He got a soul as sweet as blood red jam escrita por Bueno


Capítulo 3
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Notas iniciais do capítulo

Estou surpreso que estou conseguindo criar uma estória tão grande e que ainda faça sentido *0* A cada capítulo fico feliz comigo mesmo *3*



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Naruto-kun guiou-me pelos casais que estavam grudados pelo corredor, foi meio complicado passarmos sem nos esbarrarmos em alguém. Um casal ou outro insistia em se amassarem no meio do caminho. Conseguimos chegar até a porta dos fundos inteiros, amassados, porém inteiros.

A mão do Naruto-kun era quente, além de macia e delicada, o que fez sentir-me segura.

— Podemos ir? — perguntou, olhando fundo nos meus olhos.

— Sim, podemos — mesmo não sabendo para onde iria eu confiava nele.

Adentramos na floresta que ficava ao fundo da casa do Sasuke-kun, ele segurando minha mão firmemente — ainda mais que antes. Estava muito escuro, mas não era problema para nenhum de nós. Eu conseguia ver cada folha caída e cada galho retorcido. Mesmo assim, ele puxou-me para perto de si.

— Por favor, não fique para trás — alertou-me, mesmo sabendo que eu não ficaria.

Foi uma caminhada longa que incluiu saltar por algumas árvores gigantes caídas, pular algumas pedras e darmos de cara com um javali selvagem, fomos obrigados a acharmos outro caminho ou o bicho nos atacaria. Chegamos a uma cachoeira de águas verdes, havia uma árvore torta e velha com suas raízes saindo da terra perto da água. Andamos um pouco até umas pedras planas, ali seria o local onde veríamos nossas estrelas. Ele ajudou-me a subir, era impressionante como daquela parte da vila era possível ver as constelações e as estrelas solitárias tão perfeitamente. Deitei-me na pedra fria depois de ver o Naruto-kun fazendo o mesmo. Ele ofereceu seu braço para que eu apoiasse minha cabeça. Senti minhas bochechas enrubescendo. Fingi que ia arrumar meu cabelo e toquei delicadamente no músculo de seu braço. Sim, ele era real. Era um sonho que independente dos beliscões eu não acordaria. Olhávamos para a imensidão das estrelas em silêncio, cada um perdido em pensamentos. Minha cabeça estava lá na festa, imaginando se Sasuke-kun estaria sendo gentil e amoroso com a Sakura-chan.

— Desculpe-me, Hinata-chan — pediu ele.

— Pelo o quê?

— Por não ter ido a sua casa naquele dia.

— Não se preocupe com isso — tentei tranquilizá-lo.

— Eu fiquei mal quando cheguei e vi o bilhete junto ao bolo.

— Faz mais ou menos um ano...

— Eu realmente sinto muito — ele me interrompeu.

— Eu não conseguiria guardar rancor de você por tanto tempo, por mais que eu quisesse — eu não queria ter sido tão ríspida, mas aconteceu que as palavras pularam para fora abruptamente.

Fiquei calada esperando ele dizer algo, encarando-o nos olhos. Estava sendo difícil olhar dentro de seus olhos, mas por mais que eu estivesse constrangida, eu queria respostas também. Arqueei as sobrancelhas para que ele continuasse, mesmo não querendo ser tão evasiva.

— Eu estava me preparando para ir a sua casa naquele dia — ele respirou fundo antes de continuar — quando o Kakashi-sensei apareceu, disse-me que Tsunade-sama precisava conversar comigo urgentemente — contou, ainda olhando para mim. Eu precisei desviar o olhar, estava com vergonha. — Ela queria que eu fosse com o Kakashi-senpai ao País da Terra o mais rápido que pudéssemos. Então, eu só tive tempo de ir para casa e me organizar... Partiu meu coração não ter ido, juro.

Eu sentia de alguma forma que aquilo que ele falava era a mais pura verdade. Eu sentia.

— Não se preocupe, o tempo já curou a todos nós — eu disse, mexendo em seu cabelo.

Ele beijou-me uma segunda vez e daquela vez eu não tinha derrubado nada. Seu hálito cheirava a uva, seus lábios eram macios, ele beijava bem.

Acima de nós as estrelas estavam ligadas por rios de leite colorido. Eu não conseguia saber o que era bem aquelas nuvens em que as estrelas estavam mergulhadas, mas pareciam com rios. Leite, nuvens ou água, o que quer que fossem estavam ligando as estrelas formando as constelações.

— Estou com um pouco de calor — disse, passando sua corrente por cima da cabeça e a colocando perto de mim.

Tentei me afastar um pouco para que o ar corresse entre nós, ele não me permitiu, segurou meu ombro firmemente com a mão em que eu estava apoiada. Naruto-kun, depois de algum tempo, levantou-se, mantinha os olhos em mim. Eu não tive reação quando ele tirou a camisa exibindo os músculos definidos de sua barriga cobertos por uma leve camada de pelos dourados.

— O-O que você está fazendo? — eu estava em pânico, fixei meu olhar na pedra abaixo de nós. Eu nunca tinha visto nenhum garoto sem camisa, e vê-lo daquele jeito fez minhas mãos tremerem. Eu não podia, de forma nenhuma, erguer meus olhos. Eu não sabia o que poderia acontecer comigo mesma.

Levantei minha cabeça rapidamente olhando em seus olhos, sem nem ao menos repousar a visão em sua barriga. Ele ficou em pé, olhando para mim de cima, falando sobre alguma coisa que eu não consegui prestar atenção. Eu estava nervosa. De repente, num surto psicótico, acredito, ele tirou a calça. Meu rosto ardeu intensamente, eu fechei os olhos colocando as mãos sobre meu rosto.

— NARUTO-KUN!... POR... FAVOR... POR FAVOR! — implorei, ainda com o rosto coberto. Eu não teria coragem de olhar e vê-lo de cueca. Eu não podia. E se pudesse, alguma parte de mim certamente teria uma pane e pararia de funcionar.

Foi quando ouvi o barulho de algo caindo na água.

— Venha, Hinata-chan. A água está estranhamente quente.

Minhas mãos tremiam. Lentamente eu fui descobrindo meu rosto na esperança de que eu não visse algo que eu não quisesse ver. Será que Sakura-chan teria a mesma reação que eu caso o Sasuke-kun ficasse seminu em sua frente? Acredito que não, imagino que eu sou diferente o suficiente para entrar em crise em uma situação em que muitos aproveitariam.

— Hinata-chan, não tenha medo.

Eu tentei me levantar para ir embora, porém, minhas pernas pesavam mais que a pedra abaixo de mim.

Subitamente, recordei de um conselho que havia recebido noites antes da Sakura-chan.

— Se por algum acaso o universo conspirar a seu favor, não deixe isso passar por entre seus dedos — disse ela, séria, olhando bem fundo em minha alma.

Era como se o Naruto-kun fosse uma pequena quantidade de água que estivesse em minhas mãos e começasse a cair por entre os dedos, não importando se eu pressionasse os dedos, continuava a cair.

— PO-POR FAVOR, NARUTO-KUN, VIRE-SE NAQUELA DIREÇÃO —apontei na direção que ele deveria olhar.

— POR QUÊ? — gritou ele, indagando.

— SÓ FAÇA, POR FAVOR — gritei em resposta.

Ele virou-se, olhando na pro lado em que eu havia pedido. Fui veloz ao tirar minha blusa e minha calça, tremi um pouco quando uma brisa atingiu meu corpo. Desabotoei a sandália agilmente, colocando-as na lateral da pedra e pondo minhas roupas sobre elas. Dei um salto desajeitado da pedra para o chão. Caminhei ainda mais desajeitada até a água onde entrei devagar. De fato estava estranhamente quente. Avancei até mais ou menos o centro do rio, fiquei em silêncio esperando ele se virar. Mesmo ainda estando de calcinha e sutiã, parecia que eu estava completamente nua.

— P-Pronto! — falei suavemente.

Ele virou-se rapidamente em minha direção, foi engraçada a expressão dele; como o azul sólido dos olhos dele derreteu e sua boca caiu, em forma de O. Apenas nossos bustos estavam à mostra. Puxei-o para perto e beijei sua boca.

— Desculpa! — pedi, abaixando a cabeça.

— Pelo o quê?

— Por ter te beijado.

— Eu não conseguiria guardar rancor de você por tanto tempo, por mais que eu quisesse — disse ele, imitando minha voz.


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Notas finais do capítulo

Espero que vocês não interpretem de maneira errada esse lance deles tomarem banho no rio. Meu intuito não é, e nem será, desenvolver nenhuma conotação sexual nisso.



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