Amor a prova de fogo escrita por Bianca Romanoff


Capítulo 1
Baby


Notas iniciais do capítulo

Não é minha primeira fic, mas nunca escrevi sobre Sr. e Sra. Smith, então espero conseguir tudo certo. Como é só o primeiro capítulo, foi mais uma introdução, vai haver mais ação, romance e aventura. Ainda assim, espero que ganhe leitores, acompanhamentos, comentários... Enfim, me deem uma chance com essa fic.



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Quatro meses se passaram desde que eu e John tivemos nossa pequena aventura em Nova York. Reformamos a casa, é claro, e nossa relação. John não chegava mais do trabalho e ficava distante, elogiando a comida sem muito interesse. E devo admitir, era incrível como nossa relação melhorou desde então.

Parte disso devemos agradecer ao Sr. Wexler. Então, no final de tudo, eu disse a John que estava pronta para ter um filho. Não sei porque, mas apenas senti que deveria. Eu o amava, ele me amava, nós éramos jovens e saudáveis, por que não?

É claro que tive tempo de sobra para repensar minha decisão, e ficava cada dia mais aflita com a ideia. Toda vez que me deitava com John eu tinha medo. Não me lembro de como eram meus pais, mas sei que se estivessem vivos iam querer um neto.

— Bom dia Jane. — John me beijou quando me viu na cozinha.

Era domingo, e eu preparava um café da manhã maravilhoso para nós dois. Eu queria que ele me dissesse, de uma vez por todas, quando tentaríamos afinal.

— John, podemos conversar?

— Sempre fico nervoso quando você fala assim.

— Não é nada demais... Quer dizer, pra mim é.

— Desembuche, Jane.

— Quero ter um filho.

— Eu sei. — ele deu de ombros.

— Então...

— Ah, espera, agora?! Posso tomar café primeiro?

— John!

— O que foi? Tenho que repor minhas forças.

— Eu não quis dizer agora. Quis dizer... ainda este mês. Concordamos há quatro meses.

— Ah... Certo. Tudo bem, quando estiver pronta.

— Já estou. — eu podia sentir seu nervosismo. Ele andara repensando tanto quanto eu, porém eu tomava decisões mais rapidamente.

— Ou... Podemos esperar. — ele falou quase inaudivelmente.

— Tudo bem. — concordei de prontidão. Não estava pronta para ter um bebê dentro de mim e não queria desapontar John, então esse argumento foi como um passe livre.

Tomamos café e jogamos conversa fora, sem retomar o assunto principal. Quando finalmente nos livramos um do outro, eu fui tomar banho, e ele, ver TV. De repente, enquanto enxaguava os cabelos, fiquei nauseada. Não me aguentei e vomitei todo o café da manhã. Me olhei no espelho, assustada. Estaria eu doente?

John devia ter me ouvido, porque abriu a porta sem estrépitos.

— Você está bem?

Ele se ajoelhou ao meu lado e puxou meu cabelo para trás. Me sentindo inútil, eu deixei que ele me mimasse um pouco. Vesti-me com roupas quentes e ele me fez ficar deitada enquanto media minha temperatura. Eu me sentia normal.

— Deve ter sido o bolo. — ponderei.

— Sim... Mas fique repousando hoje.

— Não é necessário, John.

Eu apreciava seus cuidados comigo, mas não os achava precisos. Continuei com minha rotina normal.

...

Porém os enjoos não cessaram. Eu me levantava de manhã apenas para vomitar. E estava ganhando peso. Eu nunca ganhava peso. Minha menstruação atrasou. Havia apenas uma explicação lógica. John desconfiava, mas não ousava perguntar, porque às vezes a ameaça parece menor quando não pronunciada em voz alta.

Então fiz o que deveria e comprei um teste de gravidez enquanto John estava em missão. Meu coração batia acelerado no tempo de espera, e quase esmoreci quando vi o resultado: POSITIVO.

De súbito todo o tempo que passei almejando aquilo virou pó. Minha aversão por bebês veio de volta com tudo. Eu não podia ter esse bebê. John não queria. E se arruinasse meu casamento? Não podíamos passar por outra crise como aquela.

...

Quando John chegou, eu pulei em seus braços num abraço tão apertado que doeram meus ossos. Talvez eu esmagasse o bebê dessa forma, pensei. Eu não queria perdê-lo e previa que seria exatamente o que aconteceria quando eu pronunciasse as palavras. Não quis enrolar.

— Amor?

— Sim?

— Estou grávida.

John estava de costas, ele paralisou. Quando finalmente se virou para mim, seus olhos brilhavam, eu não sabia de quê. Quando de repente ele correu na minha direção, me pegou nos braços e me girou no ar, beijando meu rosto todo até chegar a minha boca.

— Você está... Feliz?

— Você não?!

— Eu... Estou. — não estou. — Só estava com medo de você não gostar, porque concordamos em esperar, mas na época eu já estava carregando um filho!

— Vou levá-la para uma consulta. Quando saberemos o sexo?

— John, eu não sei nada sobre isso.

— Espero que logo. Tomara que seja um garotão.

— Ou uma garota, senhor Smith. — eu lhe censurei.

John não me largou do abraço, só o tornou menos carinhoso e mais... Sensual.

— Onde quer terminar isso? — ele sussurrou no meu ouvido, me fazendo dar uma risada nervosa.

Pov John

O hospital parece muito mais assustador quando está esperando por um ultrassom para sua mulher. Jane estava solene, ou pelo menos fingia estar. Eu mexia as pernas, batia os dedos no banco e cantarolava qualquer melodia que viesse na minha cabeça. Jane suspirava, como se me dissesse para calar a boca.

Quando entramos na sala, já estava imaginando como a mulher dirá que é um garoto. Eu tinha essa intuição, mais que isso, desejo. Não que não quisesse uma garota, mas seria mais difícil educá-la, acho que eu ficaria meio perdido. Garotos são mais fáceis de lidar.

— Bom, Senhora Smith, você deve repousar mais para a saúde completa do bebê, e a alimentação...

— Então é um garoto? — eu a interrompi.

— John! — Jane repreendeu-me.

— Bem... Não. Na verdade, é uma menina.

Meu coração parecia que ia saltar pela boca. Uma menina. Jane sorriu e então tirou toda preocupação do meu coração. Aquele rosto emoldurado e perfeito fazia qualquer coisa, ou tragédia valer a pena. É claro que isso não era uma tragédia, foi só uma comparação.

— Obrigada, senhorita Taylor. — Jane agradeceu enquanto limpava aquele muco da barriga.

— Não há de quê. — é claro, estamos pagando, pensei.

Levei Jane para casa quase babando nela. Eu não tinha experiência com isso, mas queria fazê-la o mais feliz e confortável possível. Ela não estava com uma cara muito boa, por causa dos enjoos, eu acho.

— Quer jantar fora hoje? — indaguei.

— Podemos pedir uma pizza e ver um filme em casa?

Eu ri. Adorava quando ela sugeria coisas assim. Não sei se estão lembrados, mas uma das coisas que mais me intrigava em Jane era sua mania de perfeição. Jantares como se esperássemos a rainha, faxinas da Casa Branca... Tudo exagerado e perfeito. Gostava quando ela improvisava.

Estávamos dividindo uma pizza no sofá, ela com a cabeça apoiada no meu ombro, me contando sobre a vez que foi perseguida quando criança. Mesmo sendo algo absurdo, ela contava com um sorriso no rosto. Sua coragem me inspirava. Quando de repente, nossa porta foi escancarada, revelando um Eddie muito bravo.

— Cara, o que é isso?!

— Vocês estão com problemas. De novo.

Jane se ajeitou, cruzando as pernas antes esparramadas no sofá, e solenemente o perguntou:

— Do que está falando?

— Rumores de que vocês estão esperando um bebê. É claro que não é verdade, certo?

Jane me censurou com o olhar, como se dissesse: não contou ao seu melhor amigo? E eu cocei a cabeça, tentando pensar numa maneira de sair da situação constrangedora.

— Mas... O que há de errado com isso?

— Serem casados já em um enorme problema, agora, ter uma criança?! Vocês ferraram tudo! As agências vão querer tomar a criança e colocá-la na adoção, senão matá-la!

— O quê?! — Jane colocou as mãos protetoramentena barriga.

E neste momento ouvimos o som de uma explosão.


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Notas finais do capítulo

Então, gostaram? Comentem, sugiram coisas, favoritem... Me faça feliz! Beijinhos, até o próximo capítulo.