Elos escrita por Layla Glêz


Capítulo 2
Capítulo 1


Notas iniciais do capítulo

Hi! Hi, moranguinhos da tia!
Estou de volta e sim, vou continuar a história. Para quem já leu alguma fic minha sabe que não sou adepta de fazer narrativas lineares e eu juro como tentei fazer isso aqui, mas não deu. De toda forma, não será igual ao que fiz antes, mas também não será certinho... Confuso, né? Mas espero que entendam... >
Sem mais enrolação, boa leitura! E comentem, svp.
Estou mudando o título agora.



Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/537643/chapter/2

Oito anos depois...

Ela corria, mesmo que seus pés ralhassem a cada passo e suas pernas estivessem completamente machucadas. Corria, porque sabia que era o que podia fazer de melhor naquele instante, e corria, pois não podia deixar que eles caíssem nas mãos daqueles homens. Sua dor teria de ser anestesiada pelo seu desejo de protegê-los.

– Abaixem-se! - gritou, enquanto rapidamente largava uma das pequenas mãos para pegar o chicote, a magia se expandiu tão lépida quanto um pensamento, girou o braço e soube que tinha acertado dois, talvez três, inimigos ao mesmo tempo. Entretanto, o brilho de sua magia tinha atraído a atenção dos demais.

Uma atenção que ela não queria.

– Corram! Vamos! - pegou as duas crianças pela mão novamente e foi obrigada a carregar o garoto, após ele ter tropeçado, por um breve tempo nos braços. Não que se importasse, talvez naquele instante entendesse o que significava ficar mais forte para se proteger a quem se ama.

Correram, a maga, o menino e a menina, pelo que tinha parecido uma eternidade, até que ela não viu ninguém em seu encalço e suspirou um tanto aliviada. Por alguns segundos, achou que os tinha despistado.

Porém era cedo demais para nutrir esperanças.

A parede do beco que lhes servia de breve esconderijo explodiu atrás de si e no exato instante da explosão ela só foi capaz de fazer o que as mães fazem, jogou-se sobre as duas crianças protegendo-as do pior do impacto e fez seu corpo de escudo por alguns segundos. Era claro que doía, tudo doía, mas quem disse que se importava?

– Entregue-nos os infantes e a deixaremos viva - a voz masculina, rouca e grave ecoou por cada parte daquele lugar. Era possivelmente a voz de um dos comandantes daquele inferno e era claro que aquilo era apenas um truque para que ela revelasse seu posicionamento.

Obrigou-se a puxar o ar para seus pulmões, forçando-se a ficar completamente parada. Tanto os olhos castanhos como os negros a fitavam, com um receio mais que justificável. E no meio de tudo aquilo, ela esboçou a eles um sorriso tranquilizador.

– Eu vou distraí-los - sussurrou às crianças - e vocês dois vão fugir. Há um barco partindo para Hargeon em minutos, vocês conseguem chegar lá. De lá vão para Magnólia. Encontrem a Fairy Tail...

– Mas mãe... - a menina tentou protestar com voz chorosa, porém foi interrompida pela mais velha.

– Não confiem em ninguém, só as pessoas que possuem a marca da guilda - a maga estendeu a mão, mostrando a fada cor-de-rosa nas costas dela - essa marca. Está bem? - perguntou com um sorriso frágil.

– Ma... - o garotinho também tentou fazer a loira mudar de ideia, mas naquele mesmo instante ela abraçou a ambos. As lágrimas rolando por seus olhos achocolatados.

– Só dessa vez, me obedeçam. Encontrarei vocês...

– Promete? - a menina de olhos iguais aos seus a fitou e por um milésimo de segundo ficaram em silêncio.

A maga celestial retirou o estojo preso a sua cintura e colocou nas mãos daquela que parecia uma mini sósia sua, sorriu para ela e passou uma mão em seu cabelo dourado.

– Prometo, mas se me prometer que irá cuidar bem delas, ok? Cuide delas até eu voltar - então se virou para o garoto, aqueles cabelos rosados que tanto lhe traziam lembranças - Cuide de sua irmã. Agora vão - ordenou e ao ver os dois se afastarem na penumbra da poeira dos destroços levantados, derramou uma lágrima.

Contudo, não podia perder tempo.

Assim que os viu longe o suficiente para escapar de uma possível explosão, reuniu o pouco que lhe tinha sobrado de magia e ativou aquele velho elo, precisaria de mais que sua própria magia para fazer o que estava prestes a fazer.

Levantou-se, causando reboliço nos diversos inimigos ao seu redor e puxando a atenção para si. Retirou o chicote da cintura novamente e sentiu como se o dragão em seu pescoço rugisse em concordância. Naquele instante esboçou um sorriso desafiador, não iria perecer ali. Tinha prometido que iria encontrar seus filhos e nunca descumpria uma promessa.

"Fiquem bem. Natsu, cuide bem dos nossos filhos."

–x-

Em Magnólia, um certo rosado tinha acordado com o suor lhe encharcando as faces, tivera um pesadelo e parecia tão estranho acordar com medo de um sonho. Quem tinha medo de sonhos? Principalmente ele, o poderoso Salamander da Fairy Tail - agora um mago classe S. Porém, a questão não era qualquer tipo de monstro que pudesse estar em seu pesadelo, era justamente a maga que há 7 anos ele não via... Nem mesmo em sonhos.

Levantou-se receoso, como quem espera por uma péssima notícia, em breve sairia em mais uma busca atrás de seu pai, porém desta vez procuraria também a Heartfilia e não descansaria até encontrá-la. Também se sentia estranhamente mais fraco, como se tivesse sido drenado enquanto dormia, ou como quem não tinha dormido em absoluto. E o mais estranho de seu pesadelo era que dessa vez envolvia duas crianças, duas crianças que ele sentia a necessidade de proteger. Aquilo era esquisito, talvez devesse ouvir a Erza afinal, talvez estivesse ficando mesmo louco.

Não demorou muito a chegar na guilda, na verdade, não tinha demorado nada. Foi quase a primeira coisa que fez, sua barriga roncava alto de fome e não tinha comida em casa.

"Se a Luce estivesse aqui, ela cozinharia algo para mim" estranhou o pensamento, a pelo menos cinco anos que evitava pensar na garota. Não que conseguisse, mas pelo menos tentava. Desistiu de pensar demais naquilo e no porquê de se sentir tão estranho e entrou na Fairy Tail.

– Tadaima! - gritou, com seu típico sorriso, mesmo que agora se esforçasse para sorrir e logo foi surpreendido por Mirajane:

– De bom humor hoje, Natsu? Dormiu bem? - a albina sempre lhe dava aquela segurança com o jeito tenro de falar. Ele deu de ombros e apenas retrucou:

– Na verdade não, mas não custa tentar.

Ao canto Cana tentava adivinhar o futuro de todos usando suas cartas de tarot, já tinha previsto uma notícia boa para Elfman e Evergreen, falava que Juvia ia ter uma surpresa quando chegasse em casa, disse até à Yuriy - filho de Mirajane com Laxus - que um novo brinquedo o aguardava.

– Cana, essas são muito fáceis - reclamou o Macao - tente adivinhar algo mais difícil, que não dê pra saber só com um par de perguntas.

– Está duvidando de mim? - a morena perguntou entre soluços, já devia ter bebido ao menos um barril de saquê. Sem resposta, suspirou pesadamente e embaralhou novamente suas cartas, distribuindo-as na mesa e virando em ordem - Natsu, essa é pra você! - gritou - As cartas me dizem que você vai encontrar alguém muito importante onde uma farsa foi desfeita. Que coisa estranha! - reclamou depois, mas continuou - Diz que é alguém com um elo muito forte... Pai e filho talvez.

– Igneel! - exclamou, atravessando a guilda em um pulo e ficando de frente a Alberona - Que cidade é essa? Vamos Cana! Eu preciso saber! - esbravejou, um tanto quanto empolgado.

– Oe... Calma, cabeça de fósforo. Pode ser que esteja errado - Gray se intrometeu.

– Minhas cartas nunca mentem! - exclamou Cana.

– Uma cidade onde uma farsa foi despeita... Será que não podia dar mais informações? - Levy perguntou ao redor da mesa, fazendo a morena embaralhar e retirar as cartas de novo.

– Um porto. Um encontro. Uma sereia. Um navio. Que tipo de imagens são essas? - a Alberona se mostrou irritada, parecia não entender nada.

– Oe... Natsu, não foi em Hargeon que você e a Lu-chan encontraram um falso Salamander...?

– H-Hargeon? - ele gaguejou e ficou em silêncio por vários segundos - Não lembro - confessou por fim, fazendo com que todos o fuzilassem com o olhar. O mago do fogo deu de ombros e falou - É... Não me custa tentar. Happy! Vem comigo?

O gato azul que estava tentando atrair a atenção de certa gatinha branca sorriu e voou para o lado do amigo com um sonoro:

– Aye, sir!

Os membros da Fairy Tail viram o amigo partir com uma empolgação não vista há anos. Talvez encontrando Igneel o Natsu voltasse a ser ele mesmo, não somente o espectro que viam há sete anos. De longe o Salamander corria empolgado, esquecendo-se por completo do pesadelo que tivera pela manhã.


Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!


Notas finais do capítulo

Tentei - como sempre tento - não fugir das personalidades. E bem, Natsu tem menos memória que eu, mas vou logo falando que o Natsu não será tão criança o tempo todo. E a Lucy não é fraquinha rs
Bem... O que acharam?
PS: Ah, postei antes porque a ideia veio e o PC estava disponível agora e não gostei de programar o capítulo >< Desculpem os erros. Bises de chantilly!



Hey! Que tal deixar um comentário na história?
Por não receberem novos comentários em suas histórias, muitos autores desanimam e param de postar. Não deixe a história "Elos" morrer!
Para comentar e incentivar o autor, cadastre-se ou entre em sua conta.