Duas Mulheres escrita por Tina Granger


Capítulo 11
Capítulo 11




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- Severus Snape, eu não acredito nisso! - Cassandra descontrolada, se vestiu, encarando-o apenas com uma fúria desconhecida. - Você está tendo aulas de Oclumancia para se PROTEGER de Você-Sabe-Quem, não para bisbilhotar nas MINHAS memórias! - a barriga de Cassandra aparecera rapidamente, mas ela não engordara muito.

- Então por que você não me contou que Black lhe pediu em casamento?

- Por que não significou nada para mim, droga! Sirius gosta da garota que ele conheceu em Hogwarts, não da mulher que eu sou agora!

- Cassandra, eu não gosto disso! Você não me contou que estava se encontrando com esse...

- Tchau Severus! - do nada ela aparatou, deixando Severus mais zangado. - Cavendish! - irritado, chutou uma cadeira, sem refletir.

Dois dias depois, ele não tivera nenhuma notícia de Cassandra. Ficara preocupado, em especial porque nunca vira Cassandra tão zangada. Procurara no seu apartamento, e a senhora Jonson, uma mulher com cerca de trinta e cinco anos, lhe dissera surpresa que há cerca de uma semana Cassandra não dormia em casa.

De lá, Severus foi para a casa do pai de Cassandra. Ele sabia que a mulher não preocuparia o pai, certamente lhe dizendo onde estaria. Foi atendido na porta por um dos gêmeos, com um lenço no pescoço.

- Que eu saiba, não mordo ninguém. - Severus entrou, sendo encarado pelos gêmeos com um misto de irritação, divertimento e tédio.

- No que disse, acrescente "somente Cassandra". - Miles voltou para a mesa, onde um tabuleiro de damas demonstrava que estavam no meio de uma partida. Ele também usava um lenço no pescoço.

- E por falar na irmã irascível de vocês, onde ela se encontra?

- Chutando a bunda de algum Comensal. - os gêmeos tinham a atenção voltada para o jogo. - Se eu fosse você, ficaria longe dela por uns três dias mais... Ela ainda não está falando com ninguém, além de papai.

- Sinal que está uma onça pintada, ou seja: se puser as mãos em você, vai dar um nó duplo, e não vai ser daquela maneira que nós gostaríamos de fazer em você.

- Então posso me considerar com sorte? - o tom irônico só serviu para os dois rirem.

- Dessa vez sim. Cass está irritada, não magoada.

- E como ela não te pegou na cama com outra, ou outro...

- Podemos muito bem ignorar essa briga entre vocês. - ao ver o olhar espantado de Severus, Zach completou. - Você não acha que estaria vivo se Cass tivesse feito isso, não é? - os gêmeos não tiveram tempo de falar nada, pois Cass entrou, com uma sacola de compras.

- O que vocês dois pensam que estão fazendo? Podem voltar para a cama já! Ou preferem que a caxumba...

- Ei, só viemos atender a porta! E estamos mortos de fome!

- Tem alguma coisa na cozinha. - esperou os dois sumirem, antes de voltar sua atenção para Severus. Tinha o olhar muito sério, e a expressão de quem não ia ajudar em nada. - Oi.

- Precisamos ter uma conversa séria. Eu... - fez um sinal quando ela abriu a boca. - Preciso falar, antes que eu me arrependa. Eu nunca confiei em pessoa alguma antes, Cassandra, nunca me envolvi do jeito que estou envolvido com você. Eu não sei bem as regras do jogo, mas sei de uma coisa: fiz uma besteira muito grande ao invadir as suas lembranças. E devo confessar, que estou envergonhado, por ter que pedir que você confie novamente em mim.

- Tudo bem. Todos erramos, Severus, é uma prova de humanidade. Mas só aceito as suas desculpas se você aceitar as minhas. Eu... meio que coloquei você numa espécie de pedestal, onde você nunca podia errar. Não sabe o quanto foi vergonhoso escutar essas pragas que tenho como irmãos me azucrinando os ouvidos, por sua causa... "Embora seja mal-humorado, o cara praticamente baba por você, maninha... Depois, você também sempre tem tendências exageradas com relação a ele...". - fez uma careta. - Desde que eu aparatei aqui em frente, só falta eles louvarem Severus Snape!

- Mas eles falaram... - Severus deu uma olhada para a porta da cozinha.

- Eles nunca vão admitir que, apesar de tudo, foram com a sua cara... Severus, eu só quero lhe dar um aviso. Se algum dia você olhar novamente as minhas memórias, vai ser a última vez que vai me ver, e ao nosso filho. - Cassandra falou firmemente. - Confiança total é o que espero de um relacionamento, e se eu não puder ter isso com você, nem quero tentar. - ela não esperou resposta, e virou-se na direção da cozinha.

- Por que você tem a mania de sair dando ordens e não consegue discutir uma idéia?

- Porque eu SEMPRE tenho as melhores idéias... - ela respondeu sem se voltar.

- Depois sou eu quem é pretensioso... - ele resmungou, cinco segundos antes dos gêmeos puxarem Cassandra pelos braços para fora da cozinha.

- Eu só queria um copo d'água!

Faltava duas semanas para terminarem as aulas, e Severus estava nos corredores de Hogwarts, quando olhou distraidamente para fora, percebendo Hagrid conversando com uma aluna, que estava de costas. O homenzarrão, apontou para o espaço onde era a sua cabana, e a garota concordou com a cabeça. Quando se virou para segui-lo, Severus conseguiu perceber dois detalhes que haviam lhe escapado: o vestido que a garota usava era verde-limão, no modelo preferido de Cassandra, e tinha uma barriga que era impossível negar que estava grávida. Trincando os dentes, Severus tratou de ir o mais rápido até a casa do guarda-caça, que estava fervendo alguma coisa que ele chamava de "chá". Cassandra estava sentada, gargalhando.

- Pára de falar, senão eu morro rindo! - quando se acalmou, ela manteve o sorriso.

- Cassandra, você já tem idéia do nome que vai dar ao seu filho?

- Na verdade, nós não nos decidimos por nome algum, mas... Se continuarmos a teimar, vamos cometer uma atrocidade. Se for menina, o nome vai ser Victoria Regina. Se for um garotinho, Julyus Benjy. E eu não estou com tanto medo assim, Hagrid. Se a criança chegar a vir a Hogwarts, sei que vai estar bem protegida... Com você, a prof. Minerva e o diretor Alvo... Decididamente, eu não consigo imaginar Hogwarts sem vocês três. - Severus decidiu que era hora de "anunciar" a sua presença, com sua entrada.

- Creio que a função de um guarda-caça é manter os animais na floresta e os alunos em segurança. - Severus falou o mais friamente que pôde. - E não ficar de conversa com uma ex-aluna.

- O que? - Hagrid levantou- se de um salto. - Que animais saíram da floresta?

- Não consegui identificar que espécie era. Peludo, com garras, focinho... - a menção garras, Hagrid saiu ventando.

- Desde quando um pufoso é perigoso para os alunos?

- Desde que eu não consegui inventar nada melhor para tirar aquele imbecil...

- Severus... - Cassandra falou em tom de advertência.

- Para atrair Hagrid fora daqui... para poder ficar um pouco só com uma mulher... - Severus se aproximou.

- Não é uma mulher e sim A mulher... - ela fez uma careta. - Me conte o seu segredo, por favor.

- Segredo? - ele não entendeu, ela o beijou levemente.

- Segredo. O bebê estava chutando desde que levantei, e agora, só de ouvir a sua voz, ele parou!

- Ele sabe quem manda. - Cassandra ergueu a sobrancelha, antes de puxá-lo para beijá-lo. Severus a beijava de volta, segurando-a pela cintura, enquanto acariciava levemente a barriga. Nenhum dos dois percebeu que Hagrid entrou, os encarou e saiu novamente, sem fazer nenhum barulho.

Severus entrou no apartamento de Cassandra, usando da chave que ela agora insistira para que usasse. Ele escutou a voz dela e se dirigiu a cozinha, parando quando escutou ela falar.

- Bem, minha primeira opção, seria Frank Longbottom... mas com ele internado no St Mungus, dessa maneira... Estou começando a pensar seriamente em Sirius.

- Eu conheço o primeiro nome... - era Tom quem estava com ela.

- Os dois... Frank foi quem achou que você fosse meu namorado, lembra?

- Ele estava namorando Alice Pigneus... Me lembro dela... Curvas muito generosas. - um sorriso malicioso provavelmente brotara dos lábios dele.

- Isso aí! E Sirius é o cara da motocicleta.

- Os gêmeos quase o quebraram quando ele foi atrás de você, algumas semanas atrás.

- Ele me contou... Mas consegui arranjar uma desculpa suficientemente boa para isso. - eles ficaram em silêncio, por alguns minutos. - Mas não foi por isso que eu te chamei. Damala. Ela estava com uma criança, que é muito parecida com os gêmeos.

- Você mesma não vive dizendo que as crianças são todas iguais?

- Os olhos são azuis, a única diferença mesmo. Tom, essas fotos aqui servem muito bem para o garoto! Eu não duvido nada... OLHE para mim!

- É meu filho sim, Cass, quer ouvir isso? Já disse! Pronto! Agora esqueça esse assunto, e...

- Esquecer? Thomas, é seu filho! Como você consegue...

- Não se meta na minha vida, Cass, porque eu não me meto na sua! - Severus escutou um som de cadeira se arrastando. - Eu posso tolerar que você saiba das minhas coisas, mas não quero que se meta na minha vida!

- Eu conheço você, Thomas, e você deveria me conhecer também!

- Então eu vou lhe avisar, Cassandra: se meta nessa história, e você vai sair machucada. Eu não sou Snape, que te agüenta só por que você está grávida dele. E Damala e eu já temos os nossos problemas sem que você precise colocar mais lenha.

- Ela é uma mulher casada, Thomas! A criança tem o sobrenome do marido dela!

- Zacharias Smith. Eu sei muito bem o nome do meu filho, Cassandra, não se preocupe! - os dois praticamente berravam um com o outro. Severus achou que era hora de intervir, antes que coisas mais duras fossem ditas.

Quando entrou na cozinha, Cassandra estava apoiada na cadeira, respirando com dificuldade. Tom massageava as costas da irmã, enquanto tentava falar com ela com voz calma. Uma leve lembrança, de ela estar sendo apoiada por duas garotas enquanto a levavam para a enfermaria passou pela sua mente.

- Vamos, Cass, respire, se acalme e respire... Lembre-se do bebê...

- O que está acontecendo?

- Ela está tendo uma crise de falta de ar, não dá para perceber? - Tom estava irritado, e Cassandra ofegou novamente. - Da próxima vez, quero estar em outra parte...

Severus também começou a acalmá-la, lançando um olhar penetrante ao irmão dela. Aos poucos, a respiração de Cassandra voltou ao normal.

- Isso acontece com frequencia?

- A cada cinco minutos, se você não percebeu. - Tom falando com ironia era raro, mas para Cassandra parecia doer muito.

- Por favor, Tom. - ele suspirou.

- Quer que eu vá comprar uma bombinha?

- Não precisa. Já vou tomar uma poção para isso, não se preocupe. E quanto a você, o que aconteceu? - Severus ainda encarava Tom como se fosse sacar a varinha e aplicar nele a Avada.

- Ninguem te falou ainda a respeito dos Potter?

- Não! o que aconteceu com Lilian? - Cass se pos em pé, passando a mão na barriga. Tinha uma expressão agoniada no rosto. - Severus, por favor!

Ele suspirou, antes de responder.

- O Lord encontrou os Potter. O fiel do segredo os traiu.

- Não! - o grito saiu antes que Cassandra conseguisse se conter. - Lilian... você também não, por favor... - Cassandra começou a falar em sussurros. - Lilian... Tiago... Harry!

- A criança está viva, Cassandra. O Lord... foi derrotado pelo bebê.

- Como? - ela parecia não acreditar. Ele deu de ombros.

- Ninguém sabe como. Black está sendo procurado por todo mundo mág...

- Por quê? Ele...

- Era o fiel do segredo.

- E existem Coelhinho da Páscoa e Papai Noel. Sirius amava Tiago como a um irmão!

- Cassandra, qual sua idade mental? Cinco? Seis? Sirius Black era o fiel do segredo e traiu o seu melhor amigo!

- Sirius jamais faria isso! - ambos estavam gritando, os olhos chispando de raiva. - Pelo amor de Deus, Severus, eu conheço Sirius! Pode ser muitas coisas, mas não é um... - ela apertou os lábios. Todos que estavam naquela cozinha sabiam que a palavra que iria sair era "traidor". Cassandra deu um passo a frente, antes de soltar um grito e se curvar. Tom e Severus a ampararam, um pouco antes de um líquido escorrer pelas pernas dela. - Eu não acredito...

- O que está acontecendo?

- O bebê... - ela estava mais branca que a toalha da mesa. - Está vindo agora!

- Como?

- Vou repetir a pergunta dos gêmeos... Você se finge de tapado ou é burro mesmo? Seu filho está nascendo, homem! - Tom passou a mão nos cabelos, nervoso. - Cass, não importa o que aconteça, não fique com medo. Não precisamos ter mais um ataque de asma agora...

- Eu não estou com medo... Estou em pânico, Tom! - apesar da afirmação, ela se obrigava a respirar com calma.

- Vá pegar as coisas de Cassandra no quarto. Precisamos aparatar no...

- Eu não vou! - ela ficou rígida nos braços dele. - Se tiver que aparatar, fico por aqui mesmo!

- O que? - Severus não acreditou nos ouvidos.

- Eu estou muito nervosa... Se eu acabar parando no lago Ness? Aposto que o monstro não sabe fazer as honras de uma partei... - uma contração a dobrou novamente.

- É mesmo? Então você sugere o que?

- Tem um hospital a duas quadras daqui. - Tom informou, ignorando o olhar horrorrizado de Severus.

- Meu primogênito nascendo em um hospital trouxa?

- Melhor que a criança ter um monstro como primeira visão do mundo. - Tom estava irritado também.

- Calem a boca os dois. Tom, pegue a minha mochila vermelha no armário. Severus, se você não quiser me acompanhar, eu entendo perfeitamente. Mas eu NÃO vou aparatar. Ponto... - ela curvou-se novamente.

- Maldição! - Severus praguejou quando ela começou a respirar de forma acelerada. - Cassandra, respire normalmente!

- Ela está respirando para o parto, senhor inteligência. - Tom informou, entrando novamente na cozinha. - Quando eu cheguei, ela se queixou que estava dolorida o dia inteiro. Marinheira de primeira viagem, é isso que dá.

- Quando você fizer exame de próstata, eu quero estar presente, para me diver... - nova contração.

- Se não corrermos, você vai dar a luz aqui mesmo. - Severus a apressou, ela puxou o ar lentamente.

- Primeiro eu vou me trocar... De maneira nenhuma vou sair toda molhada pel...

- Abra a porta e depois a tranque. - Severus instruiu Tom, pegando Cassandra no colo. - E você, fique quieta.

Talvez Cassandra estivesse mesmo em pânico, pois as únicas palavras que pronunciava, eram as de uma oração. Se contorcia e apertava pescoço de Severus com mais força quando sentia uma nova contração. Pela quantidade de vezes, Severus achou que ia acabar com o pescoço quebrado...

Quando entraram no hospital, colocaram Cassandra em uma cadeira de rodas, e não permitiram que Severus a acompanhasse. Ele estava irritado e ao mesmo tempo frustrado. Queria ficar junto com ela, ver o seu filho nascer... Por fim, Tom o arrastou para um corredor onde eles se sentaram em um banco. Depois de três segundos, Severus levantou-se e começou a caminhar.

Sinto pena em lhe informar, mas não vai conseguir. - quando Severus o interrogou com o olhar, ele completou. - Furar o chão. Parece que está fazendo isso.

- Espero que meu filho não tenha esse senso de humor ridículo.

- Não se preocupe... Se o bebê não tiver, nós ensinamos a ele. Ou ela.

- A família Snape costuma ter primogênitos varões.

- É? - ele não estava interessado na conversa. Tinha um certo olhar de deboche. - E você realmente acredita que a criança seja... - Tom não terminou de falar, pois Severus deu-lhe um soco, coisa que já estava com vontade de fazer.

- Cale a boca! - Severus rugiu. - Você não passa de um garotinho mimado, que só porque a irmã decidiu viver a própria vida, quer magoa-la.

- Você é um idiota! - Tom massageava o queixo.

- Idiota é você! Nunca mais se atreva a agir como se sua irmã fosse uma pros... - Severus se interrompeu. Agora sim queria matá-lo, mas obrigou-se a ficar paralisado. Cassandra não gostaria que ele fizesse mal algum a nenhum dos irmãos, por mais que houvesse agido errado. - Fale nesse tom novamente sobre ela, e eu mato você. É um aviso. - ele saiu pelo corredor, a procura de notícias, não conseguindo nenhuma. Quando voltou ao corredor, uma enfermeira estava falando com o irmão de Cassandra. Ele passava a mão nos cabelos, e quando Severus escutou um "tem certeza disso", ficou paralisado.

A enfermeira saiu pelo lado oposto de Severus, que foi até ele.

- O que ela disse? - o medo que transparecia no seu olhar provocou um certo sorriso em Tom.

- Ela me deu três notícias, acho que você não vai gostar das três... Eu só não gostei de duas. - o tom debochado característico da família.

- O que ela disse? - Severus repetiu, apertando os dentes.

- Bom, a primeira coisa, é que infelizmente você não vai se livrar mais de nós. Vai ter que nos aturar até a morte, pois agimos assim com os nossos. A segunda, é que você daqui uns 14 ou 15 anos vai querer matar todos os aborrecentes do sexo masculino. - sorriu amplamente ao ver a expressão de desgosto dele. - E a melhor, que eu achei. Cass teve uma menina.

- Uma menina... - Severus sentou-se, sentia as pernas bambas. - Onde Cassandra está?

- Quarto 265, terceiro andar. - Tom não falou que eles não poderiam vê-la agora. Sabia que seria ignorado.

Severus andou o mais depressa que pode, queria encontrar Cassandra. Ao abrir a porta do quarto, ela estava sentada, com o bebe ao colo. Sua filha. Uma menina. Ele não tinha visto muito sentido em escolher um nome feminino, mas agora... O bebe estava mamando, e Cassandra falava suavemente com ela.

- ... e por mais cabeça-dura que sejamos, você nunca deve achar que não te amamos, meu anjo. - o bebê largou do peito, e Cassandra começou a bater suavemente nas suas costas. Olhava fixamente para a filha, como se quisesse gravar todos os detalhes daquele rostinho minúsculo. Severus entrou, sabendo que provavelmente Cassandra só teria olhos para a criança. Ela o olhou, sorrindo. - Oi... tenho uma boa e uma má notícia.

- E qual é a má?

- Não vamos conseguir nos livrar dos meus irmãos. - riu da careta que ele fez. - E é uma menina linda. - ela sussurrou, olhando novamente para o bebê, que bocejou, piscando os olhos.

Severus observou a criança por alguns minutos. Ela era uma replica de Cassandra, com cabelos negros.

- Eu conversei com as enfermeiras. Elas me disseram que os olhos vão escurecer... Basicamente, nossa filha tem as "cores" que eu sempre quis... - ela riu, não vendo a expressão de Severus quando disse "nossa filha". Quando ela levantou o olhar, ficou surpresa com a rigidez dele. - Severus?

- Ela é tão bonita... - ele sussurrou. - Nem parece minha filha. - ele parecia enfeitiçado.

- Mas é. - ele levantou a mão, hesitante, e acariciou de leve a penugem negra que escurecia a cabeça da criança.

- Um anjinho... - ele encarou Cassandra. - Não sei o que dizer.

- Bem, então não diga nada. - Cassandra o puxou para mais perto. - Eu não sei o que está te incomodando, mas sei de uma coisa, Severus: isso não é motivo suficiente para você se afastar de nós.

- Das duas mulheres mais lindas do planeta. Que são minhas.

- Disso você pode ter certeza... - quando Cassandra fez menção de entregar a filha nos braços dele, ele recuou.

- Eu vou machuca-la.

- Nunca diga isso, Severus. você se importa conosco, arriscando sua vida para nos proteger... E acha que vai machucar a nossa filha? Você NUNCA vai fazer isso...

Ao receber a menina nos braços, Severus sentiu uma explosão no seu peito. Era uma sensação tão... quente, um sentimento tão bom que ele não conseguia acreditar.

- Acho que vou mandar os gêmeos comprarem um lençol para você secar a baba. - naquele momento, Severus não se importou com a brincadeira. Quando os olhos de ambos se encontraram, Severus teve certeza de uma coisa: fizera a escolha certa.

 

 

OHAYO PESSOAL....

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BJS

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