República escrita por Larissa Gomes


Capítulo 38
Férias - O argumento


Notas iniciais do capítulo

Princesas, desculpem a ausência de ontem...
Bom, aqui está mais um capítulo, espero que gostem!
Não tem grandes acontecimentos, mas assim como todos de transição, é necessário! rs (Provavelmente hoje teremos mais)
Obrigada pelo amor de cada uma, sempre! s2
Boa leitura!!



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– Mas como assim Juliana?! – Gina questionava incrédula.
Realmente, a novidade de Juliana era maior do que a dela.

– Ora essa Gina... – A amiga de cabelos rosados dizia com um sorriso bobo no rosto. – Nós estávamos lá, perto da casa dele... E eu não sou nenhuma boba, já havia feito essas coisas antes. O Zelão também. E se nós nos amamos, porque ficar esperando, não é?! – O tom dela era um tanto quanto sapeca.

Gina a olhava, estagnada.

Não sabia desta tal experiência de vida de Juliana. Já até imaginava pela simplicidade com a qual ela falava do assunto. Mas ouvi-la confessar assim, sem rodeios, não era tão natural aos ouvidos da ruiva.

– Mas você tá me dizendo então, que fez tudo, tudo, tudinho com o Zelão lá no quarto dele? – Gina era um misto de incredulidade e curiosidade.

Juliana riu abertamente.

– Não amiga, tudo, tudo, tudinho não, ainda temos muito que fazer... – Juliana sorriu com a brincadeira, e encarou a amiga para pontuar, finalmente. – Eu estou te dizendo que eu fiz amor com o Zelão. E apesar, do jeito mais tradicional dele, ele viu que não tínhamos nada a perder, só a ganhar com isso...

Gina levou as mãos à boca.

Juliana riu ainda mais com a reação dela.

– Juliana! Você é uma maluca, isso sim! – Gina começou a rir na companhia da amiga.

– Ora essa, maluca porque?! Não foi você que me disse outro dia só não ter feito o mesmo com o Ferdinando porque ELE não queria ainda e tudo mais?! Se dependesse de você Gina, creio que já teriam feito também, e há bastante tempo...

– Ara que eu achei que queria, mas não queria! Na verdade eu queria Juliana... – Gina suspirou. – Mas acho que foi bom não ter acontecido ainda...

Gina olhou um tanto quanto desconfortável para a amiga.

É verdade que ela já havia, em outra ocasião, até mesmo decidido estar preparada para tal ato... Mas estava enganada.

E a cada vez que ficava com Nando, percebia que aquele não era mesmo o momento. Que tudo estava acontecendo da maneira correta. Gradualmente.

–É minha amiga, pelo jeito que você se surpreendeu agora com o que eu te contei, acho mesmo que não está totalmente preparada pra isso... – Juliana acariciou os cabelos da ruiva com quem estava sentada na cama. – Mas eu tenho certeza que o Nando vai ser carinhoso e paciente ao te preparar para tal coisa...

Gina sorriu. A lembrança dos recentes acontecimentos voltava à sua mente.

– Então, sobre isso... Aconteceram umas coisas hoje Juliana... – Suas bochechas coraram de imediato.

– Ora essa, pois então a senhorita me conte! – A moça de cabelos rosados se animava com a fala da amiga.

Juliana amava o fato de poder ajudar Gina a ‘descobrir’ esse novo mundo. Amava ainda mais poder aconselhar aquela pela qual tinha tanto carinho.

E assim, a madrugada das duas passou, com Gina contando sobre os acontecimentos ‘magníficos’ daquele encontro, entre risos e bochechas rubras, até o novo dia nascer.

[...]

Ferdinando despertou mais feliz e decidido do que nunca.

A madrugada anterior o fez ter ainda mais certeza do que queria para sua vida.

Gina, apenas.

Fazê-la plena e satisfazê-la, o fez sentir o homem mais capaz, corajoso, amado e feliz do mundo. Do universo.

Neste momento, ele queria mais do que nunca ter a certeza de que ela seria sua, apenas sua, pela eternidade mais ampla possível.

Ela o havia inspirado coragem e determinação para definir logo tudo aquilo.

[...]

– Meu pai, eu preciso conversar com o senhor, antes do almoço, por favor. – Ferdinando pontuou claro, na mesa de café da manhã.

Epaminondas observou curioso, a forma como Ferdinando disse aquilo. Mais parecia uma exigência que um pedido.

– Ora essa Nandinho, tudo bem a gente conversa... Mas você trate de não usar mais esse tom topetudo comigo, entendido? – O coronel fez questão de pontuar.

A intenção de Nando não era brigar com o pai. Muito longe disto, aliás.
– Claro, o senhor me desculpe... É que eu preciso muito lhe falar.

– Tá certo, antes do almoço, então, eu lhe prometo conversarmos em meu escritório. – O coronel estava curioso.

Quem também estava curiosa, neste momento, era a madrasta de Ferdinando.

Catarina gostaria muito de saber o assunto a ser coversado entre o marido e o enteado, ainda mais depois de algumas constatações que havia feito.

Sendo assim, quando todos terminaram o café, ela esperou o coronel sair, e chamou o rapaz para uma conversa na sala de estar.

Já sentado, conforme as orientações da madrasta, Ferdinando questionou curioso a razão do convite.

– Pois bem minha querida Catarina, você pode me dizer... O que foi? – Ele ergueu as sobrancelhas, curioso.

Catarina se sentou ao lado do rapaz, e foi direta.

– Eu quero saber sobre o que vai ser essa sua conversa com o seu pai, Nando...

Ferdinando engoliu seco. Percebia o olhar de desconfiança dela
.
–Ara, mas porque tão curiosa agora, Catarina? – Ele tentou escapar do questionamento.

– Porque eu bem ouvi o senhor saindo ontem tarde da noite, e voltando de madrugada rapazinho... Tem mulher metida no meio dessa história, não tem?! – Catarina, assim como Gina, não era muito de rodeios.

A cara de espanto de Ferdinando, com a constatação certeira da madrasta, destruiu qualquer possibilidade de negação da mesma.

Talvez, fosse mesmo até melhor revelar tudo à madrasta, antes de encarar o pai. Afinal, ela o conhecia muito bem, e poderia ajudar Ferdinando a descobrir uma forma de fazê-lo aceitar e aprovar o romance com a ruiva.

– Tá certo Catarina, eu vou lhe contar com quem eu estava à noite passada, e porque preciso conversar logo com meu pai... – Ferdinando aproximou seu rosto do dela, tomando coragem para sussurrar o segredo.

– Mas que você tava com a Falcão eu já sei, né Nando?! Só a segunda parte, por favor! – Ela disse em um misto de riso e deboche, mexendo os dedinhos.

“Mas como?!” Ferdinando arregalava ainda mais os olhos.

Catarina prosseguiu.

– Você pensa que eu não percebi, no dia em que vocês chegaram, a maneira como você olhava com esses olhinhos azuis pra ela? Ou o jeito como falou o nome dela na mesa, assim que chegou aqui...? Eu reconheci fácil Nandinho... Você tá é gostando daquela moça!

Ferdinando piscou atordoado.
Era assim, tão visível?

Ele sorriu assumindo tudo aquilo para Catarina. E logo depois, lhe lançou um olhar não menos que terno.

– Pois então minha cara, você quase acertou em cheio. – Ele faria questão de assumir.

– Quase?! – Agora era Catarina que olhava espantada.

– Sim minha madrasta querida... Porque eu não estou gostando da moça... Eu amo ela.

Catarina se levantou estupefata.

Ouvir o enteado declarar tamanho sentimento a filha do inimigo político de seu marido, a fazia sentir calafrios pelo que poderia vir.

– Mas Ferdinando... – Ela tentava argumentar, mesmo sem saber muito bem o que. – Você sabe que o seu pai não aceitaria nunca uma coisa dessas! Eu pensei que vocês estivessem de namorinho e tudo mais... Mas amar, Nando?!

– Amor sim Catarina! E eu vou pedir pro meu pai ir lá na casa de Pedro Falcão, reatar a amizade deles, e pedir a mão de Gina em casamento pra mim. – Ele pontuou claro e decidido, colocando-se de pé.

– Mas você ficou maluco, isso sim! – A madrasta não sabia se ria ou desmaiava tamanho o absurdo que estava ouvindo.

– Ora essa Catarina, eu pensei que ao menos você me apoiaria. Me ajudaria, talvez... – Ferdinando disse a observando com os olhos suplicantes.

Catarina observou o enteado ternamente. Via sinceridade em seus olhos.
“Céus.” Ela pensou, antes de se render ao charminho que ele ‘inconscientemente’ lhe jogava.

– E como eu poderia ajudar Nando...? – Ela disse voltando a se sentar, rendendo-se aos olhinhos.

Ferdinando sorriu.

“Uma aliada.” Ele constatou.

– Bom... – Ele também voltou a se sentar, contando para ela seus planos, detalhadamente.

[...]

– Olha Nando, conhecendo seu pai como eu conheço, não acho que apenas razões ‘sentimentais’ o convenceriam. – Catarina sabia bem o marido que tinha, e sabia também que Nando precisaria de razões mais ‘palpáveis’ para convencê-lo.

Ela já maquinava um plano.

– Mas como eu poderia fazer mais que isso Catarina?! – Ele observou a expressão dela. – Huum... Percebo que ideias estão surgindo...

Catarina sorriu.
Nando também.

[...]

– Mas doutorzinho, eu não acho uma boa ideia mentir assim, pro coronel! – Zelão dizia assustado pelo pedido do amigo que conversava com ele no celeiro.

– Ora essa Zelão! É por uma boa causa... Você sabe o quanto eu gosto daquela uma, meu amigo... E sendo o administrador aqui da fazenda, só você pode me ajudar a convencer meu pai.

Zelão observou o amigo penalizado pela situação.

Imaginava o quanto devia ser horrível não poder ficar com quem se ama. O coração dele apertava, só de se imaginar em tal situação, ainda mais depois da mágica madrugada que tivera com a professorinha em seu quarto.

Realmente, não era justo o amigo também não poder se sentir assim.

– Ara... Tá certo, Nando! – Ele pontuou firme. Iria ajudar o amigo engenheiro.

Nando sorriu abertamente e o abraçou extremamente agradecido.

– Você é um bom amigo Zelão, eu sempre soube disso! - Ferdinando fez questão de pontuar.

[...]

Os amigos olhavam um ao outro, apreensivos, em frente à porta do escritório, no qual o Coronel se encontrava, naquele final de manhã.


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Notas finais do capítulo

Bom, é isso amorinhas, espero que tenham gostado!
REALMENTE pretendo posta outro capítulo hoje! rs :)
Beeeeijos ! s2



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