Do I Wanna Know? escrita por Miss Ann


Capítulo 6
Epílogo.


Notas iniciais do capítulo

Finalmente o final.



Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/537195/chapter/6

Sakura prendeu uma mecha fina que escapava do seu penteado e ajeitou seu vestido longo mais uma vez, encantada com o tecido delicado e de cores alegres. Havia sido um presente de Daiki e não havia ocasião melhor para usar agora. Se virou e encontrou Kise parado, olhando-a com um sorriso, e ela caminhou até ele, ajeitando a gola da blusa e acertando a gravata borboleta para que ficasse perfeitamente alinhada. Ainda com os dedos alisando a gola, sorriu para ele.
— Pronto? - ele mordeu o lábio e sorriu.
— Você está linda, Sakuracchi. - disse, depois de enrolar o braço ao dela.
— Três anos e você ainda não entendeu que não deve me chamar assim, Ryo-chan? - ambos gargalharam baixinho, enquanto ultrapassavam os jardins decorados elegantemente em passos tranquilos.
— Algumas coisas nunca devem mudar. - comentou ele, assim que chegaram sob o arco onde havia orquídeas e lírios das mais diversas cores enrolados. O tapete vermelho se estendeu a sua frente, separando dois lados onde bancos de madeira pintados de brancos permaneciam. Onde os convidados — os poucos que chamaram — se dispunham para poder vê-los. De repente, o showman Kise sentiu-se envergonhado quando encontrou os olhares ansiosos dos conhecidos, mas Sakura entrelaçou os dedos nos dele e sussurrou um pedido de um sorriso.
— Olhe para frente e eu te garanto que vai passar. - Kise fez o que ela falou e seus olhos encontraram os de Aomine Daiki. Aquilo o fez resfolegar, porque ele era dono de todo o amor presente naquelas orbes infinitamente azuis como o oceano. Ele vestia um smoking branco, a flor azul presa na lapela e uma expressão chocada de felicidade que fazia Kise tremer na base. Seria possível depois de tanto tempo ainda se sentir mais apaixonado? Sua resposta veio quando olhou para o lado e encontrou Kagami em seu smoking preto de padrinho, olhando Sakura hipnotizado. Sentiu vontade de rir, de gargalhar, porque o amor deles dois era o suficiente para fazê-lo acreditar que tudo daria certo, mesmo que o início fosse errado.
A música começou a tocar: um jazz suave do jeito que Aomine gostava. Sakura endireitou a postura, pôs seu melhor sorriso, tentando disfarçar a vergonha que tinha do olhar faminto de Kagami e Kise começou a ser guiado por ela pelos longos metros de tecido vermelho. Ele observou seus convidados: Momoi como madrinha ao lado de Aomine e Kuroko ao lado de Kagami no altar. Midorima e a esposa ao lado de Murasakibara nos bancos. Akashi estava ausente do país em função de uma competição — o que o fez relaxar um pouco, já que o capitão da Teiko ainda o assustava depois de tantos anos. Ainda haviam ex-companheiros da Kaijo, como seu antigo capitão, Kasamatsu, que mantinha-se sério, apesar do loiro reconhecer a felicidade nos traços dele. Um ou outro companheiro da Touou estava lá, assim como os do time atual de Aomine. Além disso, ainda havia o casal Kagami, pais de Taiga, pois Kise sentia-se muito querido por Aiko-chan. E também porque seus próprios pais se ausentaram da cerimônia, assim como os de Daiki por não aceitarem a união. O loiro havia ficado bastante triste, mas aceitava a decisão deles, enquanto eles aceitassem a sua.
E a sua estava ali, parado a frente dele. Sakura soltou a mão dele e entortou o sorriso daquele jeito malicioso que os três homens ao lado adoravam, uma vez que sempre sabiam que nunca viria algo bom dali.
— Se você magoar esse loiro, Aho, eu venho e roubo ele de você! - exclamou, na frente do cerimonialista. — E eu digo o mesmo para você, Ryo-chan: magoe meu Aho e num piscar de olhos, estará sozinho. - olhos castanhos, azuis e vermelhos se fecharam daquele jeito que divertia a garota.
— Cale a boca, Sakura! - exclamaram os três, todos envergonhados diante do juiz de paz. Aquilo arrancou a gargalhada presa na garganta dela, antes que ela se pusesse ao lado de Kise no altar, lado oposto aonde Kagami estava. A cerimônia de união começou e ambos prestavam atenção ao que era dito. Porém, durante os votos, Sakura procurou Kagami com os olhos e desenhou um coração no ar com o indicador, antes de levar a ponta do dedo a boca, estalar um beijo e oferecer a ele, vendo-o sorrir aquele sorriso apaixonado que a fazia suspirar.
Sob a benção do juiz de paz, a relação de Aomine e Kise foi oficializada. Eles beijaram uma bochecha do outro, meio envergonhados, mas Sakura e Kagami encenaram uma crise de pigarro bastante sugestiva, então Daiki deixou a formalidade de lado, segurando Kise em seus braços e beijando-o apaixonadamente!
— Não sei pra que tanto mimimi se todos já sabem que vocês se comem mesmo! - disse Sakura, um tanto inapropriadamente alto, quando eles finalizaram o beijo. Kagami apenas gargalhou, assim como todos os presentes que conheciam seu jeito espontâneo. O casal recém-unido apenas balançou a cabeça negativamente, sabendo que aquele era o preço a pagar por escolhê-la como padrinho do casamento. Sim, padrinho, porque nem se Sakura quisesse, ela conseguiria ser madrinha. Segundo o casal, precisava ser feminina para isso.
Desceram o altar de mãos dadas, recebendo a chuva de arroz e caminharam cumprimentando os convidados com acenos felizes da cabeça. Não tinham como sorrir mais.

*

A pista de dança não ficou vazia por muito tempo quando os convidados se dirigiram para a área da festa. Aomine rapidamente tirou Kise para dançar, mas ambos se desentenderam, uma vez que Kise quem sabia comandar e Aomine não queria ser a dama. Então, rindo, se separaram e Aomine se juntou a Sakura, levando-a para dançar desajeitadamente na pista. Fora do ritmo da música, indo dois passinhos para lá e dois para cá.
— Você é péssimo dançando, Aho. - exclamou Sakura, gargalhando do rapaz, que ficou levemente irritado. — Mas agradeço a sua tentativa.
— Obrigado, padrinho. - ela rolou os olhos, antes dele impulsioná-la a girar. No meio do giro, porém, envolveu a cintura dela com o braço, beijando o pescoço dela. — Agora é sério... Obrigado por toda a ajuda, Sakura. Talvez sem você... - ela o interrompeu.
— Sem mim, as coisas seriam mais lentas. Mas ainda existiriam. Não se poder parar o que já foi destinado, Dai-chan. - Sakura apertou o braço dele, retribuindo o carinho, mas seu olhar recaiu sobre Kagami, que a observava de rabo de olho de longe, enquanto conversava com Hyuga. Realmente não dava para desistir do que já tinha sido traçado. Aomine sorriu, seu olhar recaindo sobre seu amado que dançava com Aiko-chan com tamanha elegância que chegava a dar inveja em outros que compartilhavam a pista de dança. Daiki sentiu o beijo de Sakura em sua bochecha e se virou para ela, apertando o abraço. — Você está tão feliz, sabia?
— Sabia. - confirmou ele. — Não há nada melhor que amar e ser retribuído. - os olhos atentos perceberam um vulto, constatando ser Kagami. — Acho que você sabe disso tão bem quanto eu.
— Posso tirá-la para dançar? - questionou Kagami, o sorriso torto que fazia Sakura derreter. Aomine pensou em se divertir um pouco, então girou Sakura, virando-a de frente para ele e encostou a boca no ouvido dela, sussurrando uma coisa que ela achava que ele não tinha percebido. Ela arqueou as osbrancelhas, visivelmente surpresa, mas gargalhou, deliciada, antes dele se afastar e depositar um selinho sobre os lábios dela e deixá-la finalmente ir para os braços do ruivo. — Ainda não me conformo como vocês parecem um casal! - comentou, apertando-a contra seu corpo e afundando o rosto no pescoço dela.
— Tanto tempo comigo e ainda não percebeu que fazemos um casal melhor?! - replicou ela, abraçando-o firme. Como gostava de ficar nos braços dele!
— Fazemos mesmo. - disse, pretensioso, se afastando para encontrar as orbes violetas. — Durante a cerimônia deles, eu quis casar com você. - sussurrou, encostando a testa na dela. — Casar com você de novo. E de novo. Acho que poderíamos nos casar todo mês, que acha?
— Deixa de ser bobo, Taiga. - Sakura riu, daquele jeito que só uma tola apaixonada faria. — Mas se estiver fazendo repetindo a proposta de três anos atrás, já temos os convidados aqui. - de brincadeira, Kagami se ajoelhou. Estavam no canto da pista de dança, então não chamariam atenção das pessoas.
— Casa comigo de novo. - pediu ele. Sakura assentiu com a cabeça.
— Sempre. - segurou os dedos dele e guiou-os para seu ventre. — Mas outra pessoinha vai ter que dizer que sim também.

O ruivo parou por um instante, processando a informação. As pontas dos dedos se apoiaram sobre a seda colorida, os olhos rubis presos nos violetas. Sakura sentiu o peso de um braço em seus ombros e outro envolver sua cintura e sabia que era Daiki e Ryouta envolvendo-a. O comentário de Daiki antes mostrava como ele a conhecia. Ou, ao menos, conhecia milimetricamente o tamanho de seus peitos. Ou que sabe, a pequena dilatação que já tinha em seu ventre, porque ainda tinha seis semanas de gravidez.
— Acho melhor adotarmos essa criança, Ryouta. Olha os pais que ela vai ter. - zombou Daiki.
— Como se você fosse ser um pai menos idiota, Daicchi. - olhou para Kagami. — Essa é a hora que você deveria parabenizar sua esposa, não é Kagamicchi? - o ruivo ficou em pé, alisando os cabelos nervosamente. — Ele está em choque. - comentou com Sakura, que agora temia pela sanidade mental do marido.
— Chamem os bombeiros. - comentou Aomine. — Acho que ele está ficando pálido. - o divertimento dos dois rapazes acordou Kagami do seu transe. Ele expirou pesadamente e afastou o casal, abraçando Sakura de um jeito apertado e carinhoso.
— Meu Deus, como eu quero casar com você de novo depois disso! - sussurrou, deixando uma lágrima molhar o pescoço dela. A garota se sentiu aliviada.
— Eu quero muito chorar, mas não posso por causa da maquiagem. Então deixa de ser gay e pare você de chorar também. - replicou ela, afastando-se e secando os olhos marejados. Então Kagami começou a rir. Chorava, mas as risadas de alegria ecoaram por todo o ambiente, atraindo a atenção de todos.
Os outros olharam e sorriram. Eles não entendiam o que se passava entre os quatro reunidos no canto, mas sabiam identificar felicidade nas expressões deles porque era o tipo de sentimento que os faziam sorrir também. Sorriam também porque faziam parte daquilo, de alguma maneira ou outra, afinal, o amor não é egoísta.

Ele nasce para ser compartilhado, seja entre amigos, família e amores. É um sentimento que faz todos caberem dentro de si e que cabe um pouquinho no coração de todos.

FIM.


Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!


Notas finais do capítulo

Então é isso, não tem mais jeito... Acabou... Boa sorte! #parei.

Bom, obrigada a todos que acompanharam. Essa fanfic não foi a das melhores, visto o saldo nulo de comentários, mas ainda sim eu quis terminá-la. O final bem clichê mas que é sempre bom para amornar o coração de todos, sim? Beijo e até a próxima história (que é um yaoi, já adianto logo. Basta eu ter tempo para escrever! õ/)



Hey! Que tal deixar um comentário na história?
Por não receberem novos comentários em suas histórias, muitos autores desanimam e param de postar. Não deixe a história "Do I Wanna Know?" morrer!
Para comentar e incentivar o autor, cadastre-se ou entre em sua conta.