Beautiful Obsession escrita por Asynjurr


Capítulo 16
Fifteenth Chapter


Notas iniciais do capítulo

Vocês foram legais comigo, então capítulo novo pra vocês. Espero que gostem. Tenham uma ótima leitura. Obrigada pelos comentários do capítulo anterior hehehehehe, amoooh vocês.



Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/537586/chapter/16

Leonard Vargas-Point Of View

***

Por anos esperei seu regresso, no fundo eu sempre sonhei com o dia em que voltaria vê-la, contudo, as coisas não sairam como o previsto e tudo fugiu do meu controle. O gosto do seu beijo ainda está em minha boca. Fecho os meus olhos para tentar assimilar as informações e por um momento escuto sua respiração, como um sussurro aos meus ouvidos e isso me disperta para o real contexto da situação.

Minha irmã parece — na verdade ela está — irritada com as minhas atitudes, algo compreensível, já que, a impulsividade tornou-se minha fiel companheira nos últimos anos. Ela está sentada em um estofado, que está a direita de onde eu estou e se mantêm concentrada na sua revista diária de futilidades.

Com o remorso me corroendo internamente, caminho de um lado para o outro e todo o tempo mantenho minhas mãos apoiadas em meus quadris. Mentiria se afirmasse que sei o que fazer, agora, porque eu não sei. Incomodada com minha movimentação contínua, Ludmila me fita estarrecida, sua fisionomia está mais escura, que normalmente. Anestesiado, sigo em direção a um dos estofados e me sento à sua frente. Desconcertado... estou completamente desconcertado e por mais que eu tente, eu não consigo aceitar a perda. Ainda posso sentir que ela é minha, seu corpo ainda é meu, e o quero com todo o meu ser.

— Ludmila eu...

— León a vida é sua... suas decisões — ela retruca, com seu habitual tom de voz elevado. — Esse reencontro não deveria ter acontecido, não dessa forma — ela me olha, impassível, mas o seu olhar endurece. — Ela deve estar me odiando agora, e a culpa é toda sua... na verdade, sua e da cretina da sua noiva! — ela discursa eventualmente e retorce os lábios. Ela realmente está chateada comigo. É algo visível a quilômetros de distância. Hailee me encara por um tempo. Estamos em sintonia com o silêncio, até que ouvimos passos ecoando pelo cômodo. Parece improvável, mas esqueci que, Francesca ainda estava na casa.

— Você não tinha o direito de falar comigo daquela forma e ainda na frente daquela cretina! — Francesca reclama aos gritos, enquanto se aproxima e lhe ignoro por completo. — León! Eu estou falando com você, queridinho! — faço-lhe uma carranca e reviro os meus olhos. Mesmo irritada, Francesca sorri e logo passa a encarar minha noiva, que por sua vez, firma os lábios entre os dentes e bufa exageradamente. — Que isso não se repita ou...

— Ou o quê, Fran?! — eu pergunto, sem nenhuma paciência, ela cresce os olhos em minha direção e recua alguns passos — Acho melhor você ir embora. Não quero discutir nossa relação agora. Você conseguiu mudar o meu estado de espírito com suas insinuações descabidas e peço-lhe que me poupe de suas opiniões, pois elas não me interessam nem um pouco.

— Eu vou embora, porque eu não suporto tanta hipocrisia. Vocês dois se merecem! — Ludmila, resmunga sem meias palavras e só então levanta-se do sofá. Ela umedece os lábios, provavelmente intencionada a falar algo, porém, não pronuncia uma única palavra e direciona o seu olhar á mim. Somos exatamente iguais em alguns aspectos. Ela simplesmente não suporta fingimentos ou algo do tipo, uma autêntica Vargas. — Isso já está começando a ficar ridículo! — murmura em voz baixa evidenciando seu cinismo e segue em direção as escada. Em momento algum ela olha para, Fran, que parece não compreender o que acabara de ouvir.

— Porque está falando assim comigo, Ludmila? — Francesca questiona alarmada, minha irmã firma os lábios, dispensando um sorriso. Me armo para ir em direção a Ludmila, mas não o faço. Ela parece que vai explodir a qualquer momento. — Fala, Ludmila! — insisti alterando um tom da sua voz, elevando-a um pouco mais e aproxima-se da minha irmã, que lhe encara avidamente. Ludmila ergue uma sobrancelha e sorri soberbamente, colocando as mãos em seus quadris.

— Quer saber a verdade? — minha noiva, assente com a cabeça e volta seu corpo para trás. As duas firmam seus olhares em mim e mesmo que eu saiba que estão indo longe demais, decido não interromper, o que seria o início de uma discussão. — A verdade é que eu não suporto tanto fingimento. Você e Buenos Aires inteira sabem que o León não ama te ama — ela simplesmente diz, acentuando suas palavras com naturalidade e instantaneamente fico embasbacado. Sua dose de sinceridade diária, está mais forte hoje. Ainda incrédula do que ouvira, Francesca permanece mortificada e não protesta em momento algum. — Não entendo porque insite em se casar com o León, se sabe que ele continua apaixonada pela ex dele... você não tem amor próprio?

— Você também está contra mim? — ela pergunta em voz baixa, há uma tendência oculta em seu tom. Finalmente, Francesca decidiu se defender das afirmações da minha irmã e caminha apressadamente em sua direção. — Eu não entendo... Ludmila, nós duas éramos amigas e por causa daquela mulher, que me recuso a dizer o nome, você decidiu ficar contra mim e ao seu favor? — ela interroga, gesticulando com as mãos e alterna seu olhar entre a minha irmã e eu. Sua evidente indignação, não surte efeito algum sobre, Ludmila, que lhe encara sem pestanejar.

"Oh merda, ela está brava? Eu ruborizo em antecipação".

— Não estou contra ou ao seu favor, querida! — sibila as palavras com total seriedade e em seguida lhe dá as costas para ir embora. Ludmila sobe alguns degraus da escada, entretanto, surpreendentemente, ela volta e vêm em até mim. Minha irmã me observa por um instante e sorri audasiosamente. Procuro compreender sua atitude e não encontro uma explicação para entender o que se passa com ela, até que sinto o peso dá sua mão esquerda em minha face. Para uma dama, ela tem a mão exageradamente pesada. — Isso é por ser tão covarde! — me repreende e novamente me direciona as escadas, ignorando, Francesca totalmente. — Não ouse a tocar no nome da Violetta ou Leena ou eu juro que...

— Não sabemos se essa garota é realmente filha do seu irmão ou...

— Não ouse a colocar a paternidade da minha sobrinha em questão! — Francesca reclama presunsosamente, olhando para o perfil horrorizado de Fran. — Eu posso até aceitar que você seja a noiva do meu irmão, mas não toque no nome das pessoas que eu amo, ou eu juro que esqueço os bons modos que me foram ensinados e quebro essa sua cara cínica! — dispara exaltada, quase que rosnando e firma os lábios. Aparentemente intimidada, Francesca encolhe os ombros e inala abruptamente, soltando o ar com calma. Minha irmã me faz sorrir internamente com sua petulância exagerada. — Desculpa... desculpa por te dizer o que eu penso, todavia, eu realmente precisava te deixar de sobreaviso — ela murmura com cautela e só então decido tomar partido da situação. Fran, olha para mim estranhamente, inclinando a sua cabeça para o lado esquerdo, como se esperasse uma atitude da minha parte.

— Já chega, Fran! — repreendo minha irmã, tentando e falhando suprimir minha exaltação para com ela. — Você já ultrpassou todos os limites. Não pode falar dessa forma com a Fran, mesmo que não aceite, ela é minha noiva — minha voz é exageradamente alta. É como se eu tivesse prendido minha mão na porta ou algo assim. Não crédula do que acabara de ouvir, minha irmã cresce os olhos em minha direção e bufa. — Guarde as suas verdades para você mesma e...

— Desde quando tornou-se... este homem deplorável, León?! — ela pergunta, franzindo os lábios. Sua voz é rouca e ofegante. Meus olhos se arregalam ligeiramente e eu inalo. Abro minha boca, intencionado a rebater sua afirmação, entretanto, opto por silenciar-me e isso lhe enfurece, ainda mais. — Tudo bem... — ela bufa para mim e coloca o dedo indicador entre os lábios, alternando o seu olhar entre Francesca e eu. — Lembre-se que foi você quem me procurou em busca de ajuda... — seu tom insinuante me paralisa completamente. — Diga a Francesca por que veio até mim, León — sua voz muda. Eu fico surpreso com o que ouço e não consigo esboçar reação alguma.

— Puta merda, Ludmila! — Plaguejo, com os dentes semicerrados e tentando não soar nervoso, após ouvir suas séries de insinuações. Revirando os olhos, minha irmã segue em direção a Francesca e dar de ombros com a mesma. Ambas me observam com certa imparcialidade. — Onde você quer chegar com isso? — Ludmila calmamente me dá um pequeno e debochado sorriso, enquanto Francesca está praticamente invisível e se mantêm em silêncio, mas posso ver o tamanho de sua curiosidade.

— Porque não responde o questionamento da sua irmã, querido! — Francesca sugere subitamente e por um momento me desconecto de tudo a minha volta. — Acabe de uma vez com todas as insinuações da sua irmã e responda sua pergunta. — ela sugere serenamente, enquanto direciona-se á mim. Minha noiva praticamente exige, com um tom suave na voz e me submete ao extremo da minha irritação. Odeio sentir-me encurralado. A sensação não é das melhores. Desprovido de respostas plausíveis, me silêncio.

— Posso saber o motivo dessa discussão? É possível ouvi-los a quilômetros de distância! — minha mãe questiona com sua habitual voz aguda, enquanto adentra cômodo. Seu semblante está encoberto. A minha mãe é a sutileza em pessoa, todavia, quando está intrigada com algo, torna-se imparcial. Ambos intimidados, nos entreolhamos e ninguém se atreve a informar o motivo da discussão em questão. — Vamos... alguém pode me explicar o que está acontecendo aqui? — A Sra. Vargas, insisti elevando sua voz e alterna o seu olhar entre todos presentes na sala de estar. — Fran... Ludmi, querida, o que está acontecendo aqui?

"Sim, León... você está sem saída..."

— Mãe... a verdade é que eu cansei de tanta hipocrisia, por mais que eu tente, não consigo ser falsa e ignorar certas coisas. O casamento do León é um erro. Ele vai se casar com alguém que não gosta, para preencher o vazio da sua antiga esposa. Sabemos que isso não será possível, não depois de tudo o que aconteceu. — Ludmila ignora completamente a presença de Francesca e cospe algumas verdades, deixando-nos sem ação. Minha mãe direciona o seu olhar para a minha noiva e toda a sua cor parece ter sido drenada, ela está tão pálida quão um cadáver. — León tornou-se outro após seu casamento e mesmo continuando arrogante e controlador, ele mudou drasticamente... — ela direciona seu olhar á mim — ... você mudou, León e mudou para melhor. Todos sabemos o quão a Violetta é importante para a nossa família. Ela salvou o León dele mesmo e eu sei que ele ainda a ama... ele veio até aqui para desabafar seus sentimentos comigo e não posso me conformar que ele deixe-a novamente por...

— Já chega, Ludmila! — minha mãe a repreende com seriedade e Francesca sorri com uma eminente satisfação. Inconformada, Ludmila bufa incessantemente e mantêm seu olhar de reprovação sobre mim — Por mais que você tenha razão em alguns aspetos, isso não lhe dá o direito de falar da vida do seu irmão com tanta arbitrariedade. Acredito que, León saiba o que está fazendo e independente de concordarmos ou não, devemos apoia-lo em qualquer que seja a sua decisão.

— Mas mãe...

— Não insista, Ludmila! — seu tom é cheio de advertência. — Agora peça desculpas a Francesca — exige exaltada e minha irmã, dispensando um sorriso debochado, prende os lábios cobertos por um batom claro, quase neutro, firmemente. "O que será que ela está pensando, agora?", meu subconsciente inoportuno questiona-se, porém eu lhe ignoro e volto á mim, para continuar observando a situação nada cômoda. — Vamos, Ludmila... peça desculpas a noiva do seu irmão... — minha mãe insiste, mas Ludmila parece irredutível e ignora seu pedido. Por um momento esqueço que Francesca continua aqui, na sala. Ela parece se diverti com as exigências da soberana, Sra. Vargas, que por sua vez, mantêm-se imparcial.

— Não preciso de um pedido de desculpas, Sra. Vargas e...

— Prefiro a morte, a ter que pedir desculpas a alguém que não merece um ato tão nobre da minha parte! — Ludmila resmunga, sorrindo sarcasticamente e passa por mim, esbarrando propositalmente. — Se eu continuar aqui eu juro que cometo um homicídio! — ela continua com sua série de sarcasmos e direciona-se as escadas apressadamente, saindo do nosso campo visual em questão de segundos. Sua impulsividade é anormal, mas plausível, preciso admitir.

Em anos é a primeira vez que eu presencio a minha irmã com esse nível de irritação. Ela estava atordoada e falou coisas reais. Entre todos, ela foi a única com coragem suficiente para falar a verdade e por mais que eu não concorde com a forma que tudo foi exposto, preciso admitir que ela merece aplausos, por ser tão petulante e sincera... principalmente sincera. Constrangida, minha mãe resmunga algo incompreensível e só então caminha em direção a Francesca que permanece em silêncio ao meu lado.

— Fran, querida, perdoe-me pelas sandices da irmã do seu noivo, ela... — minha mãe parece sem desculpas em mente e faz uma pequena pausa antes de continuar a falar: — Ludmila está estressada e acabou derramando a sua frustração sobre você, aliás, em vocês dois. Bom... eu vou deixá-los a sós e novamente peço-lhes desculpas — ela murmura, fazendo confusão com as palavras e com certa rapidez, ela sobe as escadas, indo provavelmente para o quarto de Ludmila.

— Meu Deus! — Francesca exclama, enquanto caminha até mim. Uma vez em minha frente, ela me abraça e encosta sua cabeça em meus ombros. Ainda anestesiado, não me movo retrinbuindo o seu gesto, apenas me mantenho tétrico. — Sua irmã me odeia, mas isso não me importa nenhum pouco... — ela começa a mexer em meu blazer cinza sobre a blusa branca e em seguida sobe as suas mãos para a minha face, acariciando-a delicadamente. — A queridinha da sua ex deve ter colocado a sua irmã contra a mim e...

— Já chega, Fran! — sentencio-lhe, empurrando-a para longe de mim, obviamente, sem machucá-la ou algo que caracterize uma agressão. — Eu não suporto mais fingir que estamos bem, quando não estamos. Ludmila é a única sensata, entre todos nós... ela é a única que enxerga as coisas como elas realmente são. — Ela me observa com os olhos marejados. Seus braços a abraçam e suas pernas parecem trêmulas como uma gelatina. Francesca abre a sua boca intencionada a dizer-me algo, mas eu me antecipo. — Não culpe a Violetta como causadora de todos os nossos problemas. A verdade é que eu não consigo esquecê-la um só instante que seja. Ela me libertou de mim mesmo e me amou com tanta entrega... sinto que nunca voltarei a amar alguém novamente — falo tranquilamente, sem desviar meu olhar do seu. De repente, sinto-me leve por está sendo sincero e falando o que sinto em meu íntimo, é uma sensação singular e extremamente boa. — Antes de você chegar no quarto da minha irmã... eu a beijei... — nesse momento as lágrimas escapam dos seus olhos e sinto uma sensação estranha. É como voltar a ser o mesmo fodido de antes. O mesmo que se divertia com todas, sem importa-se com sentimentos alheios, a única diferença, é que agora eu estou sendo unicamente sincero, talvez até demais. —... desculpe-me, contudo, eu preciso te dizer como eu me sinto verdadeiramente. Eu não sinto nada por você... nesses seis meses de namoro eu não consegui me apaixonar e se eu aceitei esse casamento, foi porque eu acreditei que você pudesse ocupar o lugar da Violetta em minha, mas... isso não aconteceu. Foi só ela voltar e tudo que construímos em meses desmoronou como uma torre de cartas...

— Para, León... por favor... não me torture mais — ela choraminga, limpando suas lágrimas apressadamente. Francesca vêm até mim e novamente me envolve em seus braços. Posso sentir sua aflição aflorando deliberadamente. Seu cheiro ousado me embriaga, ainda assim, eu me afasto e procuro manter-me assim. — Ela te abandonou... não é justo que essa cretina volte do nada e te roube de mim! — ela afirma secamente, reivindicando posse sobre mim e confesso que ouvir suas palavras amarguradas, me enfurece, ainda mais. — Não vou deixar que desista do nosso casamento por bobagens.

— Não me trate como um objeto, porque eu não sou seu e por favor, não volte a destratar a Violetta na minha frente. — Simplesmente peço e ela espreita os olhos em minha direção, seu semblante não poderia estar mais sombrio que agora. — Francesca... — chamo por ela, que rapidamente firma os seus olhos em mim. — Não podemos continuar com essa farsa. O melhor a ser feito nesse momento é...

— Você está rompendo comigo? — ela me interrompe abruptamente e novamente direciona-se a mim. — Você não pode fazer isso comigo, León... não pode... não pode! — ela grita como uma louca, enquanto me estapeia, por mais que eu deva, não me defendo em nenhum momento. Seu descontrole é assutador. É a primeira vez que lhe vejo assim, totalmente desconcertada e fora de si. — Você não vai me deixar, eu não permito... não aceito que rompa com o nosso noivado por causa daquela maldita. Eu sou capaz de matá-la! — seus olhos relampejam durante a série de ameaças. Suas veias do pescoço estão saltitantes e titubeio um pouco com o que ouço. "Ela não seria capaz... seria?"

— Não podemos insistir em algo que já começou errado. Quando te pedi em casamento, eu estava arrasado e com muita raiva, da Violetta, porém aos poucos eu alcancei a minha conformidade, aceitando que havia lhe perdido, — ela mantêm seus olhos vidrados em mim, suas feições neutras me assustam. — se você sentisse o que eu sinto, certamente me entenderia. O meu corpo e pensamentos sempre irão pertencer a Violetta, eu não escolhi me apaixonar por ela — ronrono tranquilamente, acompanhando o pestanejar lento dos seus olhos. Francesca está esbranquiçada, toco as suas mãos e estão gélidas. Seguro sua face entre as minhas mãos e, de repente os seus olhos estão em mim, ha ódio neles. — Acredito que isso seja algo involuntário e terminantemente alheio ao nosso querer. — Eu tento maquiar minhas palavras e finalmente vejo uma reação de sua parte. Ela me aperta entre os braços e descansa sua cabeça em meus ombros.

— Se você não pode ser meu, também não será de mais ninguém — sussurra avidamente em meus ouvidos e sinto um arrepio gélido percorrer minha espinha. É uma sensação horrível. — Sempre fui apaixonada por você... eu sempre esperei por uma chance. Fiquei ao seu lado por todos esses anos e finalmente alcancei meu propósito. Não aceito perder você para outra, tampouco, esta que não hesitou em deixá-lo. — Suas lamúrias me assustam. Há possessão em seu tom esguio. Ela já está passando de todos os limites possíveis da sua obsessão por mim. Acho que eu criei um verdadeiro monstro.

— Não perdemos o que nunca nos pertenceu — retruco exasperado, afastando-a de mim. — Francesca, precisamos aceitar que as coisas não são como queremos. Insistir em um erro só trará sofrimento — ela inclina sua cabeça para um lado e passa a fitar o chão. — Vêm, eu vou te levar para casa. — Seguro uma das suas mãos, mas ela está arredia e se esquiva, ficando em minha frente.

— Meu motorista está lá fora — ela me informa. — Vou te a chance de se arrepender desse rompimento. Pense... León... não me subestime, eu posso ser o que você deseja, mas também posso me tornar seu pior pesadelo, querido! — Ela novamente me ameaça e agora com mais convicção. Mortificado, inalo abruptamente. — Nossa história não acabou ainda, Vargas! — ouço sua afirmação em silêncio e decido permanecer assim. Francesca caminha até mim e me beija nos lábios brevemente. Sem olhar para trás, ela vai embora, deixando algumas interrogações em minha mente.


Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!


Notas finais do capítulo

Quem ta com raivinha ta Francesca levanta a mão !!!! Se vocês soubessem o que ela vai aprontar. Então... gostaram? Comentem e me deixem feliz e motivada, obrigada a todos os favoritos, hooow quase 40 amoooh vocês! Até logooooo XXGehxX