P.O.V Dean
Depois que saímos de Strorybrooke,eu e Sam dirigimos até a casa de um homem,para ser mais exato a casa de Bobby Singer.Desde quando ele morreu,eu e meu irmão a usamos quando precisamos de um lugar para ficar.É uma casa aconhecegante,na frente dela à um tipo de desmanche de.carros que o Bobby tinha,já destrui e consertei meu Impala várias vezes lá então acabou se tornando um lugar especial para mim.
Eu e o Sam entramos na casa,ele se jogou no sofá cansado e eu fiquei de pé,olhando para o nada como eu vinha fazendo desde a hora em que saímos "de lá".Como o Harry Potter não gostava de chamar o Voldamort pelo nome,eu também não quero mencionar Storybrooke porque minhas lembranças voltarão e eu só ficarei pior do que já estou.
–O Bobby era um bom amigo.-falei olhando os livros de caçada sobre a mesa da sala.
–Ele era mais que um amigo,como um segundo pai.-Sam respondeu.
Eu me indireitei inquieto.Antes de eu partir Henry me disse que tinha ou gostaria de ter chegado a me achar um "pai".Eu estava com vontade de sentar e chorar,mas também estava com vontade de quebrar a cara de alguém.Como arrebentar meu irmão seria pura loucura,disse a ele que ia tomar um ar e ao invés disso me dirigi ao desmanche.
Tirei minha jaqueta,a coloquei sobre um capô de algum carro que não me dei ao trabalho de olhar e me dirigi a um chevette antigo que estava sem os pneus e todo riscado.Era perfeito.Eu não sei se era o calor,mas eu podia sentir minha pele suando através da camiseta branca ou talvez fosse a raiva fervendo dentro de mim.Peguei uma espécie de cano fino de metal e a segurei firme com as mãos,os nós dos meus dedos chegaram a ficar brancos de tanta força com que eu segurava o objeto.O levantei sobre a cabeça....e o abaixei contra o teto do automóvel.
Repeti o movimento repetidamente,descontando toma a minha fúria e descontamento naquele pedaço de lata que era chamado de carro.A cada batida,eu me aliviava um pouco mais,como se tudo estivesse indo embora.
–Isso,é por aqueles malditos demônios que apareceram.-desci o cano contra o vidro que se estilhaçou.
–Isso,-parti para outra.-é por eu provavelmente nunca mais poder ver o Henry.-desci o cano.
–Isso,-levantei o cano novamente.-é por minha chance de ser feliz ser sido destruída.-desci o cano mais uma vez.
–Isso,-levantei as mãos o máximo que podia.-é por eu ter me apaixonado!-desci com violência o cano em uma última batida.
Ao final,eu estava suado,entristecido e querendo encher a cara.Peguei minha jaqueta e a coloquei,entrando em meu carro e dirigindo até o bar mais próximo.
Era um lugarzinho chamado "Willow's road" apesar de ter um nome bem tosco,até que não era dos piores.Quando você entra o cheiro de bebida e cigarros parece penetrar em seu cérebro mas eu não estou nem aí para ser sincero.Me sentei em um dos bancos e fiquei bebendo.
Quando estava na metade da minha segunda garrafa de cerveja,uma loira se aproximou de mim no balcão.Ela estava com um shorts de "puta" e uma top que poderia ter sido considerado um biquíni.
–Oi,vamos nos divertir?-ela perguntou como quem não quer nada.-Talvez possamos até fazer algo mais depois.
Eu a encarei sem expressão.Algim tempo atrás eu teria aceitado sem nem pensar,mas agora,eu não podia fazer isso.Porque quando olho para uma mulher só consigo pensar em Regina e no vazio que ela me deixou.
–Não tô a fim não.-respondi com um sorrisinho falso.
–Porque não?-ela fez biquinho.
Quem fazia aquilo para mim quando estava chateada era a Regina,eu respirei fundo.
–Porque eu estou apaixonado por outra pessoa.-falei dando um gole na cerveja.
–Qual é,não a conheço mas tenho certeza de que sou muito melhor do que ela.-zombou a loira tingida.
–Ninguém é melhor do que ela.-retruquei e me levantei,jogando alguns dólares sobre o balcão.
–Não vai terminar sua bebida?-o barman me perguntou pegando o dinheiro recém adquirido.
–Perdi a vontade.
Saí e entrei em meu carro.No caminho até a casa do Bobby eu só conseguia pensar em como Regian tinha causado um efeito tão grande sobre mim.Eu gostaria de dizer que foi um feitiço,mas não posso,não é um feitiço e sim uma magia.
Porque o amor é a magia mais poderosa de todas.


P.O.V Regina
Assim que eu e Graham entramos,eu me sentei no sofá e ele me acompanhou.
Milhões de pensamentos voavam na minha cabeça.Como ele poderia ter voltado? Pelo que me lembro quando se esmaga um coração não há força no céu ou na terra que faça a tal pessoa voltar a vida,mas aqui está ele.
–Como você voltou?-perguntei.-Eu te matei! Você sabe não é?
Se eu disesse isso a alguém,provavelmente ela pularia na minha garganta e me faria em pedaços, mas Graham somente balançou a cabeça.
–Eu sei Regina,mas não ligo.Eu sei que você só fez aquilo para torturar a Emma.Apesar de não admitir para si mesma,nunca me mataria se não fosse necessário.-ele disse.
E é verdade.Quando o matei,foi com o intúito de ferir os sentimentos da Swan,eu nunca quis machucá-lo.Graham sempre seguiu minhas ordens e mesmo eu tendo seu coração eu sabia que ele nunca teria me abandonado se tivesse a chance.
–Eu não sei como estou vivo,-ele continuou.-acordei nos limites da cidade e vim andando até aqui.
–Bom,a Swan está na delegacia.-avisei pensando em várias possibilidades para a volta dele.
Ele riu.
–Regina,eu nunca gostei dela.Ela gostou de mim mas nunca a amei.Só amei uma única pessoa em toda a minha.E ela está bem na minha frente.
Ele colocou uma de suas mãos em meu rosto e a usou para aproximar nossos rostos.Quando nossos lábios estavam a uma distância milimétrica um do outro,eu me afastei.
–Não posso fazer isso,sinto muito.-me levantei.
Eu não podia simplesmente beijá-lo! Eu tinha acabado de perder o homem que eu achei que me faria feliz,mas que tive que dispensar pela segurança de todos.Abaixei a cabeça.
–Ei,não tem problema!-Graham levantou levantou meu queixo com a mão direita.-Sei que é muita coisa para digerir e que isso é estranho.
–Obrigada.-falei.
Mesmo com seus defeitos,ele sempre me apoiou.Eu não posso ficar com ele.Principalmente hoje!
–Imagina.-ele tirou a mão do meu rosto e as colocou no bolso da calça jeans.-Será que posso passar a noite aqui? Eu durmo no sofá é claro!-deixou claro e eu me tranquilizei- Acho que a Vovó não aceitaria um defunto como hóspede.-brincou e eu ri.
–Pode sim,eu vou pegar algumas cobertas para você.-falei e subi as escadas.
Pelo visto,agora ele ficaria na cidade.Mas eu não tinha certeza se isso era uma coisa boa ou não.


P.O.V Dean
Quando já eram onze horas na noite e eu estava em casa sozinho no meu quarto sentado na minha cama,fiquei olhando para o teto pintado de branco.
Sam estava no banho e eu não estava a fim de fazer nada.Aquele primeiro dia havia sido quase insuportável sem minha Rainha,imaginei com horror como seria daqui para a frente sem poder vê-la,tocá-la ou senti-lá ao meu lado todos os dias.
Sem aguentar mais,peguei meu celular e disquei o número de Regina.

–Alô?-uma voz de homem atendeu e eu senti minha raiva voltando aos segundos que se passavam.
–Cadê a Regina?-disparei sem paciência com aquele sujeito que atendeu o telefone da MINHA mulher.
–Ah,ela está dormindo.-respondeu ele.
Minha cabeça dava voltas sem parar,eu sentia meu corpo tremendo de tristeza.
–Quem é?-falei cheio de raiva e curiosidade.
–É o Graham.Quem está falando?
Eu já tinha escutado aquele nome antes.Graham...no livro.Então me lembrei de quando estava com o livro do Henry e encontrei aquela imagem de Regina e um caçador chamado Graham transando.Então ele estava de volta? Que maravilha,pensei.
Depois percebi que ele ainda estava na linha e que tinha perguntado quem eu era.Com uma voz enrolada na garganta,eu respondi.
–Ninguém que tenha importância.-desliguei.
Enterrei a cabeça nas mãos e me pûs a chorar.