New York Love Story escrita por Vitor Matheus


Capítulo 13
Say What You Want to Say, And Let the Words Fall Out


Notas iniciais do capítulo

Capítulo baseado no refrão de "Brave", da Sara Bareilles. Só o refrão mesmo, porque o capítulo em si está... SAMBANTE. Vamos ter um grande avanço da história, com a aparição da pessoa que irá encontrar Rachel (ou não) e alguns... romances e discussões vindo à tona. Vai ter Finchel? SIIIIM! Tem alguma parte sem sentido algum? SIIIIIM! ~Eu sendo eu~

Estou com essa nova fanfic chamada "Life as We Know It", com Quick sendo o casal principal. Para quem quiser dar uma lida: fanfiction.com.br/historia/552904/Life_as_We_Know_It/
Sem mais demora, me sigam no Twitter - @_JustAFicwriter - para mais spoilers da fic. E eu vou dizer algumas coisas sobre os próximos dois capítulos nas notas finais, fiquem ligados e boa leitura! =D



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— Eu acho que nós temos alguns assuntos para resolver, certo?

Blaine quase teve um ataque de nervos quando entrou no apartamento tarde da noite e se surpreendeu com a minha imagem em 3D (vulgo eu mesmo) sentada no sofá.

— Claro, e o primeiro deles é saber o porquê de você ter me dado um susto desses.

— Era isso ou esperar até a manhã seguinte. Mas, visto que eu não comi nada hoje cedo, essa alternativa aqui era a melhor. — Ofereci o espaço ao lado para que ele se sentasse. — Senta. Vamos conversar, jovem.

— Olha, eu não estou muito a fim de lavar a roupa suja com você. Estou morrendo de sono.

— Ninguém pediu para você ficar o dia todo fora de casa provavelmente namorando com um cara, mesmo sabendo que deu um chilique daqueles dias antes só por causa desse mesmo cara.

— Eu nunca vou entender suas argumentações.

— Isso prova que você vai ter de me ouvir. Senta logo.

Ainda relutante, Blaine acomodou-se no sofá, logo encarando meus olhos com uma expressão bem estranha, como se realmente não quisesse enfrentar aquilo.

Diga o que você quer dizer.

— Eu ainda estou tentando assimilar aquilo que você fez naquela noite. — Respirei fundo. — Por que me beijou?

— Falando assim, até parece que foi algo ruim. — “Safado”, anotei mentalmente.

— Para mim, não significou coisa alguma. Mas eu tenho que entender a coisa para só depois esquecê-la.

— Escute bem: eu estava confuso, tá? Nunca quis te beijar, mas o nervosismo estava tamanho por causa do Jesse e com você tagarelando sem parar porque tudo o que queria era só dormir, eu me descontrolei. — Massageou a testa com os dedos. — Desculpa. Por ter te beijado e, principalmente, por ter fugido de você durante todo esse tempo.

— Você fala como se tivesse sido uma eternidade. Blaine, foram apenas três dias.

— Não me faça cortar o raciocínio, Finn. — Ele estava começando a ficar bravo.

— Ah, está tentando ser rude igual Santana? Continue… tentando. — Abri um sorriso irônico, já preparando a almofada ao lado como instrumento de defesa.

— Vai se foder, Hudson.

— Vou não, e aí? Vai me matar por isso?

O moreno pegou outra almofada próxima e bateu-a com toda força em mim. Comecei a rir sem controle algum e revidei, batendo nele com o estofado nas mãos.

— Pare! Está me fazendo rir! — Gritou, como se fosse algo grave.

— Mas esse é o meu objetivo. Acabei de te fazer esquecer toda a tensão com apenas uma coisa.

— Tá, me convenceu. — Estendeu a mão para mim. — Amigos de novo?

— Nunca deixamos de ser amigos. — Puxei-o para um abraço, que durou vários segundos. — Só me prometa que isso não vai acontecer de novo. Não quero sentir tesão outra vez por sua causa.

— Obrigado por dizer isso. Vou usar esse segredo contra você nas nossas próximas discussões.

— Merda de boca que eu tenho!

.::.

— Finn, este é Arthur Abrams, a pessoa perfeita para encontrar a nossa Rachel Berry-Hudson. — Quinn ajeitou a cadeira de rodas do tal Artie para que ele ficasse de frente para mim.

— Fabray, você sabe que não precisa ajeitar minha cadeira. Posso fazer isso sozinho.

— Nada disso, Abrams. Você ainda não se acostumou com essa rotina.

— Satisfação em te conhecer, Arthur. — Quebrei a pequena discussão dos dois, estendendo minha mão na altura do cadeirante.

— Conhece a piada do prazer? — Afirmei com a cabeça. — Vamos ser melhores amigos, então. E por favor, me chame apenas de Artie. — Apertamos nossas mãos, enquanto eu apresentava um sorriso cordial.

— Já pode parar com a indelicadeza, meu caro. — Q advertiu, dando um leve tapa na cabeça dele.

— Nem parece que ela é só minha melhor amiga, não é mesmo? — Artie ironizou, rindo logo em seguida e recebendo outro tapa da loira.

— E nem parece que ele é um detetive particular. — Arregalei meus olhos. Sério que ele era um detetive? — Acredita agora?

— Cale essa sua bênção de boca, Quinn. O assunto é entre mim e o Finkenstein aqui.

— Isso aí, concordo com o Artie. Espera, como ele sabe meu apelido vergonhoso? — Esbravejei.

— Uma palavra, Hudson: Santana. — Ela disse, já indo em direção a porta. Dei de ombros, como se entendesse a coisa toda. — Comportem-se, não ajam como idiotas e trabalhem juntos para encontrar a Rachel. Boa sorte.

Quando a Fabray saiu definitivamente do escritório, joguei meu corpo no sofá e Artie posicionou sua cadeira de modo que ela ainda ficasse à minha frente. Alguns segundos de silêncio sepulcral foram suficientes para que eu quebrasse o gelo.

— Então, do que você precisa? Sabe, para procurar ao menos pistas dela?

— Não muito. Apenas as informações pessoais dela. Ah, tem também os lugares favoritos. Geralmente, quando mulheres se afastam de suas paixões, aproveitam para fazer turismo pelo planeta. — Dei de ombros. — Só uma pergunta: ela já ligou para você ou alguém da sua família durante todos esses…

— Sete anos. — Completei sua frase.

— Isso. Ela já telefonou durante esses sete anos?

Pensei muito antes de responder. Claro que eu queria cooperar nas buscas pela Rachel, mas não estava com vontade de responder àquela pergunta apenas com a verdade. Era algo que eu vinha tentando esconder desde que ela havia partido, até porque fui eu quem a deixou ir.

— Não sei se estou pronto para tocar nesse assunto outra vez.

— Mas se quiser encontrá-la, terá de ser assim. Desse jeito. — Ajeitou seu óculos de grau na posição correta.

— Tudo bem. Eu… — Dei ênfase no “Eu”. — …nunca mais falei com ela. Mas eu sei que a Rachel telefona para minha mãe, a Carole, ao menos uma vez a cada quinze dias.

— Por que ela fala com seu pai, mas não fala contigo?

— Digamos que… a Rach não fala especificamente com a Carole. Mas sim com a Madison.

— E quem é Madison?

Respirei bem fundo antes de responder. Eu não conhecia muito bem o Artie, nem ele me conhecia direito. O problema mesmo estava em dizer. Aquele era um segredo de estado que apenas eu, Rach e Carole sabíamos. Falar de Madison sempre foi algo complicado, pois ela era…

— A filha que nós tivemos juntos.

Foi inevitável não sentir as lembranças daquela noite voltarem à minha mente. Não da noite em que concebemos nossa filha. Mas sim da noite em que nós nos tornamos oficialmente namorados. Confesso que não sei o porquê de ter lembrado daquilo justamente numa conversa importante, mas o cérebro humano é tão complicado quanto as decisões que tomamos. Então deixei que aqueles pensamentos me rondassem de novo.

Finny… posso conversar com você? — Rachel apareceu na sala, enquanto eu estava assistindo a mais um episódio de “Prison Break” na televisão.

Coloquei o som do aparelho no modo “Mudo” e bati minha mão no espaço ao meu lado do sofá, permitindo que ela sentasse.

Diga o que você quer dizer. Deixe as palavras saírem.

Honestamente, eu tive que criar muita coragem para vir aqui e te dizer isso. — Fechou os olhos lentamente e os abriu na mesma velocidade. — Pensei muito na sua declaração. Pensei também no que eu realmente quero fazer da minha vida no futuro que se aproxima. Não vou largar o curso dos meus sonhos. Não deixarei de ter contato com a Carole. Mas eu resolvi fazer algumas mudanças.

E que tipo de mudança você quer fazer em si mesma, Little Rach?

Adoro quando você me chama de Little Rach. — Permitiu-se soltar um riso. — Eu sei que minha mãe biológica mora em Londres.

Uau. É a primeira vez que você fala da Shelby desde que a encontrou lá em Lincoln.

Eu sei. Parece estranho, mas eu agora quero ir morar com ela.

OI? — Soltei, quase gritando. Nunca que eu imaginaria Rachel Berry-Hudson dizendo aquilo. — Vai morar com a Shelby? E ela sabe?

Já falei com ela, Finn. Vou me mudar depois do Halloween.

Rach, eu… não sei o que dizer.

Por favor, deixe-me terminar ou então vou perder toda a coragem que segurei até agora. — Pôs suas mãos por cima das minhas. — Mas eu também pensei em você. Pensei no que nós poderíamos ser. Não posso dizer que nunca gostei de você com sentimentos além da irmandade, porque eu já passei por isso. — Sorriu, deixando suas pequenas covinhas à mostra. Minha mente já estava surtando com aquilo. — Então eu resolvi dar uma chance a nós. Resolvi dar uma chance ao que podemos ser. Quero viver estes próximos dias da melhor maneira possível, e eu quero que eles sejam vividos com você ao meu lado, Finny. Além disso, também quero ter a chance de ver sua barriga de tanquinho outras vezes antes de Londres me atrair de vez.

Por isso você nunca se incomodou com o fato de eu ficar sem camisa. — Ri ironicamente. — Então isso quer dizer que…

Eu também te amo, Finn Hudson. — Ajoelhou-se perante mim. Fiz cara de interrogação na hora, porque eu realmente não estava entendendo aquilo. — Quer namorar comigo, nem que seja por alguns dias?

E eu não poderia dar uma resposta melhor depois daquela pergunta incomum.

É melhor vivenciar poucos dias ao seu lado do que nunca te ter para mim.

E finalmente, nós nos beijamos. Por pura vontade própria e sem medo de sentirmos repulsa, porque a equação do amor foi igualitária no nosso caso.

POV Narrador

Depois de uma terça-feira um tanto quanto cansativa, devido às fotos na internet dela e Sebastian juntos alguns dias antes e até pela pressão de Cassandra quanto a isso, Santana chegou em casa arfando, tamanho era o seu nível de cansaço. Apenas preparou um macarrão instantâneo, vestiu uma roupa confortável e já estava pronta para morrer de medo e assistir a três episódios seguidos de “American Horror Story: Coven” quando a campainha de seu apartamento modesto tocou várias vezes seguidas.

— Puta que pariu, quem será dessa vez? JÁ ESTOU INDO, CARAMBA! — Reclamou em voz alta, já aprontando seus braços para socar o incômodo quando abriu a porta e se deparou com um Sebastian Smythe visivelmente preocupado. — Você?

— Santana, precisamos conversar. Agora.

— Tá. Diga o que você quer dizer e suma da minha privacidade. — Abriu espaço para que o chefe adentrasse o lugar. Ela logo sentiu o bafo de álcool vindo da boca dele. — Veio bêbado até a minha casa? É sério?

Sebastian nem pareceu ouvir. Sentou-se no sofá e pediu para que a latina sentasse ao seu lado.

— Eu tenho algumas coisas presas em minha garganta e preciso dizê-las agora.

— Aí resolveu beber para vir aqui e contar? Nossa, que plano inteligente. Mas não, eu não irei me demitir tão cedo.

— Santana, eu amo você. Literalmente. No sentido do verbo “amar”. — O moreno jogou aquelas palavras de ímpeto, surpreendendo a Lopez e criando um silêncio quase mortal entre os dois. — Não vai dizer alguma coisa?

— Estou tentando processar o que meu próprio chefe acabou de falar.

— Deixe-me ajudar com seu processo.

E então Sebastian quebrou o espaço entre ele e Santana, unindo seus lábios aos dela logo em seguida. A latina não sabia como reagir, mas um segundo depois já correspondia aos movimentos do Smythe. E mesmo não estando bêbada, ela esqueceu de tudo o que houve após aquele beijo.

.::.

Acordou na manhã seguinte sentindo que vários de seus ossos estavam “quebrados”. Ela não conseguia se mover direito, mesmo que fosse apenas para se sentar na cama. O ar embaixo dos lençóis estava frio demais para ser verdade, e Santana constatou o que mais temia: estava sem roupa alguma.

Ainda assustada com o que possivelmente poderia ter acontecido na noite anterior, a Lopez vestiu um traje adequado para o trabalho e foi até a cozinha preparar alguma coisa de café da manhã. E qual não foi a surpresa dela ao encontrar a mesa completamente posta com comida suficiente para uma família inteira?

Com os olhos arregalados, Santie foi conferir sua secretária eletrônica, e ficou mais surpresa quando ouviu uma mensagem do próprio Sebastian.

É… bom dia para você também, Santana. Espero que goste da refeição que preparei para você. Tive que voltar para casa e me recuperar da bebedeira de ontem, mas eu quero que saiba que meus sentimentos são verdadeiros. Eu realmente te amo. E a noite de ontem apenas comprovou o que eu já suspeitava: você também tem sentimentos por mim. Podemos marcar um dia para conversarmos? Atenciosamente, Seb.”

— Agora a porra ficou séria. — Foram as primeiras palavras do dia proferidas pela secretária.


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Notas finais do capítulo

"...a minha imagem em 3D (vulgo eu mesmo) sentada no sofá." Sim, eu também ri demais escrevendo isso :)
Essa é aquela hora em que vocês me enchem de beijos e abraços por conta do que aconteceu ou pode ter acontecido. Podem ir comentando, responderei como sempre!

Hora do Spoiler: os próximos dois capítulos serão ESPECIAIS de Halloween! Com a festa mais assustadora do ano chegando, "New York Love Story" vai se tornar "New York Horror Story" por duas semanas SEGUIDAS. Preparem-se para o terror que virá para infernizar as vidas de nossos queridos personagens, meus caros :P
P.S.: Fazendo referências a American Horror Story com o título dos próximos capítulos especiais.



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