Amor a prova de fogo escrita por Bianca Romanoff


Capítulo 12
Algum tempo depois...


Notas iniciais do capítulo

Galera, este capítulo deve assustar alguns leitores, porque como vocês podem perceber, algumas coisas na fic mudaram. Eu decidi fazer um crossover porque assim teria mais ideias, mas para os antigos leitores: não se preocupem, eu não vou mudar o foco da história, e prometo fazer as coisas bem interessantes!
E para, se caso houverem novos leitores: até o capítulo 11 eu só falo sobre Sr. e Sra. Smith. Os que não se interessarem e não quiserem ler, sem problemas, eu vou deixar as coisas bem claras a partir do 12, mas se quiserem, melhor ainda.
Espero mesmo que vocês gostem, porque eu achei a ideia bem interessante.
Também adicionei a linda coautora Alice in Wonderland ( já temos outra fic juntas, se quiserem dar uma olhadinha).



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16 anos depois

Meu nome é Thalia Smith. Dezesseis anos atrás, meus pais entraram em acordo sobre o meu nascimento. Não, eu não fui planejada. Meus pais eram, e ainda são, agentes secretos que defendem o mundo com sua força e inteligência. Meu pai queria para mim uma vida diferente da deles, colocar-me em escolas para humanos normais, e me fazer fingir que meus pais tinham empregos normais. Jane, minha mãe, mas nunca a chamo assim, preferia me criar como uma criança soldado, em agências escolares eu me treinassem e me fizessem EXATAMENTE como ela.

Felizmente, ela concordou com meu pai sobre isso no final das contas. Só que isso não funcionou, porque eu era como um farol para as pessoas malvadas contra o governo. Quando me sequestraram no pátio da escola, e só me encontraram dois dias depois em um hotel no exterior, meu pai concordou que a melhor opção era me preparar para lidar com situações como essa.

Com sete anos, eu não tive a opção de contra argumentar. Fui criada em escolas especiais, com crianças especiais, que me davam várias surras. A maioria das pessoas nem tem conhecimento dessas escolas, e por vários anos, eu quis ser como elas.

Sempre admirei a relação dos meus pais, eles se amavam mais do que qualquer outro casal que eu conhecia. Com o passar dos anos, no entanto, eles foram se distanciando. Eu reparei que a culpa sempre era da Jane. Ela sempre o cortava, sempre divergia EM TUDO com ele, pelas coisas mais banais. E era ela quem não me amava o suficiente. As raras visitas que o internato (falarei sobre isso mais tarde) permitia, ela não aparecia, ou apenas me abraçava e começava a falar sobre treinar, resistência e lutas. Eu odiava aquilo. No começo, tudo que eu queria, era conversar com ela, expressar meus sentimentos, me sentir amada. Isso nunca mais aconteceu. Ela era durona demais para isso.

Agora, deixe-me explicar sobre minha escola. Havia jovens como eu, os chamados guardiões, que eram designados a protegerem jovens “especiais”. Digamos que tudo começou com minha mãe sendo contratada por uma das melhores e maiores organizações com o objetivo de contraespionagem e manutenção da lei. A S.H.I.E.L.D. Naturalmente, ela aceitou o trabalho, e se tornou uma das agentes de campo mais famosas de lá. Pouco tempo depois, meu pai se transferiu pra lá também.

Hoje eles ainda são agentes de campo, mas trabalham mais na manutenção da imagem da empresa. Minha mãe prontamente mexeu alguns pauzinhos para que eu pudesse treinar lá também, me tirando da minha SÉTIMA escola de treinamento intensivo. Eu conseguia ser expulsa de todas elas, por causa do meu gênio enraivecido e impetuoso. Acho que puxei isso da minha mãe.

Acabaram descobrindo que eu tinha genes altamente poderosos, uma força quase sobrenatural dentro de mim. Com alguns complementos, como soros e manipulações genéticas, eles me fizeram a perfeita guardiã.

Como guardiã, meu dever era proteger jovens superdotados, ou algo assim.

No começo, eu não gostei da S.H.I.E.L.D. As tais pessoas “especiais” que eu tinha que proteger eram nada mais nada menos que os filhos dos Vingadores. A Guerra em Nova York aconteceu pouco depois de eu nascer, então eles tinham mais ou menos minha idade. É claro, eu só tinha que proteger um deles, que naquele momento ainda não estava decidido, eles observariam meu laço com cada um deles e selecionariam um.

Eu era apaixonada pelos vingadores. Vê-los de pertinho foi como realizar um sonho. Seus filhos eram adoráveis. Havia os dois filhos de Tony Stark e Pepper Potts, chamados Nathan e Davina. A única semideusa de Thor e Jane (obviamente não a minha mãe), Arizona. Eu sempre imaginara a origem de um nome tão incomum, e meu pai sempre respondia que Thor era um pouquinho doido. Steve, ou Capitão, como eu o chamava, adotara um menino que nomeou Damien, em uma de suas missões, que ele adorava falar sobre. Viúva Negra e Hulk não se reproduziram. Minha melhor amiga era filha de Maria Hill, grande agente, mas não parte dos Vingadores. Ela se chama Haylee, que também é guardiã.

Nosso dever era defende-los de qualquer que fossem os perigos que pudessem enfrentar. E não eram poucos. Eles nunca treinavam intensivamente como nós, apenas “curtiam a vida mansa”, como minha mãe dizia.

Mas não queria ir para um internato, e também ceder minhas vontades para outras crianças era frustrante. Era sempre assim, se um deles queria algo, eu me virava do avesso para conseguir. Mais parecia um mordomo. Eu chorava no carro perto da minha mãe, dizendo que preferia as outras escolas, e aquele foi um dos momentos mais inspiradores que eu tive com ela, embora só tivesse oito anos:

Eu sei que pode ser assustador. É um compromisso, em um instituto onde você provavelmente vai viver a maior parte da sua vida... Mas você precisa ter coragem. Respire fundo, e tenha coragem. Você confia em mim? — ela indagou.

Balancei a cabeça afirmativamente, desejando com todas minhas forças que ela fosse comigo.

Vai ser como as outras escolas, não é? É só que... Eles têm poderes. E se eles me atacarem?

Daí você atacá-los de volta. — ela apertou minha bochecha, me fazendo gargalhar.

E eu vou trabalhar lá quando eu crescer? —eu não entendia o sistema, mas basicamente eu podia escolher entre seguir a quem fui designada guardiã, ou, com muita dificuldade, trabalhar somente para a S.H.I.E.L.D.

Você vai trabalhar onde quiser. — ela mentiu. — Agora dê um beijo na mamãe.

...

Por mais incrível que pareça, hoje é dia de visitas. Eu espero do lado de fora, no estacionamento, sentada no banco no acostamento, tremendo de frio. Eu sabia que eles não viriam. Não era a primeira vez. Decido esperar mais cinco minutos e depois voltar para o quarto.

O instituto está deserto. Talvez eu devesse passear pela base da S.H.I.E.L.D que ficava do outro lado do campus, era o que eu sempre fazia na ausência dos meus pais. Para minha surpresa Natasha Romanoff vem na minha direção. Ela não é muito de conversar, e não trocamos muitas palavras desde que cheguei, no entanto, ela senta-se do meu lado.

— Estão atrasados, não?

— Meus pais? Provavelmente não vêm.

Ela suspira.

— Eles vão aparecer.

Ficamos por volta de dez minutos em silêncio, então um conversível estaciona perto de nós.

— Papai! — eu pulo em seus braços como uma criancinha. Como esperado, minha mãe não está.

— Temos que conversar. — ele anuncia, sério.


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Notas finais do capítulo

E aí, o que acharam? Espero que gostem. Sugestões, críticas, elogios, são todos bem vindos. Beijinhoos