camomila, para acalmar os nervos.- Ele aponta para a caneca que agora estou segurando. Assopro o liquido e dou um gole. Humm, delicioso. Dou mais um gole, dessa vez maior.
– Está uma delicia, obrigada.-
– De nada.- Ele diz se sentando na cama.
Me sento ao seu lado.
– Eu não...eu nunca te agradeci porque ter chamado a emergência naquele dia. Se não fosse por você eu estaria morto agora.-
Estremeço e meu coração doi só de pensar em seu corpo gelado, roxo e sem vida.
– Não precisa agradecer. Fico feliz de ter chegado a tempo.-
– Quando eu acordei no hospital, estava confuso, não sabia o que tinha acontecido. Jordan estava lá, ele me contou que você chamou ajuda e depois ligou para ele.-
– Eu não sabia que você usava...essas coisas.- Digo, tentando não julgar. Julgamento é a última coisa que ele precisa. Ele precisa é de ajuda, para parar com isso que quase o tirou de mim.
Ele não diz nada, apenas abaixa a cabeça.
– German, você precisa procurar ajuda. Tem que parar de usar isso.-
Ele levanta a cabeça rapidamente e me encara.
– Eu já parei, Angie. Eu não uso mais, não depois do que aconteceu.-
– Que bom. Aquilo quase te matou.-
– Eu sei.- Ele sussurra.
– Jordan me contou sobre seus pais e seu irmão.- Digo.
Ele me olha surpreso, vejo traição em seus olhos. Certamente ele não queria que Jordan me contasse algo tão pessoal sobre ele.
– O que ele te disse?- Tem raiva em seu rosto, mas logo ele suaviza a expressão.
Cruzo as pernas em baixo de mim e tomo mais um gole do chá.
– Só que seus pais morreram em um acidente de carro, logo depois de seu irmão ser preso por trafico de drogas. E que você herdou a casa e um pouco de dinheiro.-
– Só isso?-
– Ele disse que você já usava antes dos seus pais morrerem. Mas depois da morte deles e da prisão do seu irmão você começou a usar as drogas, bebidas, as corridas e...mulheres para não se sentir sozinho.-
– É tudo verdade.- Ele admite.
Suspiro. Me preparo para ouvir a resposta as perguntas que estou prestes a fazer.
– Você estava usando cocaína enquanto nós namorávamos, não é?-
– Sim.- Ele abaixa a cabeça em vergonha novamente.
– E continuou usando as corridas e a bebida como uma válvula de escape- Não foi uma pergunta.
– Sim.-
– E as... e as mulheres. Você dormia com elas mesmo estando comigo?-
Ele me olha pela segunda vez na mesma noite, como se eu tivesse duas cabeças.
– Angie, eu nunca faria isso. Depois que eu te vi, mesmo sem nem ter falado com você ainda, eu não estive com nenhuma mulher. Eu não poderia, só pensava em você.-
Alívio percorre meu corpo e eu escondo um sorriso por trás da caneca, quando levo ela até a boca. Termino o chá e coloco a caneca na cômoda.
– Angie?- Ele chama.
– Sim?-
– O que você veio fazer aqui naquele dia que você me encontrou?-
– Eu vim porque...porque queria terminar cara a cara. Não por uma mensagem como foi o caso.-
Sua expressão despenca e ele parece devastado.
– Ah sim, entendo.- Ele passa a mão pelos cabelos.
– Você precisa descansar.- Ele se levanta e eu faço o mesmo. Ele desarruma as cobertas pra que eu entre em baixo delas.
Me deito e ele me cobre, como se eu fosse uma criancinha.
– Onde você vai dormir?- Pergunto
– Eu esperava que com você.-
Eu coro, mas me sinto animada com a posibilidade de dividir a cama com German. Não posso criar esperanças, nós terminamos, não estamos mais juntos. Ele terminou comigo. Mas posso aproveitar essa chance, e ficar junto dele a noite toda.
– Se não tiver problemas, é claro.- Ele diz quando eu não digo nada.
– É claro, sem problemas.-
Me viro de lado e puxo as cobertas até meu pescoço.
– Eu vou tomar um banho e já volto, tudo bem?-
– Sim, tudo bem.- Digo sonolenta, meus olhos quase se fechando. O chá fazendo efeito, meu corpo está mais relaxado.
Ele caminha até a porta.
– German?-
– Sim, coração?-
Crio coragem e digo:
– Me perdoe.-
Ele parece confuso.
– Por...?- - Por ter quase beijado Paul.-
Ele não diz nada por um momento.
– Eu te perdoo.-
Ele sai e fecha a porta. Eu me encolho e aproveito o conforto da cama de German.
O sono me encontra e me derruba, adormeço exausta.


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Notas finais do capítulo

Comentem. Até quarta. @Violeteros_BR beijos Mari



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