Seja minha escrita por Stéphanie Cribb


Capítulo 4
Capítulo 4


Notas iniciais do capítulo

Voltei, samcediaaaaans !!
Espero que não me matem pelo pequeno sumiço, acontece que passei uma semana maravilhosa em Fortaleza. Foi o encontro nacional dos estudantes de química e eu realmente não tinha como escrever/postar a história para vocês.

Espero que gostem e deixem um comentário para eu saber se devo ou não continuar ;)



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Pontualmente, às quatro e meia da tarde, o arquiteto Sam Evans estava presente na agência de advocacia onde trabalhava a senhorita Jones.

Engraçado foi como ele contou os minutos para chegar àquele lugar... Sentia uma imensa ansiedade denunciada pelo suor de suas mãos e os pelos arrepiados devido ao medo do que poderia acontecer de errado.

– Olá. – Disse ele timidamente ao parar em frente a uma mesa onde trabalhava uma mulher loira vestida de vermelho.

Ele entrou na agência fazendo o sino acima da porta estremecer. Aquilo chamou atenção das poucas pessoas que ainda terminavam seu expediente. Então ele caminhou no corredor entre as mesas e viu cerca de quatro rapazes trabalhando em seus computadores... No final da sala avistou a jovem moça loira de pele branca.

– Eu tenho um agendamento com a senhorita Jones.

– Oh... Claro. – A moça retirou os óculos e levantou-se vagarosamente. – Você deve ser o senhor Samuel. – Estendeu-lhe a mão. – Eu sou Rebecca. – Sorriu. – A senhorita Jones está em reunião com o senhor Ambrams, mas já deve chegar – ela caminhou, guiando-o até a sala da advogada. – O senhor pode esperar aqui dentro, ela não tardará. – Sam sorriu e entrou na sala.

– Obrigada. – Sorriu-lhe gentilmente e deixou que ela fechasse a porta.

Ao primeiro passo pensou quem poderia ser o tal Abrams. Achou que poderia ser um senhor com quase sessenta anos e que tivesse o cargo mais alto da empresa. Seus pensamentos, porém, foram cortados quando ele se sentou em frente àquela mesa bagunçada da onde saía um delicioso cheiro de lavanda. Aquilo, por alguns instantes, acalmou seus nervos e ele fechou rapidamente os olhos em uma tentativa de aproveitar melhor aquela sensação.

Do lado de fora, Mercedes caminhava sobre seus saltos enquanto lia alguns documentos.

– Sonhorita Jones, o cliente de quem lhe falei mais cedo já chegou. O deixei esperando em sua sala. – Rebecca a surpreendeu rapidamente, mas a advogada não desgrudou os olhos daqueles papéis.

– Ah, ótimo. Muito obrigada. – E então abriu a porta com uma das mãos. – O senhor me desculpe deixá-lo esperando... – Sam levantou-se ainda de costas para a mulher.

Aquela voz...

– Era uma reunião muito importante e... – Mercedes se desculpava enquanto andava em direção à sua cadeira sem desgrudar os olhos dos papéis que estavam em sua mão. Quando, então estendeu a mão para o rapaz e o olhou, congelou. – Ora, se não é o rapazinho apressado e mal educado quem me deu um esbarrão no início da semana... Veio pedir desculpas ? – Foi sarcástica e o viu torcer a face.

–Você. – Ele constatou rindo e a viu erguer uma sobrancelha. – Agora está explicado todo aquele jeito durão... – Sentou-se relaxando as costas na cadeira e assistiu Mercedes deixar os papéis de lado.

– Se o senhor não veio se desculpar veio fazer o que ? Porque como pode ver eu estou bastante ocupada para lidar com um jovem rude que mal sabe por onde começar a vida. – Mercedes falava rápido, sem pensar e com um extremo ar sarcástico.

– “Jovem rude que mal sabe por onde começar a vida.” – Sam repetiu aquela palavras enquanto franzia o cenho e mantinha uma expressão pensativa. – A senhorita realmente tem uma personalidade forte, – concluiu por fim – Mas não acho que isso lhe dê o direito de me insultar desta maneira. – Disse levantando da cadeira e apoiando as mãos, que estavam bem fechadas, sobre a mesa.

Ele encarou seriamente os olhos de Mercedes. Um olhar que transmitia a sensação do calor de uma lareira, mas ao mesmo tempo extremamente raivoso. Com isso, Mercedes sentiu a boca secar e não conseguiu pensar. Entõ ela assistiu Sam suspirar.

– Vamos começar de novo. – Ele balançou a cabeça para afastar seus pensamentos e lhe estendeu a mão direita. – Sam. Na verdade, Samuel. Evans.

Mercedes olhou para a mão do rapaz e depois para seu rosto. Hesitante, ela se rendeu.

– Mercedes Jones. – Finalmente concedeu-lhe aquele cumprimento.

No momento em que trocaram aquele toque, sentiram, novamente, o choque. O mesmo que havia os atingido na porta do restaurante. Os pelos de Mercedes se arrepiaram e a espinha de Sam esfriou. Foi aí que eles perceberam o quão grande era o tempo que suas mãos estavam juntas e, rapidamente, trataram de soltá-las para, em seguida, sentarem.

– Então... O quê o senhor deseja de mim ? – Mercedes perguntou tentando manter a ética.

Quando ela fez aquela pergunta, sentiu sua espinha queimar devido ao olhar que recebeu de Sam. Rapidamente ele pensou em arrancá-la daquelas roupas e... Bom, não pôde pensar nada além disso, pois tratou de cortar aqueles pensamentos loucos. Ele mal conhecia aquela mulher. Então ele piscou mais forte e a viu, impaciente, esperar uma resposta; e depois de gaguejar ele simplesmente falou:

– Hm, seus serviços ?! – Disse inseguro. Parecia não estar pensando muito bem.

– Oh, isto é um pouco óbvio não acha ? – Ela replicou sem paciência, depois de revirar os olhos. Recebeu um meio sorriso de Sam e, sem entender o que ele queria dizer, continuou. – O senhor tem algum caso específico ? Está sendo acusado de alguma coisa ? Eu preciso saber o que o senhor quer.

Desta vez Sam tratou de ser mais forte à entonação daquela mulher e pensou melhor antes de responder.

– Oh... – ele parecia ter saído de um transe. – Não, não... Eu acabei de abrir um escritório aqui em Nova Iorque. Aliás, eu trabalho como arquiteto. – Neste momento Mercedes ergueu a sobrancelha e sorriu surpresa. – Há dois anos. – Ele constatou por fim. – E, bem... um outro arquiteto, que também é amigo meu, achou conveniente eu ter um advogado para me ajudar com toda a parte burocrática do meu trabalho. Um outro amigo, então, me indicou seu nome. – Ele sorriu apertando os lábios esperando ter dado uma boa resposta já que Mercedes o analisava profundamente.

– Hm... – Ela pareceu convencida enquanto pensava. – E esse seu amigo ? O qual lhe indicou meu nome ?!

– Noah. Noah Puckermann. – Ela não pareceu lembrar. – A senhorita era uma das advogadas envolvidas na sociedade de academias que ele montava e faz parte... Em Los Angeles.

– Oh, sim... Noah Puckermann. Como eu poderia esquecer ?! – Ela por fim lembrou enquanto dizia aquele nome calmamente.

Sam não entendeu muito bem o que ela quis dizer com aquela frase, mas talvez fosse apenas sua imaginação o perturbando.

– Então... A senhorita irá me ajudar ?! – Ele perguntou com olhar de criança e a viu se curvar para frente e apoiar os cotovelos sobre a mesa.

– Primeiro: já que nos apresentamos e, se vamos mesmo fazer isso, comece me chamando por ‘você.’ Segundo: não posso fazer nada agora. Você precisa me trazer o caso. Tem alguma coisa pendente no momento ?

– Não. – Ele respondeu simplesmente.

– Ótimo. Então quando receber cobranças a mais e que você ache preocupante ou problemas na infra estrutura do escritório, problemas com clientes... enfim, problemas que você não consiga resolver sozinho, traga-os para mim ! – Ela disse convicta do que estava fazendo e ele, por um minuto, deixou que seus olhos brilhassem ao admirar a pele suave de seu rosto.

Ao perceber os olhos vidrados de Sam, Mercedes franziu o cenho e pensou em perguntar o que havia de errado. Foi quando ele percebeu o quão hipnotizado estava e resolveu desviar seu olhar. Fingiu pensar por um momento.

– Então... Isto é tudo ? – Perguntou voltando seus olhos para o rosto de Mercedes.

– Parece que sim, não é ?! – Ela disse normalmente com os ombros rígidos.

– Então... – Ele levantou devagar. – Foi um prazer fazer negócios com você. – Sam pareceu medir vagarosamente as palavras antes de lhe estender a mão.

Mercedes franziu as sobrancelhas mais uma vez ao ouvir aquela expressão e se deixou rir por dentro. Ela, então, levantou-se e apertou a mão que Sam lhe havia estendido. Forçou um sorriso.

– Até mais, então. – Ele, por sua vez, também forçou um sorriso o qual escondia seus dentes. Virou-se e caminhou até a porta.

– Até. – Ela disse assim que o rapaz deixou a sala.


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