A Garota do Cursinho escrita por SkyDragomir


Capítulo 8
A Garota do Cursinho


Notas iniciais do capítulo

Pronto, está ai a explicação, o porque do nome da fic! Esse cap conta como Sasuke conheceu a Sakura, e o primeiro dialogo entre eles! E Gaara também, que conheceu Sakura na mesma noite! Eu demorei, reescrevi essa capítulo umas quatro vezes. Tava difícil decidir! Pretendo postar antes do Natal, mas só depois do dia 14, tenho uma prova importante pra fazer! Beijos amores, comentem, please! ♥



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Sasuke

Teatro é um pouco demais para mim, mas parece que para ela não.

Precisava realmente esfriar a cabeça depois do que aconteceu. Não é todo dia que você vê coisas que não deve ver, acho eu. E, ontem, eu vi o que eu não queria, não precisava e não ansiava ver. Foi nojento e marcante. Coisas demais.

“- Sasuke, não é nada disso.”

É, eu sei. Era pior. Se fosse com meu irmão, tudo bem, acho que até já esperava. Entretanto, foi com meu pai. Meu pai, marido da minha mãe. Como explicar, gritar, sussurrar para o mundo que eu sou filho do homem que pegou minha namorada? Oh, sim, agora ex.

“– Sasuke, ela não é para o seu bico. Eu cuido disso.”

‘Disso’. Ele nem sequer disse ‘dela’. Bom, se ela quer ser tratada como um objeto, o problema é todo dela. Fiz minha parte, fui um bom namorado, bom até demais. Aquela garota realmente não era para o meu bico.

“- Vá embora, Sasuke. É nosso pai ali. Ele não deve explicações.”

Sobre você, Itachi, nada a declarar, somente: Eu esperava mais de você, sempre esperei.

(...)

– Ainda bem que chegou, teme! O teatro já vai começar. – Falou Naruto, ao lado de Hinata.

– Eu nunca vi essa tal de Sakura na escola. – Comentei, olhando para as cortinas vermelhas do palco.

– Ah, então você é super desligado, Sasuke. A garota tem cabelo rosa. – Riu Tenten, com um papel sobre a peça na mão.

– Essa peça é da escola? Ou algo assim? – Perguntei, procurando informações enquanto o evento não começava.

– É tipo um curso extra. Ganha ponto em Literatura. – Explicou Hinata.

– Ah, fiquem quietos, já vai começar! – Reclamou Naruto.

Olhei para a cortina que se abria lentamente e para a figura, situada no meio do palco. Ela deve ser Sakura, já que possui um cabelo longo e rosa, e é bem bonita, como Naruto fez questão de dizer quando me convidou para assisti-la. Ela estava deitada em uma cama, e se encolhia, como se quisesse encobrir o próprio corpo. Usava um vestido branco, e os pés descalços realçavam a ingenuidade contida ali.

Não, eu não acredito em você

Quando você diz que não vem mais

Eu não vou lembrar você

Você disse que não iriamos nos separar

Não, eu não acredito em você

Quando você diz que não precisa mais de mim

Então, não finja

Não me amar mais

Ela se contorcia, como se desse a entender que estava sofrendo com um coração partido. A voz dela falhava pelo choro, e as lágrimas que caiam de seus olhos borravam a maquiagem, fazendo um caminho perfeito até as bochechas. Naquele momento, meu coração se doeu um pouco, porque eu sei o que é um coração partido, e eu queria chorar do mesmo jeito que a garota chorava, mas eu não conseguia.

– Só eu sei, o quanto dói. Só eu sei, o quanto me afogo nesse amor. Só eu sei, o quanto amo-te incondicionalmente. Só eu sei, coisas que não quero mais saber. – Disse Sakura, após terminar de cantar.

Depois daquela frase, meus olhos não desgrudaram mais da garota, minha audição só ouvia sua voz, meu corpo só sentia arrepios. E, só eu sei, o quanto eu desejei que aquelas cortinas não se fechassem para eu ouvir, ver e sentir só mais um pouco daquele incrível e talentoso ser.

(...)

– Sakura-chan! Você foi incrível! – Hinata abraçou a amiga e entregou um buquê de flores para a mesma.

– Obrigada, querida! Que bom que vieram! E vejo que trouxeram os amigos do Naruto e do Neji. – Comentou ela.

– Sim, sim! – Naruto nos apresentou, um a um.

Sakura era uma garota, simplesmente, incrível.

Ela entendia muita coisa, e entendia rápido.

Ela compreendia a tudo e a todos.

Ela tinha um sorriso puro.

Ela tinha um olhar de garota que de tudo sabe.

Ela tinha a capacidade de me fazer olhar para ela.

– Eu vou me arrumar, e acalmar minha euforia um pouco. Já volto.

Ela saiu por entre os corredores do teatro, e meu olhar a segui, memorizando o caminho, quanto eu pensava se seguia ou não seguia a garota rosada com meus próprios pés. Olhei ao redor e vi que todos conversavam animadamente, o público já tinha ido embora, só restando nós ali, que tínhamos ficado para comemorar a noite com Sakura. Sem mais pensar, segui a garota.

Quando a encontrei, gostei do que vi. Sakura penteava as madeixas rosadas sentada em uma penteadeira, uma taça de vinho estava em um canto, fotos coladas no espelho e roupas jogadas pelo quarto com uma enorme janela. A luz estava um pouco fraca, o que deixava o ambiente com uma cara vintage.

– Você quer ser atriz?

Ela não se assustou com a minha presença, continuou penteando o cabelo com um sorriso mínimo nos lábios.

– Não.

– Então fez o teatro para ganhar pontos?

– Também não. – Para ela, aquilo era uma brincadeira de adivinhação.

– Estou sem ideias. – Disse rindo, e encostando no batente da porta.

– Eu precisava daquela personagem. Precisava sentir ela. – Explicou, e agora tirava a maquiagem dos olhos.

– Por quê? – Perguntei, entretido.

– Nunca me apaixonei. Precisava saber como é.

– É uma droga, pode apostar. – Disse sem pensar, e seu olhar finalmente parou em mim.

Ela parou de tirar a maquiagem, e pareceu me achar divertido e maluco. Ela caminhou até o meu lado, e tirou um casaco que estava pendurado do meu lado. Colocou sobre os ombros, e foi saindo, mas antes, parou e disse:

– Amar é sofrer. Se você não sabe sofrer, você não sabe amar. Quando eu me apaixonar, tenho certeza que todo o sofrimento irá ser recompensado.

Olhei para ela, pronto para jogar as verdades do amor em sua cara, porém algo em seus olhos verdes e brilhantes me impediu. Eu não sei o que foi. A pureza, a paixão pelo amor, as ilusões bobas que aquela garota nutria. Só sei que da minha boca nada saiu, o que a fez rir e dizer:

– Vou tomar vinho com meus amigos. Você vem?

Acho que se eu tivesse recusado, teria morrido sem saber o que é esse amor que você se referia. O amor pelo qual vale a pena sofrer.

Gaara

Uma simples frase bem escrita, bem dita

Pode despertar o amor.

A peça foi boa, porém eu queria ir embora logo. Acho que o motivo é que os únicos solteiros ali eram Sasuke, Sakura e, no caso, eu. Quando Sasuke e Sakura apareceram juntos e conversando de dentro do teatro já soube na hora que ia acabar de vela. Nem sequer tive chance de conversar com a garota, e Sasuke já estava no pé dela. Que incrível.

– Bom, vamos brindar!

Hinata distribuiu os copos, e Sakura começou a servir o vinho. Como a sorte estava do meu lado, Sakura tropeçou no ar e metade da garrafa de vinho caiu na minha camisa social branca e nova. Não ligo para roupas, mas tinha que ser na nova?

– Meu Deus! Olha só o que eu fiz! Vai manchar! Droga! – Desesperou-se Sakura, procurando um pano.

– Não tem nada, acho que já vou indo... – Ótimo, um propósito para me mandar.

– Não precisa. Eu vim direto do treino, tenho uma camisa aqui na mochila. – Neji falou, indo até a mochila que estava no seu lugar e trazendo uma camisa.

– Vem comigo, já aproveito e lavo sua camisa no tanque aqui do teatro. – Chamou Sakura.

(...)

– Sou mesmo um desastre. Olha só, isso está um estrago. – Choramingou Sakura, esfregando a camisa na mão.

Ela me trouxe até os fundos do teatro, e eu fiquei para espera-la lavar a roupa. O lugar mais parecia uma cozinha a céu aberto, do que uma lavanderia de emergência, como ela chamava. Entretido, fiz uma pergunta:

– Por que isso fica aqui fora, e não na área de serviço?

– Ah, eu desconfio que o dono colocou esse tanque aqui para ter um propósito para vir aqui, sabe? – Explicou ela, ainda esfregando a roupa.

– Por que ele vem para cá? Este lugar é tão solitário. – Comentei.

– Quer coisa melhor que isso? – Disse, me surpreendendo – Hoje em dia é tão difícil ficar sozinho. Os pais nos monitoram, os amigos querem fuçar nossa vida, namorados que não nos deixam em paz. Eu venho aqui para beber, ás vezes. Ficar sozinho, hoje em dia, é luxo.

Pensei por longos minutos. Sou o irmão mais novo de três, nunca fui muito de ter privacidade, por isso, não sinto tanta falta de algo que nunca tive. Meus pais eram severos quanto as notas, sempre procurando vigiar-me. Meus amigos sempre estiveram por perto. Nunca tive namorada. Ah, é difícil entender uma coisa que você não tem.

– Não costumo ficar sozinho.

– A vida é um pouco solitária. – Disse terminando de lavar minha camisa, e me entregando.

Fiquei em silêncio, e peguei a camisa. Começamos a andar para fora do espaço aberto, mas minha cabeça ainda pensava na frase da garota, dita a alguns segundos atrás.

– No que está pensando? – Me perguntou.

– Em você, na sua frase.

– Que bom.

– Que bom?

– Sim, é bom saber que eu tomo os pensamentos das pessoas, ás vezes.

Sorri e continuei andando. Algo, no fundo da minha mente versátil, dizia que aquela garota não era um simples garota.

Ela era a garota.

A garota daquele teatro.

A garota que gostava que pensassem nela.

A garota daquele cursinho.

A garota que fez minha vontade de ir embora sumir.


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Notas finais do capítulo

Hey, e aí? O que acharam? Esclareceram as dúvidas, amores? Não vou aprofundar nessa namorada do Sasuke, nem na traição agora. Não é importante, ele não ficou doido pela Sakura por isso. Ficou doido por ficar.
Comentem, please! Me façam feliz ♥
Ps.: Escrevi o capítulo em menos de duas horas, pelo o que vi, sem erros ortográficos, mas vou dar uma conferida amanhã, deve ter algum escondido.
Beijos sweets



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