P.o.v Ambre

Acordei e notei que minha cabeça estava deitada sobre o ombro de Bonnie, ela apontava aquele canivete/faca para todas as pessoas que passavam por mim, o mais engraçado é que eu não me lembrava de ter deitado sobre o ombro dela, muito menos de ter dormido.

–Bom dia meu amor...- ela ia me cumprimentar com um beijo, porém desviei meu rosto à tempo- Esta tudo bem?- Bonnie fez uma careta curiosa

–Sim, está... Amor...

O relógio que estava pregado na parede- do lado de fora da cela- marcava 05:30 da manhã, quando a porta da delegacia foi aberta brutalmente. Meu pai estava na frente ao seu lado uma mulher negra de terno social, um advogado, minha mãe, e dois seguranças, pude ver que ao lado de fora haviam alguns paparazzis e jornalistas que reportavam tudo atentamente.

A mulher negra possuía alguns papeis em sua mão, os seguranças olhavam ao redor atentos, minha mãe e o advogado trocavam olhares esquisitos e meu pai esta com um curativo no pescoço e uma grande marca que era mais um arranhão no rosto, o arranhão estava vermelho isso significava que era recente... Estranhei.

A cela foi aberta, um policial chamou à mim... Apenas à mim, pude ver a cara que Li fez e Bonnie também.

Sai da cela fui dar um abraço em meu pai, o abraço foi mal retribuído, as coisas só ficavam mais e mais estranhas

–Ambre, assine esses papeis rapidamente, temos que ir para casa o mais rápido o possível- meu dizia de forma ríspida

–O-ok- não entendi bem o porque dos papeis, mas mesmo assim não protestei

A mulher colocou os papeis sobre a mesa e passei a assina-los, assim que terminei de assinar todos os papeis ela colocou em meu tornozelo uma espécie de tornozeleira preta, com uma caixinha preta na frente, em cima dessa "caixinha" haviam duas luzes: uma vermelha e outra verde.

–Você esta sobre prisão domiciliar, isso vai apitar imediatamente se você sair de casa e rapidamente a policia chegará. Para saber se você esta no limite a luz verde ficará acessa o tempo todo, a vermelha piscara quando ir para fora do limite, se por engano você sair do limite você terá 30 segundos para voltar para casa- ela explicava tudo e eu prestava atenção atentamente- se você tirar a tornozeleira a policia vai chegar na sua casa mais rápido do que você possa dizer a palavra "inocente"

–Pai! Eu não quero usar isso! Prefiro ir para a cadeia do que usar essa coisa do que não combina com nenhum sapato meu!- Reclamei, e meu pai simplesmente continuou com uma expressão seria, vi seu pulso cerrar.

–Vamos Ambre- ele parecia furioso

–Espera! E eu?- Olhei para trás e vi Li segurando as grades

Ela não obteve resposta alguma... Pobre Li