A cidade ainda estava escura, com as luzes das ruas ligadas, iluminando uma pequena parte do local. Já fazia uma semana que Hiyori não se encontrava com Yato e Yukine, pois estavam um pouco ocupados com os trabalhos.

Durante a madrugada, Hiyori acorda, com lágrimas escorrendo sobre suas bochechas, com saudades de Yato. Ela levanta de sua cama, coloca uma roupa bem aquecida, pois começara a nevar. Antes de sair, ela deixou um bilhete para seus pais, pega suas coisas e vai à procura de Yato.

Ela sabia que seus amigos não estavam fora da cidade, provavelmente andando sobre o telhado das casas, indo para o local do próximo trabalho.

Sem perceber que tinha deixado seu corpo caído no chão, Hiyori sai pulando sobre o telhado de cada casa, procurando por seus amigos. Ela decide ficar no alto da árvore mais alta por ali, que ficava próximo ao local que Yato e Yukine passavam aquela noite.

A noite estava muito calma, com montes de neve se formando pelos cantos das ruas. Já fazia uma hora desde que Hiyori saíra a procura da dupla. Ela já estava ficando cansada de procurá-los, quando avista os mesmos caídos em um beco.

– Yato! Yukine! - grita Hiyori, preocupada.

– Hum? Ah! - Yato se assusta, batendo a cabeça na parede do beco, quando se levantava.

– Você está bem? Oque aconteceu? E por que Yukine não acorda? - pergunta Hiyori, tudo de uma vez.

– Hey, calma! Uma pergunta de cada vez. - responde o Deus da Calamidade, dando uma risadinha.

– Por favor, responda!

– Tudo bem, eu respondo... Bem, nós estávamos exaustos dos trabalhos, e como ainda estávamos um pouco longe do templo, decidimos parar para descansar aqui por algumas horas. Deve haver, no máximo, 3 horas que estamos aqui.

Hiyori estava mesmo preocupada, pois Yukine estava com uma aparência muito exaustiva. Ele estava praticamente desmaiado no chão, com um tom de pele muito pálido, parecia até mesmo que não estava respirando, o que a preocupou mais ainda.

– Tem certeza que ele está bem? - pergunta Hiyori, preocupada.

– Ah... Não se preocupe com ele, está tudo bem...

– É que... Ele não parece pálido demais pra você?

– Pois é, mas isso é só porque ele está bem cansado.

– Se você diz... Ok! Então vamos para minha casa, não posso deixá-los aqui nesse frio. - diz Hiyori, sorrindo para Yato.

– Beleza, vou acordar Yukine. - Yato se vira para seu companheiro e chama seu nome três vezes, mexe seu braço, tenta levantá-lo, mas ele não responde.

– Yukine não acorda? - Hiyori estava preocupada.

– Estranho... Acorda Yukine! Deixa de ser preguiçoso criatura.

– Tem certeza de que ele está bem mesmo?

– Eu consigo sentir que ele está bem, não se preocupe. - Yato sorri para sua amiga, levanta Yukine e coloca nas costas - Vamos! Eu levo o Yukine, ele é leve.

– Hã... Okay, vamos!

Hiyori queria poder abraçar seu amigo, mas não era uma boa hora para fazer aquilo.

Chegando em casa, Hiyori pede para que Yato coloque Yukine deitado no sofá de sua sala de estar.

– Eu vou pegar um pano úmido para ele. Fique aqui enquanto vou buscá-lo. - Hiyori sai correndo para a cozinha.

– Ok!

Alguns minutos se passaram, e Hiyori não voltava. Yato escuta um barulho vindo do mesmo local onde sua amiga estava.

– Tudo bem aí?! - Yato pergunta, sem receber uma resposta. Preocupado, ele vai até a cozinha, e encontra Hiyori caída no chão.

– Hiyori! - Yato corre até ela.

– Hum? O que houve? - ainda acordando, Hiyori pergunta.

– Eu não sei. Eu ouvi um barulho vindo daqui e vim ver o que tinha acontecido, aí vi você caída no chão.

– Ai, minha perna está doendo.

– Eu te ajudo. - Yato pega Hiyori no colo e a leva até seu quarto. - Eu já volto, me espere. - ele deixa sua amiga deitada e desce até onde Yukine estava.

Ele leva seu amigo até o quarto ao lado do quarto de Hiyori, deixa-o deitado na cama, coberto, e coloca um pano úmido sobre sua testa. Quando termina, Yato se dirige novamente até o quarto de Hiyori.

– E então, como está se sentindo? - Yato pergunta, sentando na beira da cama de sua amiga.

– Ah, eu estou bem... Mas como Yukine está?

– Ele está bem...- ele temia o fato de que Hiyori só o visse como amigo. - Você... Gosta muito dele, né?

– Ah, claro! Ele é um amigo muito importante para mim. - ela sorri. - Mas sabe, eu gosto de outra pessoa.

– Entendi... Bem, vou procurar seu corpo pela cidade. Volto daqui a algum tempo. Descanse bem.

– Ok! Não demore.

Pouco tempo depois, Yato volta com o corpo de sua amiga e coloca-o na cadeira ao lado da cama onde Hiyori estava deitada.

– Voltei com seu corpo.

– Obrigada. - Hiyori senta na cama. - Sabe... Quando eu disse que gostava de alguém, eu quis dizer que era você, Yato.

Aquilo era verdade? Yato realmente tinha escutado aquilo? Ele não podia acreditar.

– Eu?!

– Sim! Eu te amo, Yato. - antes que Hiyori pudesse falar mais alguma coisa, Yato se aproxima da mesma, e beija-a delicadamente. Ela se entrega ao seu amor, tirando o casaco de Yato. Perfeito! Enquanto se beijavam, eles tiravam as roupas um do outro, como se eles estivessem esperando por aquilo à anos.

O sol estava surgindo no céu, quando Yukine finalmente acorda.

– Onde estou? - ele olha para todo o quarto. - Aqui parece com a casa da Hiyori. Ela deve estar no quarto dela. - quando Yukine abre a porta do quarto de Hiyori, ele encontra sua amiga deitada com Yato, abraçada com ele. Ele sorri, fecha a porta de seu quarto e volta para o que estava. - Eu sabia... Eles se amam!