A Dança das Lâminas Rubras escrita por João Emanuel Santos


Capítulo 10
A Carruagem no Vale - Parte Dois.


Notas iniciais do capítulo

Mil perdões pela demora. Acontece que finalmente estou escrevendo um livro, e tenho me animado muito com a história dele, então os últimos dias tem servido para que eu me dedicasse a isso (aliás, é no mesmo mundo dos meus contos, então nada de plágio ò_ó)
Junto deste capitulo, estou postando um extra. Não é uma continuação da história principal, mas sim uma história de apenas um capítulo (talvez o termo para isso no mundo dos animes/mangás seja omake, não sei ao certo). Não há necessidade de ler o extra para entender o que acontece nos próximos capítulos, é apenas algo que eu quis fazer como agradecimento as ultimas visualizações e a vocês que tiveram paciência de aguardar o capítulo 10.

Muito obrigado a todos, vocês são incríveis! :D

Um pequeno resumo do que tem acontecido até então:
O jovem Drystan, após um incidente violento envolvendo um nobre e seu povoado, juntou-se aos mercenários, Gregório e Sabrina. Eles iniciaram uma jornada que está os levando a atravessar vários reinos e países.
Juntos, os três visitaram o Ancoradouro do Lobo, uma das cidades mais ricas do norte do continente. Depois, buscando uma forma de chegar até a Península Impérvia, se envolveram em um conflito entre o Rei de Estio e um desertor que comandava um barco de saqueadores, O Corvo de Estio. Por sorte, conseguiram escapar de uma batalha naval suicida, desembarcando no litoral do Vale do Soberano, um dos quatro reinos da Península Impérvia. Lá, colocaram-se a serviço de Senhora Shannon e sua filha, buscando uma passagem segura pela península até chegarem a seu destino.
Mas nem tudo é tão simples. E Shannon parece ter um passado complicado que retornou para ameaçar sua vida e a vida dos mercenários.

Espero que gostem o/



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Eu estava escondido em uma das carroças de Senhora Shannon, ocultado por vários panos grossos e mal cheirosos. Por uma das frestas da madeira, eu conseguia enxergar com clareza a cena que estava acontecendo do lado de fora.

Um grupo de soldados havia abordado a carruagem principal, onde a nobre e sua filha estavam. De inicio, pensei que aqueles homens estivessem atrás de mim, de Gregório, e de Sabrina, por termos entrado ilegalmente no reino. Mas percebi que estava errado quando o líder daquele grupo, um homem grande que tinha a cabeça coberta por um elmo em formato de pássaro, estapeou Senhora Shannon.

Logo, eles declararam suas intenções. Estavam ali para assassinar a mulher e sua filha.

– Mamãe! – gritou Nolwenna, correndo aos prantos até sua mãe, que estava caída no chão enlameado.

– Não venha! – gritou a Senhora.

Os dois guardas de Shannon desembainharam suas espadas e correram em direção ao agressor, mas logo foram parados pelos capangas do homem. Um dos servos da mulher foi perfurado por duas lanças, antes de sequer notar o que estava acontecendo. O outro teve seu golpe aparado pelo líder do grupo, que rapidamente ergueu sua própria espada e a arqueou no ar, cortando a garganta do ultimo guarda.

Aqueles eram doze inimigos muito bem treinados.

A pequena Nolwenna chorava nos braços de Senhora Shannon.

– Perfeito. Assim fica mais fácil de terminar o serviço – o líder ergueu sua arma – Desapareçam do mundo com esse sangue sujo!

A espada desceu.

Shannon gritou.

E a lâmina encontrou um obstáculo.

– Eu não sei o que essa bruxa fez com você, mas ela é a nossa passagem por essas terras – Sabrina segurava uma de suas espadas com as duas mãos, impedindo que a arma do soldado alcançasse a nobre – Então é melhor você e seus amigos saírem daqui antes que eu fique de mau humor – terminou a mercenária, com seu sotaque de Sudelor e seu “r” arrastado.

Todos no grupo deixaram suas armas de prontidão.

– Saia da frente garota, você – dizia o líder.

Um virote atravessou o ar, passando perto de Sabrina e seguindo um breve caminho até o elmo de pássaro que o agressor de Senhora Shannon usava. O projétil acertou em cheio a testa do homem, criando um buraco no metal e fazendo um pequeno jorro de sangue escorrer de sua cabeça.

– Conversar com eles não funcionará, Sabrina – Gregório finalmente saíra da carruagem da nobre. O mercenário portava sua arma de outro continente, a besta, e havia a usado para interromper a frase do líder – Não se preocupe. Esses homens não são desse reino, são do antigo reino de Senhora Shannon. Nenhuma consequência virá em matá-los, e considerando a forma como eles cumprimentaram nossa Senhora, acredito que não devemos nos conter.

Os soldados deram um passo para trás, intimidados. Mas não demorou muito para que se lembrassem da vantagem numérica.

– Minha Senhora! – gritou o servo Conall, saltando da carroça onde eu estava.

– Cuide delas, nós vamos resolver esse pequeno empecilho – disse Gregório.

Conall acenou com a cabeça, enquanto ajudava a nobre a se levantar.

Naquele momento conclui que não havia mais necessidade de me manter escondido, então comecei a remover aos poucos os panos que me cobriam. Tive dificuldades por conta da dor absurda em meu ombro esquerdo, que sofrera vários danos desde a batalha no Corvo de Estio.

Escutei o som de metal se encontrando com metal.

Quando finalmente consegui me libertar, Sabrina já entrara em combate contra os onze homens restantes.

Diferente da primeira vez em que eu vira os mercenários lutarem, os oponentes de agora não seriam abatidos tão facilmente. Cinco deles ergueram escudos, e se juntaram numa fileira pequena, avançando em direção a Sabrina.

Souverain! – ela gritou, pedindo auxilio de Gregório.

Um segundo virote voou, acertando a canela desprotegida do soldado que estava na ponta direita da linha. O homem berrou de dor, largando seus equipamentos e caindo no chão. Sabrina correu para o lado dele, abaixando sua espada e rasgando-lhe o peito com a lâmina. Isso fez com que toda a atenção dos outros quatro se voltasse para a mulher, e num descuido estúpido, aqueles sujeitos deram as costas para Gregório.

O mercenário não pensou duas vezes. Atirou um terceiro dardo, atingindo a nuca de um dos homens que estava no centro da fileira. Aproveitando-se da confusão, Sabrina pulou em cima de outro inimigo, que instintivamente ergueu seu escudo a fim de se proteger. Mas a mulher fora rápida, estocando sua espada por cima do pedaço de madeira e metal, perfurando mais um pescoço. Depois, tomando impulso com a queda, Sabrina rolou pelo chão, afastando-se dos outros dois escudeiros restantes.

Outros seis soldados que portavam espadas e lanças, correram na direção de Gregório, acreditando que iriam ter em suas mãos uma presa fácil.

A besta foi recarregada, e um quarto virote atravessou o crânio de mais um inimigo. Mas logo, o grupo alcançaria o mercenário. Não havia mais tempo para atirar.

– Contemplem! A minha técnica secreta! – urrou Gregório.

– O que será que ele vai fazer? – murmurei.

– “Correr para as colinas!” – ele gritou, enquanto fugia em minha direção.

– Seu idiota! Não venha pra cá!– exclamei.

– Drystan! Jogue alguma coisa neles!

– Desde quando eu participo da luta? – olhei ao meu redor e tudo o que encontrei foi um saco de pano com algumas frutas – Toma!

Atirei uma maçã, sem ter a certeza de onde ela estava indo.

Acertei a testa de Gregório.

O mercenário, distraído, tropeçou.

– Foi sem querer, eu juro!

Os cinco soldados o cercaram.

– Meus Senhores, por favor, podemos resolver isso de uma forma em que eu não termine perfurado, cortado ou empalado?

Continuei a jogar todas as frutas que encontrei. O grupo ria enquanto meus ataques mal lhes causavam cócegas.

– Atirar coisas em nós não vai adiantar garoto – disse um deles.

Um escudo voou, acertando a cabeça do homem que zombara de mim. Ele caiu em cima de Gregório, desacordado.

– Me desculpe Souverain! – disse Sabrina, corando.

Os outros quatro apontaram suas armas para a mercenária, se esquecendo da situação ridícula em que Gregório estava.

– Lutar usando um vestido é difícil – Sabrina fez um rasgo em um dos lados de sua roupa, para que pudesse se movimentar melhor – Mas podem vir!

E enquanto o mercenário fazia um esforço para sair dali, Sabrina executava sua dança. Um lanceiro tentou perfura-la, mas a mulher se esquivou para a direita, enquanto movia sua espada com as duas mãos, arqueando um corte que separou o braço do homem do resto de seu corpo. Em seguida, deu continuidade ao giro de seu golpe e levou sua lâmina ensanguentada até a garganta de mais um soldado.

Gregório, agora liberto, correu até sua besta e recarregou a arma.

Sabrina permaneceu em guarda, caminhando lentamente para trás enquanto os últimos capangas a encaravam. Aqueles sujeitos não desistiriam de uma luta.

– O maior erro em um campo de batalha – Gregório acertou um virote, matando mais um de seus alvos – É dar as costas para o arqueiro! – ele preparou um último dardo – Mas pensando bem, eu não sou um – o projétil voou – Mas o princípio é o mesmo! – terminou o mercenário, aos risos.

Pulei da carroça.

– Vocês estão bem?

– Melhor do que você – Sabrina sorriu – Esse seu ombro só vai ficar pior se você continuar a se mexer por aí, Drystan.

Gregório caminhou até o cadáver do líder. Ele removeu o dardo da testa do soldado com certa dificuldade, depois tirou o elmo em formato de pássaro e caminhou até mim.

– Aqui Drystan – o mercenário encaixou o elmo desproporcional na minha cabeça – Sua primeira luta merece uma lembrança.

– Que nojo! Isso está cheio de sangue!

Gregório riu.

Senhora Shannon saiu da carruagem, com sua filha em seus braços, e aos choros, atravessou todos aqueles corpos na grama.

– Minha Senhora, onde está indo? – gritou Conall.

– Me deixem em paz!

– O que foi agora? – resmungou Sabrina.

Gregório deu de ombros.

Apesar da cena teatral, a nobre só caminhou por alguns metros, depois se sentou na grama, virada de costas para nós.

– Ela parece uma criança – eu disse.

Senhora Shannon começou a prantear aos berros, soluçando tão alto que poderíamos escutar a uma boa distância.

– Depois disso fica difícil discordar – disse Sabrina.

– Tente entender o lado de Minha Senhora – Conall se aproximou de nós – Ela tem passado por todo o tipo de desgraça desde que foi forçada a fugir.

Sabrina usou uma parte da saia de seu vestido para limpar a lâmina de sua espada.

– Como assim? – perguntei.

– O lugar de onde viemos, o Reino das Cordilheiras, tem passado por um período de escassez de alimentos. Está cada vez mais difícil conseguir grãos e criar animais. Por causa disso, os camponeses começaram a se reunir sob a bandeira de um homem que culpava o Rei por toda aquela situação.

– Então foi por isso que tomaram o castelo onde sua Senhora vivia? – perguntou Gregório.

– Sim, se não tivéssemos escapado, nossas cabeças estariam enfeitando os portões do castelo real. Assim como a cabeça do Rei e – Conall fez uma pausa – E do primogênito de Senhora Shannon.

– Vocês não possuíam um exército capaz de subjugar uma simples rebelião popular? – disse Sabrina.

– Teríamos, se nossos próprios guardas e soldados não tivessem se unido a revolta.

– Deve ter um bom motivo para isso ter acontecido. Estou certo? – disse Gregório.

– Sim – Conall suspirou – Durante o inverno, a temporada mais cruel para nosso povo, o Rei confiscou o estoque de todos os seus vassalos, e dos próprios camponeses.

– Então ele mereceu o que teve – eu disse.

– Não! O Rei não era um homem mau. O problema era sua crença fervorosa em um dos Deuses antigos, ele acreditava que se oferecesse de bom grado todo o alimento de seu reino para esse Deus, sua terra seria recompensada e se tornaria fértil novamente.

– Que estupidez – disse Sabrina.

– Depois de nossa fuga, foi um milagre que tenhamos conseguido sair das cordilheiras e chegar até esse ponto. Os soldados que nos atacaram são antigos membros da guarda real.

– Acredita que eles enviarão mais? – perguntou Gregório.

– Talvez, não posso ter certeza.

– Bom, de nada adianta continuarmos aqui conversando – disse a mercenária.

– Por favor, já está escurecendo, esperem minha Senhora recuperar suas forças. Podemos acampar aqui mesmo – disse Conall.

– Com todo esse sangue e corpos? – perguntei.

– Conall, me ajude a levar esses homens para longe daqui. Sabrina, você pode acender uma fogueira aqui perto? – disse Gregório.

– Sim, Souverain.

– E Drystan, jogue um pouco de água no seu rosto, ele está sujo.

– Foi você quem sujou!

Depois de um tempo, estávamos todos em volta de uma boa fogueira, esperando um grande pedaço de carne terminar de ser assado. Gregório fechava os ferimentos nas costas de Conall, que haviam sido feitos mais cedo por sua própria Senhora, como punição por ter atrasado a viagem. Sabrina polia suas espadas com um óleo especial. E eu deitava em cima de um manto, enquanto olhava para as estrelas, um costume que se tornara tranquilizador para mim.

Sempre que olhava para o céu estrelado, eu me lembrava da noite em que meu povoado fora incendiado. Aquele foi, sem dúvidas, o pior dia de minha vida. Mas também foi o último dia em que eu e minha mãe compartilhamos do mesmo céu. E também o dia em que eu iniciara minha jornada ao lado dos dois mercenários. Minha nova família.

– Eu gostaria de falar algumas coisas – Senhora Shannon finalmente havia se juntado a nós, trazendo sua pequena filha – Se não se importarem.

Gregório e Sabrina acenaram com a cabeça.

– Peço desculpas pelo meu comportamento nos últimos dois dias, eu não confiava em vocês, e por isso agi daquela forma – a nobre abaixou o olhar – Eu ficaria feliz se me perdoassem.

– Ei! Se você quer pedir desculpas pra alguém, peça pro Conall! – exclamei.

Sabrina me deu um peteleco.

– Senhora Shannon, tudo o que queremos é um passe livre até nosso destino. Se continuar a nos conceder isso, nós é que ficaremos felizes. Mas sabe - Gregório se levantou e colocou a mão sobre minha cabeça – Essa criança cabeçuda tem razão. O pobre Conall pode ser seu servo, mas nada o impede de fugir e lhe abandonar. Acredito que tudo o que ele fez até agora foi por se importar com a Senhora e com a pequena Senhora Nolwenna. Então, independentemente de ter nascido uma nobre ou não, independentemente dele ser seu servo ou não, ele é o seu único amigo verdadeiro no momento. Seria não apenas prudente, mas também justo, tratá-lo como tal.

– Eu – Shannon fez uma pausa – Você tem razão.

Gregório e Sabrina sorriram. Conall ficou em silêncio, olhando para a fogueira.

– Mas nós ainda temos amigos – a nobre levantou seu olhar – No Reino de Sieg.

– Falando nisso Gregório, Conall me disse mais cedo que nós três também estamos indo pra lá. Por quê? – perguntei.

– É verdade, também temos assuntos na corte de Rei Siegfried – disse Gregório.

– Não quero ofender vocês, mas, por que pensam que um Rei de Impérvia iria querer ver estrangeiros? – disse Senhora Shannon.

– Pode-se dizer que eu e ele temos uma espécie de vínculo. Bom, não exatamente eu e ele, mas nossas famílias.

– Você é um nobre? – perguntou Shannon.

– Costumava ser. Agora sou apenas um mercenário.

– Hein? – gritei.

Gregório riu.

– Aliás, Drystan, eu acredito que já esteja na hora de você saber o que nós estamos procurando de verdade. Apesar de que não há uma forma de dizer isso sem contar uma história antes.

– Finalmente– resmunguei.

– Vou tentar pular os detalhes – Gregório pigarreou – Quando eu estava estudando para me tornar um médico, esbarrei em um livro perdido na biblioteca de meu avô. Aquele livro tinha sido escrito por um antepassado distante, de tempos anteriores à fundação da Republica Titânia.

– E o que isso quer dizer? – perguntei.

– Quer dizer que é velho, tão velho que nem deveria existir nesse mundo – disse Senhora Shannon.

– Tem no mínimo mil anos de idade – disse Sabrina.

– Incrível – sussurrei.

– Esse livro contava a verdade sobre a minha e outras duas famílias, ligando nossas origens com o próprio nascimento do continente. Uma época em que os Deuses de todos os povos andavam livremente pela terra, moldando o mundo a sua própria vontade.

– Você acredita nisso? – perguntou Shannon.

– De início, pode soar loucura, mas nos últimos dias decidi que não me importaria mais com o que as outras pessoas pensam sobre meu objetivo – Gregório fez uma pausa – O que o livro dizia, era que ao deixar nosso mundo, os Deuses confiaram suas habilidades para algumas famílias, a fim de que seus membros protegessem todo o continente. Estou dizendo que os Deuses deram magia aos humanos.

Gregório aguardou alguma reação de deboche, mas ao perceber que ela não viria, continuou.

– É loucura, eu sei, mas não faz tanto tempo assim que a magia era levada a sério por quase todas as culturas que conhecemos. Só que de alguma forma, ela se perdeu desse mundo, foi esquecida. Mas não estou procurando por histórias, o que estou procurando é algo que o livro mencionava em suas últimas páginas. Um lugar onde ainda existe magia, um lugar que se alcançado, pode trazê-la de volta para nós. Estou procurando a Fonte da Magia Antiga.

Nós permanecemos em silêncio, tentando digerir a história de Gregório. Eu não conseguira me decidir se acreditava ou não, mas vários dias atrás eu escutara uma conversa dos mercenários, e Gregório havia dito a Sabrina que eu teria uma prova de que o que ele dizia era real. Então decidi não desacreditar suas palavras.

– Essas duas famílias que você mencionou. Uma delas é a de Rei Siegfried, não é? – disse a nobre.

– Sim.

– Existe uma história conhecida por todos em Impérvia. Uma história que faz todos acreditarem que a família de Rei Siegfried é constituída por feiticeiros. Mas é apenas isso, uma história. Eu mesma o vi várias vezes ao visitar sua corte junto de meu esposo, e o homem tem tanta magia quanto o próximo humano.

– E o que me diz sobre os olhos do Rei? – perguntou Gregório.

Shannon ficou muda.

– Tem um brilho próprio muito forte, não? E tem a mesma cor que o céu durante o pôr do sol – continuou o mercenário.

– Como sabe disso?

– Porque eu também os tenho. Bom, na verdade os meus olhos são verdes, e não brilham tanto quanto deveriam. Mas os de minha mãe brilhavam, e muito. É uma característica de todas as famílias que possuíram magia.

– Os membros da família real de Sudelor também o possuem – disse Sabrina.

– Sim, e esse foi o motivo de eu ter ido até lá – Gregório retomou seu ar confiante - E é pelo mesmo motivo que estou indo atrás de Rei Siegfried. Talvez ele saiba onde ela está. Talvez ele saiba onde está a Fonte da Magia Antiga.


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Notas finais do capítulo

Obrigado por ler e acompanhar, toda crítica será bem vinda :)

Próximo Capítulo: A Fonte da Magia Antiga – Parte Um.