Elos escrita por Layla Glêz


Capítulo 13
Capítulo 12


Notas iniciais do capítulo

Minna, DESCULPEM! Não pude postar ontem e nem poderei nesse final de semana, tenho muitas coisas pra resolver nesses próximos dias e não vai dar pra postar (e não tenho tudo escrito para deixar programada a postagem)
Bem... Espero que gostem, mesmo que curto! Segunda-feira eu tento postar. Bises!
PS: Muito obrigada a Decoy pela recomendação linda que recebi! Fico muito feliz *---* E não se preocupe com a gramática, todos erramos, mesmo que por deslize, o que vale é a vontade de melhorar. Bises! e Boa leitura!



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Magnólia. X799.

Tinham ido a sua casa em um silêncio quase que completo, afinal Igneel ressonava nos braços do pai enquanto Layla parecia cantarolar algo baixinho. Demoraram mais minutos do que o Dragneel desejava, mas estavam lá. Então ele se lembrou de algo... A bagunça em sua casa. E se pegou pensando o que os garotos pensariam daquilo.

– Layla, empurra a porta pra mim. Tá aberta - falou assim que tinham chegado.

– Não é perigoso deixar a porta aberta? - perguntou a menina, enquanto obedecia.

– Não - respondeu ele com simplicidade, passando pela porta de lado com o garoto sonolento em seus braços.

– Que bagunça! - a pequena Heartfilia falou, fazendo o Dragon Slayer ficar com uma careta no rosto. E ela não mentia, havia todo tipo de coisa pelo chão da sala, comida, papéis, mas não tanto quanto tinha anos atrás, quando ele ainda coletava lembranças de suas missões com a maga estelar. Depois que ela partiu, aquilo tinha perdido o sentido. Ele atravessou o amontoado de coisas rumo a um quarto na parte de trás.

– Eu não esperava ter ninguém por aqui... - justificou-se, meio sem graça, enquanto via a menina olhar para todos os lados procurando coisas. Decidiu que colocaria o garoto em sua cama e pediria para a menina dormir lá também, já que o sofá se encontrava inacessível (com uma montanha gigantesca de lixo sobre ele).

Assim que colocou Igneel na cama e saiu do quarto viu a garotinha observando seu quadro com atenção. Uma de suas mãos estava sobre uma parte que ele só viu o que era depois de se aproximar e então sorriu um sorriso triste.

– Você vai trazer ela pra gente, né, Natsu-san? - a menina tirou a mão da foto, onde ele e Lucy riam em um parque. Era a única que ele tinha exclusivamente com ela e tinha sido tirada no dia anterior a partida da maga.

– Vou sim - falou, bagunçando o cabelo da garota e perguntando em seguida - Não vai dormir?

– Estou sem sono - proclamou, mas o bocejo que saiu de sua boca no segundo seguinte a traiu. Ele arqueou uma sobrancelha, olhando para a menina em um misto de preocupação e desconfiança, até que ela confessou baixinho e em tom choroso e doce, que não fosse sua excelente audição ele não teria ouvido - Tenho medo de dormir sozinha...

Ele não sabia o que fazer, claramente, não era bom com aquilo - com essa história de ser pai... E não era algo que pudesse aprender em um par de dias, muito menos em algumas horas.

– E se eu ficar lá com você? - perguntou, sorrindo para a menina.

– Você fica? - perguntou ela, em uma mistura de súplica com surpresa.

O mago do fogo não soube dizer porque, mas corou com aqueles olhos castanhos fitando-o a espera de uma resposta, desviou o olhar, se deparando rapidamente com a foto que a menina antes observava e deu um suspiro.

– Fico... - murmurou meio carrancudo, sentindo-se completamente perdido com aquilo. A garota rapidamente abriu um sorriso e puxou o pai pela mão rumo ao mesmo quarto onde o irmão roncava alto. Natsu fez uma careta com aquilo, gesto que não passou despercebido pela menina; que apenas riu.

– Ele sempre roncou alto, já acostumei.

– E ainda assim se sente sozinha? - perguntou o Dragon Slayer, claramente confusa.

– Não é a mesma coisa! - exclamou a menina - A mamãe costumava nos colocar para dormir com uma história, minha favorita era a do dragão que se apaixonava pela princesa... Mas ela nunca acabou de contar. Natsu-san, você sabe como termina?

– Não e também não sei contar histórias! - apressou-se em dizer, para a decepção da garota.

– Podia tentar - ela ainda tentou, com um bico formado nos lábios.

– Rá! Mas ai você não ia dormir! - exclamou rindo. A menina cruzou os braços a frente do corpo, claramente contrariada e disse bocejando:

– Queria que a mama estivesse aqui...

Então subiu na cama e deitou-se, parecendo guardar alguma distância do irmão que dormia completamente esparramado (ocupando até mais da metade da cama do rosado). Natsu não pode deixar de observar a menina enquanto ela tirava o estojo de chaves do pescoço e os abraçava, deixando o Dragneel com um aperto ainda maior no peito.

Viu que ambas as crianças tinham se deitado com sapatos e se viu retirando pé por pé com medo de acordá-los. Desde quando se sentia assim? Nessa necessidade de proteger, de cuidar. Será que era normal? Talvez perguntasse a Gray se o era, afinal o mago do gelo já era pai, e de um garoto na mesma idade dos dois a sua frente.

Sem querer, lembrou do menino próximo a sua filha e teve uma insana vontade de proibi-la de se aproximar demais do pequeno Fullbuster.

"Argh! Isto é tudo muito novo!" exclamava em sua mente, jogando-se aos pés da própria cama de casal onde dormia. Comumente ocupava todo o espaço, mas com os dois visitantes em sua cama, não sobrava muito para ele senão o final da cama. Os olhos negros fitaram o teto, imaginando onde a Heartfilia estava e fechando-se em seguida com um meio sorriso no rosto.

Então adormeceu, lembrando-se daquele cheiro de amêndoas com baunilha e algo mais... Era sempre o algo mais que o deixava curioso, aquele aroma não identificado. Então sorriu dormindo, pedindo para que sua maga celestial estivesse bem... Mas no fundo ele sabia, não estava.

–x-

O cenário escuro, frio e úmido preencheu sua mente e ele procurou por um segundo identificar onde estava, sem sucesso. Apenas via as paredes escuras de pedra, uma única abertura pela qual entrava um ar gélido e uma luminosidade bruxuleante e a via. A mulher de corpo esbelto e cabeça baixa, cujos cabelos desgrenhados caiam cobrindo-lhe face e pescoço.

– Ora. Ora. Parece que finalmente encontrei minha galinha dos ovos de ouro. Ou seria minha maga dos cabelos de ouro? - ele não pode enxergar com clareza o dono da voz, mas sabia que ele estava ali, naquela miúda cela, observando a maga atada a parede - Sabe, você nos deu muito trabalho. Muitíssimo trabalho. Então facilite agora e nos diga onde ele está.

O rangido da cadeira sendo arrastada pelo chão fez os ouvidos do Dragon Slayer se irritarem, mesmo que aquilo pudesse ser somente fruto de sua imaginação.

A mulher ergueu a cabeça e o coração do Salamander se apertou ao ver seu rosto ferido. Os olhos castanhos fitaram o encorpado homem sentado na cadeira e Natsu orgulhou-se minimamente com o que ela fez a seguir.

Ela riu, uma risada amarga e irônica que tirava qualquer um do sério, não era a risada que o Dragneel tinha acostumado ouvir - melodiosa, sincera. Era um desafio lançado, um blefe, um protesto, tudo ali, em forma de riso.

– Não desperdice a saliva, você não sabe com quem está lidando.

Então o captor retribuiu seu gesto, o sorriso irônico crispando-se em seus lábios e cuspiu uma a uma as palavras:

– Lucy Heartfilia. Maga Celestial. Desaparecida oito anos atrás - riu-se sozinho, enquanto a face da maga ficava ainda mais pálida. Ergueu-se, aproximando-se da loira e falando baixinho - Sua guilda distribuiu cartazes pelo reino, acha mesmo que essa adorável - afastou o cabelo amarelo opaco de seu pescoço, deixando o dragão visível - marca passaria despercebida?

O Salamander assistia a tudo, sentindo-se extraordinariamente imponente. Rosnou baixo, querendo acabar com a raça do desgraçado que provocava sua parceira.

– Fairy Tail - continuou, passando o dedo sobre as costas da mão da maga - Fica em Magnólia, não é? É uma pena que seja tão centralizada, mas não há problema, somos pacientes e quando tivermos todo o poder mágico que precisamos, destruiremos as fadinhas.

Novamente, o Dragneel se encontrava em fúria, não somente o carcereiro ameaçava sua namorada - afinal ele nunca a tinha considerado como ex - e agora sua guilda? Aquilo não ficaria assim.

Então a loira riu de novo, gargalhou, mais precisamente, durante longos segundos.

– Phantom Lord, Grimoire Heart, Oracion Seis, Tártaros, sabe o que elas tem em comum? - perguntou a maga, para em seguida responder a própria pergunta - Todas ameaçaram destruir a Fairy Tail e TODAS foram derrotadas.

– Acredita tanto assim no poder da sua guilda, fadinha? - perguntou - Então vamos medir forças, a começar por aqui... - ele passou a mão pelo pescoço da loira e completou com um sorriso sádico - Vou me divertir um pouco com você.

–x-

Então o Dragon Slayer acordou, ofegante, tenso, e com raiva, muita raiva. Olhou ao redor e viu os gêmeos - seus filhos - dormindo tranquilamente.

Ao olhar para a garota, viu o rosto da mãe. E não pode mais dormir.

De agora em diante, sequer descansaria até completar uma lista de prioridades.

Um: Espancar o infeliz que a maltratava.

Dois: Acabar com todos que queriam destruir a Fairy Tail.

E o mais importante: ter a Heartfilia novamente em seus braços.


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