Quando a Chuva Encontra o Mar: Uma Nova Seleção escrita por Laura Machado


Capítulo 69
Capítulo 69: America Schreave




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Eu já estava sentada e observava o jardim pela janela, quando Marlee chegou. Ela trouxe o café, animada, e o colocou na mesa.
"Majestade," ela disse, brincando, enquanto fazia uma reverência.
"Ha ha," falei, e ela se sentou. "Muito engraçado."
"Desculpa, só queria mostrar a minha devoção à melhor rainha que Illeá já teve."
"E a Rainha Amberly?" Perguntei, pegando o bule e enchendo nossas xícaras de água quente, logo depois de ela colocar um saquinho de chá para cada uma.
"Rainha Amberly era legal," ela disse, um pouco desanimada. Nenhuma de nós gostava de falar muito dela, o assunto sempre nos abatia. "Mas ela voluntariamente se casou com o Rei Clarkson. Só aí já dá para ver que a sua opinião é muito mais respeitável."
Sorri triste para ela, me por dentro me senti um pouco mal com aquilo. Nunca tinha entendido mesmo porque Amberly tinha se apaixonado por um homem tão cruel, de mente tão fechada. Ele era tão ambicioso, que não conseguia ver a um palmo na sua frente. E teve o que merecia.
Mas ela não. Ela merecia ter reinado sozinha, ter conhecido seus netos. Ela era boa de verdade e devia ter sobrevivido à perdição de seu marido. E eu nunca entenderia como ela poderia amá-lo a ponto de oferecer sua vida no lugar da dele. Quem dera se eu tivesse a chance de perguntá-la.
"Nunca imaginei que um dia nós estaríamos aqui," eu disse, tomando um gole do meu chá.
"Pois todos nós sabíamos que Maxon escolheria você," Marlee falou, afastando uma mecha de seu cabelo no ombro. "E eu sabia que eu seria a sua melhor amiga para sempre."
"É, eu sabia dessa parte também," admiti. "De você ser a minha melhor amiga, não de Maxon me escolher. Mas não é disso que eu estava falando. Eu quis dizer do nosso país. Antes de entrar para a Seleção, eu não conseguiria imaginar um dia em que as castas estivessem desaparecendo e que o povo estivesse mais feliz."
"Sei o que você quer dizer," ela falou, apoiando sua xícara na mesa. "Eu lembro de crescer ouvindo falar dos rebeldes e depois, aqui, durante a Seleção, aquilo foi assustador," concordei com a cabeça, lembrando da primeira vez em que eu tive que correr para o esconderijo. "Vocês só tiveram que ver o lado deles. E agora, com vocês ajudando o país tanto assim, é de se esperar que não hajam mais ataques rebeldes como antigamente."
"Não sei," falei, olhando para o jardim de novo.
Fiquei em silêncio um segundo, como se estivesse esperando para rebeldes pularem os muros e começassem a nos atacar. Mas nada aconteceu.
"Sabe," continuei, "eu ainda tenho medo de tudo aquilo voltar. Sei que Maxon fez um acordo com os rebeldes do Sul. E por enquanto eles estão calmos. Mas nem todos estavam contentes. Eu tenho medo de eles mesmo se revoltarem, tanto contra o próprio grupo, quanto contra nós."
"Você não pode pensar assim, Mer," Malee falou, apoiando uma mão em cima da minha. "Tudo está bem por uma razão. Todas as mudanças que vocês têm feito estão ajudando o povo a sonhar, a ter uma vida melhor. Ninguém vai se rebelar."
Sorri para ela e virei minha mão para segurar a dela. "Você acha?"
"Claro," ela disse, animada. "Se não fosse por vocês, o povo ainda não saberia o que é um computador. E um celular. E nosso país continuaria para trás em relação ao resto do mundo. Nós ainda seríamos prisioneiros das nossas próprias fronteiras. E mais do que isso, eu ainda estaria pagando pelo meu erro."
"Se apaixonar por quem também te ama não é um erro."
"É quando se é uma selecionada e tinha prometido sua devoção ao príncipe," ela disse, soltando minha mão. Tomou outro gole do chá e depois apoiou a xícara de volta na mesa. "Não se preocupe," ela disse, provavelmente percebendo minha expressão de culpa. "Não me arrependo, valeu a pena."
Eu ainda sentia culpa de não ter podido fazer nada para ajudá-la. E vinte anos depois, eu ainda carregava aquele peso de ter deixado minha amiga sofrer daquele jeito.
"Naquele dia," eu comecei a falar, sentindo meu corpo todo arrepiar com a memória, "eu lembro de olhar para Carter e ver nos olhos dele um amor que eu não sabia que era possível de se existir."
Levantei meus olhos para encontrar os de Marlee lacrimejando. Ela torceu o nariz um pouco, respirou fundo e depois se chacoalhou inteira.
"Vamos esquecer esse assunto, que está me deprimindo," ela disse e eu concordei com a cabeça.
"Sobre o que devemos falar então?" Eu tomei o resto do meu chá.
"Que tal sobre Sebastian?" Ela perguntou por trás da xícara dela, levantando as sobrancelhas sugestivamente.
"Você soube?"
Ela deu de ombros. "Ainda não, mas Thomas teve que ir com ele para Kent por aquela selecionada, Lady Nina. Achei estranho ouvir falar de Sebastian em um helicóptero, indo até uma festinha de aniversário de irmãos de uma selecionada de Charles."
"Quando você fala desse jeito, parece mesmo que tem mais coisa por trás disso," falei, pensando naquilo.
"Não se preocupe, eu não vou contar para ninguém," ela disse, como se precisasse.
"Eu sei, né? Mas e o resto do país? E se mais alguém perceber isso antes?"
"Primeiro, me explica o que é isso. O que está acontecendo? Eles estão juntos?" Ela perguntou, se inclinando para frente.
Nós estávamos sozinhas, mas mesmo assim o assunto parecia segredo demais para falarmos alto.
"Eles não estão juntos," falei, e ela soltou os ombros, desanimada. "Mas ele diz que está apaixonado por ela."
O queixo de Marlee caiu e ela levou as duas mãos à boca. Enquanto ela reagia à notícia, eu coloquei outro saquinho de chá na minha xícara e despejei um pouco mais de água.
"Uau," ela soltou, baixinho. "Eu nunca pensei que veria o Sebastian apaixonado. Mas te confesso que eu queria muito que acontecesse!"
"Eu também," falei, dando risadinhas. "Ele sempre se achou forte demais para isso, é legal ver que esse sentimento é mais forte ainda."
Ela ficou com uma cara animada, pensando naquilo. Depois se virou séria para mim.
"E Charles?" Perguntou. "Ele sabe?"
"Ele sabe," falei.
"Mas não vai ter nenhum tipo de punição, né?" Ela perguntou, me fazendo revirar os olhos.
"Claro que não, né Marlee. Nós nunca deixaríamos uma coisa dessa acontecer de novo! Ainda mais quando Nina não fez nada, pelo contrário. Sebastian acha que ela o odeia."
"Coitado," ela disse, mas estava sorrindo e balançando a cabeça. "Que sorte que a primeira vez em que se apaixona, é por uma menina que o odeia."
"Pois é," falei, tomando um pouco do chá.
"Mas Charles não se importa?" Ela insistiu.
Dei de ombros. "Eu acho que ele se importa mais do que deixa aparecer. Mas também acho que já tem mais ou menos algumas escolhidas, e ela não é uma delas. Mas você sabe que antes de tudo isso começar, ele me disse que queria dar mais liberdade para todas as selecionadas, né?"
"Você falou," ela terminou o seu chá e preparou outro. "Eu acho legal, sabe? É menos pressão e quem sabe ele não acaba escolhendo a que era para ser mesmo. Antes era tudo muito na sorte."
"Eu gosto de pensar que foi destino que me trouxe para cá," falei, sem querer lembrando do momento em que eu andava até o altar e vi a cara de Maxon olhando para mim.
De vez em quando, durante meu dia, eu me pegava repassando aquela cena na minha cabeça. Às vezes eu nem estava no momento, nem estava pensando em nada que tinha a ver com Maxon propriamente. Mas era como se fosse minha base, minha essência. Quando eu entrava em modo de descanso, eram os olhos dele que eu via.
"Por falar nisso, como está Aspen?" Marlee perguntou, me trazendo de volta para o momento.
"Está bem," falei e tomei outro gole do chá. "Eles me mandaram um cartão postal."
"Ah, é? Onde eles estão agora?"
"Rússia," falei, e ela arregalou os olhos. "Pois é, ele foi até lá, dar uma palestra para uma base militar nossa. Não tinha te contado?"
"Tinha me contado que ele tinha que fazer algumas palestras em alguns lugares, mas não da Rússia," ela falou.
"É, é o lugar mais hostil aonde estão indo, mas ele disse que deu tudo certo."
"E a Amélia?" Ela perguntou, se apoiando no encosto da cadeira e comendo um biscoito.
"Vai bem, imagino. Ela ficou aqui, está na faculdade," expliquei.
"Ouvi falar, Geografia, né?" Concordei com a cabeça. "Nunca entendi porque ela não vem mais para cá."
Dei de ombros. "Sabe como é, né? Jovens que querem se distanciar dos pais. Ela nem gosta de falar que nos conhece."
Marlee balançou a cabeça, pensativa. "Como é possível alguém não gostar de falar que conhece você, meu deus?"
Eu ri, mais pelo tom dela do que pelo que disse. Ela parecia realmente acreditar naquilo e era muito legal ver que ela me considerava tanto quanto eu considerava ela.
"Mas e então, quem você acha que o Charles já está para escolher?" Marlee perguntou depois de um tempo mastigando outro biscoito.
"Pelo que Maxon me disse, ele anda passando bastante tempo com aquela loira, Gabrielle."
"Ela não é loira," Marlee disse, depois pegou uma mecha do seu cabelo. "Isso daqui é loiro, ela é ruiva."
Eu peguei uma mecha do meu. "Isso daqui é ruivo," falei, "Abigail tem o cabelo ruivo. Gabrielle é loira."
"Tá, o dela é um ruivo mais desbotado, "Marlee pensou um pouco, depois se virou para mim. "Strawberry blonde. Essa é a cor do cabelo dela."
"Há, eu sempre tinha me perguntado que cor era esse strawberry blonde mesmo."
"É a cor do cabelo dela," ela falou, orgulhosa do seu conhecimento.
"Bom, Charles anda passando bastante tempo com ela. E com aquela outra, a da festa-"
"Beatriz," Marlee disse. "Quê? Eu sei das coisas."
"Eu sei que sabe," ri dela.
"E a Abigail? Ele gosta dela?" Ela perguntou, olhando para os lados.
Ela tentava disfarçar, mas eu podia perceber que tinha alguma coisa que ela não estava me contando.
"Marlee," falei, séria.
"Hm?" Ela continuou olhando para os lados, como se não soubesse de nada.
"Marlee, você sabe de alguma coisa que tem que me contar?" Perguntei, um pouco séria.
Ela fez uma careta, como se estivesse sofrendo com o segredo. Depois mordeu o lábio e franziu as sobrancelhas.
"Marlee?" Insisti.
"Tá, eu vou te contar, mas você tem que prometer que não vai fazer nada, que não vai punir ninguém," ela disse, me fazendo entrar um pouco em pânico.
"Do que você está falando?" Perguntei.
"Promete primeiro."
"Prometido, agora me conta. O que aconteceu?"
Ela mordeu o lábio uma última vez, depois começou a falar.
"No dia da festa do Sebastian, eu encontrei a Abigail com um cara na cozinha," falou, depois escondeu o rosto com as mãos.
"Como assim, com um cara?" Perguntei, fazendo-a se contorcer ainda mais para explicar o incidente.
"Assim, do mesmo jeito que Carter e eu fomos flagrados," ela confessou, por traz de suas mãos.
Aquilo me calou de surpresa. Eu não sabia como reagir.
"Você não vai contar para ninguém, não é?" Ela perguntou, tirando as mãos do rosto.
"Marlee, é do meu filho que nós estamos falando," eu disse, fazendo-a entrar em pânico.
"Mas America, eu prometi que eu não contaria nada. E ela não fez de propósito-"
"Como assim, não fez de propósito? Ele atacou ela?"
"Não, não assim," ela falou, esfregando a testa. "É toda essa liberdade que vem do reinado de vocês. Ninguém mais tem medo e ela acabou se deixando levar."
"O que você quer dizer com isso?" Perguntei, já me acalmando.
Ela olhou para fora da janela antes de responder, depois voltou seus olhos para mim.
"No reinado de Clarkson, todas nós tínhamos um medo enorme de ir contra alguma regra. A gente sabia que haveriam repercussões. Não estou falando que ela não merece as consequências das suas escolhas, não quero tirar sua responsabilidade. Só estou falando que talvez ela não tivesse sabido que suas ações eram tão graves, porque todo o país já vive em um clima mais calmo, sabe? Todo mundo se sente livre de pelo menos não ter que pagar com a sua vida por nenhum crime."
"Você quer dizer que essa harmonia a fez esquecer de como era errado trair o meu filho?" Perguntei e ela concordou com a cabeça. "Não vou falar nada," disse, fazendo-a suspirar. "Mas você poderia por favor falar com ela sobre isso?"
"Já falei," ela me garantiu. "Na mesma hora, eu falei. E ela me entendeu, prometo."
Eu balancei a cabeça, pensativa. Se Charles soubesse daquilo, ele provavelmente ficaria louco. Ia até comentar isso com Marlee, mas naquela hora, ele abriu a porta do meu quarto com tudo e marchou até nós.
"Mãe, Marlee," ele disse, quando percebeu que ela estava lá. "Estou atrapalhando?" Perguntou, bufando.
"Charles, está tudo bem?" Me levantei com sua urgência, mas ele não parecia ter tempo para aquilo.
"Tem como eu cancelar essa Seleção?" Ele perguntou e eu vi a cara de assustada de Marlee por atrás dele.
"Você quer cancelar a Seleção?" Ela fez ele se virar para ela, mas logo se voltar para mim.
"Tem como?"
"Depende, o que aconteceu?" Perguntei.
"Deixa eu ver," ele falou, sarcástico e começou a contar no dedo. "Primeiro, metade das minhas selecionadas são eliminadas por mal comportamento. Nunca saberei se a mulher dos meus sonhos estava entre elas e foi movida simplesmente pelo álcool a tomar a decisão errada. Nunca. Segundo, meu irmão resolve que tem todo o direito de gostar de uma das selecionadas mais interessantes que eu tenho."
"A Nina?" Marlee perguntou, mas Charles a ignorou.
"Terceiro, uma delas só está aqui pela atenção," ele continuou."
"A Abigail?" Perguntei, e dessa vez ele concordou com a cabeça.
"Ela gruda em mim o tempo todo quando tem uma câmera em volta e depois desaparece quando estamos sozinhos. Mas não é só isso," ele disse, continuando para o próximo dedo. "Quarto, eu já decidi quais as que eu quero para a Elite. Mas agora eu preciso rever nome por nome, porque uma das principais me disse que está apaixonada por outro cara."
"Uau, você tem muito azar com selecionada," Marlee comentou, fazendo-o virar para olhá-la irritado.
Ela levantou os braços em rendição e olhou para fora da janela. Ele se virou para mim.
"Quem é essa selecionada apaixonada por outro cara?" Perguntei.
"Melissa," ele disse, suspirando. "E não é qualquer cara, não mesmo. É Theodore Kaiser."
"O príncipe alemão?" Marlee perguntou, mas Charles a ignorou de novo.
"Quem dera se isso fosse tudo," ele falou.
"Tem mais?" Perguntei e ele concordou com a cabeça, ansioso.
"Eu achava que tinha uma conexão com a Gabrielle, e agora ela está me ignorando, recusando meus convites," ele continuou, elétrico. "E a outra que eu mais gosto tem aquele namorado dela no passado, noivo, sei lá. Eu não aguento mais ter que competir com o passado delas e ter que superar meus próprios erros. Tem como a gente cancelar esse negócio de Seleção agora?"
Ele nem me deixou responder, relaxou seus ombros e se deixou cair na cadeira entre Marlee e eu. Aproveitei para me sentar.
"Tem sim, filho," falei, apoiando minha mão na sua, confortando-o. "É isso mesmo que você quer?"
Ele pensou por um pouco, seu olhar perdido lá fora da janela.
"Se você quiser, nós mandamos todas elas para casa e enviamos novas cartas," falei. "É só você me falar que é o que você quer, que nós trazemos outras trinta e cinco meninas para o castelo e começamos tudo de novo."
Ele se virou para me olhar, sua exaustão clara em seus olhos. "Tem como a gente não mandar todas as trinta e cinco embora?"
Aquilo me pegou de surpresa. "Como assim?"
"Não posso só mandá-las embora," ele disse, olhando de volta para o jardim.
"Não se preocupe, a gente deixa a Nina para o seu irmão," Marlee falou, me fazendo olhar para ela com uma expressão que dizia 'Agora não'.
"Por que não, Charlie?" Perguntei, minha voz super carinhosa.
Ele suspirou. "Não gosto nem de pensar em não ver Gabrielle de novo," ele disse como se estivesse pensando em voz alta. "Não quero trinta e cinco meninas novas, não quero nenhuma, para falar a verdade. Só queria voltar no tempo e ter outra chance com ela."
O rosto de Marlee se iluminou do lado dele. Ela sempre gostava de uma boa história romântica.
"Se você quiser ajudar para reconquistá-la, nós estamos aqui," ela disse, animada. "Eu sou ótima em ideias para pedidos de casamento. Pode perguntar para a Paige e para a Lucy. As duas serão eternamente gratas pela minha ajuda."
Ele se virou devagar para ela. "Primeiro eu preciso saber se ela ainda me quer."
"Ah, ela fica super amorosa um segundo, depois fria no outro?" Marlee perguntou e Charles disse que sim com a cabeça. "É, sua mãe era assim também. Sabe como é, a Seleção causa reações diferentes em meninas diferentes."
"Ei, a única razão para eu ter sido fria com Maxon era porque metade do meu coração ainda pertencia a outro," falei em minha defesa.
Mas deveria ter pensado melhor, porque Charles me mirou assustado.
"E por ciúme, claro," completei, tentando fazê-lo esquecer da primeira razão.
"Você acha que ela também deve ter outro?" Ele perguntou, desolado.
"Não, claro que não," Marlee disse, trazendo sua atenção para ela. "Mas vamos analisar o comportamento dela. Vamos ver se ela gosta de você ou não, se tem como conquistá-la. Me conta, o que aconteceu?"


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