Academia de Vampiros - Escuridão do Espirito escrita por Roza Hathaway Belikov


Capítulo 14
Capitulo.


Notas iniciais do capítulo

E novamente Adrian nos surpreende....
Sera que Dimitri vai ser informado a tempo?
E bora ler pra ver no que isso vai dar.....



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Não conseguia dizer a quanto tempo exatamente estávamos naquele porão inundo desde o momento do sequestro na estação de Spokane e quando tempo levaria para perceberem que sumimos e se iriam conseguir nos encontrar naquele lugar. Isso não era realmente importante, afinal de contas essa informação não iria nos ajudar a sair dali. Além disso, havia três Strigois nos vigiando.

Analisei a todos os meus amigos com atenção por um breve momento, Mason encarava o chão irritado com a situação, Christian me olhava de um jeito desagradável e logo entendi o porquê disso; ele estava com fome e pior que isso estava com sede. Eddie Castle encarava o vazio, sem esboçar uma expressão especifica do que poderia estar sentindo. Coitado. E Mia aparentemente estava dormindo. Era melhor assim, não importava nossas diferenças escolares do passado, ela não merecia passar por tudo aquilo.

Havia algo arranhando minha garganta de modo desagradável, me forcei a tossir para tentar aliviar o desconforto, mas estava seca demais. Isso me fez recordar de como menosprezei as habilidades de Mia como declarante de manipulação de água. Bem talvez no fundo eu estivesse enganada ou talvez não. Ainda assim era bom que ela descansasse um pouco, poderia até mesmo juntar um pouco de magia e... Caramba! Essa era a resposta! Magia. Isso poderia resolver tudo.

Porque eu não pensei nisso antes? Não estávamos inteiramente em desvantagem no final das contas! Ainda poderíamos dar um jeito de fugir! Comecei a formular uma possível rota de fuga, que provavelmente algumas pessoas classificariam como loucura, mas não era como se tivéssemos opções melhores. Concentrada em manter o rosto inexpressivo percebi que Christian me encarava com

Droga! Eu tinha sim um plano pronto para ser executado, tudo bem que era algo meio perigoso de fato, mas ainda assim era verdade, eu tinha que tentar. Por outro lado Christian estava muito fraco por estar sem sangue, talvez ele nem mesmo fosse realmente capaz de me ajudar. Mesmo assim eu tinha que ariscar, seu eu fosse morrer que fosse lutando pelos meus amigos. Eu devia isso a eles.

– Ei! –Falei alto. Mia e Mason ergueram os olhos em minha direção, sem entender o que eu estava fazendo. Não tinha problema. – Estamos nesse buraco há horas, não podemos ir ao banheiro, ou tomar um pouco de alguma coisa?

– Cala a boca! –Ordenou um dos Strigois irritando-se comigo imediatamente.

– Qual é, nem mesmo um gole? A minha garganta está queimando. Sinto como se estivesse pegando fogo. –Lancei um discreto olhar na direção de Christian ao dizer essas ultimas palavras e encarei os Strigoi e de volta para ele.

Vamos lá fogaréu, você tem que entender minha mensagem! Por favor, essa era a única maneira de termos uma chance de sairmos vivos dali. Graças aos céus Christian parecia ter entendido o recado, agora havia se colocado de pé, meio cambaleante pela falta de sangue. Mais pelo menos estava reagindo.

– Está certo. –Disse Christian ainda me encarando com determinação.

– Mandei calar a boca! –Disse um deles sem se mover, parecia cansado.

Continue com o que está fazendo Christian! Pensei me segurando para não estragar minha expressão neutra e sorrir. Isso mesmo! Ele havia entendido.

– Não. Não é isso, me deixem terminar de falar. –Insistiu Christian ainda sério, sem se deixar abalar pela agressividade deles.

Ah Deus, o que diabos ele estava tramando agora? Por favor, Deus que seja um plano bom e que não nos matasse.

– Vou beber e ser um Strigoi como meus pais. –Disse ele após uma curta pausa.

Todos os presentes naquele porão imediatamente se enrijeceram por alguns segundos, pegos de surpresa; inclusive eu. Droga! Tenha dó, não era essa a reação que eu queria provocar. Que droga. O líder dos Guardas se colocou de pé e veio até onde ele estava.

– Não tente nos enrolar garoto. –Avisou um deles bastante furioso.

– Não estou enrolando, é sério. –Garantiu Christian, a expressão de seu rosto era fria. Não estava me parecendo fingimento. –Escutem isso já me cansou. Quero acabar com essa palhaçada. Vou beber. E quero o sangue dela. –Christian apontou para mim com a cabeça.

Mia Rinaldi soltou um grito abafado voltando a chorar baixinho, Mason soltou um palavrão que se estivéssemos na Academia o teria mandado direto para a sala da Direção, juntamente com uma punição bem pesada. E Eddie... Coitado parecia que ele mal estava conseguindo respirar, muito menos protestar sobre algo. Infinitamente droga! Aquilo não era o que eu havia formulado como plano infalível de fuga. Os três Strigoi trocaram olhares apreensivos.

– O que acham disso? Devemos convocar Isaiah? –Perguntou um deles indeciso.

– Ele não está aqui agora, nem Elena. –Respondeu o líder. Ele encarou Christian por um breve segundo e decidiu. – Precisamos ter certeza de que não estamos sendo enganados. Certo, deixem-no se aproximar dela e veremos o que acontece.

De todos os planos de fuga que eu já fizera em minha vida em vários tipos de situações, esse definitivamente havia conseguido ser o pior de todos eles. Eu tinha que fazer alguma coisa, qualquer coisa.

– Christian, você não pode fazer isso, Rose é nossa amiga! –Advertiu Mason furioso, remexendo-se um pouco em sua cadeira. –Você enlouqueceu? Não pode deixar que eles façam isso com você. Não pode se tornar um Strigoi.

– Vocês vão ter que morrer sem nenhuma escolha, mas eu não. –Respondeu Christian dando de ombros. –É o único jeito disso se resolver.

Por mais que eu estivesse mantendo a expressão controlada, por dentro estava desesperada. Estranho, algo nessa minha reação fez eu me lembrar de Dimitri, acho que eu estava ficando parecida com ele. Por outro lado, bancar a durona não iria funcionar, estava na hora de mudar minha tática e tinha que fazer isso rápido.

– Christian, por favor! –Pedi usando uma voz temerosa. –Não faça isso!

– Qual é Rose, não gostamos um do outro e de qualquer forma você vai morrer, então que seja por um bem maior. No caso será o meu. –Christian retrucou agora parando bem na minha frente com os olhos brilhando de excitação.

Christian fixou os olhos nos meus como se estivesse tentando me dizer ou alertar sobre alguma coisa, afastou meus cabelos para trás e sorriu torto com a visão que tinha de meu pescoço. Devagar começou a inclinar o corpo, ajoelhando-se entre minhas pernas. Logo senti seu nariz roçando em minha pele, meu cabelo voltou a cair ocultando parte de seu rosto. Naquela posição dava para quase dizer que ele estava me dando algum tipo excêntrico e estranho beijo. Era muito esquisito.

Senti seus dentes roçarem minha pele causando-me um forte arrepio, suspirei apertando os olhos com certa força, sabendo que se ele fosse mesmo me morder inicialmente não iria ser uma sensação muito agradável. Lembro-me da época que fui à fornecedora pessoal de Lissa quando fugimos pela primeira vez da Academia, doía um pouco, mas depois eu recebia as substâncias da morfina e a sensação era fora do comum. Ainda assim aquela época havia acabado. Eu não iria morrer e muito menos tornar-me uma prostituta de sangue!

Não importava de verdade, porque não iria acontecer. Fala sério, Christian não iria me morder de verdade, não é? Não é? Um instante depois, as pontas dos caninos dele tocaram-me a pele. Rompendo-a.

E eu senti dor. Digo dor de verdade.

Estranho, mas a dor não estava vindo da mordida. Aliás, os dentes dele nem mesmo estavam presos a minha pele de verdade, pelo menos não o bastante para retirar grande quantidade de sangue ou me passar endorfina o suficiente para aplacar a dor. – Que como eu havia contatado não vinha da mordida em meu pescoço e sim das algemas de plástico e então entendi.

A dor me vinha dos pulsos. Uma dor de queimadura. Christian estava usando sua magia de fogo para canalizar calor para as algemas de plástico, exatamente como eu queria que ele fizesse. No fim das contas ele entendera minha mensagem. Isso ai fogaréu! Manda ver meu segundo Moroi quase favorito.

De fato eu tinha ciência de como era complicado derreter plástico daquele material em específico, no entanto estava sendo mais doloroso do que achei necessário. Eu gemi remexendo-me na cadeira. Com isso acabei reforçando a ilusão de que Christian estivesse realmente drenando todo o meu sangue.

– Inacreditável! –Murmurou um dos Strigoi pasmo ao se aproximar alguns passos, porem meu cabelo bloqueava a visão de parte do rosto de Christian, ninguém conseguiria descobrir que era meio que fingimento. – O garoto está mesmo bebendo o sangue dela.

Em minhas costas o processo continuava, mexi os braços e as algemas cederam um pouco. Beleza, aquilo estava funcionando. Eu só tinha que aguentar firme.

– Esperem! –Disse o líder levantando-se. –Estão sentindo esse cheiro?

Era cheiro de plástico queimado; provavelmente com a minha pele sendo derretida junto. Não importava mais, mexi novamente os braços com mais força que antes e para minha alegria as algemas finalmente romperam.

Perfeito, agora eu dispunha de uns 10 segundos de elemento surpresa para poder reagir e pegar os Strigois desprevenidos. Então foi o que eu fiz.


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Notas finais do capítulo

E ai nosso querido fogareu nos surpeeendeu heim?
Agora a treta está nas mãos da Rose.
Aguardem que tem mais....



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