Duas Mulheres escrita por Tina Granger


Capítulo 1
Brigas de Amor?


Notas iniciais do capítulo

Fanfic iniciada para o Snapefest de 2005.

Livros 6 e 7 ainda não tinham sido escritos, entao, favor desconsidera-los.



Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/5364/chapter/1


Harry e Hermione, sentados na Torre da Grifinória, observavam o Mapa do Maroto. Quase todos os outros grifinorios já estavam na cama, com exceção de Neville e de uma garota do quinto ano, que haviam saído e não tinham voltado ainda. Hermione e Harry estavam rindo e conversavam sobre os outros, achando que eles estavam juntos.

— Já está mais que na hora de Samara e Neville se entenderem... Aqueles dois discutindo me deixam louca! – era óbvia a adoração que a garota sentia, mas o grifinório parecia não perceber. Harry riu quando Hermione terminou de falar. – O que foi?

— O que foi? Você e Rony discutem do mesmo jeito!

— É de um jeito diferente, Harry. E depois, Neville não fala as mesmas asneiras que Rony! – ela corara fortemente.

— Que estranho ele passar mal depois de comer... Ele costuma ter um estômago de avestruz.

— Eu não estou admirada, com tudo o que ele comeu... Francamente, Rony a cada ano... – ela parou, enquanto jogou um livro, tentando esconder o mapa. – Oi, Gina. Está com insônia?

— Não, estou esperando Samara voltar. Ela está com uma das minhas anotações. Se bem que não deve estar usando ela agora, já que foi se encontrar com o... – Gina mordeu a língua. Se eles soubessem quem Samara tinha ido encontrar, iam atrás dela no mesmo instante.

— Samara saiu para se encontrar com alguém? Quem é o coitado?

Harry recebeu um olhar atravessado de Gina.

— Não é nenhum coitado.

— Sei que ela é sua amiga, mas tem um gênio parecido com o do Snape.

— Já pensou em dizer isso a ela? – Gina era a única em toda a Grifinória que não era alvo das provocações de Samara.

— E levar um direto no queixo, como Dino? Não, obrigado. Aquela garota devia pedir o emprego de trasgo de segurança... – as duas riram. Samara Sanders tinha um gênio terrível, e uma direita melhor ainda.

— Você não disse com quem Samara está saindo.

— A única coisa que posso dizer é que vocês vão se surpreender quando souberem quem é.

— Idiota, paspalhão, cabeça-dura! E eu nem comecei a pensar no resto que quero te dizer! – uma Samara enfurecida entrou no salão da Grifinória, seguida por um Neville Longbotton vermelho pela raiva.

— É mesmo? Pois saiba que faço minhas as suas palavras! Só uma louca para ir encontrar um imbecil sonserino a essa hora da noite!

— Típico comentário do menininho obediente! Se você não tem coragem para quebrar uma única regra...

— Uma única? Samara, você não quebrou uma única regra, você quebrou umas quantas!

— É mesmo? Engraçado... Eu tinha certeza que tinha sido uma só. – ela disse, com um ar desinteressado.

— Ah, você tinha certeza? Saiba que você nem está vestida com decência! Essa minissaia revela tudo o que você está ou não vestindo!

— E daí? Outras pessoas aprovam, e você não é meu pai para dizer o que eu devo ou não vestir!

— Será que eu preciso lhe lembrar que...

Os três que escutavam a discussão levantaram-se sorrindo. Em uma das discussões que eles haviam tido, a professora McGonagall entrara no meio dela, avisando-os de que se soubesse de mais uma briga entre eles, daria uma detenção. Lógico que eles apenas brigavam longe da professora, mas os outros alunos, quando viam os dois juntos se aproximando, tratavam logo de sair de perto, colocando as mãos nos ouvidos.

— Samara, você estava aonde? – Hermione forçou-se a ficar séria, pelo simples fato de que era monitora.

— Onde você acha que ela estava? – Neville questionou. Sem esperar resposta, ele mesmo respondeu. - Ela estava junto com um imbecil da Sonserina!

— Não deviam discutir tanto, especialmente depois do que a professora McGonagall falou para os dois...

— Olha só, o roto falando do esfarrapado. - Samara resmungou, respirando fundo. – Querem saber de uma coisa? Amanha tenho aula com o Batman, e não vou ficar aqui escutando sermão de alguém não tem moral para isso.

Empinou o nariz, e saiu, com Gina rindo nos calcanhares.

Hermione e Harry olharam questionando Neville.

— Malfoy. E não quebrei a cara dele porque o Snape apareceu dois segundos depois que eu os encontrei.

— Samara saindo com Malfoy? Neville, você bebeu? Malfoy esnobe daquele jeito...

— Bom, eles estavam muito juntinhos, conversando e rindo. Quando me viu, Samara ergueu o queixo, e Malfoy me olhou, dizendo: “Procurando alguma coisa, Longbottom? Tipo a entrada da Grifinória?”

— E Samara? – Hermione mordeu o lábio, para impedir-se de dizer alguma coisa.

—Por incrível que pareça... ela ficou calada, com os olhos arregalados. - E apareceu o Snape, questionando o que nós fazíamos ali. Malfoy se borrou, mas Samara... Não sei se essa garota é louca, ou é corajosa demais.

O que ela disse? – Harry ficava às vezes abismado com a garota. Ela havia participado da AD no ano anterior, e sempre que podia, enfrentava os sonserinos.

“Boa noite, professor Severus. Sabia que as regras da boa educação mandam cumprimentar as pessoas antes de qualquer coisa?” ela falou delicadamente. – Neville imitou a voz de Samara.

Hermione e Harry o olharam com o queixo caído antes de caírem na gargalhada.

Está brincando.

Não. – ele balançou a cabeça. – Snape arregalou os olhos, os estreitando em seguida, e antes que dissesse alguma coisa, ela continuou: “Mas mesmo assim é muito bom vê-lo, especialmente porque eu estava perdida e o monitor Malafoy não queria me apontar o caminho até o Salão Principal, de onde eu consigo sem problema algum ir até a Grifinória. Sabe, eu fui fazer o meu dever de Astronomia na torre da mesma, e quando saí de lá não prestei atenção no caminho que tomei.”

Acrescente que eu disse que provavelmente você tinha percebido que eu não estava no Salão Comunal e que tinha vindo atrás de mim, me procurando. – embora não gritasse, Samara tinha a voz tão gelada quanto a de Snape nos seus piores dias. E com certeza, nessas horas, a garota era muito mais assustadora.

Neville deu um pulo ao escutar a voz da garota.

Você não disse que ia dormir? – Hermione pediu, trocando um rápido olhar com Harry.

E perder essa troca de informações substanciais? Eu já vou, assim que Neville me agradecer por eu ter salvo as nossas peles.

Eu, agradecer? Escuta aqui, garota, em primeiro lugar, você não precisaria salvar a nossa pele se não tivesse ido se encontrar com Malfoy. Ou vai negar que vocês estavam quase se beijando?

Eu? Beijando a Doninha Albina? Ainda não tenho esse mau gosto, nem estou tão desesperada, Longbottom. Pois fique sabendo que... – como se percebesse que ia falar o que não devia, estalou a língua. – isso não é da sua conta! – Samara voltou ao tom gelado. – Só desci para pegar o meu lindo e maravilhoso livro de Poções, que a Gina fez o favor de deixar aqui embaixo.

Aqui está. – Harry o entregou para Samara, que depois de agradecer, lançou mais um olhar gélido a Neville, virou-se e saiu pisando duro.

A cada dia que passa, juro que ela se parece mais com o Snape. – Neville suspirou. – Mas acho que vou deitar, senão sou eu quem não vai acordar amanhã. E vocês dois?

Dever de Aritmancia.

Dever de Transfiguração. – os dois falaram juntos.

Hahã. Boa noite. – Antes de subir, ele olhou para eles. – Se Samara descer novamente, não a deixem ter a idéia de subir ao dormitório masculino, porque Dino ainda está com raiva dela.

Se ela subisse ao dormitório masculino, não ia ser para socar Dino. – Hermione comentou, tirando o livro que jogara em cima do mapa.

Mas eu concordo com o Neville. Samara parece muito com o Snape, não fisicamente, é lógico. Aquele par de pernas é...

Harry Potter! Samara gosta de ouvir elogios, sabia? – Hermione tinha a cara fechada.

Pena que não da minha boca.

Quem mandou você dar um fora nela quando ela te convidou para o Baile de Inverno?

Se arrependimento matasse... O que você quer do Mapa do Maroto?

Onde o Snape está agora?

Deixa ver... Masmorras. E tem alguém com ele. Um tal de... Dynduawndy.

Dynduawndy? Que espécie de nome é esse?

Dynduawndy está onde? – os dois pularam ao escutarem a voz de Dobby. – Desculpe, Harry Potter, Dobby não queria assustar um bruxo tão bom, mas Dynduawndy é muito amigo de Dobby, é sim.

Você é amigo de Dynduawndy?

Claro, senhorita Hermione Granger... Dynduawndy serve aos seus mestres com devoção, ainda mais que sua mestra é uma bruxa com um coração tão bom... Dynduawndy poderia ter sido libertado, foi a primeira coisa que a sua senhora quis fazer quando se tornou mestra dele, mas Dynduawndy não quis. Aliás, nenhum dos elfos quis deixar a casa do seu senhor desde que ele casou com a bruxa de coração bom. Ela nunca deixou o amo de Dynduawndy castigá-lo, nem o fez antes do casamento...

Dynduawndy serve a quem Dobby?

Isso, Harry Potter, Dobby não pode falar Dynduawndy pediu segredo a Dobby. E Dobby sabe guardar um segredo, muito bem. Dynduawndy faz qualquer coisa por seus mestres, qualquer coisa mesmo. Até morrer se for preciso.

Dobby você não tem que fazer o seu serviço? – Harry o lembrou, recebendo um olhar irritado de Hermione.

Ah, Dobby tem que ir sim, desculpe por incomodar um bruxo tão bom... Dobby vai fazer o seu serviço agora mesmo. E não vai incomodar mais o estudo de Harry Potter.

Dobby tem direito a descansar um pouco, você não acha?

Hermione, olha agora. – os balões com os nomes haviam desaparecido.

Isso quer dizer...

Se o bruxo a quem Dynduawndy serve pediu Snape, não acha que o elfo poderia vir até aqui e usar um dos seus poderes?

Harry, bruxos de coração bom não seqüestram pessoas.

Mas bruxos de coração bom às vezes precisam matar pessoas, Hermione. – Harry levantou-se.

Hermione suspirou.

Está indo para onde, Harry?

Masmorras. Ver se consigo descobrir alguma coisa sobre esse sumiço do Snape.

Alguma coisa está me dizendo que nós vamos nos encrencar.

Eu não pedi para você vir junto comigo.

E quem disse que eu deixaria você ir sozinho?

Harry e Hermione andavam o mais rápida e silenciosamente que podiam. Chegando às masmorras, entraram na sala de aula que estava só com a porta encostada.

O que vamos procurar? – Hermione cruzou os braços.

Vamos saber quando acharmos. – bufou com a resposta de Harry. O olhar de ambos foi atraído pelo luar, que incidiu diretamente na mesa do professor de Poções. De diferente, havia um livro, de capa azul clara em veludo. Hermione e Harry se aproximaram da mesa, e após uma troca de olhares, colocaram as mãos ao mesmo tempo.

Imediatamente, escutaram um zumbido, e foram puxados pelo umbigo, num volteio que os sugou.


Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!




Hey! Que tal deixar um comentário na história?
Por não receberem novos comentários em suas histórias, muitos autores desanimam e param de postar. Não deixe a história "Duas Mulheres" morrer!
Para comentar e incentivar o autor, cadastre-se ou entre em sua conta.