A Dança das Lâminas Rubras escrita por João Emanuel Santos


Capítulo 6
A Caça ao Corvo de Estio - Parte Um.


Notas iniciais do capítulo

Demorou um pouco, mas aqui está o capítulo :D

Esse capítulo tem algumas referências ao conto "Impérvia", pois os personagens estão em um dos reinos que aparecem no conto, Estio. Mas não há necessidade de ler "Impérvia" para entender o que acontece nesse capítulo.


Sobre os nomes dos personagens. Existe uma razão para o nome de Gregório e Sabrina serem "latinos" e os de outros personagens não. Cada país do continente dos reis possui certas semelhanças, principalmente nos nomes, com os países do mundo real. Os nomes nos reinos de Terlos são de origem irlandesa, enquanto os nomes de Sudelor (país de Sabrina) são de origem francesa, e por aí vai.
PS: Eu sei que Sabrina tem origem celta, mas acredito que o nome começou a ser escrito dessa forma na França.

Me desculpem pela má qualidade das letras e legendas no mapa.

Espero que gostem o/



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Uma semana após atravessarmos o Rio Vermelho, havíamos trocado o campo e as estradas de terra por um cenário muito mais surpreendente. Estávamos em uma das maiores cidades portuárias da parte norte do continente, o Ancoradouro do Lobo.

Eu, Gregório, e Sabrina, sentávamos nas escadarias que levavam ao grande salão do governante da cidade, o Rei de Estio. Meus olhos viajavam de um lado ao outro do horizonte, impressionados com as construções de pedra que formavam a cidade. Todas as casas eram feitas a partir de uma espécie de rocha lisa, estavam pintadas de branco, e se erguiam pelas ruas como se fossem verdadeiras esculturas feitas pelos Deuses. As ruas também eram cobertas pelo mesmo tipo de pedra, o que dava a cidade uma aparência mais limpa.

A área em que estávamos era uma das partes mais importantes do Ancoradouro do Lobo, e por conta disso havia várias torres de três andares, próximas do grande salão que pretendíamos visitar. Das torres, os guardas da cidade, cobertos em seus tabardos brancos e usando suas lanças afiadas, podiam ver tudo o que acontecia nas ruas.

Olhei para a esquerda, e fui novamente assombrado pelas muralhas gigantescas do Ancoradouro do Lobo, grandes e impenetráveis massas de pedra branca que subiam a alturas inatingíveis. Entre as muralhas, ficavam torres quadradas de pedra que serviriam para atacar quaisquer inimigos que resolvessem cercar a cidade. Mas como Gregório havia me dito, seria impossível que inimigos tomassem o Ancoradouro do Lobo por terra, mesmo com um grande exército.

–Qual o problema Drystan? Você não falou nada desde que chegamos aqui. Só continua a olhar para todos os lados com esses olhos esbugalhados – disse Gregório, terminando a frase com um riso.

–É que – parei a frase para contemplar novamente as muralhas- Eu nunca tinha visto uma cidade, todas elas são tão grandes assim?

–Na verdade, esta cidade é uma das maiores. E não é a toa que chamam este reino de... – dizia Gregório, antes de ser interrompido.

–Nunca pensei que alguém construiria uma muralha tão grande nessa parte do continente. A maioria das cidades não tem a sorte de ter uma simples muralha de terra, muito menos uma monstruosidade dessas – disse Sabrina, com seu sotaque forte. A mercenária olhou para Gregório – Souverain. Desculpe-me, não queria interromper.

–Ainda bem que você interrompeu, ele ia começar a falar sem parar outra vez – resmunguei.

Gregório riu.

–Eu pensei que você gostava de ouvir histórias – disse o mercenário, pegando um pequeno cantil de água que estava preso em seu manto e o levando até sua boca.

–E gosto. Mas eu não entendo como vocês podem andar por essa cidade como se estivessem acostumados com, bom, com tudo isso – eu disse, abrindo os braços para frente.

Nossa atenção foi tomada por um ancião que se aproximou da escada. O velho usava um roupão branco de tecido caro, e tinha a vestimenta segurada por um cinto de couro preto. No cinto, estava presa uma espada de boa qualidade, com bainha negra e cabo de aço. O ancião não possuía mais cabelos e andava com a coluna curvada.

–Aqui estão alguns rostos que nunca vi no grande salão – disse o ancião, nos julgando com seus pequenos olhos caídos – São viajantes?

–Sim. Marcamos uma audiência com o Rei de Estio – disse Gregório, em tom casual.

–Viajantes? É estranho que o Rei receba quaisquer viajantes – disse o velho, se apoiando em uma das paredes que ficavam ao lado das portas do grande salão.

–Pagamos nosso tributo, agora temos direito a uma audiência – disse Sabrina, impaciente com o ar provocador do ancião.

Como não éramos moradores da cidade, só teríamos direito a uma audiência com o Rei se pagássemos um tributo em ouro ou em mercadorias valiosas. Gregório ofereceu uma bolsa com dez moedas de ouro para ter o direito de falar com o governante. No momento fiquei perplexo, pois o mercenário entregou as moedas de bom grado, como se fosse algo comum gastar tanto dinheiro.

–Entendo. Não vou continuar a testar a paciência de sua mulher – disse o velho, olhando para Gregório e ignorando Sabrina – Mas saibam que vocês estão com muita sorte. Em breve, os portões dessa cidade serão fechados, e ninguém mais poderá entrar, com ou sem tributo.

–Como assim? – perguntou Gregório.

–Nosso país é dividido em vários reinos que vivem guerreando entre si. Agora, dois desses países podem estar travando uma batalha nesse exato momento. O Rei de um desses dois países morreu faz pouco tempo, e seu filho mais velho assumiu o trono. O garoto é louco, ele se autoproclama “Cennétig Mão de Aço” e declarou guerra a todos os outros reinos, dizendo que vai se coroar como Alto Rei de nosso país.

–E vocês do Reino de Estio vão lutar contra esse Rei Cennétig? – disse Gregório.

–Lutar? Não há necessidade, apenas temos que reunir todos os nossos homens atrás das muralhas do Ancoradouro do Lobo, e esperar que todos os outros Reis se matem. É assim que continuamos a manter a posição de reino mais forte em nosso país – disse o velho, com o peito estufado e um tom orgulhoso.

–Quem é o Senhor? – perguntou Gregório.

–Eu sou o Cavaleiro do Reino de Estio, Cináed! – exclamou o velho.

–Antigo Cavaleiro– corrigiu um guarda, que acabara de abrir as portas do salão.

–Que insolência! Eu poderia te partir ao meio agora mesmo! – exclamou o velho Cináed, com o rosto vermelho.

–Vocês! O Rei está pronto para a audiência – disse o guarda, olhando para nós três. Ele tinha todo o tronco e os braços cobertos por uma cota de malha bem polida, sobre a proteção estava um tabardo completamente branco, e em sua mão direita segurava uma lança.

Gregório e Sabrina se levantaram das escadas.

–Seu insolente! Sabe quantas batalhas travei em minha juventude? – gritou o velho, desafiando o guarda.

–Se acalme Sir Cináed! O Rei já está cansado dos seus ataques de orgulho! – disse o guarda.

–Drystan, vamos entrar – disse Gregório, pondo a mão sobre meu ombro, pois eu olhava admirado para a discussão dos dois homens. Até aquele momento, eu nunca vira uma pessoa que recebera o título de cavaleiro, “Sir”. Senti-me desapontado, porque o primeiro cavaleiro que pude ver era apenas um velho de cabeça quente. Mas ainda assim, eu olhava para Sir Cináed como se ele fosse um dos Deuses.

Segui Gregório e Sabrina, atravessando as portas de metal do grande salão.

O salão era uma construção de pedra, assim como as demais casas da cidade, mas havia uma diferença no tamanho, era incrivelmente largo. As paredes se fundiam a grossos pilares brancos e vários detalhes dourados enfeitavam a parte exterior do salão, simulando pinturas que representavam a Deusa das Águas que as pessoas naquele país veneravam.

Caminhamos pela parte interior, que tinha o piso coberto por madeira clara. A iluminação do local vinha de várias pequenas aberturas na parte superior das paredes, e de tochas presas aos pilares internos. A parte inicial do salão era como um espaçoso corredor por onde a corte do Rei de Estio perambulava. Várias pessoas vestidas em roupas caras e extravagantes lotavam o lugar. Algumas mulheres conversavam em grupo, com a voz baixa, enquanto olhavam para Sabrina. Os homens também olhavam para a mercenária, com olhares mais mal intencionados. Uma mulher vestindo trapos correu pelo corredor, perseguindo uma pequena criança de cabelos cacheados cor de ouro.

–Senhor Séamus! Por favor, não corra! Se algo lhe acontecer o Rei me executará! – exclamava a mulher, correndo atrás do garoto.

–“Cináed”, “Séamus”, “Drystan”, as pessoas no norte do continente tem nomes estranhos. Ainda não consegui me acostumar – disse Sabrina.

–Aquela mulher disse que o Rei ia executar ela, vocês tem certeza que conversar com ele é uma boa ideia? Eu sou só um camponês! Ele pode me executar se não gostar do meu rosto! – eu disse aos dois, sussurrando - Ei! Meu nome não é estranho!

–Fique tranquilo Drystan, nem todos os nobres são tão terríveis como aquele homem. Além disso, poucos são os nobres que arriscam manchar sua imagem fazendo mal a pessoas inocentes sempre que querem – disse Gregório, se referindo a Senhor Brandon, o homem que matou minha mãe e destruiu meu povoado.

Sabrina olhou para o lado, como se discordasse de Gregório.

–Eu ainda penso que é melhor ficar pra trás – eu disse.

–Não se preocupe Drystan, nós pagamos um bom tributo – disse Gregório.

Alcançamos um segundo arco, que servia para separar a parte inicial do salão e a sala do trono. Assim que entramos na segunda parte, encontramos um piso forrado por um extenso tapete negro, que levava até o pedestal onde ficava o trono do Rei de Estio. Ao olhar o ambiente, vi vários guardas de prontidão, ao lado dos longos pilares brancos que sustentavam o teto de pedra.

–Mantenha a cabeça abaixada, Drystan – sussurrou Gregório.

Eu obedeci.

Ao chegarmos a certo ponto, os dois mercenários pararam de andar e se ajoelharam. Eu andei um passo além, mas rapidamente me corrigi e me ajoelhei, ainda olhando para baixo.

–Vocês estão diante de Rei Lugaid, Senhor de todo o Reino de Estio, Patrono da Casa Real de Estio e Governante do Ancoradouro do Lobo – disse um arauto, com uma voz forte que ecoou pelo salão.

–Quem são esses? – disse um segundo homem, com uma voz cansada. Eu não podia identifica-lo por estar com a cabeça abaixada.

–Viajantes, Meu Rei. Eles dizem ser mercenários e andarilhos, pagaram um tributo de ouro, dez moedas – disse o arauto.

–Pagaram um excelente tributo. Muito bem, digam o que desejam, mas não demorem, existem vários súditos de meu próprio reino que eu devo atender – disse Rei Lugaid.

Gregório fez um sinal com as mãos para que eu permanecesse ajoelhado.

Sabrina também não se levantou.

–Rei Lugaid, que os Quatro Deuses abençoem o Senhor e sua linhagem. Agradeço por nos ceder uma audiência – disse Gregório.

–Um estrangeiro que conhece os Quatro Deuses, interessante. Diga-me, de que reino vocês vieram? – disse o Rei.

Os dois trocaram mais palavras sobre suas culturas por algum tempo, mas eu simplesmente não consegui prestar atenção. Eu estava absurdamente nervoso por estar diante de um Rei. Enquanto olhava para baixo, eu percebi que minhas mãos tremiam de medo, incontrolavelmente.

–Diga o que deseja de mim, mercenário – disse o Rei, aumentando o tom de voz e fazendo com que eu escapasse do meu transe.

–Rei Lugaid, se houver algum trabalho a ser feito em seu reino, um trabalho que precise ser realizado por pessoas com as nossas habilidades, eu gostaria de fazê-lo – disse Gregório.

–E quais seriam as suas habilidades? – perguntou o Rei.

–Discrição – disse Gregório, com um tom sério.

O Rei de Estio riu.

–Você me decepciona. Está claro para mim que você só deseja recuperar as moedas que gastou com o tributo, mercenário. Além do mais, eu nunca contrataria um grupo de mercenários formado por um homem, uma mulher e uma criança – disse Rei Lugaid.

–Os dois não são mercenários, Meu Rei. A mulher é minha esposa, e o garoto é nosso filho adotivo. Mas não é o ouro do Senhor que eu busco como recompensa por meus serviços – disse Gregório.

–Um mercenário que não quer ouro? Difícil acreditar nisso. O que deseja então?

–Eu gostaria de permissão para entrar em qualquer barco que vá até a Península Impérvia – disse Gregório.

O Rei ficou em silêncio por algum tempo.

–Sinto estragar seus planos, mercenário, mas isso não vai ser possível. Não digo isso por capricho, eu também gostaria que fosse possível navegar até Impérvia. Mas os reinos daquele país mantêm os portos fechados para qualquer barco estrangeiro. Se um barco de meu reino se aproximasse, seria queimado antes mesmo de atingir a costa – disse Rei Lugaid.

–Entendo. Nesse caso, peço perdão por tomar seu tempo, Meu Rei – disse Gregório, se ajoelhando novamente.

–Não se precipite. Eu posso ter algum uso para você e sua “discrição”. Espere na entrada do grande salão até o fim das audiências, sozinho – disse o Rei de Estio.

–Sim. Meu Rei – disse Gregório, se levantando e fazendo uma reverência.

Eu e Sabrina imitamos o gesto do mercenário. Mas enquanto me virava, eu ousei olhar de relance a figura do Rei de Estio. Ele era um homem de meia idade, com a barba feita e longos cabelos encaracolados de cor dourada. Tudo em seu rosto era estranhamente fino, dando a ele uma aparência feminina. Rei Lugaid tinha suas vestes cobertas por um longo manto branco. Na parte frontal do manto, estava marcada a figura de um sol negro, o símbolo da realeza de Estio.

O Rei retornou meu olhar de forma severa, fazendo com que eu imediatamente me virasse e sentisse medo de ter minha vida tomada.

Nós saímos do grande salão de Rei Lugaid e paramos novamente nas escadarias.

–Sabrina, leve Drystan e alugue um quarto naquela estalagem que vimos aqui perto – disse Gregório.

–Sim, Souverain. Devo alugar por quantos dias?

–Apenas um dia. Se o assunto que o Rei tem a tratar conosco não for interessante, então partiremos amanhã.

–Espera, não podemos ficar mais? – eu disse, fazendo os dois me olharem com um ar de surpresa – Ah, desculpa. Eu sei que não tenho direito de pedir isso.

Gregório riu.

–Se você quiser podemos ficar por dois dias, para olhar melhor a cidade, mas não podemos permanecer aqui por muito tempo. O custo de vida daqui deve ser muito alto, e eu acabei gastando metade do nosso dinheiro naquele tributo – disse Gregório.

Souverain, o que vamos fazer? Se o Rei disse a verdade, então não poderemos ir até Impérvia – disse Sabrina.

–Não se preocupe. Nós vamos conseguir, de um jeito ou de outro – disse o mercenário.

–Por que vocês querem tanto ir pra Impérvia? Vale mesmo tanto esforço pra ir até lá? – perguntei. Pois ao escutar os dois falando sobre a “Fonte da Magia” alguns dias antes, eu julguei os planos de Gregório como uma grande loucura.

–Vale sim, Drystan. Você vai entender logo – disse o mercenário, com um sorriso entusiasmado. Os olhos verdes de Gregório possuíam um brilho muito incomum. Como se fossem luzes discretas, quase apagadas, que brilhavam mesmo nos lugares mais escuros.

–Eu faria menos perguntas se vocês me contassem logo o que estão procurando e o que tem que fazer em Impérvia – resmunguei.

Os dois ficaram em silêncio por um tempo.

–Drystan, vamos. Souverain precisa estar sozinho quando o Rei chegar – disse Sabrina.

Depois disso caminhei ao lado da mercenária pelas ruas de pedra branca, até que alcançamos a área comercial da cidade. Era uma praça incrivelmente grande a aberta, onde vários mercadores possuíam suas mesas e vendiam seus produtos. Esbarrei em um homem barbado que carregava dois gansos vivos em cada braço, os animais se debatiam tentando fugir da multidão e do barulho de centenas de vozes. Uma mulher tentava sem sucesso arrastar uma corda presa ao tronco de um porco gordo, que guinchava de pavor. Outras crianças corriam e abriam caminho entre guardas que faziam sua vigília e camponeses que compravam grãos.

Eu nunca vira tantas pessoas reunidas em apenas um lugar. Comecei a me sentir perdido, mas ao mesmo tempo admirado. Em meu intimo, perguntei-me se um dia eu e os dois mercenários poderíamos viver numa cidade como aquela.

Pois apesar do pouco tempo que passamos juntos, eu já os considerava como minha família.

A estalagem em que passaríamos a noite em nada lembrava a estalagem de minha mãe. A estrutura era de pedra, assim como todas as outras construções do Ancoradouro do Lobo, mas a parte de dentro possuía uma grande abertura retangular no teto, de onde vinha toda a iluminação. As mesas ficavam distribuídas próximas da luz que descia da abertura. Naquela noite as estrelas brilhavam muito, assim como no dia em que meu povoado foi destruído. Eu e Sabrina sentávamos em uma das mesas, e podíamos ver o céu através da grande abertura.

O silêncio em nossa mesa continuou por algumas horas, pois eu não conseguia pensar em nada que podia falar para a mercenária. Sabrina por sua vez parecia querer não chamar atenção, continuava a usar seu capuz e bebia uma caneca com água discretamente.

–Ei, Sabrina – eu disse, tomando coragem para tocar no assunto que desejava.

A mercenária olhou para mim.

–O que é a “Fonte da Magia”? – perguntei, olhando para Sabrina.

–Você escutou uma das nossas conversas, não foi? – ela disse, com seu “r” arrastado.

–Sim. Desculpa.

–Eu queria te contar, mas não é isso que Souverain deseja – Sabrina colocou sua caneca na mesa e apoiou seu rosto sobre a mão esquerda, com o cotovelo na mesa – Você deve pensar que Souverain é um homem louco.

–Não, não, não foi isso que eu quis dizer! – exclamei, gesticulando.

Sabrina sorriu com o canto da boca.

Souverain é – ela fez uma pausa – Diferente das outras pessoas. Não só por ter me ajudado.

–Como assim, “diferente”?

Nossa conversa foi interrompida por um grande estrondo, vindo da entrada da estalagem.

Gregório acabara de entrar, abrindo a porta com violência. Ele arfava e parecia sorrir. O mercenário caminhou em pressa até a nossa mesa.

–Sabrina! Drystan! Temos que ir! – ele disse.

Souverain, o que aconteceu?

–Eu já sei como vamos atravessar o mar! Já sei como vamos até Impérvia!


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Notas finais do capítulo

Obrigado por ler, toda crítica será bem vinda :)
Próximo Capítulo: A Caça ao Corvo de Estio - Parte Dois.