República escrita por Larissa Gomes


Capítulo 20
A chegada.


Notas iniciais do capítulo

Meeenininhas do meu coração. Agora sim! Aguenta coração! rsrs
Bom, aqui está o capítulo 20, espero que gostem (apesar de achar difícil).
Obrigaada pelo carinho de sempre! s2
Boa leitura!!



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Gina se virou de costas. Não sabia ao certo o que responder. Estava magoada com o ciúme de Nando, mas entendia o motivo. Era o sentimento dele por ela. Sentimento este que, agora, ela compartilhava por ele. E isto também a deixava confusa. Ainda mais cedo, havia conversado com Juliana, e decidido que diria a ele o que sentia: também estava apaixonada.

“Mas será que ele merece saber disso?!” Gina chegou a pensar por um segundo. Mas logo tal pensamento lhe deixou a mente, assim que ela se lembrou das surpresas que apenas ele era capaz de lhe fazer gostar. Uma delas, por sinal, estava ali, pendurada em seu pescoço, logo acima de seu peito, de seu coração.

Sim, ele merecia saber. Mas assim como merecia saber disso, PRECISAVA ficar ciente de outras coisas também.

– Nando, - ela disse virando-se para encarar-lhe nos olhos – eu até que te entendo, e aceito suas desculpas. Mas eu não acho que esse seu sentimento vai poder ser usado sempre como desculpa.

Em um primeiro momento, Ferdinando ficou internamente eufórico pelo modo como ela o chamou. Mas logo em seguida, ficou um pouco decepcionado pela importância que ela parecia dar ao tal sentimento.

– Gina, eu sei que você não entende ainda, e nem espero que entenda agora, mas este sentimento que eu lhe tenho, é diferente de gostar. Eu sinto muito, mas ás vezes mesmo contra meu querer, o ciúmes que este sentimento me causa me deixa daquele jeito... Agindo sem pensar. – Ele abaixou o rosto - Apenas por medo Gina, medo de perder alguém que eu ainda não conquistei.

Gina observava o engenheiro se declarar novamente a ela, ele aparentemente não tinha dificuldade nenhuma em lhe fazer isso. Ela percebia que, então, era sempre verdadeiro o que ele dizia.

– Nando, você pode até não acreditar – Ela lhe tomou o queixo, outrora cabisbaixo, nas mãos. – Mas eu já entendo o sentimento que te faz pensar assim. Posso não sentir o mesmo ciúme, porque como já disse, não acho certo na nossa situação. Mas o sentimento... Eu já tenho igual por você.

A maneira como os olhos dele se umedeceram, em clara emoção com suas palavras, fez Gina ter ainda mais certeza de ter contado na hora certa.

Ferdinando sabia que ele já tinha avançado o estágio da simples paixão. Ele já amava Gina, de uma maneira que nem ele mesmo havia ainda compreendido. Mas ele entendia que, assim como o amor era novo e assustador para si, a paixão devia ser para ela. E ele nunca, nem em seus maiores devaneios imaginou conquistar de forma tão rápida, este querer dela. Que lhe era, para sua completa felicidade, exclusivo em sua vida.

– Ara, Gina – Ele disse sorrindo, enxugando uma teimosa lágrima que escorria de seus olhos. – Você não sabe o quanto me faz feliz, dizendo uma coisa dessas, menininha! – Ele pegou em sua mão e a puxou para si, colando-a em seu rosto, e em seu corpo, saudoso dela.

Eles estavam de narizes colados, observando um o olhar terno que recebia do outro. Gina esboçou um leve sorriso em seus lábios. Se fosse possível, Ferdinando ficaria ainda mais feliz, observando como ela estava aprovando o contato.

– Eu to morrendo de saudade de você já menininha... – Ele disse a aproximando ainda mais com uma das mãos em sua cintura. E a outra passou a lhe afagar lentamente os cabelos macios de sua nuca.

Gina já se sentia envolver a amolecer sob as carícias do amado. Mas precisava pontuar algo a mais antes de se deixar levar por ele.

– Se você tava com saudade a culpa era só sua frangotinho... Agora você entende como essa estória de ciúme não faz sentido?! É só pra isso que serve. – Enquanto ela falava, Nando consentia concordando com a cabeça, mas caçando de maneira suave e incessante, os lábios da ruiva. – Nando, eu to falando com você ainda... – Ela disse tentando resistir ao beijo que ele começava a lhe depositar ternamente nos lábios.

Mas foi inútil.

Logo, ela se viu tão perdida quanto ele, entre carícias e apertos que um dava ao outro nas nucas e corpos.

Aquele era um beijo de saudade, de desculpa, mas sobre tudo de confirmação. Confirmação da paixão que um havia confessado ao outro há pouco.

Ferdinando não hesitou em puxar Gina para o tapete felpudo do quarto de Juliana, este rosa, é claro. Logo eles estavam envolvidos na posição que tanto gostavam. Aquela que fazia Ferdinando gemer com os movimentos ousados da ruiva sobre seu membro, e Gina sentir vontade de ter ainda mais de seu corpo sendo tocado por ele, beijado por ele, apertado por ele.

Não tão inconscientemente, mas ainda com o simples pensamento de achar lícito fazer o que sentia vontade, enquanto se consumiam naquele beijo extremamente molhado e ardente, Gina pegou a mão de Ferdinando que lhe a amassava os cachos, e o fez descê-la com a sua a prensando por todas as suas curvas, até o seu próprio bumbum.

Ferdinando não conseguia acreditar no que a ruiva estava, ainda que silenciosamente, lhe pedindo.

Mas conseguia, e queria ainda menos lhe negar.

Fez a outra mão ter o mesmo destino, e começou a apalpar insanamente as nádegas da ruiva. A sensação de ser completamente reclamada pelas mãos de Ferdinando fez Gina sentir-se com uma vontade ainda maior de se movimentar mais avidamente sobre seu corpo. Ela não sabia muito bem o que queria. Mas quando sentiu Ferdinando tocar-lhe por dentro do largo short, ela soube. Queria sentir mais dele, tocar em lugares ainda não conhecidos.

Consciente da vontade que lhe atravessava o corpo, mas não tanto de seus atos, Gina escorregou a mão que estava dentro da camisa do rapaz, e a depositou lentamente, sobre a parte da frente de sua calça, muito próximo de onde estava sentada.

Ferdinando passou a apalpar ainda mais a bunda da ruiva, com ainda mais força, para lhe encorajar a fazer o que ambos, agora, queriam.

“Coragem, Gina” Ele secretamente pensava, enquanto a beijava enlouquecidamente. Se o beijo cessasse naquele estante, os dois veriam a face de seu par com uma expressão de completo prazer e expectativa.

Gina, após hesitar por um tempo, não conseguiu mais segurar a vontade, e apalpou por cima da roupa, o membro extremamente rígido e excitado de Ferdinando. Era maior do que ela conseguia sentir quando se sentava em cima dele, e mais rígido também. Ela se perdeu por alguns segundos na sensação de acariciá-lo daquela forma tão íntima. Tinha um misto de medo e prazer em tocá-lo daquela forma.

Ferdinando não queria expressar o que sentia naquele extraordinário momento, de nenhuma forma que pudesse fazer Gina se assustar ou se retrair. Ele estava encantado com a possibilidade de ser o primeiro homem que Gina já havia tocado, de estar descobrindo tais sensações com ele. Amava também a coragem que ela tinha.

Ele estava em êxtase. Mas foi, justamente, nesta sensação que se perdeu, soltando inconscientemente um gemido que fez Gina despertar de seus devaneios e perceber o quão longe estava indo.

Ela afastou instintivamente as mãos e lábios do engenheiro, encarou-o por um momento, mas estava envergonhada demais para suportar o contato visual. Os dois estavam extremamente ofegantes.

Gina se levantou rapidamente, apoiando-se escrivaninha de Juliana, de costas para Ferdinando.

– Nando, me desculpa... – Ela dizia sem coragem de encará-lo novamente. – Eu não sei... Eu não... – Ela não conseguia mentir. Sabia o porquê de ter feito aquilo, e sabia que tinha sido por sua própria vontade.

Ferdinando percebeu o sentimento horrível que as apossava dela, ele já havia sentido isto com a ruiva também. Ele estava ainda quente, ainda com saudade dela. Não queria que um medo de tê-lo ofendido, fizesse Gina desistir de ser espontânea com ele. Não queria que esse medo os fizesse terminar tão logo um beijo que ele havia aguardado o dia todo, praticamente.

– Gina... – Ele disse com uma voz extremamente sedutora se aproximando perigosamente por trás dela.

Gina podia jurar que se sentiu prestes a desabar tamanha a moleza que lhe abateu ao ouvi-lo dizer seu nome assim, se aproximando dela. Uma sensação ainda “pior” aconteceu quando ela o sentiu acariciar lenta e descaradamente suas pernas e nádegas de cima para baixo, já se colando em seu corpo.

– Menininha... Eu to aqui pra isso. – Ele disse com a voz tentadora por trás de sua orelha esquerda, com a boca colada nela. – Você não precisa se desculpar de nada, saiba que eu gostei disso muito mais do que você imagina.

Gina fechou os olhos com o prazer de tê-lo lhe acariciando e confessando que havia aprovado seu toque. A mente dela girava perdida. Seu ventre sentia um vazio, uma vontade doentia, que ela ainda não compreendia.

– Me beija Gina... – Ferdinando disse completo de desejo, virando-a de frente para si. – E não segura nenhuma vontade sua...

Assim ela fez.

E eles se entregaram a um novo beijo.

Ainda mais intenso ainda mais suplicante.

Gina não teve coragem de tocá-lo daquela forma novamente. Mas não fez questão de se segurar quando teve vontade de apalpar descaradamente o bumbum de Ferdinando, lhe mordendo tentadoramente o pescoço. Eles haviam perdido nova e rapidamente a razão.

Ferdinando pegou Gina pelas pernas e a depositou na escrivaninha, a altura ficaria perfeita.

Ficaria, pois eles não se deram conta de que lá em cima, havia alguns enfeites de cerâmica de Juliana, e eles sem perceberem muito, empurraram um, que se quebrou em diversos pedaços, ao cair no chão.

– Nando! – Gina despertou novamente do transe em que se encontrava, rindo pela arte que haviam feito.

– Ara, e agora menininha?!- Ferdinando cochichou para ela, rindo, da mesma maneira sapeca.

– E eu é que sei?! – Gina parou de rir e olhou para os lados. – Eu acho melhor agente sair daqui!

– É eu também acho! – Ferdinando mordeu o biquinho de dúvida que Gina esboçava.

– Ara que você tá muito assanhadinho hoje, rapaz! - Ela lhe empurrou, descendo da mesa. Dizendo com tom de deboche.

– A culpa é sua menininha! - Ele sorriu e a puxou para fora do quarto pela mão.

Os dois encostaram-se na parede do corredor, ao lado da porta do quarto de Ferdinando.

– Sabe menininha, agente podia continuar de onde parou ali, no meu quarto... – Ele disse olhando para Gina com um sorriso nada além de malicioso nos lábios.

– Mas você se aquiete frangotinho! – Ela deu um leve tapa no ombro de Nando, que riu com a resposta. – Eu acho melhor, agente descer, e ver o que a Juliana e o Zelão precisam que agente compre pra janta.

– Tá certo menininha. Tá certo. Agente tem que ajudar também aqui... – Ele disse se rendendo a ideia sugerida por Gina.

[...]

Tudo aconteceu muito bem naquela noite agradável. Tirando o fato de que Renato não quis se juntar a todos para jantar na mesa quando chegou...

Gina e Ferdinando ficavam impressionados com a maneira que Juliana e Zelão se davam bem ao conversar, não só no quesito cozinhar, mas em todos os assuntos que foram tocados durante o jantar.

Após o jantar, os quatro organizaram a cozinha, e decidiram assistir a um filme na sala.

– Juliana... Tem certeza que não seria melhor convidar o Renato?! – Ferdinando questionava a amiga aos sussurros durante o início do filme.

– Bom, eu já chamei, mas ele nem se quer respondeu minha mensagem. Se ele quiser, que desça. – Gina escutou a resposta da amiga e concordou com a cabeça.

Ferdinando viu estar vencido, e então desistiu do assunto. Passando a acariciar os cabelos da moça que estava deitada no chão, em seu colo, entre suas pernas.

[...]

A noite havia sido agradável para todos. Cada um havia dormido em seu quarto, dentro dos conformes.

Entretanto, todos acordaram juntos, ao som estrondeante da campainha, que começou a tocar às 08:00 da manhã.

Zelão e Gina acordavam cedo, geralmente, devido à vida que sempre levaram na roça. Mas o filme havia acabado tarde, e, assim como os outros amigos, eles pretendiam ter estendido mais a manhã de sono.

Pena que alguém interrompeu.

Ferdinando já sabia, apesar de não querer acreditar, de quem se tratava. Sabia muito bem quem “felizmente” havia chego. E então resolveu pular imediatamente da cama, jogar uma água no rosto e descer em disparada para abrir-lhe a casa, antes que Gina tivesse esta “amistosa” atitude.

– Bom dia meu caro doutor! – Cadu lhe sorriu, assim que Ferdinando abriu o portão.

– Bom dia meu caro colega, bem vindo! – Ferdinando fez o sorriso mais cínico que pôde.

Quando entraram na casa, todos os moradores já estavam na sala, ainda com roupas de dormir, esperando para dar boas vindas a Cadu.
Ferdinando quis morrer ao ver, Gina com seu minúsculo pijama, preto, lá, prestes a abraçá-lo.

O clima na sala seria mais amistoso, se o aspirante a médico não olhasse com cara de raiva para certo casal de amigos que conversava animado. O fato de Juliana ficar tão a vontade de camisola, por mais que esta fosse comportada, na frente de Zelão, também não lhe agradava.

– Ora essa minha gente, vocês já conhecem o Cadu, não precisavam ter se importado, eu vou levá-lo já ao ex-quarto da Dona Margareth... Podem ir se trocar ao menos, que depois conversam com ele.

Ferdinando dizia isto olhando claramente para Gina.

– Ara imagina Nando, ele tem é que se acostumar a ver agente assim já que vai morar aqui! – Gina disse sorrindo, indo cumprimentar o amigo, que lhe olhava deslumbrado.

“Acostumar uma conversa. Como pode ser tão inocente!” Ferdinando pensava olhando com o canto dos olhos o terno abraço (terno demais) que a ruiva dava de boas vindas ao ‘maldito’ loiro.

Todos a seguiram no comprimento, repetindo palavras igualmente amistosas.

Ferdinando iria guiá-lo até o quarto, se não tivesse pensado no fato de tem que ir à frente ao fazer isso, deixando Gina exposta aos olhos atrevidos do rapaz ao subir as escadas. Preferiu não arriscar.

– Juliana, você leva, então, o Cadu ao quarto da dona Margareth, por favor?! – Ele pegou a mão da ruiva, suavemente, sem demonstrar seu desconforto. – Eu e Gina vamos preparar o café da manhã.

Gina gostou da ideia e sorriu para Ferdinando, aprovando sua atitude. Inocente.

– Tá certo meu amigo. – Juliana se direcionou à escadas. – Vamos Cadu?!

– Eu ajudo você com as malas. – Zelão se prontificou. Já estava começando a ‘se ligar’ no tipo de Cadu, e não queria arriscar deixar sua amada ‘amiga’ a sós com ele em um quarto.

Renato observava a cena, incrédulo. Estava se sentindo mesmo um peixe fora d’água. E daria antes do imaginado um jeito nisso.

[...]

A primeira refeição de Cadu na republica, pelo menos para Ferdinando, se arrastou por longos minutos. Ele não conseguia, por mais que tentasse, deixar de sentir uma navalha de ciúmes arranhar seu coração, a cada vez que a ruiva ria das piadas do rapaz. Sentia-se ainda pior quando os dois iniciavam um assunto paralelo, referente à faculdade. Era desesperadora a maneira como eles se davam bem.

– Bom, eu vou tomar banho! – Gina se levantou da mesa, e despediu-se dos colegas após devorar sua omelete de cada dia.

– Espera Gina, já me mostre, por favor, onde fica o banheiro. – Cadu se levantou, acompanhando o caminhar de Gina.

– Eu vou com vocês lá pra cima! – Ferdinando se levantou ainda mais prontamente que o rapaz.

– Nando! – Juliana o chamou. – Você fique mais um pouco, quero falar um instante com você!

“Ara que diabos Juliana!” Ferdinando pensou tomado pela raiva, em ver sua menininha virar a porta, fora do alcance de suas vistas, com o ‘maldito loiro’.

–Ara Juliana! – Ele disse ríspido pra amiga. – Diga logo o que você quer!

– Ei dotoriznho, se acalme. – Zelão pontuou, conscientizando Ferdinando de seu tom grosseiro.

– Desculpe Juliana... – Ele respirou fortemente – Você tá certo Zelão. – Ele agradeceu o amigo com um gesto.

– Tudo bem Nando... Eu sei que queria ir junto, mas você precisa aprender a confiar na Gina. – Ela disse, começando a tirar a mesa. - E eu quero também lhe parabenizar pelo modo que se portou agora na mesa. Essa sim é atitude de um vencedor. De um homem seguro de si e de seu relacionamento. Por mais que o seu ainda esteja no início.

Ferdinando apoiou-se na mesa e abaixou a cabeça sorrindo sem graça.
– Mas você não sabe o quanto me doeu ver ela aqui sorrindo com ele Juliana... - Ele estava sendo sincero.

– Mas você se acostuma doutor! – Zelão lhe deu um tapa de amigo nas costas.

[...]

Passado alguns minutos de conversa, Ferdinando subiu para o seu quarto, esperando, realmente, não ver nenhuma cena que lhe desagradasse.

Doce devaneio.

Quando passou pelo quarto da ruiva, com a porta aberta, não pôde acreditar vê-la enrolada em uma toalha, com aquele um lá dentro lhe fazendo companhia. A cena que estava presenciando, o fez perder a cabeça.


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Notas finais do capítulo

Não tenho nem o que dizer! rsrsrs :x
Beeeijos! s2