Just Love escrita por Marshmallow


Capítulo 5
Sleep over


Notas iniciais do capítulo

Gente, sei que mendigo reviews aqui, mas só duas pessoas comentam! Nem parece que 10 pessoas acompanham a fic!



Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/537608/chapter/5

NOS DESPEDIMOS DE TOBY e entramos no celeiro. Toby mentiu dizendo que o aniversário de namoro deles era daqui há dois meses e ele queria fazer algo bem grande (o que realmente era verdade, tirando a parte de fazer algo) e agora não ia ser mais surpresa, e ela ficou toda feliz. Apesar de fazer isso sempre que precisava, odiava mentiras.

– Toby é ou não é o melhor namorado do mundo? – ela disse, sorrindo, e se jogou no colchão inflável. – Pena que eu estraguei a surpresa. Ele me faz tão feliz!!

“A ironia dessa frase era que a real ‘surpresa’ pode estragar a felicidade dela” pensei. Toby não quer que ela descubra o nosso segredo, mas ela tem que saber. Eu não vou conseguir ficar perto dela e de Toby sem pensar na nossa traição.

– As meninas estão vindo? – perguntei, não querendo falar de Toby.

– Já mandei uma mensagem de texto para elas, devem estar chegando daqui a pouco. Eu nunca pensei que Toby podia ser romântico.... – e ela não queria mudar de assunto. – Mas por que ele ia escolher você para ajudá-lo? Sem ofender, mas você não é muito... romântica.

– Ei! – disse, ofendida. – Eu sou romântica!

– Ah, por favor, Spencer! Você romântica é o mesmo que dizer que eu sou inocente. – ri fracamente. – Você nunca nem teve namorado... pelo menos em Rosewood. Algum carinha em NY?

– Bem, eu namorei um cara por uns quatro meses, mas ele me traiu com minha única amiga no colégio.

O que era mentira. Eu não namorei ninguém nesses dois anos, me envolvi com um namorado de Melissa que eu não sabia que era namorado dela, se não nem teria me aproximado. Tinha medo de elas falarem mal de mim pelas costas, pois apesar de todas sermos amigas, sempre tinha fofocas entre nós.

– Traição é a pior coisa em um relacionamento. Se Toby me traísse eu não perdoaria. Talvez eu até perdoasse, com o tempo, mas eu não namoraria ele de novo, seríamos só amigos. – Alison disse, brincando com o cabelo e eu congelei. Eu não sabia como continuar aquela conversa. A porta se abriu e eu fui salva pelo gongo.

– Oi, chegamos! – Aria e Emily falaram ao mesmo tempo. – E trouxemos o que você pediu, Ali. – Olhei para as mãos de ambas, e cada uma segurava uma garrafa de whisky.

– Estão malucas? Vocês não podem trazer isso aqui para casa! – falei, sussurrando, como se meus pais fossem ouvir o que eu estava falando.

– Relaxa, Spencer! – Ali disse, pegando uma das garrafas. – Limpamos amanhã cedo e nos livramos das garrafas. – ela abriu a garrafa e deu uma piscadela.

. . .

ESTAVA SENDO ‘A MOTORISTA DA RODADA’ de hoje, mesmo que todas fossem dormir no celeiro hoje. Só tinha bebido uns dois copos de whisky mas já estava me sentindo meio zonza. Observava as garotas, pelas festas do 1º ano, eu conhecia cada uma quando estava bêbada. Hanna e Emily eram as bêbadas felizes, não paravam de rir e ficavam animadas com tudo. Aria era a bêbada histérica.

– Eu odeio o Noel! – ela dizia, alto demais. – Ele é um idiota, tem medo de demonstrar os sentimentos aquele robobô sem alma!

– Ela disse robobô – Hanna disse, e ela e Emily entraram em gargalhadas. Quando Hanna chegou, ela tinha trago mais bebida. Eu disse que a gente já ia beber na festa do Noel (ainda na Semana de Conscientização do Álcool, que ia começar dia 25/08 então a festa ia ser no dia 23, daqui há cinco dias) e que era melhor não, mas ignoraram.

E por último, Alison era a bêbada ousada. Na nossa última ‘festinha’ paramos em um bar e ela beijou um cara mais velho e pegou seu celular e ligou para a namorada dele. Ela ainda queria fazer mais besteira, mas a levamos para casa.

– GAROTAS! – Ali berrou do nada, e voltei a realidade. – Essa deve ser nossa última festinha, a não ser que Melissa deixe de ser uma vadia e deixe fazermos mais aqui no celeiro dos Hastings. Temos que jogar verdade ou desafio.

– UHUUUUU – todas berraram, e ri. Na nossa primeira festa jogamos esse jogo e Alison disse que ia ser uma tradição.

Nos reuníamos em um círculo, em volta de uma das garrafas vazias de whisky. Fiquei de frente para Hanna e Alison e Aria e Emily estavam ao meu lado.

– Eu começo! – disse Ali, e parou em Aria. – Verdade ou desafio?

– Desafio... – ela respondeu maliciosamente e rimos.

– Espera, eu já sei o que fazer, mas preciso perguntar uma coisa: Você e o Noel já... você sabe. Transar.

– O-o que? – Aria gaguejou. – Ahn... bem...

– VOCÊ PERDE A VIRGINDADE E NÃO FALA PRAS AMIGAS? – Hanna gritou, jogando uma almofada em Aria, e rimos.

– Ok, ok. Meu desafio é: Você tem que ligar para Noel e dizer que está grávida. – encaramos Aria com os olhos arregalados e ela também estava assim, depois riu.

– Tudo bem.

Ela pegou o celular e apertou em ‘Noel’ e todas nos reunimos em volta de Aria e o celular. A foto de Noel no celular de Aria era dele, Aria e Alison no 9º ano, e sorri. O telefone começou a tocar e Hanna teve que se afastar por que ria como uma garota retardada de 12 anos.

“Alô, Aria? Isso é hora de ligar, é quase uma da manhã!” olhei para o relógio do celeiro e ele estava certo. O tempo passava rápido quando se estava bêbado....

“O-oi Noel... Lembra do que aconteceu há mais ou menos dois meses? Nas férias... na sua casa?” Alison soltou uma risada baixinho e tapei a boca dela com o travesseiro.

“Claro que eu me lembro” ele parecia sorrir enquanto falava isso, o que deixou Aria um pouco nervosa. “Mas por que você está perguntando isso a essa hora?”

“Bem, desde aquele dia... você sabe, está atrasado.” Aria fez sua melhor voz de ‘já chorei demais por causa disso não quero chorar de novo’ que era impressionante de tão boa. “Eu fui na farmácia e eu comprei um... teste de gravidez”.

“Oh...” Noel disse, dava para perceber o medo na voz dele. “Qual.... qual foi o re-resultado?”.

“Sim... eu ainda tenho que ir no médico para confirmar, mas... foi positivo. Eu sinto muito, Noel” ela disse, com voz de choro.

“Não... está tudo bem. Quer que eu passe aí na sua casa para conversarmos melhor?” Ele disse, parecia estar tentando ficar calmo. “Nós vamos superar isso. Eu vou te ajudar. Tudo que você precisar, eu vou estar aqui, Aria.”

“Ok, mas não precisa passar aqui. Nós podemos conversar amanhã? Eu estou cansada e um pouco assustada.” Ela disse, e representava muito bem. Parecia mesmo que ela tinha feito o teste e descoberto que estava grávida. Olhei para as garotas, e os risos foram substituídos por caras sérias, inclusive Hanna. Noel tinha sido realmente muito fofo com Aria, e a brincadeira até perdeu a graça. Pelo menos para mim, elas estavam totalmente bêbadas.

“Então... nos vemos amanhã, é melhor conversarmos pessoalmente. Tchau...” ele respondeu, parecia triste.

‘Tchau, eu te amo.” Assim que Aria percebeu o que disse desligou e jogou o celular longe, como se isso fosse mudar o que ela disse.

– Puta merda, eu disse isso? – ela perguntou, chocada. – Meu deus, eu e minha boca gigante, puta merda. – nós rimos.

– Calma Aria, ele não deve ter ligado muito, você está assustada, cansada e grávida! – Hanna falou, tentando ‘acalmá-la’ e rimos novamente.

– Vamos continuar o jogo! – Emily disse, tentando mudar de brincadeira. – Aria, agora você gira. – ela fez isso e parou em Hanna.

– Quer o que? Verdade ou Desafio? – Aria disse. – E lembre-se das regras que criamos quando jogamos pela primeira vez: Os desafios vão piorando à medida que são feitos, se você escolher desafio vai ser algo pior que disser ao namorado que está grávida.

– Não precisa nem falar, escolho desafio! – berramos e Alison deu ‘socos’ no ar e rimos.

– Muito bem... Você vai ter que... correr pelada até a esquina da casa dos Cavanaugh! – Aria berrou. Nota mental: nunca escolher desafio com Aria. A garota pegava pesado.

– Tudo bem, eu faço isso. Mas vocês vão ter que ir comigo! – ela falou e rimos.

– Para correr pelada na rua a essa hora eu vou ter que beber muito mais do que isso! – falei, e bebi o resto de uma garrafa que estava na mão de Em, e todos explodiram em gargalhadas.

– MELHOR FESTA!! – Hanna declarou, bebendo a última garrafa. – Meu deus, estou louca para ser maior de idade.

. . .

– EU NUNCA MAIS VOU BEBER NA MINHA VIDA – Hanna reclamou. Era mais ou menos sete da manhã e estávamos arrumando tudo, tirando cheiro de bebida do ar etc. Minha cabeça doía, mas não tanto quanto a das outras. Eu não lembrava muito bem, mas saímos do celeiro com casacões e realmente fizemos aquilo. Fiquei com medo de alguém nos pegar, então fui uma das primeiras a voltar, morrendo de vergonha. Eu nem teria feito, mas elas teriam enchido meu saco até eu fazer isso, então eu fui com elas.

Assim que nos vestimos tínhamos jogado mais um pouco, sem desafio dessa vez, e Alison me perguntou alguma coisa mas não lembro o que. Fui uma das primeiras a acordar, e liguei as luzes do celeiro para as preguiçosas acordarem e começamos a arrumar. Olhei em volta e percebi que estava faltando alguma coisa. Ou melhor: alguém.

– Gente. – falei, e todos os olhares cansados se voltaram para mim. – Cadê a Emily? – nos entreolhamos.

– Esperem, fiquem quietas. – mandou Aria, e obedecemos. Ficou tão silencioso que a única coisa que dava para ouvir era o barulho de água batendo no chão. – Isso está vindo do banheiro.

Uma atrás da outra, fomos em direção à um dos banheiros do celeiro. Emily estava sentada no chuveiro, toda molhada e abraçada com uma garrafa. Começamos a rir muito, o que fez Emily acordar, assustada.

– Ahn...que? Quem morreu? Por que eu estou molhada? – ela disse, e parecia que ainda estava bêbada.

Rimos ainda mais e Emily, molhada, nos ajudou a terminar de arrumar e deixamos o celeiro como estava antes: impecável. Como tinha dois banheiros no celeiro, nos dividimos e nos aprontamos para a escola. Escolhi um vestido azul claro, um casaco amarelo e meias brancas até o joelho com tênis da mesma cor.

Assim que todas estávamos prontas, passamos em casa e tomamos um rápido café da manhã. Peguei o carro da família (que era o maior, mesmo não sendo uma família muito grande) e levei todas para a escola. Aria ficou falando o tempo todo sobre a reação de Noel por que ela o tinha assustado e tudo, mas não prestei atenção. Me olhei no espelho. Ao contrário das outras, não gastava muito tempo com maquiagem. Geralmente passava apenas lápis de olho e brilho labial, como hoje. Voltei meu olhar para a rua e estacionei em frente à escola.

Subimos as escadas e entramos na escola. Mais ou menos no final do corredor, Noel estava ali parado e olhou rapidamente para porta, parecia que esperava Aria chegar. Olhei para a Aria, e os dois se encaravam. Ela suspirou fundo tipo ‘é agora’ e foi na direção de Noel. Ele a abraçou e eles começaram a conversar.

– É melhor irmos andando, não pega bem ficarmos aqui encarando eles. – Hanna disse, e nos separamos, cada uma em direção ao seu armário. Andrew estava colocando as coisas em seu armário, e tinha vários papéis de clubes, atividades extracurriculares, competições e até uma medalha ali dentro. Me aproximei para guardar minhas coisas e ele me observou.

– Ahn, Spencer? – ele disse. – Eu queria conversar com você sobre os grupos que você e eu éramos presidentes e vice-presidentes. Ou seja, todos. – forcei um sorriso.

– O que tem eles? – perguntei, curiosa. Queria saber como ia ser agora já que saí.

– Bem, quando você saiu Mona Vanderwaal ficou no seu lugar. Eu não sei se você pode voltar a ser a presidente deles, mas você pode conversar com Mona.

– Hm... ok, eu vejo com ela. Obrigada. – disse, e fechei meu armário em que tinha colocado algumas fotos que tirei dos velhos álbuns. Não tinha certeza se queria ter todo aquele trabalho com clubes e essas coisas, mas meus pais iam me obrigar indiretamente de qualquer maneira, então era melhor ver com aquela tal Mona mesmo.

Vi Toby vindo e ele me olhou rapidamente antes de ir em direção ao ser armário. Ele não tinha terminado de me explicar por que ele não queria que a Alison descobrisse, e eu ia cobrar isso.

– Espere, Spencer. – Andrew disse, e me virei para ele. – Ahn, eu queria saber se você gostaria de sair um dia d-desses. – ele gaguejou de um jeito bonitinho no final da frase. Fiquei um pouco chocada por que nunca imaginei Andrew me chamando para sair. Me virei e Toby olhava disfarçadamente para nós dois.

– Tipo um encontro? – perguntei, sorrindo.

– É, tipo isso. – ele falou, meio nervoso. Olhei de novo para Toby que agora prestava atenção na conversa.

– Sim, eu gostaria. – falei sem pensar. – Bem, aqui está meu número. – continuei, enquanto escrevia no caderno aberto que ele segurava. Não sabia como continuar aquilo então só sorri e acenei para ele. Toby me olhava sem disfarçar o ciúme e sorri ainda mais.


Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!