As Impegáveis escrita por Emy
Notas iniciais do capítulo
Oie gente, desculpem a demora e os erros ortográficos ;D
Enjoy
P.O.V SERENA
Que garota estranha. Faz uns cinco minutos que ela está olhando para nós com um sorriso que daria medo até no Coringa. Olho para a Agnes, ela está olhando assustada para a garota. Todas nós estamos. A ruiva decide falar:
– Ham... Tudo bem?
A garota parece acordar de um transe, logo o sorriso se transforma em uma cara séria. Bipolar, penso.
– Tudo sim – ela diz. – Vem cá, me respondam uma coisa, vocês estão naquela lista, não estão?
Não fico feliz com a pergunta. Nem as garotas. Reviro os olhos ao passo que as outras bufam. Ninguém responde.
– Quem cala consente – a garota cantarola – Ah, me desculpem, eu não me apresentei. Meu nome é Loreine, prazer, podem me chamar de Lori se quiserem, eu entrei na lista porque dizem que eu quero aparecer demais. Então, e vocês?
Alguns segundos se passam sem ninguém a responder, então a ruiva se pronuncia outra vez:
– Bem, meu nome é Marine, mas pode me chamar de Mari. Sim, eu entrei na lista, mas tudo isso foi por causa da besta da minha irmã que colocou um vibrador na minha mochila e agora todos acham que eu sou necessitada.
– Desabafo grande para uma garota que acabou de nos conhecer – a morena ao lado de Agnes diz.
– Desculpe.
– Bem, já que estão todas se apresentando – digo. – Meu nome é Serena, podem me chamar de Serena, eu entrei na lista porque eu não gosto de usar roupa curta e muito menos de morrer para me tornar popular.
Loreine torce o nariz quando digo isso.
– Ok, minha vez – a morena diz – Carla Sanchéz, mas me chamem de Carly, por favor, eu estou na maldita lista apenas porque eu não sou uma das mais inteligentes, se é que me entendem.
Automaticamente balanço a cabeça em concordância, mas não sei o porquê. Todas olham para Agnes que está encolhida, encostada na árvore.
– Haam, eu acho que eu passo essa – ela diz. Percebo que está ficando vermelha. Tímida.
Mesmo com só alguns minutos de convivência, eu posso distinguir mais ou menos as personalidades delas:
Loreine é a bipolar.
Marine é a raivosa.
Agnes é a tímida.
Carly é a burra.
E eu, claro, sou a indiferente.
– Anda loira, diz aí seu nome, pelo menos, pra elas – digo.
– Ok, hmm, meu nome é Agnes e sim, eu estou na lista, mas saí antes de colocarem o porquê – ela diz sem olhar para ninguém.
– Muito bem – Loreine diz. – Olha, não merecíamos estar ali. Quer dizer, vocês não são feias. Não são impegáveis. Aposto que o cara que fez a lista é gay.
– Ou prefere as mais gostosas – Marine diz.
– Prefiro acreditar que ele é gay – Loreine completa – Mas se ele prefere as mais gostosas, por que não ficar mais gostosa?
– Deve ser porque não somos comida – Carly diz. – Quer dizer, é melhor falar sexy ao invés de gostosa, pois isso dá nervoso.
– Tudo bem, dane- se, vocês entenderam o plano, né?
– Espera aí, nos conhecemos faz dez minutos e você já quer que nós participemos do seu plano? – Pergunto.
– Mais ou menos – ela diz.
– Sem chance, ok? Ano que vem eu vou sair desse inferno finalmente e nunca mais vou ver ninguém, ninguém mais vai saber da lista – digo, mas não tenho tanta certeza assim.
– Mas você não quer deixar sua marca? – ela pergunta – Para quem continuar estudando aqui continuar falando de você?
– Pra quê? Não vai fazer nenhuma diferença na minha vida.
– Eu topo.
Me viro para Marine, pasma. Ela aceitou de bandeja participar do plano dessa doida? Elas nem se conhecem. Bem, pelo menos eu acho que não.
– Eu também – dessa vez quem diz isso é a Carly. Então ela se levanta e vai até elas. Olho para Agnes, que dá de ombros e se levanta, também indo em direção à elas. Então quer dizer que eu estou sozinha? Tudo bem, já estou acostumada.
Bufo e me levanto, mas eu não vou até elas, eu passo direto, vou até a porta e entro na escola, as deixando para trás. Eu hein, acabei de conhecer elas e uma já está me chamando para um plano de “ser pegável”? Não mesmo. Ando pelos corredores, nem ligando para as pessoas que estão me olhando e rindo, olho de relance para meu coturno e vejo que o cadarço está desamarrado, abaixo totalmente a cabeça e no mesmo segundo bato em alguém. Estou pronta pra socar o infeliz quando vejo quem é. O Deus grego que estava junto com a bipolar no jardim. Será que eles são amigos? Ou irmãos?
– Desculpa, não vi você – digo.
– Tudo bem – ele diz e sorri. Olha, eu não sou de ficar babando ou morrendo por um garoto, mas esse aqui...
– Ér... Vou indo – antes que eu comece a babar. Dou meia volta e corro para o jardim onde há pouco eu estava. Elas ainda estão lá, graças a Deus, vou até a morena bipolar e falo:
– Ok, tô dentro, quando começamos?
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