As Impegáveis escrita por Emy


Capítulo 7
O grupo.


Notas iniciais do capítulo

Oie gente, desculpem a demora e os erros ortográficos ;D
Enjoy



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P.O.V SERENA

Que garota estranha. Faz uns cinco minutos que ela está olhando para nós com um sorriso que daria medo até no Coringa. Olho para a Agnes, ela está olhando assustada para a garota. Todas nós estamos. A ruiva decide falar:

– Ham... Tudo bem?

A garota parece acordar de um transe, logo o sorriso se transforma em uma cara séria. Bipolar, penso.

– Tudo sim – ela diz. – Vem cá, me respondam uma coisa, vocês estão naquela lista, não estão?

Não fico feliz com a pergunta. Nem as garotas. Reviro os olhos ao passo que as outras bufam. Ninguém responde.

– Quem cala consente – a garota cantarola – Ah, me desculpem, eu não me apresentei. Meu nome é Loreine, prazer, podem me chamar de Lori se quiserem, eu entrei na lista porque dizem que eu quero aparecer demais. Então, e vocês?

Alguns segundos se passam sem ninguém a responder, então a ruiva se pronuncia outra vez:

– Bem, meu nome é Marine, mas pode me chamar de Mari. Sim, eu entrei na lista, mas tudo isso foi por causa da besta da minha irmã que colocou um vibrador na minha mochila e agora todos acham que eu sou necessitada.

– Desabafo grande para uma garota que acabou de nos conhecer – a morena ao lado de Agnes diz.

– Desculpe.

– Bem, já que estão todas se apresentando – digo. – Meu nome é Serena, podem me chamar de Serena, eu entrei na lista porque eu não gosto de usar roupa curta e muito menos de morrer para me tornar popular.

Loreine torce o nariz quando digo isso.

– Ok, minha vez – a morena diz – Carla Sanchéz, mas me chamem de Carly, por favor, eu estou na maldita lista apenas porque eu não sou uma das mais inteligentes, se é que me entendem.

Automaticamente balanço a cabeça em concordância, mas não sei o porquê. Todas olham para Agnes que está encolhida, encostada na árvore.

– Haam, eu acho que eu passo essa – ela diz. Percebo que está ficando vermelha. Tímida.

Mesmo com só alguns minutos de convivência, eu posso distinguir mais ou menos as personalidades delas:

Loreine é a bipolar.

Marine é a raivosa.

Agnes é a tímida.

Carly é a burra.

E eu, claro, sou a indiferente.

– Anda loira, diz aí seu nome, pelo menos, pra elas – digo.

– Ok, hmm, meu nome é Agnes e sim, eu estou na lista, mas saí antes de colocarem o porquê – ela diz sem olhar para ninguém.

– Muito bem – Loreine diz. – Olha, não merecíamos estar ali. Quer dizer, vocês não são feias. Não são impegáveis. Aposto que o cara que fez a lista é gay.

– Ou prefere as mais gostosas – Marine diz.

– Prefiro acreditar que ele é gay – Loreine completa – Mas se ele prefere as mais gostosas, por que não ficar mais gostosa?

– Deve ser porque não somos comida – Carly diz. – Quer dizer, é melhor falar sexy ao invés de gostosa, pois isso dá nervoso.

– Tudo bem, dane- se, vocês entenderam o plano, né?

– Espera aí, nos conhecemos faz dez minutos e você já quer que nós participemos do seu plano? – Pergunto.

– Mais ou menos – ela diz.

– Sem chance, ok? Ano que vem eu vou sair desse inferno finalmente e nunca mais vou ver ninguém, ninguém mais vai saber da lista – digo, mas não tenho tanta certeza assim.

– Mas você não quer deixar sua marca? – ela pergunta – Para quem continuar estudando aqui continuar falando de você?

– Pra quê? Não vai fazer nenhuma diferença na minha vida.

– Eu topo.

Me viro para Marine, pasma. Ela aceitou de bandeja participar do plano dessa doida? Elas nem se conhecem. Bem, pelo menos eu acho que não.

– Eu também – dessa vez quem diz isso é a Carly. Então ela se levanta e vai até elas. Olho para Agnes, que dá de ombros e se levanta, também indo em direção à elas. Então quer dizer que eu estou sozinha? Tudo bem, já estou acostumada.

Bufo e me levanto, mas eu não vou até elas, eu passo direto, vou até a porta e entro na escola, as deixando para trás. Eu hein, acabei de conhecer elas e uma já está me chamando para um plano de “ser pegável”? Não mesmo. Ando pelos corredores, nem ligando para as pessoas que estão me olhando e rindo, olho de relance para meu coturno e vejo que o cadarço está desamarrado, abaixo totalmente a cabeça e no mesmo segundo bato em alguém. Estou pronta pra socar o infeliz quando vejo quem é. O Deus grego que estava junto com a bipolar no jardim. Será que eles são amigos? Ou irmãos?

– Desculpa, não vi você – digo.

– Tudo bem – ele diz e sorri. Olha, eu não sou de ficar babando ou morrendo por um garoto, mas esse aqui...

– Ér... Vou indo – antes que eu comece a babar. Dou meia volta e corro para o jardim onde há pouco eu estava. Elas ainda estão lá, graças a Deus, vou até a morena bipolar e falo:

– Ok, tô dentro, quando começamos?


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Notas finais do capítulo

Comentem o que acharam :*