Rivalidade escrita por Gislane Brito


Capítulo 4
Capítulo 4


Notas iniciais do capítulo

Esta recuperação de Electra promete!



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Nos dias que se seguiram, Sherlock continuou a expor todas as conexões da organização terrorista liderada por Maleki. As informações conseguidas por ele e Electra no último escritório do criminoso, foram mais úteis que ele imaginava. Ja`net Motsepe foi responsável por organizar e arquivar todos os dados que seriam enviados a Inteligência Sul-africana.

Dois dias após deixar o hospital, Electra recebe a visita de Molly e Mary Watson na Baker Street. Descalça, usando pijama curto e roupão, Electra as recebeu sorrindo e sem se levantar do sofá.

_ Srta. Wiese, que bom vê-la tão disposta!

_ É... Disposta a ficar deitada o dia inteiro!... (risos) Que surpresa, Dra. Hooper!

_ Pode me chamar de Molly... Esta é a Sra. Watson...

_ Sim, a esposa do Dr. Watson! Como vai?...

_ Muito bem, detetive! Vim agradecer pessoalmente por salvar meu marido...

_ Tecnicamente, quem o salvou foi o sniper da Scotland Yard!

_ Mas você evitou a reação de Maleki, você e o inspetor Lestrade!

_ Tudo o que sei é que fui muito imprudente e o inspetor salvou nossas vidas! Dra. Hoo... Molly, você está me olhando daquele jeito, de novo!

_ Oh... Me desculpe... É que, tenho muitas perguntas, Electra... Poço te chamar assim?

_ Hã... Sim, pode! Então, o que quer perguntar?

Mary sabendo que as duas tinham muito o quê conversar, pediu licença para visitar a senhoria, Sra. Hudson. Molly e Electra a olharam e sinalizaram com a cabeça.

_ Você é tão confiante, tão impulsiva... Sempre se arrisca assim?!

Electra a lia e deduzia nuances do comportamento de Molly. Ela se ajeitou na poltrona, fez careta ao sentir dor no local do ferimento:

_ Isto realmente não é novidade pra você.

_ Como assim?

_ Você tem atração por estes tipos, não é?! Confiantes, arrogantes, misteriosos, irritantes...

_ Hã?!...

_ Somos mulheres! Você sabe que pode se abrir comigo! Mas seja objetiva, por favor! Sei que você e o Holmes estão apaixonados...

_ O quê? Como você...

_ Você tem medo de ser rejeitada, o tempo todo! Fica satisfeita apenas em ficar por perto, esperando por oportunidades para ajudar e atender qualquer pedido do Sr. Delicadeza ali de cima... E quem sabe, um dia, ele amoleça!

_ Não é bem assim, Electra... Eu... Electra a interrompe rudemente.

_ E ele, pra não mostrar nenhuma fraqueza... Por que sentimentos não são uma vantagem, tenta com todas as forças, não demonstrar o que realmente sente! O irmão mais velho certamente não aprovaria! A opinião do irmão é muito importante pra ele, mesmo que ele também faça tudo para que o coroa não saiba disso...

_ Então, você acha que ele...

_ Eu não acho nada, Molly! Está tão claro quanto o céu de Pretória no verão. Ele te ama e você não tem razão em temer rejeição!

_ Por que você está dizendo tudo isso? Você não morre de amores por ele e nem me conhece!

_ O cara se acha mesmo o bam-bam-bam da dedução! Uma máquina de desvendar mistérios e isso, prova que ele é igual a qualquer um!...

_ É aí que você se engana. Sherlock não é qualquer um! Ele é o homem mais incrível que já conheci na vida e com certeza... Eu não estou a altura dele (Disse quase num murmúrio).

_ Patético! Enquanto você não resolver o problema da baixa autoestima nunca estará a altura nem do tal de Anderson, o presidente do fã clube do Holmes...

Molly não segurou a risada.

_ E você? Já deve ter notado que o Inspetor Lestrade sente mais que admiração por você!

_ Volto para a África em alguns dias. Ele vai me esquecer bem rápido!

_ Quem é que tem baixa autoestima agora?

_ Não se trata disso, pelo amor de deus!... Simplesmente não tenho tempo para estas bobagens... Estou com fome!... Electra tentou desconversar.

_ Admita, detetive. Você também pensa que se apaixonar é demonstrar fraqueza!

_ Será que Jan comprou leite? Droga! Praguejou ao abrir a geladeira e encontrar apenas água e pão integral.

_ Molly, me acompanha até o mercado? Electra se apoia nos ombros de Molly e a conduz para fora do apartamento. Para a surpresa de Molly, em vez de sair do prédio, elas subiram as escadas e entraram no apartamento de Sherlock. Electra abriu a geladeira, ignorou o pé humano dentro de um pote, pegou a caixa de leite e um copo no armário. Claro, tudo isso se aproveitando da ausência do ilustre morador. Electra oferece um copo de leite para Molly que agradece e rejeita com um aceno. Molly esperava que Electra continuasse o que estava falando, mas ela, ainda com o copo de leite na mão, pegou o chapéu deerstalker que encontrou em cima do consolo da lareira.

_ Holmes não teme parecer ridículo...

Ela colocou o chapéu, deitou no sofá sentindo dores, depois de largar o copo no chão e olhou para Molly com o olhar de perplexidade.

_ O que foi?!

_ Como você... é... Foi interrompida com a chegada de Lestrade e Donovan chamando por Sherlock!

Sally Donovan ainda chocada com a semelhança entre os dois detetives ironizou:

_ Detetive Wiese, você tem certeza que não veio de um universo paralelo?

_ Não se preocupe, Srta. Donovan, sou deste universo mesmo! E Holmes não está...

Sally saiu do apartamento resmungando enquanto digitava um número em seu celular:

_ Como se já não bastasse um esquisito neste reino!

Lestrade que não tirava os olhos das pernas de Electra, sorria meio encabulado e nem notara a presença de Molly na sala.

_ Bom dia, Inspetor...

Ele pigarreou e respondeu o cumprimento:

_ Bom dia Molly!Bom dia Srta. Wiese... Sherlock deve ter ficado preso no trânsito... O que vocês estão fazendo aqui?

_ Viemos apenas pedir um pouco de leite. Ja`net não comprou leite hoje e Electra estava com fome! Tenho que ir... Mary deve estar me esperando! Obrigada pela conversa franca, Electra! Prometo pensar no que você me disse!

_ A gente se vê, Molly! E Molly deixou Greg e Electra sozinhos.

_ Como tem sido sua recuperação, Srta. Wiese?

_ Dentro do previsto pelos médicos, inspetor.

Instintivamente, ela leu o comportamento de Greg e se preparou para o que estava para acontecer. Ela se ajeito na poltrona e novamente sentiu uma dor aguda. Greg Lestrade se aproximou para oferecer ajuda.

_ O senhor está sempre por perto quando estou com dor ou sangrando!

Ele sorri constrangido e se controla, respirando fundo!

_ Espero que aceite minha companhia em uma ocasião mais agradável. Você aceita jantar comigo?

_ Eh! Jantar?! Com o senhor?... Ela olha pra ele piscando nervosamente.

_ Por favor, me chame de Greg.

_ Okay... Greg, você sabe que vou partir na semana que vem?!

_ Sim. A Sra. Motsepe me disse... Mas o que a impede de aproveitar estes últimos dias para um pouco de diversão?

A coragem de Greg em flertar com ela tão abertamente a deixou intrigada e curiosa. Electra o olhou em silêncio por um minuto e respondeu:

_ Sábado, às 21 horas, estarei esperando!

Exultante, Greg nem podia acreditar que Electra aceitara o convite tão prontamente e num impulso, a beijou. Electra demorou alguns segundos para retribuir por causa da surpresa. Ela nunca havia sentido nada igual em sua vida, um calor inexplicável no coração! Eles só se afastaram quando Sherlock entrou:

_ Pelo amor de deus, Lestrade, Wiese, procurem um quarto... E que não seja o meu, por favor! Gritou.

_ Sherlock, olha como fala! Repreendeu Greg.

_ Bom dia, Holmes. Procure Molly. Sei que ela tem algo importante para dizer! Electra provocou enquanto Greg tentava se recompor apesar do seu coração ainda bater descompassado.

_ Do que você está falando, mulher?!

Greg interrompe a discussão para evitar uma briga eminente.

_ Sherlock, vim trazer novidades sobre o último caso.

_ Este foi o pretexto do dia para vir assediar a Wiese?! Ora me poupe!...

_ Sherlock, você vai me ouvir ou não?!

_ Antes, a Wiese tem que se explicar: O que veio fazer em meu apartamento?

E a provocação continuou...

_ Não esquenta a cabeça, Holmes. Vim apenas pedir um pouco de leite, seguindo a tradição da boa vizinhança! Sabia que tem um pé na sua geladeira?

_ Então é você que vem acabando com meu estoque de leite! Era só o que me faltava... O pé não é da sua conta!

E mais uma vez, Greg tenta encerrar a discussão:

_ Sua mãe não te ensinou como tratar as visitas?

_ Só vou ouvir você, quando Wiese nos der o prazer de sua ausência...

_ Eu já estava de saída. Greg, você pode me dar uma ajudinha aqui?!

_ A propósito: Você precisou de ajuda para invadir meu apartamento?

_ Sherlock!... Greg mais uma vez o repreende.

_ Molly, sua amiga, estava comigo e sua porta estava aberta.

_ Molly esteve aqui?

_ Pois é, irmãozinho! Greg?!

_ Vamos, Electra! O humor de Sherlock está de morte! Volto depois, quando ele recobrar o bom senso.

_ Wiese,... Meu chapéu...

_ O chapéu não te favorece...

E Electra joga o deerstalker na cara do colega.


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