República escrita por Larissa Gomes


Capítulo 43
Aposta


Notas iniciais do capítulo

Menininhas lindas! Capítulo disponível! rs
Espero que gostem! :)
Um mega obrigada sempre pelo carinho de cada uma! s2
Boa leitura!!



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– Ah, como é bom pisar novamente em casa... – Juliana disse manhosa, assim que entrou na sala do rosado lar.

– Ara Juliana, tá dizendo que não gostou de ficar lá por casa?! – Gina disse fingindo mágoa, enquanto entrava carregando sua própria mala.

– Imagine amiga, não... Não foi o que eu quis dizer... – A moça havia ficado extremamente sem graça, não percebeu tratar-se de uma brincadeira.

– Ela tá só te zoando minha cara, essa menininha não presta! – Ferdinando disse sorrindo, enquanto ajudava Zelão a carregar o restante das malas para o recinto.

– Sua boboca! – Gina também sorriu, confirmando brincar.

Juliana mostrou a língua para a amiga, correspondendo a brincadeira moleca à altura.

– Não presto é seu frangote?! – Gina jogou a mala no chão e iniciou uma brincadeira de lutinha com o engenheiro.

Estava morrendo de saudade de tal liberdade.

– Não presta sua porqueira! – Ferdinando voltou a provocá-la, enquanto tentava segurar suas pequeninas, mas ágeis, mãos.

– Ara que eu vou é chamar o pai dessa moça, pra dar um jeito nesses dois! – Zelão se colocou na brincadeira.

– Não! – Os três ouvintes foram uníssonos.

Uma onda de gargalhadas se instaurou na sala.

Eles haviam amado a viagem, bem como também as visitas e estadias na casa da família Falcão.

Mas há muito não viam a hora de voltar, terem suas rotinas livres... Namorar...

– Nem brinque com isso, meu amigo! – Nando completou, fingindo desespero.

– Ara, e você tome muito cuidado ao falar do meu pai doutor! – Gina fingiu se doer. Na verdade, entendia muito bem o rapaz.

– Não menininha eu não estou falando dele... É que bom... Você sabe... – Ele viu a cara de satisfeita que ela fez em deixá-lo sem jeito. – Ara sua porqueira! – Ferdinando sorriu em cair na brincadeira dela por um momento.

Aproximou-se da ruiva, e a puxou pela mão, depositando um doce beijo, entre risos, em seus lábios.

– Bom... - Juliana resolveu logo informar. – Eu e o Zelão vamos ficar um pouquinho lá no meu quarto assistindo um filme, tudo bem?! – Ela queria já esclarecer um ‘álibi’ para a longa ausência.

– Um filme, Juliana?! – Ferdinando não pôde deixar de provocar.

– Ora essa Nando! – Juliana ficou extremamente corada pela brincadeira.

– Nando! – Gina acompanhou dando um leve tapa no namorado.

– Ué, eu concordo com o doutorzinho, aqui já é todo mundo ‘grande e bonito’ como a mãe da Gina bem disse ontem... Não precisamos ficar dando desculpas...

A mãe de Gina havia utilizado a referida expressão na última visita que os rapazes fizeram às moças antes de partir. Ela havia feito questão de frisar que apesar de estarem sozinhos na República dali a alguns dias, eles já eram todos “grandes e bonitos” e sabiam muito bem o que deviam ou não fazer.

Sermões de mãe.

– É, pensando por esse lado, o Zelão tá certo mesmo... Afinal aqui todo mundo já sabe que vocês... – Gina foi interrompida por Juliana.

– Tá bom amiga, eu já entendi! – Juliana disse entre risos e bochechas rosadas. – Vamos? – Ela olhou carinhosamente para o namorado.

Na verdade queria logo sair dali.

Afinal, tanto ela e o namorado, quanto o casal amigos, estavam mortos de saudade.

Os dois casais precisavam de um momento á sós.

[...]

– É menininha, pelo jeito eu e você vamos ficar sem jantar hoje! – Ferdinando dizia fingindo manha, enquanto ajudava Gina a organizar as roupas de volta em seu guarda-roupa.

Afinal, os dois cozinheiros da casa estavam um tanto quanto ‘indisponíveis’ aquela noite.

– Ah frangotinho, eu sei fazer bolo! Se você não se importar em jantar isso... – Gina disse com um sorriso orgulhoso, como se resolvesse o problema com apenas essa fala.

– Você sabe, menininha?! – Ferdinando provocou com um leve tom de deboche.

– Ara, sei sim! – Ela empinou o pequenino nariz. – Aposta?!

Ferdinando abriu um doce sorriso com a provocação. Afinal, após a ultima tentativa de cozinhar, aquela que praticamente havia inundado a casa, Ferdinando nunca mais a tinha visto pisar na cozinha para preparar algo que não fosse sua omelete (ainda com a ajuda diária de Juliana).

– Eu aposto moça! – Ele levantou o nariz igualmente arrogante.

Estava desafiando ela.
Amava esse jogo entre os dois.

– Então tá certo! – Gina sorriu provocantemente. – O que eu ganho se fizer o bolo mais gostoso que você já provou na sua vida?!

Ferdinando se deliciava com a ousadia dela.

Ah, como estava com saudade.

– Você ganha a noite mais igualmente gostosa da sua vida, menininha... – Ele disse se levantando da cama, colocando-se de pé, à frente dela.

Gina cerrou os olhos.
Ferdinando mordeu os lábios.

O jogo já havia começado.

– Mas o que eu ganho se você perder, Gina?! – Ferdinando questionou com um delicioso sussurro, colando os lábios no ouvido da ruiva.

Gina sentiu sua pele, por completa, arrepiar.

Ela pensou um pouco, não admitia o fato de perder, portanto, não havia pensado em algo para tal possibilidade.

Afinal, se entrava em uma briga, era pra ganhar.

Orgulhosa.

– Hã, menininha?! – Ferdinando continuava sussurrando. Sabia bem os efeitos que causava nela. Ainda para piorar, colou as mãos na curvilínea cintura.

Gina tirou as mãos dele de seu corpo, delicadamente.

Teve uma ideia.

– Você ganhando, vai poder tocar em mim de novo, e escolher tudo... Jeito, lugar... Ou simplesmente não tocar, se quiser me castigar. – Ela disse petulante, colocando agora, sua boca colada ao ouvido dele, abrindo um sorriso nada menos que desafiador.

– Ora essa! – Ferdinando fingiu cair na provocação. Estava gostando daquele clima extremamente sedutor.

– Fechado?! – Gina deu um passo para trás, e estendeu a mão ao engenheiro.

– Fechado! – Ferdinando apertou a mão à sua frente.

[...]

Já faziam um dois minutos que Ferdinando ria descompassadamente na cozinha.

– Ora essa Gina, se nem quebrar um ovo você consegue sem fazer uma lambança, acha que vai conseguir mesmo fazer o ‘melhor bolo da minha vida’?! – O tom de deboche dele a deixava ainda mais estimulada a mostrar o que sabia.

– Ara que foi só um acidente, Nando! – Nem ela mesma conseguia conter o riso. – E você trata de limpar o ovo que caiu aí, porque se a Juliana chegar aqui e ver isso, é bem capaz de matar nós dois!

– É menininha, tá certo, eu limpo pra te ajudar... Mas eu duvido que um dos dois desça ainda hoje daquele quarto. – Ferdinando deu um singelo olhar para Gina.

Ela o olhou no mesmo instante.

Ficou um tanto quanto rubra.

Na verdade os dois sabiam muito bem do que estavam ‘falando’. E justamente por estarem ‘falando daquilo’ os olhares automaticamente se cruzavam.

Era curioso.

Ambos já dividiam há tempos o mesmo desejo.

Mas se obrigavam por vontade própria a esperar, fazer tudo com calma.
Na verdade, Gina há muito já sabia o que queria.

Apesar do medo comum do desconhecido, ela estava disposta a enfrentá-lo, e sabia que assim faria, quando de fato chegasse a hora. O mais reconfortante de tudo, no entanto era a ciência de confiar em Ferdinando para deixar ele (praticamente) decidir a hora certa.

Ferdinando, por sua vez, ainda se confundia muito ao pensar no assunto.

Aquilo tudo, até mesmo o namoro, era para ele tão novo quanto para a ruiva. Sua ‘experiência de campo’ apenas se resumia em noites isoladas, passadas com algumas recém-conhecidas na noite paulistana. E Maia, que era, na realidade, a única mulher com que ele já havia feito algo do gênero mais de uma vez. Mas a realidade é que referente à ela, ele pouco se lembrava daquilo já feito, desde que haviam decidido abandonar a amizade colorida, para a pura amizade que agora tinham.

Em resumo... Ele não sabia o que queria. Não, na verdade, sabia muito bem. Mas não sabia ainda como. Não, na verdade, sabia muito bem também.

Queria Gina, da maneira mais pura, ampla, completa e sua que pudesse tê-la.

O que de fato o ‘empacava’ era o outro fator: o quando.

– Nando?! – Gina o chamou, percebendo que ela havia ficado distante após o desvio de seu olhar.

Ele estava perdido naqueles pensamentos.

– Desculpa menininha, eu estava longe aqui, quer ajuda?! – O engenheiro se afastou da mesa em que estava encostado, se aproximando da pia, onde ela agora remexia uma ordenada massa.

– Não... Mas eu posso saber longe onde?! – Gina havia ficado curiosa.
Ele não diria.

Dentre toda a sinceridade que gostaria de ter com Gina, a única coisa que ele não pretendia nunca precisar compartilhar era a insegurança que o abatia às vezes.

– Bom... – Ele formulou logo uma agradável resposta. – Eu tava aqui pensando menininha, em como eu vou cobrar minha vitória da aposta... – E se aproximou e a abraçou delicadamente por trás, na cintura.

– Não, não, não Napoleão! – Gina se virou de frente e o afastou prontamente. – Aposta é aposta. – Ela piscou.

De fato, sabia ser tão provocante quanto ele.

Ferdinando não pôde deixar de rir com o topete dela em falar. A segurança em sua fala o fazia começar a duvidar se ela realmente não seria capaz.

A bela massa que a ruiva preparava, também.

[...]

– Pronto! – A ruiva disse ainda abaixada, fechando o forno, onde acabara de depositar sua orgulhosa criação.

Ferdinando não pôde deixar de observar atentamente o quanto aquele movimento dela havia sido gracioso. Aquele pequeno short jeans todo despojado, aquela camiseta suja com a massa de chocolate... De fato, ela também estava muito apetitosa.

Ele suspirou. Foi inconsciente.

Gina ouviu, e se virou para ele de imediato.

– Que foi frangotinho? Falou alguma coisa?!

– Nã... Não, menininha... Eu... Nada, não disse nada. –Ele lhe deu um belo sorriso de paisagem, tentando não corar, ou então, seus pensamentos seriam denunciados.

– Tá certo então... – Ela achou estranha a maneira como ele havia gaguejado, mas resolveu não dar importância, tinha outra etapa a cumprir. – Bom, agora me diz, cobertura de que?!

– Mas cobertura?! Ara que assim você tá apelando, Gina! – Ele fez questão de brincar com o truque extra que ela lhe apresentava.

– A parte mais gostosa é a cobertura, você acha que eu ia esquecer?! – Ela disse fazendo uma careta de ‘dã’ para ele.

Ferdinando se derretia feito um bobo.

– Chocolate. – Ele pontuou, sem nem saber as opções.

– Olha que eu não vou nem discutir, é a minha favorita também! – A ruiva sorriu moleca, enquanto o engenheiro puxava uma cadeira para continuar assistindo-a cozinhar.

Ele estava amando isso, deles dois ali, juntos.

Ela também.

[...]

– Mas espera, que eu vou colocar a cobertura! – Gina dizia irritada com a pressa do esfomeado e curioso rapaz sentado à mesa, tentando roubas lascas do seu bolo.

– Ara, que você tá parecendo sua mãe quando agente era criança! – Ferdinando comparou risonho.

– Não Nando, é que agora, mais velha, eu sei que às vezes é mais gostoso esperar...

O olhar deles se cruzaram novamente.
Céus.

Ambos estavam ultimamente com os pensamentos corrompidos pelo mesmo desejo parasitário.

Eles não revelariam dizendo. Mas os olhares sempre em momentos fatídicos os denunciavam.

– Bom... – Gina tentou disfarçar, terminando de jogar a cobertura. – Agora você pode provar, frangotinho.

Ela cortou um generoso pedaço, e se serviu.

Sentou-se e começou a comer.

– Gina?! – Ferdinando a observava incrédulo. – Não deveria ser meu o primeiro?!

– Ara e porque, se eu que fiz tudo?! – Ela ria da cara de tacho dele. – Pode agora pegar o seu, ué!

Ferdinando não conseguiu deixar de rir. Ela era mesmo autêntica em cada detalhe.

[...]

Apesar de já imaginar o veredito favorável, dado os dois pedaços gigantescos que o engenheiro havia provado, acompanhados de uma face plenamente satisfeita a cada mordida, Gina fez questão de questionar.

Queria ouvir um sonoro ‘você venceu’ da boca do teimoso namorado.

– Então...? – Ela apoiou graciosamente o rosto nas mãos, fazendo uma cara de vitória ao questionar. Queria provocar.

Ferdinando sorriu.

Ele já havia deixado claro de diversas maneiras que havia ‘mordido a língua’... Mas ela era terrível. Queria fazê-lo confessar em alto e bom tom.
Ele faria. Nem tinha como negar.

Mas não poderia deixa de provocá-la antes.

– Então...?! – Ele se fingiu de desentendido, com a cara mais forçada do mundo.

– Ara Ferdinando, fala logo! – Ela colocou-se de pé, pronta para escutar o que tanto queria.

Ele a acompanhou colocando-se de pé, juntamente.

O engenheiro respirou fundo. Afinal, tinha um orgulho quase tão grande quanto o dela.

– Tá certo menininha, você venceu... Esse é oficialmente o melhor bolo que eu já comi na minha vida! – Ele lhe sorriu. Era, acima de tudo, um belo elogio.

Gina sorriu de volta.

Abaixou a cabeça por um momento, digerindo o doce elogio e tomando coragem para lançar a provocação a seguir.

Voltou a encará-lo, ainda com um belo sorriso nos lábios.

– Muito obrigada, doutor, eu agradeço! – Ela fingiu uma referência em uma saia imaginária.

Ambos riram.

Ela parou de rir. Aproximou-se dele perigosamente, depositando o pano que estava em suas mãos em cima da mesa.

– E meu prêmio? – Ela indagou com a voz mais sensual que já havia ousado. A saudade dele já a torturava a muito tempo.

Ferdinando sorriu maliciosa e silenciosamente.

– Nosso prêmio menininha. – Ele a agarrou (finalmente) calorosamente pela cintura. – Acho que vai ser a aposta mais gostosa que eu já perdi.
Ela sorriu da mesma maneira que ele.
Ferdinando a puxou ainda mais pela cintura, aproximando-se do ouvido da ruiva.

– Eu não vou nem dizer que tava com saudade, porque isso pelo que vi, você já sabe... – Ele sussurrou, da maneira que sabia que a instigava.

– Eu sei, mas gosto de ouvir você falar... – Ela provocou de volta.

– Que saudade que eu tava de você, menininha... – Ele nem havia terminado direito de falar, e já a pegou no colo, depositando na mesa. Se encaixando entre suas macias cochas.

Gina fechou os olhos levemente. Estava saciando a saudade de várias coisas em um só momento.

Do fala. Do toque. Da vontade dele.

Ele se encantou com a expressão de prazer e entrega dela.

Logo, se lançou delicadamente sobre os lábios rubros, que a muito não sentia intensamente. Tanto que por isso mesmo, tratou de logo aprofundar o beijo, e fazer sua língua passear pela boca tão úmida, gostosa e receptiva dela.

Gina também não demorou a matar mais uma de suas saudades, apertou com toda a veracidade de seus desejos o bumbum de Ferdinando, trazendo-o ainda mais de encontro ao seu corpo.

Aquele atrito tão ritmado. Tão deles.

Após alguns minutos daqueles beijos tão saudosos, as mãos de Gina já começavam a escorregar para trás, apoiadas na mesa. Ela forçava agora mais do que nunca, sua extremidade sensível no engenheiro.

Em um dos momentos ela colocou, inclusive, a mão dentro da vasilha com cobertura.

Fingiu nem se importar. Perdia-se nos beijos deliciosos deles, e na vontade de sentir novamente aquilo que havia conhecido naquele dia, no carro.

Ferdinando imaginou. Também estava morto de vontade de poder ter tais liberdades com ela novamente. Quiçá novas liberdades, ainda mais deliciosas para ambos.

– Menininha... – Ele disse ofegante, depositando desejosos beijos no pescoço dela. – Vamos pro meu quarto?! – Ele nem imaginou nada de tão avançado.

Mas era uma questão de respeito saírem de cima da mesa para um contato mais gostoso.

– Urrum... – Gina sussurrou sem nem ao menos pensar em relutar contra os desejos úmidos e latentes que seu corpo apresentava aos toques dele.

Sem esperar, Ferdinando a pegou no colo, com as pernas dela o abraçando deliciosamente. Subiu até o corredor, aproveitando cada passo para apertá-la ainda mais.

Ele chegou até mesmo a tropeçar ao menos duas vezes, perdidos nos beijos sedentos que ela o depositava em seu pescoço durante o tentador percurso.

– Espera Nando. – Ela disse baixo, rindo, ao vê-lo se dirigir em direção ao quarto. – Eu preciso lavar a mão.

Ele fingiu que nem ouvia, e seguiu para o quarto.

Mostraria uma maneira muito mais gostosa de fazer aquilo.

Quando entraram no quarto, após um longo esforço em conjunto para abrir e fechar a porta do cômodo escuro, com Gina ainda no colo do engenheiro, ele se viu obrigado a soltá-la, deitada, sobre a cama instintivamente encontrada.

Ele se sentou ao lado dela, e acendeu o abajur, observando a mão que a ruiva mantinha cuidadosamente erguida.

– Seu porqueira, eu disse que precisava lavar a... – Gina não conseguiu concluir. Ferdinando pegou a mão dela começando a lamber e chupar deliciosamente cada um dos dedos com a cobertura.

A boca de Gina estava entreaberta e a excitação, que a cena e sensação a causavam, era absurda.

Ferdinando se deliciava com várias coisas além do chocolate.

A maneira como a respiração dela tornava-se mais forte e falha, bem como a jeito lento que seus olhos se fechavam, a cada vez que seus lábios voltavam a manter contato.

Quando terminou seu ‘trabalho’, Ferdinando fez questão de sussurrar no ouvido da ruiva, inclinando-se sobre ela, apagando o abajur.

– E se agente brincasse um pouco, menininha? - Ele se posicionou sobre ela, com o joelho no lugar que parecia destinado, se encaixando em seu corpo. – Hum?!

Só a voz dele, já fazia Gina gemer internamente.

– Eu acho que ia gostar... – Gina disse já com a voz encharcada de desejo. Puxando atrevidamente o elástico da bermuda que Nando vestia, para aprofundar pouco a pouco suas mãos no local que desejava acariciar.

Ferdinando se arrepiou por completo com a atitude dela.

O celular de Ferdinando tocou.

Ele percebeu que Gina parou de imediato os movimentos que fazia, bem como o beijo que estavam começando.

– Deixa tocar menininha... – Ferdinando disse claro, com a voz embargada de vontade, prosseguindo no ato de despi-la da camiseta.

O celular cessou.

Gina reiniciou os movimentos, já acariciando o membro do engenheiro por cima da roupa íntima.

Morria de saudades daquilo também.

O celular voltou a tocar.

– Ara Nando, atende de uma vez. – Gina não tinha muita paciência.
Ferdinando bufou. “Maldito celular!” Ele pensava furioso.

Sem nem acender o abajur, encontrou o celular (iluminado pela própria luz), no criado mudo, bem ao lado.

– Nossa... – Ele resmungou ao observar a tela.

– Que foi, Nando? – Gina questionou um tanto curiosa.

– Nada menininha... Que dizer, tem 12 ligações perdidas da Maia aqui... Era ela de novo agora.

– Nossa, mas ela tá morrendo por acaso?! – Gina não conseguia filtrar muito a fala quando se irritava. E ouvir o nome daquela amiga de Nando, atrapalhando o momento deles, a irritava.

– Calma Gina, é que nós ficamos quinze dias fora, ela deve saber que voltamos, e que saber se tá tudo bem, só isso... – Ferdinando colocou o celular no silencioso e depositou-o de volta no criado mudo.

Gina bufou.

– Ara menininha, pronto, nada mais vai atrapalhar... – Ferdinando voltou a beijá-la novamente no pescoço.

Gina de fato estava esquecendo a breve irritação, se deixando levar pelas carícias do amado. Iria recomeçar as suas também, quando a luz do celular novamente acendeu, iluminando castamente o quarto.

– Ferdinando, atende logo de uma vez, por favor! – Ela disse ríspida, se afastando dele e sentando-se.

Agora havia se irritado de verdade.

Ferdinando suspirou frustrado.

“Mas que diabo ela deve querer de tão urgente?!” Ferdinando pegou o telefone, sentando-se também.

– Oi Maia... – A voz dele demonstrava o desanimo em atender.
Gina sentia um nó se formando na garganta a cada segundo do ‘desnecessário’ telefonema.

– Maia calma, se você não parar de chorar eu não te ouço. Respira, por favor. – Ferdinando começava a falar um pouco mais alto, demonstrando preocupação.

[...]

Alguns minutos se passaram até que Nando conseguisse, finalmente, desligar o celular.

Ele acendeu o abajur, e observou Gina com o semblante nada menos que fechado.

Eles iriam discutir.


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Notas finais do capítulo

Bom menininhas, é isso...
Espero que tenham gostado!
Amanhã temos mais!

Beeeeeeeeeeeeeeijos! s2



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