Incest - Segunda temporada escrita por Cah Stilinski


Capítulo 6
Uma conversa a sós


Notas iniciais do capítulo

Espero que gostem ♥



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Ponto de vista Melissa:

Sexta-feira todos decidiram ficar em casa e arrumar as coisas para a viagem. Fiquei encarregada de chamar os meninos e separar os carros. Logo de manhã decidi ligar para o Jace.

–vocês vão? – Perguntei assim que acabei de explicar que a casa era o Jason e que ele daria uma festa.

–Claro! – Disse Jace do outro lado e mesmo um pouco distante escutei Simon gritando “Opa! Adoro festas”.

–ótimo, então iremos eu, você, Simon, Stiles, Clary, Isabelle, Jason e Lucas. – Falei.

–O Lucas vai? – Perguntei Jace e eu apenas respondi com um “uhum”. – Por quê?

–Por que o Jason é amigo dele, uai. – Eu falei. – Bom, estejam aqui na frente do nosso apartamento as 20hrs ta? Beijos.

E então desliguei o telefone por que tinha milhares de coisas pra fazer além de bater papo com Jace no telefone.

Ponto de vista Isabelle:

Eu tinha exatas 3 malas pequenas para enfiar roupas para um final de semana todo. Eu definitivamente tinha um problemão. Jason foi até meu apartamento me ajudar com as coisas e entregar a chave do chalé que a gente ficaria na enorme casa dele.

Pelo que ele me disse teria umas 50 pessoas lá, seria definitivamente e literalmente uma grande festa. Fiquei surpresa por ele ter chamado Simon, já que eles nem eram tão próximos assim. Mas confesso que fiquei até feliz de ter ele lá como presença, eu sentia falta dele.

Apesar de tudo que passamos e todas as provas de que não éramos muito bons um para o outro, era bom, sabe, ter alguém com quem brigar.

Ponto de vista Clary:

Minha mão formigava e se direcionava sem eu perceber para o meu celular, discando o numero de Jace. Era quase que impossível controlar o impulso de ligar pra ele e planejar nosso tempo de viagens juntos. O Lucas era uma boa distração e quando eu estava com ele o buraco do meu peito onde Jace costumava ficar quase se cura, mas é só eu me distrair que me pego lembrando dos nossos momentos. Eu fico cada vez mais arrependida de ter terminado com ele, mas logo a realidade me chama e volto a pensar que não aguentaria muito tempo suportando o seu ciúme e suas desconfianças.

À tarde de sexta fora muito calma pra mim. Organizei as minhas malas e depois passei o dia assistindo Melissa e Izzy desesperadas planejando a viagem. Era como uma comédia por que Izzy estava quase pirando por falta de lugar na mala e Melissa planejava quem iria ficar com quem na viagem de carro que duraria 5 horas.

A única coisa divertida em tudo aquilo era que eu planejava juntar Melissa com Stiles. Ela negava até a morte que sentia algo por ele, dizia que ele era desajeitado e muito irritante, mas eu nunca tinha visto ela agir tão abertamente com ninguém que não seja ele. E ele perdia totalmente o olhar de comediante e sarcástico quando estava com ela, ele ficava com um sorriso bobo e o olhar brilhante. O amor é tão óbvio, e até mesmo a pessoa mais fechada e séria se transforma em uma grande tola quando se está apaixonada. Pergunto-me se eu também tinha essa leveza no olhar quando estava com Jace.

Ponto de vista Melissa:

Já eram nove horas quando todos se encontraram na frente do apartamento feminino, e grande parte do Campus se preparava para viajar ou sair em plena sexta-feira a noite.

–Vou repetir pela ultima vez. – Eu disse. – A Izzy vai com o Jason e o Simon no carro do Jason, Eu infelizmente levarei o Stiles. O Lucas vai ficar com a Natalia e a Clary vai no carro do Jace.

–Por que a Natalia vai? – Clary perguntou se referindo a amiga do Jace da biblioteca.

–Por que eu convidei. – Ele disse. – Agora eu pergunto por que ficou essa divisão nos carros.

Clary cochichou algo pra ele e ele logo ficou quieto, nem eu mesma estava entendendo por que ficou assim a divisão dos carros. Mas ok.

Peguei minhas malas e coloquei no porta-malas do meu carro e Stiles logo se aproximou jogando a sua mala em cima das minhas.

–Eu já ajustei o GPS dos carros. – Disse Izzy com um sorriso malicioso e mais uma vez eu não entendi nada.

–Aqui tem as chaves do seu chalé. – Disse Jason me entregando, por que só eu ganhei uma chave? Talvez eu seja a mais responsável para cuidar de tamanha responsabilidade, pensei.

*

– CAUSE YOU COULD BE MINE! – Stiles cantarolava ao som de Guns N’ Roses.

–Pelo amor de Deus! – Gritei. – Cala a boca!

Mas de nada adiantou, ele continuava naquela tentativa falha de imitar o vocalista, era horroroso. Então mudei de rádio para onde tocava uma das minhas musicas preferidas, Pompeii.

–Isso sim é musica! – Sorri e ele se irritou.

–Eu estava cantando! – Resmungou.

–Sério? Parecia que estava morrendo. – Retruquei. – O rádio é meu e eu decido o que ouvir.

Ele então decidiu que não valeria apena discutir e eu comecei a cantar a música que tocava com um sorriso vitorioso.

Ponto de vista Clary:

–Vai me contar o porquê da divisão dos carros ter ficado assim? – Ele disse enquanto dirigia e eu parei de cantar a música do rádio para responder.

–Por que eu quero juntar o Stiles e a Melissa. – Falei simplesmente e depois voltei a cantar. Mesmo com todo o clima que estava rolando entre eu e Jace me sentia confortável viajando com ele. Eu ficava bem com a sua presença, sem nenhum ressentimento de cantarolar nem nada, eu estava acostumada com a sua presença.

–E deixar eles presos cinco horas dentro de um carro ajudará em alguma coisa? Pra mim a Melissa vai mata-lo em 1h30mim.

–Quem disse que eles terão que ficar 5 horas no carro? – Falei travessa. – Eles teriam, se estivessem indo a praia...

–O que você fez? – Ele perguntou desconfiado.

–Eu? Nada. – Eu gargalhei. – Já a Isabelle pode ter mexido no GPS e alterado o caminho.

–Não acredito! – Ele riu, uma risada descontraída e sincera qual eu sempre adorei.

Depois o silêncio reinou por um tempo deixando que apenas a cantora pop do radio cantasse.

Me concentrei na paisagem lá fora que passava como um filme da janela do carro. Já não conseguia ver o Carro de Stiles e Melissa que naquele momento deveriam estar próximos da cabana em que eu passava os feriados com o meu pai. Demos a chave pra ela e Melissa provavelmente iria entender tudo quando chegasse.

Já o carro do Lucas e da Natalia estava um pouco na frente e o Carro de Jason estava bem atrás.

–O caminho que o GPS está mostrando é definitivamente mais longo do que o que eu conheço. – Jace disse.

–Mas eu acho melhor seguimos o que o GPS mostra. – Disse Clary, Jace nem deu ouvidos.

Ponto de vista Isabelle:

Jason dirigia e eu cantava alto uma musica da Taylor Swift. Simon estava sentado no banco de trás ainda emburrado pela companhia de Jason.

Conversávamos entre si, eu e o Jason, quando ele depositou a mão na minha coxa que estava de fora pelo fato de eu estar de short. Simon no mesmo momento que notou a mão de Jason na minha coxa tossiu como quem quisesse chamar atenção. Jason notou e retirou a mão ficando um pouco desconfortável.

–E então Izzy, como vão as aulas de teatro?- Simon tentou puxar assunto.

–Vão bem. – Eu disse. – E as suas aulas de História?

–Ótimas! – Ele falou e então eu voltei a conversar com o Jason, Simon interrompeu de novo.

–Eu estou com fome, vocês não estão? – Ele falou. – Vamos parar em algum restaurante de estrada pra comer, já estamos a uma hora no carro.

Jason discordou, mas eu não pude negar a fome e aceitei a sugestão. Avisamos os outros que íamos parar e Lucas e Natalia decidiram parar no restaurante também. Já Jace disse que aguentava mais umas horas na estrada e então ele e Clary continuaram a viagem.

Ponto de vista Clary:

–Tem certeza que sabe o caminho? – Eu perguntei de novo.

–Mas é óbvio, eu já fui pra casa dos pais do Jason na praia. Sei exatamente o que estou fazendo. – Ele respondeu e se focou na estrada. O lugar que estávamos era mal iluminado e não tinha quase nenhum carro passando por lá. Era quase como aqueles caminhos de filme de terror para uma casa mal assombrada.

–Jace eu acho que estamos perdidos. – Falei pela quarta vez.

–Para de ser boba, é óbvio que não estamos perdidos. – Jace respondeu. – Aqui no GPS diz que...

E então o som indicando a falta de bateria soou e o GPS se desligou.

–É Clary, acho que estamos perdidos. – Ele disse e eu entrei em desespero.

–Quer dizer que estamos no meio do nada? E sem GPS? – Falei brava. – Vou ligar pra Izzy, quem sabe ela ajude.

“Quer dizer que vocês estão juntos, sozinhos no meio do nada?” Ela perguntou e eu confirmei pela quarta vez.

“Então acho que terão bastante tempo para conversar e se acertar né?” Ela disse.

“Não se atreva Isabelle” Eu disse já prevendo o que ela tinha em mente.

“Boa conversa!” Ela falou e riu do outro lado do telefone “Tchau!” E então ela desligou.

–Que ótimo! – Falei ironicamente. – Estamos perdidos.

Ponto de vista Melissa:

–Tem certeza que estamos perto? – Stiles perguntou.

–No GPS diz que estamos a um minuto do nosso destino, e a Izzy que programou a viagem. – Falei. – Eu não sei o endereço da casa de praia do Jason.

– No GPS diz que a casa é ali na frente. – Ele falou e eu encostei pegando o GPS na mão.

–Isso só pode está errado! Jason falou que eram mais de 4 horas de viagem. Sem falar que isso tá mais para uma cabana do que para uma mansão.

“Você chegou ao seu destino!” A voz do GPS anunciou e eu parei o carro colocando a cabeça para fora para olhar. Era uma casa um tanto quanto velha, como aquelas em desenhos animados. Tinha um caminhão estacionado, mas estava aparentemente vazia.

–Vamos descer e pedir ajuda. – Disse Stiles. – Não tem nada aqui por perto além dessa casa.

– O ultimo posto de gasolina está a mais de um quilometro, não temos tanta gasolina. – Resmunguei e concordei com a ideia de tentar pedir ajuda.

Batemos na porta, mas nada aconteceu, Stiles tentou abrir a maçaneta, mas também foi em vão. Olhei então a maçaneta percebendo o formato velho, igual ao da chave entregue pelo Jason.

–Não pode ser. – Falei baixo.

–Que? – Stiles falou, mas eu tinha voltado até o carro pegando a chave. Voltei até a maçaneta da cabana e como eu pensei, a chave abriu e demos de cara com uma casa bem mais nova do que aparentava. Por dentro da casa tinha um sofá preto muito bem cuidado, uma TV antiga e uma estante com cobertores e travesseiros. Acendi a luz e me deparei com uma cozinha com armários de madeira aparentemente cheio e uma geladeira que por algum milagre funcionava. Tinha um banheiro de fundo e um quarto com um colchão no chão.

–Aposto que foi tudo planejado. – Disse nervosa.

–Não é tão ruim... – Stiles disse tentando me confortar.

–Eu acho bastante ruim ficar presa com você em uma cabana antiga! – Reclamei.

–A gente pode tentar achar um posto e pedir informação. – Ele falou.

–Está começando a chover. – Bufei. – E a gasolina com certeza não vai dar, afinal estamos a mais de um quilometro do posto.

–Então dormimos aqui e amanhã eu ando até lá. – Ele deu de ombros e se jogou no sofá.

–ótimo! – Falei sendo sarcástica. – Pelo menos é aconchegante.

Falei e me sentei no sofá ao seu lado.

–Será que a TV funciona? – Ele perguntou, eu fui até lá tentar liga-la, mas ela deu um ruído e continuou apagada. – Pelo jeito não.

–Então teremos que conversar mesmo, ou se não vou morrer de tédio. – Eu falei.

–Vamos jogar algum jogo. – Ele deu de ombros. – Será que tem cerveja aqui?

E então ele caminhou até a geladeira não tão velha quanto aparentava e voltou com duas garrafas de energético.

–É o que tem pra hoje. – Ele falou me entregando, eu aceitei.

Ponto de vista Jace:

Literalmente o lugar que nós estávamos era uma espécie de nada com lugar nenhum. Era como uma estrada continua que não dava em nada.

–Você nem se deu ao trabalho de abastecer o carro? – Clary resmungou ao meu lado.

–Não, estava ocupado ouvindo suas tramoias para juntar a Melissa com o Stiles. – Respondi.

–Ai que ótimo, estamos em um cenário de filme de terror e ainda sem gasolina. – Ela resmungou de novo. – Se a Samara pedir uma carona eu nem vou me surpreender.

–Fica calma ta? – Eu falei. – Agora são 1h30mim na manhã. A gente encosta o carro e dorme, de manhã com certeza algum carro vai aparecer.

–Por que afinal decidimos viajar a noite mesmo?

–Eu sei lá, culpa das suas amigas esquisitas. – Eu respondi. – Vou encostar, temos que poupar gasolina.

Clary ligou o rádio e cantarolou a canção da Jessie J. enquanto afastava o banco para ficar mais confortável.

–Que ironia. – Ela disse.

–O que é irônico? – Perguntei.

–Eu planejei deixar a Melissa e o Stiles sozinhos e acabo numa estrada vazia com você. É isso o que eu ganho tentando ajudar os meus amigos Deus? – Ela disse.

–Talvez seja o destino. – Eu brinquei.

–Não acredito nessas coisas. – Ela respondeu ríspida.

–Eu sei, sempre soube. Apesar de uma artista nunca foi muito filósofa. – Eu falei.

E então voltamos ao silêncio, as luzes do carro estavam acessas e iluminavam apenas um ou dois metros a nossa frente. A estrada vazia, um matagal ao lado e apenas o som do rádio, era assustador. Não um assustador do tipo de filmes de terror onde Você fica com medo de fantasmas ou monstros. Era assustador estar com a Clary tão próxima e mesmo assim tão distante, era assustador não poder toca-la como eu fazia antes, era apavorante. Pior do que qualquer filme de terror foi eu perceber que a perdi.

–Você deveria ter me avisado. – Eu disse depois de 15 minutos péssimos de silêncio. Ela ao ouvir pareceu despertar do transe que estava e me olhou confusa.

–Avisado sobre o que?

–Que eu estava tão próximo de perdê-la, eu teria mudado. – Falei.

–Você deveria ter percebido. – Ela respondeu.

–Percebido o que?

–Que estava próximo de me perder. – Ela continuou ainda olhando pra paisagem a fora. – Eu te dei tantos sinais, eu gritei pra você. Os seus ciúmes me deixavam louca.

–Nunca foi a minha intenção. – Eu disse.

–Eu sei Jace, mas mesmo assim. – Ela deu de ombros e finalmente olhou pra mim. – E sabe, até hoje você não me disse o porquê de ter demorado tanto pra voltar no dia da festa da Izzy.

–Não é importante. – Eu disse apenas me lembrando daquele dia, não era realmente importante. Ela riu fraco, mas eu não entendi o porquê.

–Você não quer me contar. – Ela sorriu. – E ainda tem a cara de pau de sentir ciúmes de eu e o Lucas.

–Eu estou dizendo que não é importante. Acredite em mim. – Eu disse e ela aumentou o volume e voltou a olhar lá pra fora.

Ponto de vista Melissa:

– Filme favorito?

–A verdade nua e crua. – Respondi depressa.

–Uma saga? – Ele perguntou.

–Maze runner. – Respondi depressa também.

–Um ator favorito?

–Dylan O’Brien.

– Um sonho?

–Construir uma família.

–Algo cafona?

–Serenatas de amor.

–Eu não tenho mais perguntas. – Ele riu e deu um gole na garrafa que estava em suas mãos.

–Minha vez de fazer perguntas? – Perguntei o observando, ele fez que sim com a cabeça. Stiles tinha trazido o coxão do quarto para a sala da cabana, eu coloquei alguns cobertores e nós estávamos sentados fazendo perguntas sem sentido um ao outro.

–Vai, que comece o questionário. – Ele disse e eu pensei em uma pergunta aleatória pra fazer a ele.

–Um número?

–16. – Ele respondeu tão depressa quanto eu.

– Uma frase? – Perguntei.

–Estou com fome. – Ele disse.

–Que? – Perguntei confusa. – A gente acabou de comer.

–Não, essa é a minha frase. – Ele gargalhou. – “Estou com fome”, sempre digo isso.

–Nossa que coisa de gordo. – Eu disse.

–Eu sou gordo. – Ele riu e eu o olhei, ele definitivamente não era gordo, era até magrelo de mais. – Ta, eu não sou gordo, mas meu espirito com certeza é.

–Isso nem fez sentido. – Eu ri e bebi o energético. – Tudo bem, vou continuar.

– Cachorro ou gato? – Perguntei.

–Cachorro. – Ele respondeu como se fosse óbvio.

–Esporte preferido?

–Futebol.

–Série preferida? – Perguntei.

–“Two and a half man” – Ele respondeu.

– Um som aconchegante? – Perguntei.

–O de chuva. – Ele disse e depois fez se um silêncio estava chovendo lá fora. Uma chuva forte.

–Cansei de brincar. – Eu falei e me aconcheguei no travesseiro que estava apoiada.

–Eu tinha uma namorada sabe? O amor da minha vida. – Ele disse e se sentou ao meu lado, próximo o suficiente para eu sentir o calor que vinha do seu corpo bem próximo de mim. Por algum motivo irracional me arrepiei. Abri a boca para perguntar o que diabos ele estava falando, mas ele continuou. – E eu a amava estupidamente, como se fosse única. Mas eu como qualquer menino de 16 anos não sabia nada sobre amor. E ai eu a trai no começo do nosso namoro, nem tínhamos um mês. Ninguém ficou sabendo nem nada, e então continuei a namora-la. Não a traí depois disso, namoramos por um ano e meio. E então ela descobriu sobre a traição do primeiro mês. Ela descobriu que eu tinha feito besteira no nosso primeiro mês de namoro, ela me perdoou e tal. Mas depois disso nada foi a mesma coisa, ela me tratava diferente. Fazia com que eu corresse atrás dela, e eu como um idiota a seguia por todo o canto. Ela saia e nem me falava pra onde, ela me fez de gato e sapato. E depois terminou comigo. Triste né?

–Por que me contou? – Perguntei o olhando.

–Achei que você deveria saber. – Ele deu de ombros como se aquilo explicasse tudo. – Você é minha melhor amiga agora.

–Sou? – Eu sorri. – Simples assim?

–É agora você sabe de tudo sobre mim, ou seja, é minha melhor amiga. – Ele falou e me fez relembrar o jardim de infância onde Você apenas falava “Você é minha amiga agora!” E tudo era fácil e simples. Nada de confiança nem traição, era puro e inocente.

–Me conte algo sobre você também. – Ele disse.

–Já te contei coisas o suficiente quando você me embebedou na pista de patinação. – Eu retruquei.

–Você não me contou nada além daquilo sobre o coelho rosa. – Ele disse. – Pode começar a falar!

–Não tenho nada pra falar. Minha vida é um tédio, você sabe tudo sobre mim também.

–Não sabia sobre o seu namoro com o Jace. – Ele disse.

–Mas agora já sabe.

–E por que vocês terminaram? – Ele perguntou.

–Não é importante. – Falei e sorri.

–Você é muito chata! – Ele disse. –Nunca me conta nada a não ser que esteja bêbada.

–Não é verdade. – Eu disse.

–A não? Então me conte o que houve entre vocês ué. – Ele falou e se sentou a minha frente como se quisesse ouvir cada segundo da história.

–Nós namoramos, ele foi fazer intercambio e então terminamos. Fim! – Sorri.

–Que sem graça, aposto que não é só isso. – Ele disse e voltou a se sentar ao meu lado no coxão.

–É sim, falei que não era nada demais. – Eu disse.

–Eu aposto que tem mais coisa, Você só não quer falar. – Ele disse. – Mas não importa, quando quiser me contar eu estarei aqui pra ouvir.

Revirei os olhos, não tinha nada a mais para contar. Continuamos sentados um ao lado do outro bebendo o fim das garrafas de energético.

–O que vamos fazer agora? – Perguntei.

–Eu tenho algumas sugestões, mas acho que Você não vai gostar de nenhuma delas. – Ele olhou pra mim com um sorriso malicioso.

–Seu idiota! – Falei dando tapas em seu braço por já imaginar o que ele estava pensando.

–Ai, para! – Ele disse rindo e segurando meus braços. Por um instante eu parei e me foquei em seus olhos enquanto ele me segurava tão perto de si. Nunca havia reparado muito nele, sabe? Ele era só um calouro magricela, pensava. Mas agora eu estava perto o suficiente para ser obrigada a reparar. Seus olhos eram de um castanho claro, bonitos até. Tinha longos cílios e quase que nada de olheira, algumas sardas nas maças do rosto e lábios finos e avermelhados naturalmente. Seu cabelo estava sem o topete de sempre, apenas bagunçado para o lado.

Ele soltou meus pulsos, mas por algum motivo eu não me afastei.

–Quer saber? – Ele cochichou. – Foda-se, se for para me arrepender por algo, que seja por isso.

E então ele segurou meu rosto e uniu seus lábios aos meus, fiquei sem reação e não consegui responder aos movimentos de primeiro momento. Mas logo vieram as borboletas no estomago e eu me entreguei ao beijo.

Foi calmo e doce, nada de urgência, desejo nem nada. Foi bem calmo, tínhamos todo o tempo do mundo. Ele me puxou mais para perto segurando a minha cintura, eu me sentei envolta de posicionada em suas coxas e segurando seu rosto com as duas mãos. Passei a mão pelo seu abdômen e me fiz engolir todas as palavras sobre ele ser magro, ele não era. Deslizei meus dedos por toda sua barriga e levei minhas mãos até suas costas puxando com elas a camisa azul desbotada do garoto. Ele me olhou e mordeu os lábios aproximando nossas bocas novamente.

Ponto de vista Clary:

Três horas da manhã, Jace dormia no banco do motorista. Sua respiração uniforme e o seu abdômen subindo e descendo regularmente me provava que ele dormia tranquilamente. Eu por outro lado não consegui dormir nenhum mísero segundo. A paisagem me arrepiava e as músicas ruins do rádio me deixavam entediada.

–Não consegue dormir? – Ele murmurou baixo. Eu apenas fiz que sim com a cabeça e ele se virou pra mim. – Eu juro que de manhã bem cedo eu tiro a gente daqui.

–Tudo bem. – Eu sorri.

Ficamos em silêncio novamente, fechei os olhos com força tentando dormir, mas foi em vão. Segundos depois senti a mão de Jace passeando pela minha coxa.

–Não vai funcionar! Eu não quero voltar com você! – Falei ríspida e me virei para o outro lado.


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Notas finais do capítulo

O capitulo ficou bem focado no Stiles e na Melissa, o proximo será mais focado em Clace.

No próximo capitulo:

“Eu vou ignorar todos os meus instintos e crenças, de novo, por você. Mas Jace, por deus, eu juro que é a ultima vez...”

“Ai meu deus! – Gritei e me afastei dele quase que instantaneamente. – Ele não pode me ver aqui.”

“- Não pense que o que tivemos ontem significa alguma coisa. – Eu falei séria, e então ele se aproximou me puxando pela cintura.
—Jura? – Ele sorriu, um sorriso que me fez amolecer por completo. Logo nossos lábios estavam juntos novamente.”

“Você a conhece, Stiles? – Eu perguntei vendo a troca de olhares entre eles.
—Natália é minha...- Ele começou mas ela o interrompeu.
—Sou a Ex namorada do Stiles.”



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