Watanabe - Interativa escrita por Cloo Muller


Capítulo 2
E agora?


Notas iniciais do capítulo

Oiie...
Estou super feliz por estar aqui hoje e blá-blá-blá... rsrsrs
Olá meus Portadores de Magia ♥ e leitores ^^
Espero que gostem do cp de hoje.
. [Personagens de hoje] .
Gyo Warthurk/ Giovannia;
Esther Uzumaki/ Esther Raianne, e
Iryiost Worthurk/ Kaway.
.
Nos reencontramos nas Notas Finais *----*



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Kaoru estava deitada em sua cama, coberta por um fino lençol rosado, assim como as cortinas da janela ao lado da cama.

Lentamente, fora se despertando do sono. Ao abrir os olhos sonolentos, a primeira coisa que pode ver, foi a escrivaninha próxima à porta com um computador e materiais didáticos sobre uma mesinha. O quarto era reconhecível, as mesmas paredes brancas e móveis envernizados. “Meu quarto”.

Sentindo que estava completamente desperta, sentou-se na cama com rapidez, vendo que o relógio marcava dez horas, mas assim que se manteve de pé, caiu sentada na cama com fortes dores de cabeça.

— Céus. – reclamou, deitando encolhida massageando as têmporas. – Que dor é essa? – Kaoru continuou na mesma posição até que as dores suavizassem. Cerca de dois ou três minutos depois, tornou a ficar em pé, desta vez, a dor não viera.

A jovem saiu do quarto e atravessou a sala, seguindo em direção à cozinha, ainda estava sonolenta.

— Bom dia! – Cumprimentou Eduardo descendo as escadas. – Cadê a Angel? – perguntou. – Achei que ela viria dormir aqui ontem.

— Quem? – perguntou a ruiva.

— A senhorita Hill, Angel Hill. – Eduardo se aproximou de Kaoru ao ver uma ferida na testa da jovem. – Porque está com a mesma roupa que foi para a escola ontem? E esse machucado? – perguntou encostando o dedo indicador na ferida, fazendo a jovem gemer de dor.

— Ai, Edu! Isso dói. – reclamou. – E eu não estou com a mesma… – interrompeu-se ao perceber que sim, ela estava usando a mesma roupa que a noite interior, mas não fora exatamente isso que a deixou assustada, mas a quantidade de sujeira impregnada nela. – Edu?

— O que vocês fizeram ontem? – A pergunta do irmão parecia agulhadas na cabeça seguida por alguns flashes da noite passada. A jovem Tameredu sentada, quatro homens trajando roupas escuras, Angel apanhando covardemente, em seguida a explosão e depois lembrou-se da mãos fortes que a pegaram-na no colo. – Kaoru? Por que está ficando pálida?

— Como… Como eu cheguei em casa? – sua voz saiu tão fraca que Eduardo não conseguira ouvir. – Como eu cheguei em casa, Edu? – implorou aumentando o tom de voz.

— O que está acontecendo? – Eduardo segurou os ombros da irmã. – Kaoru?

Em um gesto súbito, abraçou o rapaz em meio às lágrimas. Eduardo, sem saber o que fazer, a conduziu para a cozinha e lhe entregou um copo com água, logo, pediu que ela sentasse em uma cadeira.

A ruiva tremia e não conseguia conter os soluços, estava com medo. Como viera para casa depois daquele incidente? Quem a trouxe? O que realmente aconteceu?

— Eu não sei o que aconteceu. – A jovem tentou explicar. – Juro que não sei. Uma hora a Lucinda estava mandando uns capangas machucar a Angel e depois… – segurou-se, não queria dizer o que aconteceu em seguida, era muito fantasioso para ser real. Ele acreditaria? – E depois, eu senti uma onda de energia muito estranha. – olhando fixamente nos belos olhos do irmão, prosseguiu. – O carro explodiu.

— Kaoru… – Antes de continuar, Eduardo fora interrompido pelo soar da campainha. – Vou ver quem é. Fique aqui. – ordenou após depositar um beijo suave na testa de Kaoru.

Com passos largos e rápidos chegou a porta, ao abrir, deparou-se com um homem de cabelos brancos e duas jovens, uma parecia ter por volta de treze anos, tinha cabelos negros até os ombros e olhos azuis, a outra garota se destacava com as madeixas que desciam até o quadril a cor também era de um negro intenso. Ambas poderiam ser irmãs, mas Eduardo não vira quaisquer traços de semelhança nas faces das jovens.

— A senhorita Walker, mora aqui? – perguntou o homem desconhecido.

— Sim. O que querem com ela? – Depois do que Kaoru havia lhe dito sobre a noite anterior, ficara desconfiado da visita repentina.

— Deixe-os entrar. – Kaoru pediu ao irmão. – Eu não sei o que é, mas tenho quase certeza que deixá-los pelo lado de fora, não irá ajudar.

O Jovem Walker hesitou por um instante, mas achou melhor não resistir mais ainda. Deu passagem para as duas jovens e para o homem. Kaoru pediu que eles sentassem no sofá, juntando-se a eles, sentou em uma poltrona, enquanto Eduardo continuava em pé, ainda desconfiado.

— Sabemos que a senhorita Walker é diferente. – iniciou o homem. O comentário fizera com que os irmãos se olhassem surpresos, ou nem tanto. – Podemos ajudá-la.

— Como assim? Diferente? – Eduardo perguntou aproximando-se mais da irmã. – O que faz com que o senhor pensasse assim?

— Alguém gravou um vídeo do que aconteceu na noite anterior, e lançaram na internet. A essa altura, várias pessoas já devem ter visto. – A jovem dos cabelos curtos se pronunciou de inclinada para frente. Assim que percebeu que todos a olhavam, escorou a costa contra uma almofada. – Me desculpem. – pediu, tentando esconder o rosto corado. – Meu, meu nome é Gyo Worthurk. – sorriu timidamente.

— Na verdade, ninguém se apresentou aqui. Chamo-me Esther Uzumaki — Esther disse ficando logo em pé. – E esse é nosso professor, Tatsuo Kudo.

— Desculpe ser grossa. – Kaoru levantou-se. – Mas, será que podem ir direto ao assunto. Fico confusa a cada segundo.

— Sim, a senhorita está redondamente certa. – Tatsuo concordou pedindo que a jovem sentasse. – Seu pai havia me pedido para lhe encontrar e leva-la para Watanabe e…

— Pai? Como pode dizer isso? – Kaoru perguntou exaltando a voz. – Nem minha mãe sabe que ele é, imagina um homem desconhecido. E que diabos é Watanabe?

— Kaoru, você não está facilitando. – Eduardo interviu. – Não tinha pedido para irem ao ponto?

— Mas, Edu! – O olhar firme do irmão a fez desistir. – Podem continuar.

— Eu gostaria muito. – lamentou, se pondo em pé junto com as duas

garotas. – Porém, em outro lugar. Dentro de alguns minutos esta casa estará cercada por agentes especiais.

— Venha conosco. – Esther estendeu a mão para Kaoru. – Se ficar, eles irão te caçar. No mínimo, está sendo considerada uma aberração.

Kaoru não queria aceitar, de maneira alguma seguiria aqueles estranhos, seja lá onde pensam em levá-la. E se esse tal vídeo fosse mentira? Uma desculpa para convencê-la que deveria ir. A jovem estava pronta para negar a proposta, quando Esther segurou suas mãos.

— Só uma chance. Nos de somente uma chance para te mostrar quem realmente você é. – Na tentativa de convencer Kaoru, Esther esticou uma das mãos em direção a cozinha, segundos depois, uma quantidade de água flutuava na direção das jovens, parando sobre a mão de Esther. – Também sou diferente, mas só aqui. – água parecia zombar da gravidade, dançava estranhamente, isso hipnotizava os irmãos Walker. Em forma de ciclone, ela subiu um metro acima da cabeça de Uzumaki , girou rapidamente até que um barulhinho se fez “pling”, várias gotículas de água caíram sobre todos.

— Teu pai também. – Gyo sorria inocentemente. – Na verdade, ele é o Guardião dos Raios.

“Magia”, “Watanabe”, “Guardião”, “Quem realmente você é”. Kaoru estava tendo dificuldades para digerir tudo aquilo. Se pudesse, pararia o tempo para poder respirar sem aquela pressão. Será que ela conseguiria se tentasse?

— Eu vou. – Kaoru sorriu. Estava impressionada com o que a jovem de cabelos longos havia feito, e isto a deixou confiante e segura. De qualquer forma, ninguém ali parecia ser uma pessoa má.

— Irei também. – Antes que alguém protestasse, Eduardo continuou. — Sou teu irmão mais velho.

— Único. – corrigiu com um sorriso.

— Perfeito. – Tatsuo deu dois passos a frente, assim como as meninas. Pediu que os irmãos também se aproximassem. Juntos, formaram uma roda. O professor retirou uma pedra branca, deixando-a na palma da mão. Uma luz surgia de dentro daquele material, e num piscar de olhos a luz já estava cegando a jovem Kaoru, que com medo, agarrou o braço do irmão, cerrando os olhos com força.

A sensação era de estar dentro de um elevador pela primeira vez. Subindo… Descendo. Uma brisa gélida, junto ao frio no estômago a fizera arrepiar-se. A estranha sensação passou, dando espaço ao mais calmo ambiente.

— Pode abrir os olhos Kaoru. —  Tatsuo disse sorrindo. — Sejam bem vindos ao Cento de Treinamento de Watanabe, ou Academia.

Walker respirou fundo, primeiro soltou os braços de Eduardo, abaixou a cabeça e então, finalmente deixou a si mesma contemplar a vista. Estavam provavelmente no terraço de algum edifício. Enorme por sinal. Seus olhos corriam por todas as direções, nada parecia estranho, exceto pelo fato de estarem no meio de uma floresta. Parecia um colégio interno afastado. Cerca de um quilômetro, avistara um lugar, parecido com uma arena ao sul do edifício, ao norte, teve dificuldade de enxergar, mas havia algo bem longe.

— Aquela é a Capital. – Gyo falou, percebendo a curiosidade da

jovem.

— Parece enorme. – Kaoru disse sorrindo, mas assim que pusera seus olhos na pequena, soltou um grito abafado pelas mãos. Até aquele momento não tinha olhado para ninguém. A pequena Worthurk, os cabelos da jovem não continha a coloração negra e sim, um tom azul turquesa, além disso os olhos, o olho direito continuava azul, mas o esquerdo, era vermelho vívido. – O que aconteceu com você?

— Quando vamos para a dimensão dos seres humanos, nossa fisionomia muda. – Esther disse, os cabelos dela também haviam mudado de cor, do negro para um azul marinho. – Os humanos estranham as pessoas de cabelos coloridos, mas não temos culpa. Nascemos assim – deu de ombros.

— Teremos de nos apressar. – Tatsuo interviu. – Daqui a pouco será servido o almoço e não podemos nos atrasar. Senhorita Uzumaki, você leve a novata para o quarto, e Worthurk, mostre ao jovem Eduardo onde ele ficará.

— Mas eu não posso entrar na ala masculina. – Gyo resmungou.

— Certo. – pondo as mãos para trás, continuou. – Então chame teu irmão.

Tatsuo se virou, andando em direção a uma escada. Kaoru o seguia junto com as meninas, diminuindo os passou, após sentir que estava esquecendo algo. Eduardo não havia falado uma sequer palavra após terem chegado. Virou-se e o viu parado, olhando para o nada. Voltou e segurou a mão de Eduardo, com um sorriso singelo, ele a acompanhou.

Ambos estavam surpresos com todo aquele acontecimento, as perguntas iam e viam a todo momento. Eduardo tentou não demonstrar que estava completamente apavorado, e Kaoru, continha a vontade enlouquecedora de fazer perguntas e mais perguntas. Por fim, cedeu.

— Senhor Kudo. O que o quis dizer com o meu pai ser um guardião? – Kaoru perguntou enquanto desciam as escadas em formato de caracol. – E como eu posso ser filha dele? Não corre risco de ser um engano?

Sem parar de descer, Tatsuo respondeu:

— Todas as famílias tem um mapa encantado da árvore genealógica. Isso significa, que quando alguém nasce, a imagem dela é inserida. – O que o professor dizia parecia ter saído de um livro sobre bruxos, encantamentos ou algo parecido. – Assim que você nasceu ele soube. – Tatsuo deu uma breve pausa antes de continuar. – Sobre a história de ele ser guardião, vou deixar que Esther lhe explique. Tenho um assunto para tratar. – Assim que chegaram no final da escada, ele se distanciou, desaparecendo no fim do corredor.

— Não sei você, mas esse lugar me parece cheio de mistérios. – Eduardo sussurrou para Kaoru.

— Eduardo? – perguntou um jovem magro e alto de madeixas negras, seus olhos eram idênticos ao de Gyo. – Olá! – cumprimentou com um aperto de mão. – Podem me chamar de Iryiost, sou irmão dessa pirralha. – disse puxando Gyo para perto de si, dando-lhe um abraço e um beijo no topo da cabeça. – E você? Deve ser Kaoru. – olhou para a ruiva. – Gyo falou me falou que você é filha do Guardião dos Raios.

— Um momento. – Eduardo pousou a mão sobre o ombro da irmã. – A senhorita Worthurk não saiu de perto de nós. Como diz que ela te contou algo?

— Somos telepatas por acidente. Uma longa história, mas a telepatia é limitada entre nós dois. – Gyo respondeu.

— Isso significa que só posso me comunicar com ela, e vice versa. – Iryiost completou. – Vamos, tenho que te levar para seu novo aposentos. – Worthurk guiou Eduardo corredor a fora.

— Cada segundo que passa, fico mais surpreendida. – Kaoru disse coçando a cabeça.

— Não viu nada. – Esther falou rindo. – Tem que ver o que acontece na aula de Alquimia.

— A-Alquimia? – Kaoru não conseguiu conter o espanto, provocando risos das duas meninas.

— Vamos, vou te mostrar teu quarto. – Esther disse, entrelaçando seu braço com a da jovem, Gyo fizera o mesmo. – No caminho te explico o que é um guardião.

*

Centenas de anos atrás, por um motivo não registrado, a dimensão Watanabe fora criada e protegida por nove selos. Nove magos juntaram suas magias para proteger a todo custo os portadores da magia dos humanos, e os humanos deles.

Após a criação de Watanabe, os Nove Magos nomearam-se Guardiões, cada um protegia o selo compatível com sua magia: Selo dos mares, da terra, dos ventos, da fauna, da flora, das chamas, do inverno, metálico e dos raios.

Os Guardiões foram responsáveis pelas leis e estabilidade da Dimensão, assim como A Pirâmide: Nove Guardiões, dezoito Magos conselheiros, Guildas Militares e Civis. Os guardiões protegem os selos, os magos conselheiros ajudavam os guardiões a tomarem decisões e manter a ordem, as guildas são responsáveis pela segurança das vilas, e civis, população de trabalhadores comuns.

Esther tinha dito o básico para Kaoru, apesar de tudo ser um pouco confuso.

A jovem Walker olhava seu reflexo no espelho. Estava trajando um vestido acinturado e rodado na cor preto, nas mangas e na barra – que ficava um palmo acima do joelho – era toda trabalhada na renda branca, na cintura, uma fita de cetim ganhava forma de laço, também vestiu uma meia três quartos e uma sapatilha, ambas na cor preta. A beleza do uniforme era magnífica, nunca havia se imaginado vestindo algo do tipo.

— Linda! – Gyo disse encostada na porta entre aberta, Esther a fitava adimirada, ambas também havia trocado de roupas. – Vamos logo para o refeitório. Meu estômago já deve estar querendo praticar canibalismo com meus outros órgãos. – reclamou a criança, se encolhendo com as mãos pressionando a região do estômago.


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Notas finais do capítulo

Ansiosa para os comentários. ^^
Qual foi a impressão de vocês? Gostaram?
Você ainda não faz parte da Academia? O que está esperando, me mande sua fichinha magica, será um prazer velo rondando por aqui ^^