Academia de Vampiros - Escuridão do Espirito escrita por Roza Hathaway Belikov


Capítulo 50
Capítulo


Notas iniciais do capítulo

Ah to sem criatividade pra encher a paciencia de voces... Aproveitem a leitura....



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Quanto tempo ela ainda vai ficar assim inerte e pálida, pessoal? –Ouvi Lissa perguntar ao longe com a voz vincada de preocupação e uma pontada de pânico.

Apenas da voz que estava longe de transparecer controle ou calma, graças a Deus Lissa parecia realmente muito bem novamente, então isso significava que ou eu estava mesmo morta dessa vez ou tinha um bom anjo da Guarda lá encima em algum lugar e com isso também havia conseguido escapar da morte junto com ela mais uma vez. Honestamente eu estava torcendo pela segunda teoria.

– Acalme-se ou mandarei alguém vir aqui sedar você também, a Doutora disse que ela está fora de perigo, mas perdeu muito sangue e energia quando ajudou a trazer você de volta. –Disse Christian aparentemente tentando tranquilizá-la.

– Eu jamais ousaria deixar você por conta de Christian, provavelmente vocês dois e o bebê não iriam durar uma semana agindo por conta própria. – Brinquei falando cada palavra bem lentamente com um meio sorriso orgulhoso quando finalmente consegui abrir os olhos e focalizar os rostos deles.

– Rose você voltou! Ah meu Deus, ainda bem que você acordou. –Lissa praticamente pulou de sua cadeira, vindo para o meu lado rapidamente.

– Bom ver que trazer você de volta funcionou de verdade. –Falei com um riso fraco, meus olhos correram o ambiente a minha volta a procura de Dimitri e então percebi que eu estava num quarto parecido com o que vira quando estava meio morta. –Porque nós ainda estamos na Corte Real?

– Minha tia pediu que vocês ficassem por aqui algum tempo, pelo menos até descobrirem quem tentou matar a Lissa. –Respondeu Adrian colocando-se ao lado de Lissa com um sorriso. –Bom ter você de volta Dampirinha.

– O Guardião Belikov está em reunião nesse momento com alguns Guardiões daqui, eles vão enviar um relatório especial para a Academia explicando em detalhes tudo que aconteceu. – Acrescentou Christian percebendo meu olhar.

– Ótimo. Bem, eu tenho um favor a pedir para vocês. –Falei sabendo que seria mais fácil ter aquela conversa sem Dimitri por perto, todos me olharam com atenção. –As coisas entre mim e Dimitri deveriam permanecer em segredo, mas isso saiu do controle, então tirando Sidney só vocês três sabem do meu relacionamento secreto com o elel. Peço que guardem segredo absoluto.

– Não esquenta com isso Rose, seu segredo está seguro com a gente. –Garantiu Adrian com um pequeno sorriso e depois seus olhos pousaram na barriga de Lissa ao lado dele. –Ei prima, conta para Rose o que você descobriu hoje.

– Do que o Adrian está falando? –Perguntei franzindo a testa sem entender nada.

– Eu estou grávida de gêmeos, é um casal de gêmeos na verdade. –Respondeu Lissa com um largo sorriso. –Isso não é ótimo Rose?

– É maravilhoso Liss, estou feliz por você. De verdade. –Falei também sorrindo.

O restante daquele dia passou rapidamente sem grandes novidades que valia a pena comentar ou dar importância, ao longo do tempo eu recebi dezenas de telegramas de minha mãe que estava desesperada desde que soube o que havia acontecido comigo, porém infelizmente ela não poderia vir me ver na Corte ainda por conta de seu trabalho que dessa vez havia a deslocado para o Brasil onde teria que permanecer por pelo menos dois meses inteiros, desde aquele momento também passei a receber cartas vindas de Mazur, Diretora Kirova e a visita de alguns Guardiões que precisavam que eu relatasse o que vi no dia que encontrei Lissa no chão de seu dormitório. Por fim quando estava quase escurecendo lá fora os remédios me venceram e adormeci, só acordando no meio da madrugada quando senti algo macio e quente tocar minha bochecha lentamente.

– Nem vou perguntar como você fez para entrar aqui sem que o vissem camarada, além disso, eu realmente duvido muito que você vá me contar. –Sussurrei com um pequeno sorriso torto ao abrir os olhos lentamente.

– Desculpe por ter acordado você, mas é impossível pra eu ficar tão perto de você sem tocá-la, em especial depois de quase ter te perdido para o mundo dos mortos de novo. –Respondeu Dimitri com um sorriso largo, algo que era raro de se ver em seu rosto de deus grego. –Vai me contar como era o paraíso?

– Me beija que eu te levo lá. –Respondi de um jeito malicioso, o fazendo sorrir.

– Proposta irrecusável Hathaway. Fala mais sobre ela. –Cedeu Dimitri cruzando os braços, ainda mantendo o sorriso perfeito no rosto.

– Bem, é óbvio que eu cuidaria muito bem de você. Te colocaria deitado em minha cama e te faria uma gostosa massagem, com um ambiente montado a luz de velas, acompanhado por um bom vinho tinto e morangos. –Falei com um pequeno sorriso, colocando em minhas palavras tudo que eu desejaria poder fazer com ele no momento que estivéssemos sozinhos e que eu estivesse menos debilitada do que estava naquele momento. – Iria colocar os pedaços em sua boca um de cada vez. E sempre fazendo massagem ao som de algo bem leve que ajude a relaxar a musculatura de seu corpo.

– Isso está ficando muito interessante. Tem mais? –Dimitri tinha um sorriso malicioso dançando em seus lábios agora.

– Eu faria massagem em cada ponto de seu corpo. Lembrando que você não teria permissão para falar ou se mover durante o toque de minhas mãos em seu corpo. –Falei aumentando meu sorriso à medida que ia refinando meus planos.

– Estou gostando disso cada vez mais. –Disse ele mantendo os olhos fixos em meu rosto, era como se ele estivesse hipnotizado.

– E então eu te beijaria, não seria algo agressivo. Só tocaria seus lábios de leve. Então sentaria em sua cintura... Calma, isso é para que eu tenha uma estabilidade melhor para fazer massagem em suas costas, pescoço e braços... Acabaria mordendo sua orelha, mas é parte da massagem. –Continuei surpresa por perceber que o estava deixando “animado” só usando palavras. –O legal é usar óleo de massagem ou algum creme que você goste. Então você teria que virar o corpo para que eu continue o processo. Relaxe, eu já estaria de pé.

– Gostei muito dessa parte... Não! Pode continuar sentada. –Protestou ele com dificuldade ainda mantendo os olhos em meu rosto.

– Certo. Sentada sobre sua cintura escorregaria minhas unhas sobre seu peito até o limite da sua barriga, então cintura e virilha. –Continuei com o mesmo sorriso malicioso de antes.

– Continua falando... Faça o que você quiser comigo Roza. Só pra constar eu não iria mais me controlar e iria te puxar pela cintura e te colocaria sentada no meu colo. –Disse Dimitri agora com a voz irregular e um volume excessivo no centro de sua calça de ginástica.

– O perfeito Guardião Belikov sem controle algum sobre si mesmo diante de uma Dhampira como eu? Nossa! Isso sim é algo raro. –Provoquei rindo baixinho.

– O que exatamente você esperava que eu fizesse? Tenho que te compensar depois de quase ter te matado empalada. –Respondeu Dimitri asperamente e lá estava a mascara de Guardião de volta.

– Cala a boca Dimitri! A culpa não foi sua e você sabe muito bem disso. – Falei asperamente fechando a expressão rapidamente mediante as palavras dele. –Você mais do que ninguém deveria entender o que eu fiz e porque eu fiz. Dimitri isso é ser Guardiã, coloquei Lissa em primeiro lugar. Foi uma escolha minha e eu terei que conviver com isso. Processe e supere, não tem outro jeito.

– Eu coloquei isso na sua cabeça durante nossos treinamentos extras todos esses meses que passamos juntos, a culpa é minha Rose. Tudo bem, eu vou conviver com isso. – Murmurou Dimitri respirando fundo para tentar se acalmar. –Vamos mudar de assunto agora, não quero mais discutir com você. Provavelmente amanhã cedo você recebera alta, então hoje eu quero curtir a sua companhia.

– Nisso você tem sua razão camarada, além disso, eu preciso estar completamente inteira para o evento de amanhã à noite sem falta. É o aniversário do Adrian e provavelmente ele vai ter uma crise de pelanca se eu não comparecer ao evento, mesmo que ele vá levar a Sidney como acompanhante de honra. – Comentei fazendo careta, eu estava com um pouco de dor no peito agora.

– Eu soube disso, todos estão correndo com os preparativos e a mãe dele, Lady Daniella Ivashkov está orgulhosa pelo filho finalmente estar entrando na linha depois das incansáveis tentativas dela e as inscrições na reabilitação Real do AA, que o filho nunca chegou a comparecer por rebeldia. Pelo que eu soube a Sidney o está proibindo de beber ou fumar perto dela, isso vem o ajudando muito, principalmente relacionado ao desenvolvimento com o Espírito. – Disse Dimitri assumindo sua postura seria e perfeita de Guardião novamente. –Na verdade também fui solicitado pelo Príncipe Ivashkov para comparecer ao aniversário dele. Eu vou fazer a segurança do evento e de uma convidada dele.

Pensei sobre aquelas palavras por alguns segundos, minhas teorias sobre Adrian Ivashkov estar sóbrio durante todo esse último tempo nunca ligaram uma força tão grande quanto à influência de uma garota. –Pelo menos não para alguém como Adrian que não tinha lá boa fama nesse departamento até o presente momento criando ainda mais duvidas, ainda assim por mais estranha que fosse tal sensação eu me senti um tanto orgulhosa pela noticia, e então momentos depois ainda presa em meus devaneios insanos algo importante me ocorreu; eu não tinha roupa adequada para usar a festa dele. Merda!

– Essa não, eu vou morrer! –Reclamei fazendo careta de desgosto.

– O que houve? Onde está doendo Rose? –Dimitri imediatamente correu os olhos até o comunicador de emergência e ergueu o braço na direção do botão, mas eu segurei o braço dele, puxando para longe dali.

– Não é esse o problema camarada, eu provavelmente já estou recebendo morfina para evitar sentir tanta dor faz tempo, calma. É que eu tenho roupa adequada para o evento de amanhã camarada! –Declarei em pânico e um pouco irritada.

– Na verdade acho que você tem sim. –Corrigiu Dimitri apontando para algumas sacolas amontoadas sobre uma cadeira atrás dele.

– O que é tudo isso camarada? –Perguntei franzindo a testa em sinal de confusão.

– Alguns presentes dos seus amigos, considere tudo como uma espécie de desejo de “Melhore logo”. Vem, deixa-me ajudar você a olhá-los. –Disse Dimitri contendo um sorriso ao me ajudar a ficar sentada. –Esse é da Princesa. –Acrescentou ele me passando uma sacola grande e preta sem identificação.

Fiquei um tanto apreensiva naquele momento após as palavras dele e observar o tamanho do embrulho, o nome da loja impresso na sacola preta indicava um lugar bastante sofisticado e provavelmente muito caro e eu sabia plenamente dos dons exagerados de minha amada Moroi quando o assunto envolvia compras. Respirei fundo e com cuidado abri a sacola, perdendo o ar. Um vestido preto bem longo, com sobreposição em renda, e um sapato de salto gladiador.

– A Lissa enlouqueceu completamente dessa vez! –Falei pasma ao analisar o vestido com um largo sorriso. –É um vestido tão perfeito. Ela é louca por ter me dado algo assim tão caro... Ainda assim é perfeito.

– Esse aqui é do Christian Ozera, porém com recomendação especial minha por ele não saber o que comprar. – Disse ele ignorando meu pequeno ataque.

Era um kit completo de maquiagem e acessórios de beleza aos quais eu não tinha acesso desde que fora forçada a voltar para a Academia. Como ele sabia que eu fascinada por maquiagem dessa forma? Eu ia surtar!

– Esses dois Morois enlouqueceram completamente! –Falei ainda mais incrédula.

– Esse é do Príncipe Adrian e da Alquimista Sidney. Agora sim você vai surtar de verdade. –Disse Dimitri parecendo se divertir com meu estado de incredulidade.

Respirei bem fundo me preparando psicologicamente para levar mais um susto dos grandes, e é claro que isso aconteceu. Era uma viagem para passar as férias de fim de ano na Rússia, que em geral acontecia um mês antes das provas finais para graduação e enfim a designação, evento que ainda demoraria mais quatro meses para acontecer e mudar completamente toda a minha vida...

As passagens aéreas já eram devidamente cadastradas e nomeadas indicando a impossibilidade de cancelamento ou adiamento ou qualquer outra coisa que me ajudasse a recusá-las, uma delas estava em meu nome e a outra no nome do Dimitri! Tudo estava pago, ficaríamos fora dos problemas relacionados à Academia por quase um mês inteiro! Caramba eu queria poder gritar!

– Tem mais algum susto que eu deva tomar ou acabou? –Questionei franzindo a testa, um tanto desconfiada.

– Não, tem mais uma coisa ainda. Esse aqui é meu. –Disse ele me entregando um envelope pequeno com uma das mãos e segurando uma sacola com a outra.

– Nossa! Agora sim eu estou oficialmente com medo camarada. –Falei pegando o envelope com cautela, o abrindo. –Ingressos para um clube de patinação? Dimitri isso é... Insano! Eu nem tenho patins de neve! Eu nem sei patinar!

– Bem observado Roza... Essa é a segunda parte do meu presente para você. –Disse ele me estendendo a sacola vermelha que ele estava segurado.

– Um par de patins, óbvio. Você me surpreende o tempo todo com tudo camarada. Isso é realmente impressionante! – Falei após abrir a caixa azul. –Quando nos iremos patinar? Aliás, como nós iremos lá?

– Depois de amanhã é minha folga, então eu pensei que talvez você fosse gostar de se divertir no gelo comigo. Digo, se divertir de verdade, sem pegadinhas ou treinamentos. Vou pegar um carro emprestado da Corte, iremos bem cedo e provavelmente voltaremos de madrugada, então aconselho que descanse bastante, vai precisar de energia. –Respondeu ele sorrindo ao tocar meu rosto com as costas da mão quente e macia.

Ficamos mais algum tempo conversando sobre o que seria feito nos últimos que estivéssemos na Corte e discutimos sobre o fato de que a pessoa que tentou matar Lissa havia sido cuidadoso o bastante para não deixar as próprias digitais no local que a encontramos e na xícara, pelo contrário alguém havia colocado as minhas, só que o argumento foi quebrado, pois Adrian interferiu por saber a verdade sobre onde eu estava e com quem e então jurou diante do conselho da sua Tia a Rainha Tatiana de que estava comigo e Dimitri no ginásio da Academia conversando sobre o aniversário dele – Bem não podíamos falar que eu estava sozinha com Dimitri no quarto aquela hora, é claro.

Ainda assim a questão era... Quem havia envenenado a minha Moroi? E porque iria ter o trabalho de tentar me incriminar?

Eu odiava perguntas sem respostas. Eu daria um jeito de descobrir.


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