Esse Seu Jeito - Perina escrita por Thamires Dias


Capítulo 8
Capitulo 7


Notas iniciais do capítulo

Heey suas lindas, obrigado pelos lindos comentários, você fazem meu coração explodir assim. Esse capitulo tem a cena do ônibus, só que o final é diferente, pois não gosto de imitar a novela em tudo.
Sei que não é terça feira, mais postei hoje pois terça feira irei para o UTI por causa do beijo de Perina, e por causa da foto que vi, acho que vai ser o melhor beijo dele.
Okay, vamos ao que interessa, booa leitura pra vocês.



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"É estranho sentir tudo e não saber descrever nada."

Renato Russo

Acordo com meu celular despertando, e me dá aquela mesma preguiça de sempre, me lembro que irei treinar, e me animo rapidamente. Então tento me levantar da cama, mas percebo que estou com o pé dentro daquela botinha horrível, e me deito de novo. Droga! Maldito, momento que Pedro resolveu trombar comigo. Ai ai, Pedro, ultimamente esse moleque tem ocupado todos meus pensamentos. Ontem foi um dia extremamente confuso pra mim, depois que nos beijamos no hospital, ele veio aqui em casa na social da Bianca, mas nem ficou na festa, na verdade trouxe sua irmã pra me conhecer, e depois ficou comigo mostrando todas as músicas que ele ama. Pensei que ele iria falar algo do beijo, mas não tocou no assunto, só sei que depois de um tempo acabei dormindo. E só estou acordando agora.

– Bom dia, bela adormecida. - Bianca entra no quarto enrolada na toalha.

– Bom dia, princesinha. - eu respondo.

– Karina, por que não me disse que tava ficando com o Pedro? - ela pergunta, enquanto escolhe uma roupa.

– Como assim ficando? Dá onde você tirou isso? - eu me exalto, e já penso em matar aquele pentelho. Será que ele está espalhando pra todo mundo que a gente ficou?

– Nem vem tentar me enganar. - ela fala. - Ontem vocês dois estavam aqui no quarto dormindo juntos, ele te segurava e você adormecia no peito dele. Claro que com seu sono pesado, você nem acordou quando papai entrou no quarto berrando.

– O QUE? NÃO ACREDITO!- eu grito, coloco o travesseiro na cara. Que vergonha, meu pai me viu. E como assim eu estava deitada no peito dele e ele me segurava.

– Sim, vocês estavam uma gracinha. Sabia que eu estava certa sobre vocês dois antes, já tinha percebido que todas essas briguinhas, era algo diferente.

– Cala a boca, Bianca. Eu e aquele moleque não temos nada. - eu digo, o que ainda não acredito é que meu pai viu isso. - Mas o que o papai falou?

– O de sempre né, K. Seu Gael quase espancou o Pedro, mas ele segurou a onda. Mas sabe o que foi mais fofo? - ela diz, e então fica quieta.

– Para de graça, e conta. - eu brigo.

– Okay. O bonitinho mesmo foi que mesmo morrendo de medo, o Pedro, tirou seu fone de ouvido, e ainda te cobriu antes de ser enxotado daqui.

– Ele não é fofo. - eu digo só pra implicar, mas um sorriso aparece sem querer, talvez Pedro não é tão estupido assim.

– Karina ? Isso é um sorriso? - Bianca fala, então corre até minha cama. - Então você está realmente afim dele? Você esqueceu o Duca?

– Bianca vai se catar, eu não devo explicações da minha vida pra você. - eu respondo brava, me levanto e pego as moletas que estão do lado da cama.

Meu pai arrumou elas pois hoje eu teria que ir na aula, pois tinha uma prova muito importante, e como não era tão grave a torção, a médica liberou. Vou pro banheiro, coloco um plastico na botinha, e tomo um banho. E fico pensando no maldito moleque, porque será que ele está desse jeito, primeiro ele diz que não para de pensar m mim, e depois zoa com minha cara, mas pra frente me diz que eu o deixo louco, depois me beija, e logo após além de me segurar enquanto durmo, me trata como se fosse especial.

Saio do banho, e coloco um shortinho e uma regata, e vou pra cozinha.

– Bom dia. - meu pai cumprimenta, enquanto me sento. - Era com a senhorita mesmo que eu queria conversar.

– Aew? O que gostaria de falar comigo, em Seu Gael? - eu digo debochando.

– Pode parar com o deboche, Karina. E me explique o que aconteceu ontem entre você e aquele garoto?

– Nada. - eu digo rápido demais, pois pode não ter acontecido nada de noite, mais no hospital meu pai quase pegou a gente se agarrando.

– Karina, eu não nasci ontem. Vocês estavam enroscados um no outro. Então pare de graça, e me diz, por que senão, não sei o que faço.

– Você quer realmente saber? - eu digo, dando uma de dramática, meu pai balança a cabeça com pesar. - Eu e o Pedro, fizemos algo enlouquecedor ontem.

– Karina, desembucha.

– Eu e ele ..... - dou uma pausa, e vejo o desespero nos olhos do seu Gael. - Eu e ele escutamos músicas e acabamos pegando no sono, foi só isso.

– Karina, espero que não seja mentira. Eu realmente pensei em outra coisa.

– Para né, pai. Eu iria fazer isso logo aqui em casa? - eu solto sem querer.

– Você não vai fazer em nenhum lugar, dona Karina. - ele briga.

– Seu Gael, menos ta. - eu desdenho. - Você deveria dizer isso pra Bianca que tem um namorado.

– Sua irmã é mais velha, e você ainda é uma criança. - ele diz, e eu ignoro. - Vou indo pra academia, e venho te pegar pra te levar pro colégio.

– Não precisa, pai. Estou com o pé torcido, mais ainda sei andar. Posso ir de ônibus.

– Karina, eu estou .....

– Você está sendo ridículo. Já disse que posso ir de ônibus.

– Olha o respeito menina. - ele diz. - Mas ta bom, você vai de ônibus, mas se precisar de qualquer coisa, me liga. Decorou?

– Sim, pai. - eu falo, e termino de tomar café.

– Karina, você e esse Pedro, ta rolando algo? - Dalva pergunta assim que papai sai.

– Sei lá. Ele é meio doido, e me tira do sério. - eu respondo, já que sempre confiei na Dalva. - Mas também não quero falar sobre isso. Vou estudar um pouco.

Vou pro quarto e passo o resto da manha lá. Quando deu a hora de ir pro colégio, Dalva me ajuda a levar a mochila, já que estou com as muletas para que eu possa ir pro ponto. Chego no colégio, faço a prova, assisto as aulas e assim que acaba vou pro ponto e espero o ônibus.

Ele demora um pouco, mas fico mexendo no celular até ele chegar, então entro e me sento, encosto minha cabeça no banco já que está doendo. Depois de um tempo, o ônibus para e então escuto a voz do cara que não sai da minha cabeça.

– Boa tarde senhores, desculpe incomodar o silencio da sua viagem. Eu poderia está matando, poderia está roubando, mas não, eu só quero gravar uma demo com minha banda. Então vou cantar uma musiquinha aqui pra vocês, ta !?

Então abro os olhos e o vejo um pouco a frente de mim, e gemo, não queria ver ele tão cedo.

– Sou um cara doidão .... - ele começa a cantar, o que faz doer meus ouvidos.

– Ahh! Não, não acredito. - eu falo, pois já estou com dor de cabeça, e ele ainda vai cantar? Assim não aguento.

– Ih! Você? - ele diz, sorrindo. Então ele me ignora, e volta a cantar. Então vejo a Tomtom que está com um chapéu na mão fazendo carinha de triste.

Eu não acredito que Pedro fez isso!

– Vem cá, seu irmão está te obrigando a fazer isso? - pergunto pra ela, quando vem pro meu lado. Eu sinceramente adorei conhecer a irmanzinha dele, ela é a coisa mais fofa, e legal, muito melhor que muita gente. Por isso, se ele estiver obrigando ela fazer isso, eu irei castrá-lo.

– Não. Estou fazendo isso porque quero. - ela diz, então faz uma cara de triste. - Mais ninguém ta ajudando. Nenhuma moedinha até agora.

– Será por que ele canta um pouquinho MAL. - eu digo, olhando o idiota e rindo.

– É, mais eu gosto dele mesmo assim, ta.

– Ou ou, ô moleque, dá pra parar isso aí? Difícil aturar isso aí em. - um cara se levanta e diz, mas Pedro continua “cantando”.

– A gente só está fazendo isso, pra realizar o sonho dele, ta. - Tomtom diz, e eu sinto inveja, pois ela tem uma relação tão bonita com irmão, que eu nunca vou ter com a Bianca.

– Aí gente olha só! - eu grito, e então pego um dinheiro no bolso. - Vou colocar aqui cinco reais pra esse moleque parar de cantar.

Todos começam a bater palmas, e Pedro cala a boca, e eu sorrio.

– Aê boa ideia! É só fazer igual a menina bonita aqui ó, bota o dinheirinho aí que eu paro de cantar na hora. - ele grita dentro do ônibus. E a hora fecho a cara, já que ele fez de novo.

– Ta vendo, eu ajudo ele, e mesmo assim ele fica me zoando. - eu reclamo com Tomtom.

– Mais ele te chamou de bonita.

– Me provocando né.

– Mais você é bonita. - Tomtom diz, e parece que ela é a adulta. Sorrio essa menininha é tão especial, e diferente, que eu a admiro.

Depois que todo mundo agradeceu por Pedro ter calado a boca, e também ter dado algum dinheiro, ele se sentou com Tomtom atrás de mim, me ignorando ainda. Só me perguntou se meu pé doía, e porque eu tinha saído de casa assim, depois disso ficou quieto de novo. Não entendo esse garoto.

– Uhuul, trinta e dois reais. - ela comera, me viro e sento de lado no banco, apoiando o torcido.

– Nada mal em. - Pedro diz sorrindo.

– Obrigado pela ajuda, Karina. - Tomtom me agradece.

– Foi nada não, só queria que seu irmão calasse a boca. - eu digo, olhando pra ele.

– HAHA ! - ele rir forçado. - Ainda bem que deu certo, né Tomtom.

– É. A gente ta rico. - ela comemora. E eu sou obrigada a rir, é tão bom ser criança e não ter alguns problemas, tipo o meu que está sentado ao lado dela.

– Opa você viu isso? - Pedro fala, e eu olho pra ele.

– O que? - Tomtom pergunta.

– Ela mexeu o cantinho da boca. Acho que ela riu em. - assim que ele fala, sorrio de novo, é incrível como esse menino é um palhaço. - A esquentadinha consegue sorrir, ó!

– HAHA! - eu dou uma risada forçada. - Aí ó , o nosso ponto.

– Calma, eu faço questão de apertar o botão pra você. - Pedro diz, e aperta o botão de parada. - E acho que vou ter que parar te chamar de esquentadinha um pouco.

– Eu acho bom. - eu falo, mas meio que já me acostumei com o apelido ridículo.

– É, agora você é a quase Miss Simpatia. - ele diz chegando perto e sorrindo.

– Me provoca, não ta moleque. - eu falo e sorrimos um para o outro.

O ônibus para, e ele dá se violão pra Tomtom, e pega minha mochila sem eu pedir.

– O que pensa que está fazendo? - eu pergunto.

– Estou te ajudando, ô Miss. - ele fala, e então eu deixo, quando estou descendo do ônibus, ele que já tinha decido segura na minha cintura e me puxa para seu corpo.

O ônibus já tinha ido, mas ele continua me segurando.

– Dá pra me soltar? - eu digo, ele me solta lentamente. Então se vira pra Tomtom, mas não tira o braço das minhas costas. - Leva o violão pra casa, e fala pros pais que eu vou ajudar a Karina ir pra casa.

– Ta bom. Tchau Karina. - Tomtom me abraça e sai.

– Okay, to indo nessa e eu não preciso da sua ajuda. Me dá minha mochila. - eu falo pro Pedro.

– Nem pensar, você sabe que precisamos conversar sobre ontem.

Na hora me desespero, não quero conversar com ele sobre o beijo, pensei que queria mas se ele disser que está arrependido, ou que nunca deveria ter feito aquilo, sei lá, não gosto dessas coisas que está acontecendo. Será que eu estou sentindo algo por ele? Se estou não sei descrever.

– E nem tente fugir, Karina. - ele fala, então eu desisto.

Nos sentamos no banco da praça, e ele fica me olhando.

– Você que queria conversar, agora fala. - eu digo.

– Você poderia ser um pouco mais fácil né? - ele diz.

– Não, não poderia.

– Eu sei disso. - ele fala então se vira pra mim. - Olha eu realmente tentei não te beijar ontem, mas então algo me deu e rolou.

– Então quer dizer que está arrependindo. - eu digo, e começo a me levantar. - Sério que me chamou pra falar que não gostou do beijo?

– Senta aí, ô menina. - ele diz, e me puxa devagar. - Em algum momento eu disse que não gostei, meu Deus. você acha que fui na sua casa pra que? Pra gente conversar sobre isso, e você não falou nada, então eu não falei também.

– Eu estava esperando você falar alguma coisa, pois foi você que me beijou.

– Claro, porque eu beijei sozinho, né. Você sabia que precisa de duas bocas pra beijar, esquentadinha?

– Cala a boca, claro que sei disso. - eu digo, não estou gostando disso, já estou ficando com raiva.

– Sabe qual é a real, eu estou afim de você. Tipo “afimzasso” mesmo. - ele diz, e eu arregalo os olhos. - Eu sei que seria menos perigoso nadar com tubarões do que pensar em ter algo com você, mais quero arriscar. O único problema é que você não ....

– Eu não o que? - eu digo, e sou totalmente sincera com ele. - Nós ficamos algumas vezes, e sim eu posso ter gostado um pouco ..

– Um pouco? Karina, você quase arrancou meus lábios. - ele me interrompe, então eu dou um soco no braço dele.

– Você não tem noção do perigo né? - eu digo, enquanto ele reclama do soco.

– Continua, você gostava muito dos meus beijos, então ...

– Mas você é meio galinha, e eu sempre te vejo com alguém. E elas são todas perfeitinhas e meigar. - eu digo, ele está sorrindo não sei porque, mas continuo. - O ponto é que eu não sou como essas garotas que você fica, não sou de abraçar, e ficar melosa.

– Eu não me importo com isso, eu gosto do jeito que você é. Você é sincera, não fica de gracinha, vai sempre direto ao ponto, isso sei lá me atrai. - ele diz. - Só tirando apenas a parte que você me bate, de resto eu meio que te admiro.

– Me admirar? Admirado pelo o que? - eu digo.

– Pelo seu jeito, você encara a todos, não importa o que pensam. Eu queria ser mais assim.

– Falou o cara que todo mundo adora, você é todo amável e educado com todos, já eu, nem sou assim!

– Você me elogiou? - ele pergunta, e eu abaixo a cabeça. - Pode repetir, só que vou gravar dessa vez.

– Será que você consegue ficar sem me irritar? - eu digo, dando um meio sorriso.

– Parando com as gracinhas, você toparia sair comigo? - ele pergunta.

– Ta bom, menos cinema, e se for tem que ser de luta o filme. - eu digo, estou dando essa chance pra mim mesma. Eu meio que gosto desse jeito dele. O que tenho a perder?

– Você quem diz. - ele fala. - Mais vamos esperar você tirar esse troço da patinha, okay.

– Patinha, é? - eu digo, e então o soco de novo.

– Aii, nossa fica calma, era uma brincadeira.

– Tenho que ir, daqui a pouco meu pai aparece. - eu ignoro ele, e falo quando vejo a hora.

– Melhor mesmo, depois de ontem não quero ver seu pai tão cedo. - ele fala. - Quase mijei nas calças de tanto medo.

– É um marica mesmo. - eu falo me levantando. Ele insiste em me ajudar e me levar até a porta.

– Sabe obrigado mesmo pela ajuda de hoje, não estou conseguindo dinheiro pra fazer uma demo pra banda. - ele fala quando estamos nos despedindo.

– Não foi nada. - eu digo. - Mas você sabe que cantando, você não vai conseguir nada.

– Obrigado, mas eu sou ótimo.

– Um ótimo guitarrista, não um cantor. - eu digo, e ele sorri.

– Até que fim admitiu que sou bom em algo. - ele fala, então se aproxima bastante de mim, e olha pra minha boca. - Sabe em que sou ótimo também? Em beijar.

Então ele se aproxima, e quando ele vai me beijar, eu viro o rosto.

– Pra quem ta com medo do meu pai, ta bem saidinho em. - eu repreendo, apesar de querer muito esse beijo eu ainda acho melhor eu não me arriscar se Seu Gael sai aqui fora, e nos ver, adeus Pedro.

– Verdade, e eu não posso morrer cedo. Tenho uma carreira pela frente, mas posso ter minhas fantasias.

– Haha, você é impossível. - eu digo, mas então algo vem na minha cabeça. - Fantasias! Fantasias! Moleque é isso! Acabei de ter uma ótima ideia pra você conseguir o dinheiro pra sua demo.


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Notas finais do capítulo

Primeiro gostaria de dizer que talvez, se eu tiver alguma ideia terça eu posto um novo capitulo, TALVEZ. Então gostaram, odiaram, foi mais ou menos, por favor comentem a opinião de vocês. Fantasminhas do meu S2 quero vê-los aqui comentando tbm, okay?
E uma ultima pergunta, o que estão achando da fanfic até agora, devo prolongar ou já devo ir finalizando?
Beijos minhas florees ^^