Pretending escrita por Quinn Deeks


Capítulo 2
Entregas e Decisões Impulsivas


Notas iniciais do capítulo

Oioi *-* gente, eu gostaria de indicar a história de uma autora maravilhosa, chamada Gabi P. O nome da fic é "Late in Paris" e é uma das minhas favoritas :3 bom, é isso, agora vão ler o capítulo que tá bonitinho e já tem personagem nova heheh (;



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11:40 da manhã. “Merda” Pensou Celeste consigo mesma.

Ela corria como uma louca. Levava consigo sua bolsa, uma sacola plástica com seu almoço (um sanduíche da subway) e quatro envelopes em baixo do braço, esperando para serem entregues até o meio dia, em pontos opostos da cidade. Que Maravilha!

Ela não era paga pra isso. Sério, não era. Sua função não era “entregadora”. Ou motoboy. Ela nem tinha uma moto. Era fotógrafa! Devia estar no estúdio tirando fotos, não andando pela cidade em cima de um salto 10.

Celeste amava fotografar. Sua melhor amiga era sua câmera, desde pequena. Recentemente, conseguiu um trabalho num dos estúdios mais famosos da cidade, mas, infelizmente, ela ainda era a “novata”, o que significava, basicamente, fazer tudo que ninguém quer fazer e bater umas fotos de vez em quando.

Mas ela seria uma das fotógrafas principais de lá. Um dia, quem sabe. Tinha que acreditar nisso ou acabaria se demitindo e morrendo de remorso depois.

“Certo, mantenha a calma” disse a si mesma. Só mais duas ruas e chegaria a uma das casas, se livrando de dois dos quatro envelopes. “Duas ruas. Quase lá.”.

Nesse exato momento, ouviu o celular tocar. Atendeu sem nem olhar quem era, tentando segurar tudo de maneira desajeitada.

— Alô?

— Lest?

— Jewel, oi!

— Oi, como você ta?

— Bem. Quer dizer... Mais ou menos.

— Olhe, nem venha com desculpas! Você é uma das madrinhas, não tem como escapar dessa vez!

— Não vou, prometo – Ela riu – O “mais ou menos”, na verdade, foi porque estou na rua agora. E um pouco carregada...

— Ai meu Deus, desculpa! Te ligo depois, não quero atrapalhar!

— Não, imagina! Como está a noiva mais linda do momento?-Perguntou, apoiando o celular entre o ombro e o ouvido, na tentativa de redistribuir melhor o que carregava.

— Ansiosa, né? E ficando maluca com as coisas do casamento! Lest, é muita coisa pra resolver!

— Eu imagino - Celeste disse, rindo um pouco.

— Você vai ver quando chegar aqui. Você sai daí amanhã, né?

— Exatamente, chego aí depois de amanhã, pela tarde.

— Vai fazer escala ou conexão em algum lugar?

— Conexão. Nova Zelândia.

— Certo. Eu mesma vou te pegar no aeroporto, viu?

— Sinto-me honrada – Ela brincou, atravessando a rua.

— E... Você vai trazer alguém?

— Não, mas muito obrigada por mandar um convite extra.

— Ah, poxa, Lest! Por que não?

— Não tenho ninguém especial pra levar, Jewel. Por que?

— Pra saber com que carro eu vou te buscar. Que pena, esperava que viesse acompanhada!

— Sinto muito em decepcioná-la – disse, em tom de brincadeira.

— Se mudar de idéia, já sabe!

— Certo, certo... Mas isso não é importante. O que importa é que estarei aí logo, logo.

— Bom, verdade! Mal posso esperar! Qualquer coisa me liga.

— Certo. Beijo.

— Outro!

Assim que desligou o aparelho, ele tocou novamente.

— É hoje! – Bufou, colocando o celular no mesmo lugar de antes – Alô?

— Lest?

— Ah, oi Kill.

— Tenho a solução para seus problemas. Ou pelo menos pra 50% deles.

— Hm, estou ouvindo.

— Na verdade, 60%.

— Certo, do que exatamente você está falando?

— Você disse que junto com o convite, você já recebeu “passagens”, certo?

— Certo.

— Isso quer dizer que recebeu duas?

— Sim, uma pra mim e outra pro meu acompanhante inexistente.

— Adivinha? Agora ele existe!

— O que?

— Vou contigo.

— Que?! Ficou louco? Não vai não!

— Por que? Eu sempre quis conhecer a Austrália. E você precisa de um acompanhante.

— Você quer conhecer todos os lugares do mundo, Killian! E eu preciso de um namorado, não um acompanhante qualquer. – Ela parou em frente a casa que procurava e apertou a campainha.

— Então! Eu serei seu namorado!

— Que?

— Celeste, eu vou fingir namorar com você. Resolverá 60% dos seus problemas: Os comentários sem graça vão parar e você ainda vai irritar a tal da... Meredith, não é?

— Kill eu... – A porta da casa foi aberta e uma mulher gorda e baixinha vestida de governanta a encarou, sorridente – Só um minuto, não sai daí. – Então virou-se para a mulher. – Bom dia, aqui é a residência de Mr. e Mrs. Ledge?

— Sim – Respondeu a governanta – São as fotos?

— Exatamente! Assine aqui, por favor – Disse, voltando-se para o celular novamente enquanto a mulher obedecia - Isso é loucura, Killian. Nunca vai dar certo.

— Por que não? Elas nunca vão desconfiar e, se você levar alguém, eles vão parar de comentar.

— Aham, tá, e depois? Você não é meu namorado de verdade. – A governanta a olhou de um jeito engraçado, sorrindo divertida em seguida. Celeste sentiu o rosto queimar, morrendo de vergonha.

— Depois pode dizer que terminamos, mas se trouxerem o assunto à tona, você pelo menos poderá dizer que levou um namorado pra lá. E eu prometo não me aproveitar da situação.

— Killian, eu não...

— Por favor, Lest.

— Por que está insistindo tanto?

— Eu... Fiquei com raiva dessa tal Meredith ontem. Se posso te ajudar a calar a boca dessa filha da puta, por que não? E eu realmente queria conhecer a Austrália, ainda mais de graça.

Antes que pudesse responder, a mulher entregou-lhe o papel assinado, sorrindo.

— Certo... Obrigada. – Disse Celeste, dando-lhe os dois envelopes.

— Sabia que ia topar! – Comemorou Kill do outro lado da linha.

— Não, isso não foi pra você! – Disse, vendo a governanta fechar a porta dando risada.

— Sei que você quer Lest. Imagina, uma semana comigo inteirinho pra você! Sei que está tentada.

— Idiota. Continue assim e nem pensarei no assunto.

— Isso quer dizer que já está cogitando. Isso! Pense bem, Lest.

Ela pensou. Killian era um cara bonito. Muito bonito. E forte, nossa, muito forte. Todas as mulheres o achavam gostoso – e ele era. Com o tempo, Lest tinha aprendido a não reparar muito nisso, já que eram só amigos. Mas sabia bem que toda a classe feminina reparava. E que a Meredith com certeza morreria de inveja.

Sim, sabia que aquilo era errado. Mas estava cansada de fugir dos encontros familiares por causa daqueles comentários idiotas. Já estava na hora de provar pra sua família e suas primas que estava muito bem acompanhada.

Respirou fundo, ainda não acreditando no que estava prestes a fazer.

— Tá.

— Tá?!

— É, tá. Agora vá fazer as malas antes que eu mude de idéia. – Ela o ouviu comemorar do outro lado da linha - O vôo é amanhã as 19:30. Você me pega em casa de táxi ás 6:00. Não se atrase. E hoje de noite me ligue pra combinar os detalhes.

— Sim, senhora! Beijo!

— Outro... – Disse, desligando o aparelho.

Em 15 minutos, fez a outra entrega e pegou um táxi de volta pro trabalho, tentando não pensar muito na loucura que estava fazendo. No caminho, enquanto comia seu sanduíche, pegou o celular mais uma vez.

— Alô?

— Jewel? Sou eu. Sabe... Aquela oferta ainda está de pé? Acabei de mudar de ideia...


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Notas finais do capítulo

Espero que tenham gostado :3 reviews são sempre bem-vindos, uhul o/ 3bjs



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