Elos escrita por Layla Glêz


Capítulo 7
Capítulo 6


Notas iniciais do capítulo

Yo, morangos lindos!!!
Nem acredito que o primeiro capítulo tem quase 100 visualizações. Vocês nem imaginam o quanto que eu fico dando pulinhos com isso e com os comentários de cada capítulo. Bem, to passando mais pra agradecer e desejar boa leitura!
Qualquer coisa, respondo nos reviews ou mando sinal de fumaça... sei lá!
Bem... Espero que gostem!



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Hargeon. X799.

– Nani?! - o rosado exclamou, surpreso demais para falar uma das milhares de perguntas em sua mente. Voltou os olhos para a garotinha loira, então olhou para o garoto e pareceu fitá-los por diversos segundos (assim, de modo intercalado e confuso) antes de falar - Vocês são filhos da Lucy?

Os dois garotos deram um passo para trás, assustados com aquilo e desconfiados. Talvez se não fosse o pedido de sua mãe e a chance tão oportuna de ver alguém com aquela marca, tivessem fugido. Depois que o Salamander se ergueu, parecendo ligeiramente emburrado com algo, os gêmeos voltaram a se aproximar.

– Onde ela está? - foi a próxima pergunta do mago do fogo, que parecia inalar o ar em busca de algo. E era mais que claro que era pelo cheiro de amêndoas e algo que ele nunca soube explicar que certa maga estelar tinha. "Cheiro de Lucy", como ele intitulava em sua mente. Os garotos abaixaram a cabeça, mirando os próprios pés com uma tristeza palpável.

– Etto... Ela... - começou o garoto, desviando o olhar para as águas do porto.

– Disse que nos alcançava depois - a menina completou com um nó na garganta e piscando para afastar as lágrimas diversas vezes. Então olhou para o mago a sua frente e de maneira contundente completou - Ela pediu para acharmos a Fairy Tail, o senhor sabe onde que fica?

O Salamander abriu um sorriso, um que ela já tinha visto em versão reduzida. O Dragneel então apontou para o próprio braço e exclamou empolgado:

– Eu sou um mago da Fairy Tail. Venham, vamos para a guilda!

– Guilda? O que é uma guilda? - Igneel perguntou, acompanhado as passadas do mago mais velho e observando de um jeito curioso o gato voador que já chegara falando.

– Uma guilda é um lugar onde magos se juntam, pra fazer trabalhos, ganhar jewells! - exclamou o neko, ainda distante das duas crianças.

Os garotos o olharam fascinados e exclamaram em uníssono depois de trocar um breve olhar:

– Sugoi!¹

O resto da viagem foi silenciosa, Natsu descobri por duras penas que os garotos estavam famintos, terminou pagando um lanche a ambos e não soube dizer se era por eles serem filhos da Heartfilia ou se era apenas para não chamarem atenção para si que pagou-lhes uma muda de roupas novas. Agora a menina vestia uma saia azul e uma blusa branca com a estampa de um gato muito parecido com o Happy na frente e o garoto estava com uma simples bermuda jeans e uma blusa alaranjada. Não era algo para se esbanjar, mas era melhor que as roupas sujas e meio rasgadas que usavam antes, foi quando eles estavam jogando suas roupas velhas fora que o mago notou o cinto e o estojo que a garota levava consigo, por um momento, quis pegá-lo; mas logo viu que a menina tinha pela coletânea de chaves a mesma proteção e zelo que ele vira a Heartfilia ter.

No trem, foi a vez do exceed azul observar abismado o fato de Natsu estar enjoado, mas não era somente isso, essa parte era normal; o que o gato estranhava era o garoto escorado no Salamander, com o rosto igualmente verde. A mini-Lucy (pois na sua cabeça só podia chamá-la assim) arqueava uma sobrancelha para os dois de um jeito pensativo.

– Ei, gatinho! - chamou Layla e quando recebeu um olhar de Happy falou apontando para o irmão e o Salamander - ele é sempre assim?

– Aye! O Natsu sempre passa mal em meios de transporte.

– Que estranho... - refletiu consigo mesma - o Ig-kun também! A mama sempre achava engraçado isso e nunca explicou porque...

– A Luxi estranha virou mãe, isso é tão estranho. E mais estranho ainda é o Natsu não ser o pai - o exceed falou pra si mesmo, repetindo a palavra "estranha" várias vezes em murmúrios mais baixos. A menina então admirou o mago de cabelos rosas, com um meio sorriso, desejando secretamente que aquilo fosse verdade, que o homem a sua frente fosse, na verdade, seu pai.

Então se escorou no assento da locomotiva, vendo que seu irmão e o Salamander dormiam apoiando-se um no outro de uma forma engraçada e desengonçada. Olhou pela janela, olhando a fascinante paisagem que passava de forma rápida, a garotinha então notou que era o mais longe que chegava da cidade fronteiriça de Spinos desde seu nascimento. Fechou os olhos, lembrando com saudades de sua mãe e de quando tinha perguntado a ela o motivo de nunca viajarem para fora dali.

[FLASHBACK ON]

– Mama! Mama! - a garota de três anos e olhos inteligentes interrompeu a maga que cozinhava o almoço na cozinha.

– Oi, pequena! - saudou Lucy com seu típico sorriso, a menina achava estranho a marca que ela tinha no pescoço e sempre que perguntava o motivo daquilo a loira mais velha respondia que era uma longa história que um dia, quando fosse mais velha, iria contar - Posso saber o que a trás aqui antes da hora do almoço?Normalmente é seu irmão que vem roubar comida antes dela estar pronta.

A maga estelar tinha posto a panela, com o que quer que fosse que estivesse cozinhando, sobre o balcão de madeira. Viviam em uma casa simples, mas bem limpa, arrumada e cuidada, mérito da Heartfilia que insistia em sempre limpar tudo com a ajuda de Virgo. Pegou a menina pela cintura e a apoiou na mesinha, ficando frente a frente com os olhos achocolatados.

– Mama, por que não viajamos? Você sempre conta suas aventuras, eu queria sair! Queria ir a cachoeira que dá pra ouvir da entrada da cidade, queria conhecer mais gente além do povo da vila! - exclamava a menina com um ar sonhador. Lucy tentou não se entristecer e deu um sorriso ao bagunçar os cabelos da menina.

– Não podemos ainda, Layla. Seu irmão não se dá bem com transportes e não dá pra sair a pé pelo mundo todo... - era mentira e ela odiava mentir para sua filha, mas era uma opção melhor que dizer a verdade. Tinha que ao menos deixá-los ser felizes enquanto não tinham percebido a barreira ao redor daquele vilarejo sem nome.

– Falando naquele guloso, por que ele tem o cabelo rosa? - perguntou de novo, enquanto a maga estelar se virava para terminar o almoço, cruzando os braços pequenos a frente do corpo.

Lucy corou e disfarçou suavemente, pondo uma mecha atrás da orelha. Pensou em mil desculpas, mas preferiu dizer a meia verdade.

– Por causa de seu pai.

– Papa? Por que ele não pintou o meu cabelo de rosa também? - ralhou a menina, emburrada - Eu queria ter o cabelo rosa! Pra que serve um cabelo cor de rosa num menino? Pra nada!

A maga estelar riu, enquanto a garotinha bufava. Depois de fazê-lo a menina saltou da mesa, fazendo o coração de Lucy dar um pulo de preocupação (mesmo que pequeno). A pequena então saiu da cozinha, batendo os pés irritada porque não tinha o cabelo rosa feito o de seu irmão.

[FLASHBACK OFF]

Nem percebeu que tinha dormido e não teria percebido se não fosse o gato azul que a sacudia.

– Layla! Layla! Me ajuda a levar esses dois pra fora do trem, ou ficaremos aqui para sempre! - choramingou.

A garota bocejou, espreguiçando-se em seguida e olhando para Igneel e Natsu ainda verdes. Fuzilou os dois com um olhar e, de maneira nada delicada, sacudiu o irmão gritando em seu ouvido:

– Igneel! Chegamos!

Do outro lado, o exceed tentava puxar o Salamander pelo cachecol, gritando praticamente a mesma coisa.

– Natsu! Natsu, chegamos! Vamos pra guilda! Levanta daí!!

Ainda enjoado, o Dragneel obrigou-se a sair do trem e o menino teve que ser levado por um hesitante Happy, que voava com facilidade carregando-o. Não demorou muito para o garoto adquirir tom mais saudável e nesse meio tempo o Dragneel tinha se rendido a conversa da pequena Heartfila e a colocado sobre o ombro. Os três caminhavam por Magnólia, atraindo alguns olhares interessados para si.

"Oe... Olhem, parece que o Salamander da Fairy Tail agora tem filhos!" ele ouvia cochicharem.

"E quem seria a mãe?" retrucava outro.

"Bah! Como pode? Do nada aparecem duas crianças com ele? E já daquele tamanho? Não faz sentido"

E esses foram só os primeiros comentários, antes dele entrar em modo automático e caminha completamente disperso em direção à guilda. Em pouco tempo, os quatro estavam em frente a um imenso portam com os dizeres FAIRY TAIL. Vendo o muro de pedra, a altura do prédio, a marca da guilda, ambos os irmãos só foram capazes de dizer:

– Sugoi!

Então o Salamander abriu a porta com um chute e gritou:

– Tadaima!


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Notas finais do capítulo

Nota 1: Sugoi! = Incrível! Ou algo assim -qq Dá pra ouvir muito a Lucy dizendo isso no primeiro e segundo episódios do anime.



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