A Pianista escrita por LariChan
Notas iniciais do capítulo
Olá pessoas lindas do meu corassaun (?!) Melzinho na chupeta? Bem... Vamos a explicação: Acabei não postando sábado passado porque eu acabei viajando e eu não tive tempo para postar, pois voltei só segunda de noite. E hoje eu estou postando mais tarde porque eu prometi a mim mesma postar hoje, nem se seja de tarde. E como eu sou a Larissa, durmo até tarde. Então passou o horário da fic e acabei não colocando.
Então bora ler um capítulo que acabou de sair do forno!
Estava numa sala totalmente escura. Sem saber para onde ir, pois não havia nada nessa sala além de mim.
– Alguém?! – gritei
Nada além da minha voz sendo dispersa naquela enorme sala escura. Caminhei, quando eu escorrego em alguma coisa. Algo líquido e viscoso. Tentei olhar o que era aproximando próximo ao meu rosto. Cheirei. Ainda não sabia o que era, então lambi. Um gosto de ferro veio ao meu paladar. Sangue? Levantei-me e olhei que ao meu redor havia três corpos jogados ao chão. Um estava com a cabeça degolada, outro com um corte enorme e profundo em seu abdômen. O terceiro e último corpo estava com um corte profundo que ia da papada até o umbigo. Seus rostos? Escuros. Pareciam manequins de um filme de terror. Continuei andando. Mais à frente, vi uma faca. Não muito grande mais não muito pequena em cima de uma mesa de madeira sem mais nada ao seu redor. Ao pegá-la, escutei uma voz chamando-me. Olhei para trás e os corpos começaram a se rastejar. Comecei a correr com a faca em minhas mãos.
“Ayumi” – escutei uma voz.
Olhei para frente e vi um pequeno feixe de luz branca. Comecei a correr até essa luz. Ficava cada vez mais forte. Olhei para trás e os corpos estavam se arrastando de uma rapidez assustadora.
– Socorro! – implorei já chorando.
“Ayumi” – novamente a voz. Prestei atenção e percebi que essa voz estava me chamando do meu lado direito. Vi um vulto negro me rodear.
– AYUMI! – uma voz gritou.
Acordei num pulo gritando fazendo mamãe, que estava do meu lado, gritar também.
– Meu Deus, Ayumi! Quer me matar, é? – disse mamãe – Está tudo bem? Você está suando.
– A-ah, claro... – disse eu secando o suor e passando a mão esquerda em meu rosto – Acho que eu não tive um bom sonho dessa vez.
– Ai meu Deus, o que houve?
– Nada não... Mas o que foi que aconteceu para você acordar? Ainda tenho dois dias de férias. Tenho que aproveitar.
– Sabe que dia é hoje?
– ... Hã...? Sexta-feira? – disse tentando lembrar-me do calendário.
– E hoje é o aniversário do Christopher. Estou pensando em fazer uma surpresa a ele antes que ele volte do trabalho.
– Hmm... E já pensou em alguma coisa? – disse eu levantando-me da cama e indo para o banheiro.
– Não. Preciso da sua ajuda.
Olhei para ela com uma cara de “aff”. Ela me implorou e no final eu aceitei. Falei para ela dar a “surpresinha” durante à noite. Percebi um ponto de interrogação enorme saindo da sua cabeça e expliquei: usar uma langerrie.
– NÃO MESMO! – disse mamãe corada – Vamos, Ayumi! Ajude sua mãe. Não queria fazer uma festinha de criança para ele.
Eu pensei um pouco. Pensei mais um pouco. Cheguei a uma conclusão.
– Já sei! – disse eu subindo novamente as escadas em direção ao meu quarto.
– Sério?! O quê? – disse mamãe ansiosa.
– Vou ligar para o Tatsuo! Ele sabe o que fazer, acho...
– Aham... Porque esse garoto? Também tem a Naomi, o Hayato, a Claire, o seu primo Kazehaya... – disse mamãe citando os nomes nos dedos
– Ah, me deixa, vai – olhei para ela e ela deu um sorriso lateral. – Dá para parar com esse sorrisinho?
– Não mesmo. Haha!
Subi e peguei meu telefone. Digitei o número e antes que eu clicasse em “ligar”, hesitei. Lembrei-me da mensagem que o Tatsuo havia me respondido noites passadas. Não conseguia ligar então eu pedi para que mamãe falasse com ele. Ela, como sempre, me perguntou o motivo.
– Não é você que está inventando? Então fale com ele, ué.
Ela pegou o celular e clicou em ligar. Não sei o motivo, mas ela deixou no viva voz.
– Alô?
– Oi, Tatsuo! Sou eu.
– A-ayumi?!
– Sim.
– MENTIRA! – eu gritei. Rapidamente peguei o celular e disse que era minha mãe.
– Hahaha essa foi boa, senhora Yang. O que eu poderia ajudar a senhora?
– Nossa, isso é um pouco vergonhoso, mas... Hoje é o aniversário do meu marido e não sei o que fazer. Não estava pensando em festa de criança para ele, sabe? E eu não sei o que eu posso fazer para ele.
– Hmm... E se der... Uma “surpresinha” para ele durante a noite?
– Oi?
– Sabe...? Fazer “a noite”.
– Não mesmo! O que vocês adolescentes têm hoje em dia?
– Hormônios? – disse eu e escutei Tatsuo rir.
– Desculpe-me, senhora Yang. Mas eu não tenho nada em mente. E se vocês dois fossem em um restaurante estilo à moda francesa? Ele gosta disso?
– Ótima ideia! Muito obrigada, Tatsuo!
– Foi um prazer ajudar a senhora.
Mamãe passou o telefone para mim e eu subi novamente para meu quarto.
– E aí... Beleza?
– Tenho.
– Hã?
– Você perguntou-me se eu tenho beleza, e respondi que sim – ele riu.
– Ah, Tatsuo, vai tomar banho – depois acabei rindo um pouco também. – E você está ensaiando para a apresentação no colégio?
– Não muito. Eu toco quando tenho vontade, sabe? Acho que para poder você fazer algo com amor e dedicação àquilo que gosta, tem que estar inspirado.
– Entendi. Eu não vou apresentar coisa nenhuma. Mas vou assistir você e a Nao-chan tocar e depois podemos ver o Hayato jogar. Vai ter tempo direitinho.
– Então... Deseje boa sorte à sua mãe e – a ligação desligou.
Acho que foi bateria fraca, sei lá. O dia para mim foi um saco. Fiquei o dia inteirinho de pijama no sofá da sala sempre indo até a cozinha e pegando alguma porcaria para eu comer: sorvete, bombom, salgadinho, refrigerante e muita bala de menta (vovó sempre me trás sacos e sacos de bala de menta "-.-). Acabei tomando meu banho e depois de um tempo a mamãe aparece na porta com um vestido mais lindo do que na primeira vez que ela havia saído com o senhor Jonson. Um de cor escura, com um decote em V e havia uma faixa branca que ficava em baixo dos seios. Seu vestido era simplesmente lindo, de alça larga e para finalizar havia uma echarpe de tecido fino cor preta também que ia em cima do vestido. Ela estava usando um salto agulha branca com prata e seu cabelo estava solto com uma rosa branca no cabelo. Uma maquiagem bem leve.
– Uou – disse eu e mamãe sorriu corada.
– Acha que ele vai gostar?
– Ah se vai... – disse eu ainda admirada.
– Filha, quando ele chegar nós vamos sair, ok?
– Mas ele não vai se trocar?
– Outra surpresa também. Eu comprei um terno para ele e ele se trocará lá.
Depois de uns três minutos o senhor Jonson chegou em casa.
– Cheguei – disse ele colocando a mala no canto da porta.
– Bem vindo, querido! – disse mamãe.
– Bem vindo – disse eu com a boca cheia de salgadinhos.
– Uou, Mariko! Você está linda! Aonde vai assim?
– Nós vamos. Encomendei uma mesa em um restaurante francês. Vamos?
– A-ah, claro! Mas por quê?
– Feliz aniversário!
– Feliz aniversário – disse eu tomando refrigerante para ajudar o salgadinho descer.
– Oh, Deus! Você lembrou!
O senhor Jonson abraçou a mamãe e deu um beijo em seus lábios. Ele veio até mim e me deu um abraço me levantando do chão um pouco.
– Mas eu não tenho nenhum terno bom.
– Não se preocupe; você trocará lá.
No final das contas eu percebi que o sr. Jonson é um chorão e eles foram. Acabei jogando a latinha de refrigerante e o pacote de salgadinho no lixo. Depois de um tempo escuto a campainha tocar. O que eles esqueceram agora? Abri a porta e estava o Tatsuo.
– Boa noite – disse ele.
– Tatsuo! Boa noite!
– Desculpe-me desligar o celular na sua cara. Acabou minha bateria.
– Sem problemas. Já aconteceu isso comigo também.
– Perdão! Acordei-te? – disse ele olhando para o meu pijama.
– Ah, não mesmo! Ainda tenho que aproveitar enquanto as aulas não começam – eu ri e Tatsuo deu um dos seus sorrisos laterais. – Não quer entrar? Está uma zona, mas...
– Ah, obrigado.
Realmente, a casa estava uma zona. Cheio de salgadinhos e porcaria em cima da mesa, uma coberta, a minha coberta, em cima do sofá, a cozinha com uma montanha de louça, entre outros. Ele se sentou no sofá e eu ofereci alguma coisa para ele pedir. Mas ele recusou. Sentei-me também no sofá e ficamos com aquele silêncio horrível. Pensei em alguma coisa para dizer, mas não saiu nada. Apenas um assunto que eu não queria falar.
– Desculpe-me por não ter respondido sua mensagem – disse eu envergonhada.
– A-ah, sem problemas... - ele corou.
Novamente, um silêncio horrível.
– Quer ver algum filme? – disse eu.
– Oh, não. Desculpe-me. Eu vim aqui para realmente falar com seu padrasto e deseja-lo felicidades.
O Tatsuo se levantou falando que já estava de saída. Levantei-me também e percebi que tinha alguma coisa incomodando-o.
– Tudo bem? – perguntei.
Ele levantou a cabeça e respondeu que sim com um sorriso.
– Tatsuo, você não me engana. O que aconteceu?
– Nada! Sério mesmo...
– Então tá... - ele nunca me engana.
Ele saiu e se curvou dizendo tchau. Disse a mesma coisa e ele foi lá. Entrei em casa e vi que ele tinha deixado as chaves de casa no sofá. Acho que caiu quando ele se sentou ou levantou. Peguei a chave e corri para entregar para ele. Quando abro a porta eu corro que nem uma louca. Isso não vale! Ele estava de bicicleta! Ai, Cristo... E ainda por cima eu estou de pijama! Ah, dane-se. Corri e fui até ele. Em mais ou menos dois quarteirões eu consigo alcança-lo um pouco.
– TATSUO! TATSUO!!
Ele olha para trás e no mesmo momento para a bicicleta.
– Ayumi! O que estava fazendo aqui e de pijama?
– Você... chaves... esqueceu... Ai meu pulmão – disse eu bufando.
– Está tudo bem?
Eu fiz um sinal com o indicador para que ele esperasse um minuto para que eu pudesse recuperar meu fôlego. Depois eu estiquei minha mão e entreguei-o as chaves.
– Minhas chaves! Obrigado! – ele sorriu.
– Eu que agradeço. Com essa corrida acho que consegui perder o refrigerante que tomei hoje – eu ri e ele também.
– Sobe aí.
– Oi?
– Sobre aí na bike. Eu te levo para casa.
Não estava a fim de voltar tudo a pé, então aceitei o seu convite. Subi na bicicleta e abracei sua barriga. Jesus amado, não que eu queria dar uma de aproveitadora, mas ele tem uma barriguinha definida! Ao chegar em casa, eu desci da bicicleta e agradeci. Quando eu fui abrir a porta de casa, o Tatsuo me chama.
– É... Nada não. Boa noite.
Eu entendi o que ele queria e eu corri, dei um beijo em seus lábios e depois disse boa noite. O vi corar e entrei em casa dando tchau com a mão. E ele fez a mesma coisa. Ao virar para a sala estava o sr. Jonson sentado em uma cadeira e mamãe andando.
– Mariko! – disse o sr. Jonson.
– O que foi, meu amado?
– Ah, nada não...
Então mamãe correu até ele e o beijou também.
– Eu te amo, minha amada! – disse o sr. Jonson.
– Eu também te amo! Depois vamos andar de bicicleta até o pôr do sol!
Eles estavam atuando o que aconteceu comigo e o Tatsuo lá fora! Mas claro, com mais coisas e mais exagerado. Eu senti minhas bochechas corarem.
– MÃE! JONSON!
– O que foi? Você já tem quase 17 anos, filha. Isso é normal. Mas por que não me disse?
Não disse isso a ninguém. Então eu subi correndo as escadas e afundei minha cara na almofada esperando o sono chegar.
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AEWWW Ayumi dando os primeiros passos também. Demorou, não? :v Perguntaram-me se já podemos chamar a Ayumi de "Ayumi Nagashima" (sobrenome do Tatsuo) e posso dizer que sim ~u.u Enfim... Espero que vocês tenham gostado desse capítulo aí.
E um pequeno Spoiler: Para vocês que falam que meu filho (sqn) Hayato é gay, esperem chegar o próximo capítulo. Onde ele vai jogar basquete e acontecerá algo vergonhoso e maravilhoso XD (para alguns).
Chu~