Um conto de núpcias. Maxon e America. escrita por JR


Capítulo 1
A primeira noite de muitas


Notas iniciais do capítulo

Depois do livro procurei várias Fic, ou notícias referentes a alguma continuação da história de América, li muitas, mas não consegui captar a personalidade dos personagens, principalmente em cenas como a noite de núpcias. Tentei escrever algo que se assemelhasse mais a América e Maxon, espero ter chegado perto, e espero que gostem deste pequeno conto da noite de núpcias do casal.



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Estávamos tão cansados que caímos no sono sem perceber, nossa festa de casamento havia sido espetacular. Senti falta de algumas pessoas ao meu lado, como quando eu e Maxon saímos do altar, enfim casados, sabia que se Celeste estivesse ali teria vindo falar comigo, fazendo algum comentário impertinente que me faria rir, nunca imaginei que sentiria tanta falta dela, ou de Anne, foi tão estranho me arrumar para ser uma noiva sem suas ordens ecoando ao meu redor. Sempre sentiria falta delas, e ainda mais de meu pai, com todo o peso de ser a rainha de Illéa, sentirei falta de seus conselhos, de sua segurança para me guiar, mas eu tinha Maxon, e sabia que se o tivesse ao meu lado, poderia enfrentar tudo.

Nossa noite de núpcias não foi como eu esperava. Bem já havia um tempo que eu parei de pensar que as coisas iriam acontecer como eu esperava, mas o fato de termos dormido todo o resto da noite sem termos feito nada, definitivamente não estava nos meus planos. Porém a festa acabou com toda minha energia e a de Maxon também, quando chegamos ao quarto de Maxon, nosso quarto, ele me pegou no colo e me carregou até a cama, me chamando de sua querida, dei um soco de leve nele, atitude que não o surpreendeu, e rimos enquanto ele me colocava suavemente na cama. Ele deitou ao meu lado e ficamos parados algum tempo apenas nos olhando, absorvendo o fato de que finalmente estávamos casados, eu seria sua rainha. Foi neste momento que dormimos, um olhando para o outro, vencidos pela exaustão, em algum período da noite Maxon me abraçou e eu encostei a cabeça em seu ombro, pois foi assim que acordei no outro dia, nos braços de Maxon, e sentindo as batidas de seu coração. Mesmo que nada houvesse acontecido na noite anterior, achei que era impossível me sentir mais próxima dele, que não poderíamos estar mais ligados um ao outro, em alma e coração.

Me virei para observar seu rosto e o peguei me encarando.

- Você fica absolutamente encantadora quando está dormindo – ele abriu um sorriso enquanto dava um beijo em meus lábios, senti meu coração afundar em felicidade.

- Há quanto tempo você está acordado? – perguntei.

- Há alguns minutos, fiquei com medo de acordá-la, você estava tão linda – seu sorriso continuava em seus lábios, o sorriso torto pelo qual eu me apaixonara. – Então – ele prosseguiu – acho que somos os noivos mais puritanos de toda a Illéa.

- Concordo plenamente – eu ri.

- América Schreave está concordando comigo, isso deve ser um milagre – ele brincou, e não pude deixar de notar a nota de orgulho em sua voz quando disse meu novo sobrenome, o sobrenome que dizia a todos que eu era sua.

- Não seja bobo – repliquei. Ele sorriu e se inclinou para me beijar, um beijo doce e demorado, em seguida beijou minhas bochechas levemente, acariciando-as com suas mãos, tão gentilmente como se eu fosse quebrável. Senti uma onda de ternura e calor subir pela minha pele, minhas mãos pressionaram seu rosto, e nossos beijos deixaram de ser tão inocentes. Senti a macieis de seus lábios contra os meus e fechei meus olhos tentando guardar aquele momento em minha memória.

Começamos a nos beijar mais ardentemente, ele deslizou seu corpo sobre o meu apoiando sobre os cotovelos para diminuir seu peso sobre mim. Ele passou as mãos por meus cabelos e fiz o mesmo com os dele, sua macies fazendo cócegas em meus dedos. Ele me olhava com uma ternura em seus olhos, que fazia em meu sentir a garota mais amada de todo o país. Minha felicidade era tanta que não pude mais esperar, segurei o colarinho de sua camisa e o puxei para mim, ainda estávamos vestidos como no casamento, ele de paletó e eu com meu vestido de noiva. Ele respondeu ao meu gesto me beijando imediatamente, seguindo com beijos suaves por meu pescoço, minhas bochechas, e mordendo levemente minhas orelhas, senti um arrepio em minha nuca. Passei as mãos sobre sua camisa desabotoando os botões do paletó, ele me ajudou a retirá-lo e depois se despiu de sua camisa.

- Você está quebrando várias regras, srta. Singer. – disse ele, relembrando outra noite, em que nos encontrávamos nesta mesma situação. Eu sorri com a lembrança, e disse arqueando minhas sobrancelhas.

- Sou a rainha, tenho a permissão para quebras algumas regras meu Majestoso Marido. – ele gargalhou lembrando-se do nosso primeiro acordar juntos, e das lembranças queridas daquela manhã, todos os acontecimentos amargos que haviam ocorrido depois, ficaram esquecidos, no passado, como se nunca tivessem existido. Ele passou os dedos pela parte sensível de meu pescoço, lembrando-se do ponto exato de onde eu sentia cócegas. Eu comecei a rir e gritar tentando faze-lo parar, desta vez nenhum guarda apareceu para nos interromper, estávamos definitivamente só nós dois.

Este fato pareceu nos dar a confirmação de que nossa privacidade não seria violada, e assim as cócegas passaram para caricias por meu corpo, e minhas gargalhadas foram trocadas por sorrisos e murmúrios involuntários.

As mãos de Maxon, firmes e gentis percorreram o meu corpo, exploratórias, seu toque suave me fez ter arrepios que se estendiam da ponta de meus cabelos até meus pés. Sua mão passou por baixo do vestido parando em minhas coxas enquanto ele me beijava, minha respiração estava falha, envolta por camadas de desejo. Senti cada vez mais a necessidade de telo mais próximo de mim, de sentir cada centímetro de seu corpo. Corri as mãos em suas costas o puxando mais para mim, desta vez ele não se importou quando sentiu meu toque em suas cicatrizes, ao mesmo tempo em que o puxava mordi seu lábio inferior, ele soltou um gemido involuntário e passou a mão que não estava em minha perna ao redor de minha cintura, me puxando. Estávamos os dois sentados, ele parou para me olhar, aproveitei o momento para começar a retirar o vestido, ele me ajudou a deslizar o tecido macio por cima de minha cabeça, e então eu estava ali, parada, apenas com minhas roupas de baixo, ele correu os olhos pelo meu corpo, admirado, senti o sangue subir para minhas bochechas corando, ele voltou os olhos para meu rosto e sorriu. Senti uma onda de ternura invadir meu coração, aquele momento não parecia ser real, não podia ser real, a perfeição de cada toque cada beijo fazia com que eu me perguntasse se tudo isso não era apenas um sonho.

Levantei minhas mãos as pressionando sobre seu peito, o tocando para ter certeza de que ele realmente estava ali, de que tudo aquilo era real. Maxon seria sempre meu, e eu seria sempre dele, pois esse era nosso lugar, nós nos pertencíamos. Maxon fechou os olhos enquanto eu passeava por seus músculos, me puxando mais para perto com as duas mãos em minha cintura, passei as pernas em volta dele sentando em seu colo, coloquei as duas mãos em seu rosto e o fiz olhar para mim, ele abriu os olhos e por alguns segundos ficamos assim, apenas olhando um para o outro.

- Eu te amo Maxon schreave – ele sorriu, sempre sorria quando eu dizia tais palavras, e se inclinou para me beijar, mas eu ainda não havia acabado, coloquei os dedos em sua boca como quem diz espere, e continuei – eu o amo, amo como nunca amei outro alguém, nunca senti um amor como esse apesar de uma vez achar que sabia o que era amar e ser amada. Mas nada é como o que temos, eu nasci para ser sua Maxon, somente sua, e quero que tenha certeza de que sempre serei sua América.

Seus olhos me fitaram por um momento, vi um milhão de sentimentos passar por eles, ele abriu a boca para dizer alguma coisa, mas antes que o fizesse o beijei novamente, um beijo que parecia feito em fogo, um beijos de milhões de palavras não ditas, um beijo que me dizia o quanto ele me amava, e o quanto minhas palavras eram reais. Ele me deitou novamente na cama, com seu corpo sobre o meu, passando suas mãos levemente por minha cintura, beijando minha boca, em seguida minha mandíbula, meus pescoço, descendo por todo meu corpo, arfei de surpresa com os sentimentos que aqueles beijos me causavam. Eu queria Maxon, precisava de Maxon, e eu o tinha. Mas eu não tinha muita experiência com essas coisas, e sabia que ele também não, porém tudo fluía com naturalidade e paixão, éramos guiados pelo instinto, e eu me sentia segura em seus braços, como nunca havia me sentido antes. Nossos beijos e caricias foram se tornado cada vez mais intensos, minhas mãos passeavam por seu corpo com uma segurança que eu não sabia de onde vinha. Ouvia sua respiração ofegante em meus ouvidos enquanto nossos corpos se aninhavam, ficando cada vez mais próximos. Em algum ponto não havia mais nada que nos separasse, todas as roupas estavam jogadas pelo quarto, e quando o momento finalmente chegou senti todo meu corpo tencionar em apreensão, seus olhos procuraram os meus, para saber se eu tinha certeza de que queria seguir em frente, ao ver seus olhos relaxei, e o puxei para mais junto de mim enroscando minhas pernas em sua cintura, não havia mais duvidas entre nós, não havia mais nada, apenas nós dois, éramos um só, unidos por desejo, amor e paixão. Ele dizia meu nome com adoração, e eu absorvia cada palavra como se fosse musica, e no momento final, quando todos nossos sentimentos pareciam explodir em ondas, senti que não poderia haver nada mais lindo no mundo, senti que nunca poderia ter sido mais feliz.


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