Pretending escrita por Quinn Deeks


Capítulo 17
The Morning after #1 e Flashbacks


Notas iniciais do capítulo

Oioi gente >< eu disse que postaria outro ainda hoje! (fiquei até agora editando essa bagaça e amanha acordarei 5 da manhã, então me amem muito). Anyway, espero que gostem! Esse capítulo é basicamente só Wizzie e é pequeno kkkkkkk btw, Gabi P criou um ótimo nome pro ship de Lest e Kill, Kest :} eu amei, então podem usar livremente heheheh anywayyyy vão ler logo que to morrendo de sono e não sei mais o que escrever, beijo!



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O olhar preocupado que Lizzie tinha no rosto se esvaiu quase que imediatamente ao bater os olhos em Ward dormindo tranquilamente em sua cama. O moreno estava sem camisa, coberto com o lençol até metade do abdômen. “E que abdômen” Pensou, sorrindo. Caminhou até o banheiro e fechou a porta, distraída. Quando tirou a camisola, percebeu que os cabelos ruivos estavam impregnados com o cheiro de Ward. Pegou uma mecha e respirou fundo, inalando o máximo do perfume que era capaz. Podia sentir aquele aroma pelo resto da vida e nunca enjoar – era simplesmente maravilhoso. Ligou, então, o chuveiro e entrou debaixo d’água, deixando-se levar pelas lembranças da noite anterior.

Após o “Duvido”, os dois haviam permanecido bem próximos. A ruiva mordeu o lábio inferior, ambos se encarando sem dizer nada. Então a música acabou. Lizzie aproximou ainda mais seu rosto de Ward.

– Sabia que não teria coragem – Disse, dando meia volta de maneira dramática em seguida, jogando os longos cabelos ruivos na cara do moreno.

Ward, porém, havia sido rápido e a puxara de volta pela cintura, o que definitivamente a surpreendeu. Ele colou ainda mais seus corpos e sussurrou em seu ouvido.

– Certo, talvez você seja mesmo areia demais pro meu caminhãozinho. Mas, se quer saber, não estou pensando em desistir tão cedo.

Lizzie arregalara os olhos ao ouvir a afirmação, surpresa até demais. Aquele não era o Ward, não era possível. Seu coração havia dado um saltinho estranho, saindo completamente do ritmo habitual. Não soube o que responder. Não sabia se, em algum momento, conseguiria pensar em uma resposta plausível aquela frase.

Então a música seguinte, "All of me", começou. Ele a segurou, sem dá-la a mínima chance de fugir.

“What would I do without your smart mouth / Drawing me in, and you kicking me out / Got my head spinning, no kidding, I can’t pin you down” – Ele havia cantado, quase em sussurro, olhando em seus olhos.

Um arrepio percorrera sua espinha. Ele não cantou mais, mas também não dissera mais nada ou ousara tirar os olhos dela. Nenhum dos dois conseguira desviar o olhar um do outro, na verdade. Dançaram a música toda assim. Nas seguintes, mais animadas, também não disseram uma palavra sequer, mas dançaram como se tivessem nascido pra fazer aquilo. Os passos eram praticamente sincronizados. Ela nunca havia se julgado uma boa dançarina mas, naquela noite, se sentira como Cynthia Rhodes em “Saturday Night Fever” ou Jennifer Gey em “Dirty Dance”. Não que Ward fosse um John Travolta ou Patrick Swayze, mas haviam se saído muito bem. E combinado como... Bem, como ela nunca havia combinado com nenhum cara antes.

Ao refletir sobre isso agora, no dia seguinte, sem álcool no sangue e totalmente sã, ao contrário do que esperava, ainda se sentia diferente. Ainda considerava aquele um dos melhores momentos de sua vida. Ainda queria que o tempo tivesse parado naquela hora. Ou talves depois, quando estavam no quarto...

Que diabos estava acontecendo com ela afinal? Juntou um pouco de água em suas mãos e jogou no rosto. Aquilo não podia estar acontecendo.

Enquanto isso, Ward estava acordando no quarto. Ainda sonolento, olhou em volta, dando-se conta de onde estava. A lembrança o atingiu como um raio. Ele abriu a boca incrédulo e esboçou um sorriso. Então não havia sido um sonho. Mal podia acreditar.

Jogou o cabelo pra trás com as duas mãos, ainda sorrindo como um bobo. Sentou-se na cama e encarou o vestido de Lizzie, ainda jogado no chão, tirado por ele com urgência na noite anterior. E que noite...

Lembrava de terem dançado até bem tarde. A dança mais divertida que ele tivera na vida, e olha que nem gostava muito de dançar. Quando cansaram, ela sentara um pouco em um dos pufs brancos espalhados no local, com os pés doloridos devido ao salto. Nessa “paradinha pra descansar”, a ruiva acabou bebendo mais uma ou duas taças de champanhe e, quando pegou mais uma, Ward perguntou se ela não estava com sono. Ela fez que sim e ele decidiu levá-la pra dentro. Ainda com o copo na mão, ela agradeceu quando ele parou, ao lado da escada.

– Quer que te leve lá em cima?

– Não precisa – Havia garantido – Não estou bêbada, consigo subir.

Mas, mal dizendo isso, tropeçou no primeiro degrau da escada. Por sorte, ele conseguiu segurá-la.

– Acho melhor te acompanhar até o quarto – Ele sorriu. A ruiva revirou os olhos.

– Taaa, tanto faz.

Subiram, juntos, mas ela não tropeçara mais nenhuma vez. Ele abriu a porta do quarto e sorriu de lado ao vê-la entrar, ainda segurando a taça cheia.

– Boa noite, ruivinha.

– Ward – Chamou, encarando-o antes que ele fosse embora – Por que... Por que está fazendo isso? – Havia perguntado, uma expressão confusa no rosto.

– Isso o que? – Perguntou de volta, encostando-se no vão da porta.

– Isso tudo. Me ajudando e sendo... Fofo. Por quê?

– Tem que ter um motivo?

– Tem.

– Certo – Ele suspirou – Aí vai então. Vai soar bem ridículo, Liz... Mas quero você.

Ela apertara os olhos e inclinara a cabeça de leve pra trás. Ele achou que ela lhe daria u tapa na cara, mas raparara que os lábios haviam vacilado num quase sorriso. Então, tomara coragem.

– Inacreditável , eu sei – Ele continuou – Mas não sou tão ruim quanto pensa. E é a mais pura verdade.

Ao ouvir isso, ela havia rido. Nada escandaloso, mas um risinho tímido. O tipo de coisa que ele nunca a via fazer. Gostou daquilo.

– Por favor, me diga que está brincando.

– Seria bem mais fácil, mas não – Ele dera de ombros – E seu sorriso é lindo.

– Claro que é – Respondeu, meio irônica. Porém, sorria ainda mais.

– É, sem dúvidas, melhor do que aquele olhar gélido que costumo receber...

Com isso, ela caíra na gargalhada, fazendo-o rir um pouco junto.

– Olhar gélido?!?

– É, bom, você consegue ser bem assustadora quando quer. Aquele olhar intimida qualquer um.

– Aparentemente não assustou muito você, ou não estaria aqui.

– Meio que me acostumei. Mas por que acha que demorei tanto? Eu sempre te quis. – Se encararam durante alguns segundos, sem dizer nada. Ele se aproximou um pouco. – Estou sendo sincero, Liz.

Ela pareceu enfrentar um pequeno dilema durante alguns segundos. Ward esperou o pior. Pensou em simplesmente beijar a mão dela ou algo do tipo e ir pro quarto, mas antes que pudesse fazer qualquer coisa, ela sussurrou pra si mesma.

– Quer saber? Dane-se – E, dito isso, virou toda a taça de champanhe que segurava de uma só vez.

Ward ficara surpreso, mas não tivera muito tempo pra pensar. Um segundo depois ela o puxou pela gravata e roubou-lhe um beijo. Tão intenso que ele achou que fosse desabar ali mesmo de tanto que suas pernas tremeram. De repente, ouviu o estrondo. A taça vazia de Lizzie havia caído da mão dela e estilhaçado-se no chão. Com o susto, o beijo foi interrompido. Alguém perguntara, de um dos outros quartos, se estava tudo bem, ao que ele respondeu afirmativamente.

Ward se abaixou e tentava catar a taça (ou o que restara dela) enquanto as pequenas mãos da ruivinha o puxavam insistentemente. A voz dela o chamando não deixava que ele clareasse a mente - ele não havia planejado que a noite fosse tão longe. Havia conseguido - e queria mais, é claro. Mas quanto ela tinha bebido? Ele queria mostrar pra ela que gostava dela, não se aproveitar enquanto ela estava bêbada.

– Liz, está ciente do que está fazendo? Com certeza?

– Depois dessa taça, talvez não muito - Ela havia rido - Mas eu quero, Ward.

Ele olhara pra cima, encarando-a.

– O que você quer, ruivinha?

– Você, idiota, não é óbvio?

Ele não conseguira pensar em nada para dizer, só a olhou, boquiaberto. Essa não havia sido sua própria resposta, segundos atrás? Ela riu.

– E eu quero agora.

Dessa vez, o beijou com mais intensidade ainda, enquanto o desvencilhava dos cacos de vidro e fechava a porta. Ele não a impediu - nem queria. Estava perplexo demais. O jeito como o puxava contra si e corria as mãos pelas suas costas o enlouquecia, e não pôde evitar corresponder o beijo com igual entusiasmo. Aparentemente, ela tomou isso como um sinal verde, e começou a puxar o seu blazer, enquanto descalçava os saltos, com o que a diferença de altura ficou ligeiramente desconfortável. Ela puxava agora a sua blusa, e quando conseguiu, passou a explorar com as mãos o seu peito e barriga. Ele não conseguiu mais aguentar. Sabia que ela podia se arrepender, mas a puxou para o colo dele e se dirigiu para cama. Perguntou uma ultima vez se era isso que ela queria. Com um aceno afirmativo de cabeça, o que restava do seu autocontrole foi para o espaço. As peças de roupa desapareceram e os beijos se intensificaram até.. bem, até acontecer o que aconteceu.

Ela adormecera pouco depois, deixando-o acordado com seus pensamentos. Apesar da imensa felicidade, ele não sabia do que tinha mais medo. Ela poderia achar que tinha sido coisa de uma noite, para seduzir ela, ou podia ter ouvido seus sussurros... Ele não tinha dito que a amava, tinha? Não sabia dizer, estava a deriva em um mar de cabelos ruivos. Havia adormecido enquanto brincava com os fios alaranjados, perdido em seus pensamentos e inseguranças.

De repente, algo o acordou de suas lembranças. O barulho de chuveiro ligado. Lizzie, com certeza. Então ela ainda estava no quarto. Ponderou entre buscar um café e trazê-lo pra ela, mas sua vontade de vê-la eramaior. Com um pulo, levantou-se da cama, vestiu sua cueca boxer e foi em direção ao banheiro.


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Notas finais do capítulo

Se tem algum erro idiota ignorem, eu to com muito sono como eu disse e devo ter escrito alguma coisa errada, mas é isso aí, depois eu ajeito! Espero que tenham gostado, muito obrigada por acompanharem e me desculpa por não responder aos reviews do cap passado quando postei esse, mas eu to sem condicoes aqui. Já li todos e responderei, se Deus quiser, amanha de noite. Beijoooos