Filho da Fênix escrita por Mand Fireguy


Capítulo 5
Capítulo 4 - Fuga


Notas iniciais do capítulo

Desculpem, pessoal, mas este capítulo está um pouco mais curto do que eu gostaria. É que estou acostumado a demorar pelo menos uma semana entre cada capítulo, e meio que meu cérebro se acostumou a usar esse tempo para desenvolver a idéia do capítulo. Mas lá vai!



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16 de Novembro - Dois dias depois - 16:30

Victor ouviu um ruído de passos se aproximando da porta da cela. Ele e Gabriela estavam ali já há dois dias, e ele ainda lutava para digerir o que ocorrera.

Primeiro, seus únicos problemas eram uma recuperação e talvez prova final em Espanhol, que ocorreria exatamente no natal, junto com as provas de Artes e Inglês, para punir alunos que ficassem de recuperação nessas três matérias ou em uma delas, já que estas haviam sido consideradas as matérias mais fáceis, pela direção do colégio, e Victor continuara desde o Fundamental I passando com folga em todas as outras e empacando em Artes ou Espanhol.

Depois, ele voltara para casa, e ela estava pegando fogo. Sem explicação alguma. Entrou na casa e havia pessoas invadindo-a. Eles gritavam em uma briga fraterna gírias e jargões ininteligíveis. A garota tentou pará-lo, falando que ele iria morrer, e, chegando ao porão, vira armas. Um arsenal oculto dentro de sua casa. Uma vez lá, o homem de cabelos em chamas e olhos de fogo apenas falara com ele por segundos de terror e lhe lançara uma bola de fogo. Acordando, imegira no contexto de uma guerra indireta secular, totalmente impossível. Fora interrogado e agora estava ali. Na porta, a marca do mais bizarro acontecimento até então: Em um momento ali, ele gritara e uma esfera de chamas jorrara de sua mão contra a porta de aço, amassando-a e derretendo parte de seu revestimento esmaltado. Ele e Gabriela não haviam se falado desde então, embora outros interrogatórios houvessem se seguido, a Pretora chegando a supor que Victor fosse um daqueles assassinos mágicos, Filhos da Fênix.

"Gabriela?" Ouviu um sussurro vindo da porta. "Acorde. Acordem os dois." Era a voz de Felipe. Não haveria motivo, em tese, para que ele pedisse para acordarem, dado o horário de quatro horas da tarde, mas prisioneiros de uma cela sem janelas tendem a dormir a qualquer horário, incapazes de se guiarem pelos ciclos de claridade e escuridão, de noite e de dia. O próprio Victor só acordara minutos antes. A visita de Felipe o intrigou: o loiro, pelo que ele sabia, não morava naquele local. Apenas o trouxera até ali junto com Gabriela pois ambos os irmãos andavam pela cidade quando viram a casa em chamas e, imprudentes, resolveram investigar por conta própria.

"Estou aqui." Sussurrou Victor, apesar de tudo. "O que você quer?" Perguntou. Se levantou e dirigiu-se até a porta.

"Acorde Gabriela." Disse ele.

"Por que?" Perguntou Victor. Uma imagem começava a se formar na sua cabeça.

"A Pretora saiu. O segundo em comando dela está no andar mais alto." Informou Felipe. O 'Segundo em Comando' era o homem com vestimentas negras, que eles encontraram ao final do interrogatório. Os magos podiam manipular todo tipo de magia, mas a maioria preferia ficar por um único gênero, como humanos mundanos podiam fazer qualquer coisa, mas possuíam aptidões naturais e preferências por certas áreas, como matemática, medicina, et cétera. A do encapuzado, cujo nome era desconhecido, era de sombras e ocultação, sendo conhecido por, sob as ordens da Pretora, ter matado sete Filhos da Fênix que sequer o haviam percebido. A aptidão da Pretora era desconhecida.

"Certo." Disse Victor, e andou até Gabriela. Seus passos faziam o constante 'Ta ta ta ta ta ta ta' de uma metralhadora lerda, graças ao piso de madeira que não parecia ter sido reformado naquela década. Ele se surpreendia por ainda não ter visto nenhum rato. Foi até a amiga, deitada em sua cama, no outro canto da cela, o que não era muito longe: Apenas três metros de distância.

"Gabriela, acorde." disse ele. Cutucou-a. "Acorde." Ela se mexeu na cama, e lentamente se pôs sentada.

"O que houve?" Perguntou.

"O Felipe está na porta. A Pretora saiu, e o cara de roupas negras está nos andares mais altos daqui. Ninguém vai ver." Informou. Ela captou a mensagem.

Gabriela assentiu.

"Então temos de ir logo, antes que o imbecil resolva descer."

Eles se levantaram e se arrumaram, voltando à porta em cinco minutos.

"Estamos aqui." Disse Victor.

"Ótimo." Disse Felipe. "Gaudete in protectiones, moventur ad aperire. Abraham. Simul et de eis infirmare." Entoou ele baixo e lentamente. Ouviram, perto do final do feitiço, o som da tranca se abrindo. A maçaneta se virou e a porta se abriu em seguida.

"Vamos. Tem de ser logo." Eles o seguiram. Na metade do caminho, Victor perguntou:

"Aonde está Catarina?"

"Ela está nos esperando do lado de fora. É boa com eletricidade como eu sou com gelo, mas também é boa em quebrar encantamentos como esse, que ativa o alarme no caso da fuga de prisioneiros." Respondeu Felipe.

"Certo." Foi Gabriela quem disse. Felipe os guiou então por vários corredores, e em poucos metros eles passaram pela sala do interrogatório, depois pelo quarto em que acordaram. Depois disso, subiram sete lances de escadas. Victor se apoiou nos corrimões em um dado momento. Não comera muito durante os dois dias em que estivera preso e, por mais que isso fosse pouco tempo, agora oes efeitos da fraqueza começavam a surgir quando ele menos podia sucumbir a ela.

"Você está bem?" Inquiriu Felipe.

"Estou." Disse Victor. "Apenas... Me recusei a comer no primeiro dia de prisão, e não comi muito depois disso. Estou meio fraco, só isso. De qualquer forma, pra onde você pretende levar a gente quando sairmos daqui?" Perguntou.

"Para o Portal em nossa casa. Pretendo deixar vocês se recuperarem por algum tempo, levarem o que precisarem levar. Eu ouvi uma conversa da Pretora com aquele cara. Eles suspeitam de que o homem que atacou a sua casa seja um dos sublíderes dos Párias." Disse ele.

"Párias?" Inquiriu Victor.

"É um apelido meio jocoso... Uma gíria para se referir aos membros da Tríplice Fênix." Respondeu Felipe.

"Párias." Murmurou Gabriela. Ela de fato não vinha falando muito ultimamente. Felipe chegou a uma porta específica e a abriu.

No outro lado da porta, não havia uma saída do prédio, tampouco uma área ao ar livre ou coisa semelhante. O que havia era a estrutura retangular negra, translúcida, feita de Lonsdaleíta e que despertava sensações confusas em Victor, em cujo meio havia uma fina membrana púrpura ondulante, que aparentava ser mais fina do que um átomo de hidrogênio.

"Que... Lugar é esse?" Perguntou Gabriela. "E aonde está Catarina?" Completou.

"É a sala do portal Como eu disse, vou levar vocês para nossa casa. Catarina está lá." Disse Felipe. Ele se dirigiu ao portal e pôs a mão sobre a membrana. Murmurou alguma coisa e empurrou a Membrana, que ondulou e brilhou mais e mais, até se tornar Magenta. Ele a empurrou mais e ela se rasgou, seu braço a atravessou.

"Venham." Disse ele. Victor e Gabriela foram até lá. Gabriela foi a primeira e se uniu a Felipe, e ambos empurraram a membrana até estarem quase atravessando. Victor hesitou um pouco e depois foi. Quando Felipe terminou de atravessar e Gabriela estava ao final, ele segurou a membrana para que não se fechasse e empurrou seu braço através, sentindo a diferença de temperatura do frio da sala de portais para o calor de uma biblioteca iluminada por candelabros. Atravessou.


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Notas finais do capítulo

É só isso por enquanto, galera, espero que tenham gostado. Pretendo lançar o próximo Capítulo logo.
Marquem para acompanhar se tiverem gostado.
Favoritem se tiverem gostado bastante.
Recomendem se tiverem amado.



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