Make a Wish escrita por caroline_03


Capítulo 6
Capítulo 6 - One, Two, three...


Notas iniciais do capítulo

esperem que gostem do Cap. morri de rir escrevendo.



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Só para variar Alice ficou a tarde inteira comigo em casa, junto com Rosalie, tentando achar alguma coisa que ela julgasse “descente” para eu usar no que Rosalie diria “encontro” com Edward. É claro que eu não estava tão animada assim, afinal era um dia para falar do passado, o que não era nada animador, e tentar resolver diferenças que ficaram para trás.


-Aqui Bella, tente essa blusa. –Alice me passou uma blusa roxa que tinha babados até o nariz.


-piro Alice? –Rosalie perguntou rindo. –Ela tem que usar alguma cosa delicada, mas ao mesmo tempo descontraído.


-oras, então vamos comprar um papagaio e colocar no ombro dela... Quer coisa mais descontraída do que isso? –minha prima falou bufando.


-gente, é sério. Eu pego um tênis, uma camiseta e minha calça jeans nova e to pronta. –disse revirando os olhos.


-VOCÊ NÃO É MINHA PRIMA! VOCÊ É UM ET QUE TOMOU O LUGAR DELA! NÃO PODEMOS TER O MESMO MATERIAL GENÉTICO! –Alice falou com uma mão na testa, enquanto Rosalie gargalhava deitada em minha cama.


-é sério Alice, não tem porque me arrumar tanto para sair com ele. –ela revirou os olhos.


-é claro que tem. Não é só por que você vai sair com ele, é por que você vai sair de casa. –ri um pouco e me ajeitei nas almofadas.


-tudo bem, faça o que quiser. Mas eu ainda tenho o poder de veto. –ela sorriu maravilhada e então deu seus três pulinhos comuns e se enfiou em meu guarda-roupa.


E assim levamos a tarde, com Alice jogando roupas em cima de mim e eu negando ou Rosalie rindo dela. O que eu podia fazer? Tínhamos gostos e atitudes diferentes.


Finalmente o relógio bateu seis horas. Tomei um banho demorado, tentando me enrolar ao máximo para colocar um salto. Rosalie e Alice já me esperavam segurando o vestido azul escuro que Alice fez questão que eu vestisse.


-vamos Bella, é só uma vez. –Rosalie falou sorrindo.


-você que pensa. –murmurei vendo o sorriso de Alice.


Maquiagem, comentários, sorrisos, cabelo sendo feito, sandálias, treinos... O que mais essas duas poderiam fazer comigo? Ah, claro... Aulas sobre o que eu deveria falar ou não...


-Não o acuse, homens não gostam disso. –Alice falou sorrindo.


-não diga que o odeia, isso pode terminar mal... –AH, SÉRIO?!


-sorria.


-elogie.


-seja gentil.


-delicadeza é o segredo. -suspiro.


-seja fofa... –ri um pouco nervosa.


-meninas, amores... Ele chega em cinco minutos. –elas arregalaram os olhos.


-vamos embora. –Alice falou puxando Rosalie.


É claro que eu sabia que Alice ficaria de butuca na janela olhando tudo, mas o que eu podia fazer? Nada, é claro. Apenas tentar ser o mais rápida e discreta possível apenas para que ela não tenha motivos para arrancar meu pescoço mais tarde.


Assim como eu pensei, exatamente sete horas a campainha tocou. Fiz o que Alice mandou, esperando cinco minutos “é charme Bella, é charme” e então desci, vendo a bizarra cena de Edward sentado no sofá conversando com minha mãe e Phil. O QUE ESTAVA ACONTECENDO AQUI?!


-querida. –minha mãe disse me olhando finalmente e sorrindo.


-ah... Oi. –sorri fraco, ainda olhando para Edward, que agora tinha se levantado do sofá e me olhava sorrindo.


-estávamos aqui contando as novidades para Edward, fazia tempo que ele não aparecia. –Edward ainda não tinha tirado os olhos de mim e eu muito menos dele.


Terminei de descer as escadas, mamãe e Phil já estavam em pé nos olhando sorrindo, como se aquilo fosse a coisa mais emocionante do mundo... Fala sério, não era um encontro nem de longe...


-isso é para você. –Edward me passou um buque de rosas... Droga, era um encontro!


-ah... Obrigada. –sorri e quando estava me virando para ir a cozinha e deixar o boque lá, minha mãe se vira para mim e o pega de minhas mãos.


-deixa que eu coloco isso em um vaso... Vão se atrasar. –ela sorriu docemente e eu estava tentava a gritar “MAS NÃO É UM ENCONTRO P*”, mas não queria acabar com a alegria dela... Não essa noite.


Então depois de muitos beijinhos e abraços, finalmente meus pais nos liberaram. Edward me conduziu até a porta do volto prata (que eu ainda chamo de lata-velha prateada, apesar de não ser), abrindo a porta para que eu entrasse.


Não pude deixar de notar Alice na janela de seu quarto fazendo sinal de positivo para mim. Revirei os olhos, mas dei um tchauzinho com a mão, que Edward me olhou com uma sobrancelha levantada.


-o que foi? –ele perguntou olhando para minha mão em movimento.


-ah... Mosquito, só isso. –sorri tímida. O que eu iria fazer agora?


Não tinha como negar que o ambiente estava se tornando um pouco apertado para nós. O que eu ia fazer agora? Só eu e ele? Gritar? Acho que não. Resolvi esperar que ele falasse alguma coisa, caso contrario seria uma noite muito silenciosa.


Chegamos ao restaurante rapidamente (isso porque Edward ainda não sabe que somos apenas humanos dirigindo no meio da cidade), e logo me assustei percebendo que tinha uma reserva em nome de Edward Cullen.


-como conseguiu de ultima hora? –perguntei me sentando, quebrando o pacto de silêncio que fiz comigo mesma.


-é... –ele ficou tímido de repente? –não foi bem de ultima hora! –ergui uma sobrancelha.


-como não? Eu aceitei sair com você ontem. –suas bochechas coraram.


-é... Mas eu sou uma pessoa prevenida e fiz reservas antes. –ele revirou os olhos enquanto eu sentia meus olhos queimarem.


-você-já-sabia-que-eu-ia-aceitar? –falei junto de mais, e depois temi o fato de ele não entender.


-eu teria desistido da reserva... –ele deu de ombros. –mas precisava estar preparado. –ele sorriu mostrando todos os dentes maravilhosamente brancos.


É... Eu precisava estar preparada com um estoque de xingamentos para despejar em cima dele nesse instante. Mas infelizmente não estava... E então, mantive meus olhos furiosos em cima dele.


-o que? –ele sorriu sem graça.


-nada! –suspirei. Não adiantaria discutir.


Não passou despercebido o sorriso que passou em seu rosto. Tive que desviar o olhar imediatamente, sabia que parecia uma idiota quando ficava o encarando. Eu tinha que admitir... Ele era mesmo bonito. Os olhos que variavam entre o castanho e o verde, às vezes em um tom de dourado que eu nunca tinha visto, poderiam deixar qualquer menina com as pernas bambas... O sorriso, algumas vezes cortantes outras doces, apenas complementavam para o ponto: Ataque cardíaco.


-eu sei que deve ter algumas coisas presas na garganta. –ele falou cortando meu raciocínio. Ah, claro... A voz aveludada... –Eu vou ouvir tudo, com calma. –e então o sorriso...


-ah, claro. –sorri olhando para a mesa. Bella: sinônimo para idiota.


-você e Tânia parecem estar brigadas. –ele me olhou cuidadosamente, testando meu humor. – sempre foram amigas.


-acho que as coisas mudaram um pouco. –sorri o olhando novamente. Ele correspondeu ao meu sorriso se apoiando sobre a mesa.


Meu deus Bella, quando foi que você se tornou simpática?


-quanto tempo? –ele perguntou de repente sem me encarar, olhava o prato a sua frente.


-algumas semanas talvez. –ele riu fraco e me olhou de relance.


-não isso... Há quanto tempo você me evita? –fitei minhas mãos juntas.


Pensei em tudo o que Angela havia dito, na verdade eu nunca o evitara antes. Começou quando ele voltou definitivamente para cá, antes disso eu não andava na rua com medo de todos os carros pratas que passavam por mim. Não era justo mentir.


-poucas semanas. –repeti minha resposta. Ele me olhou curioso.


-não faz poucas semanas que eu fui embora. –ele sorria, porem não tinha humor nenhum em sua voz.


-eu nunca tentei te evitar antes, sempre foi sorte... Na verdade não tanto. –fechei a cara me lembrando das armações de Tânia. –apenas quando fiquei sabendo que estaria aqui definitivamente, quer dizer... Quando Alice te viu no restaurante com Tânia e os outros. –ele assentiu sério.


-eu cheguei a te procurar...


-não foi minha culpa... Angela me chamava para fazer coisas e...


-e Tânia me chamava para jogos de cartas entediantes em casa. –ele riu um pouco.


-acho que sim. –completei com a voz falha.


-mas isso não muda nada, não é? –assenti.


-você... Quando você foi embora, eu achei que nunca mais te veria. –fui sincera, de forma que eu não acreditava que poderia ser com relação a esse assunto.


-há muito você não falava comigo. –ele tinha um canto da boca repuxado.


-sinto muito, mas eu ainda estava brava.


-brava Bella? Nós discutimos se tomaríamos coca ou guaraná e você ficou brava? –sua voz estava um pouco mais elevada.


-não é sobre isso que eu estava dizendo. Você não falava mais comigo, Tânia disse que você já não se importava... Então não tinha porque eu me preocupar, se você já tinha esquecido. –ele segurava a cabeça com uma mão.


-e é claro que você logo acreditou. –arregalei os olhos.


-e por que não acreditaria? Foi exatamente isso o que você demonstrou. –dei de ombros, chateada. –e depois você foi embora, sem dizer nada... Nem ao menos se despediu.


-não pensei que fosse se importar. –ele deu de ombros tranquilamente. MAS O QUE TÁ ACONTECENDO AQUI CARAMBA?


-acho que no fim nós fomos apenas vitimas de um mal entendido. –disse contrariada. Mas entenda: eu não queria matá-lo... Ainda.


-acho que sim... Me perdoa? –ele sorriu abertamente e eu não pude evitar um sorriso em meus lábios.


-pelo que? Já disse que não foi sua culpa. –olhei pela janela.


-ainda está chateada. –ele falou rindo um pouco.


-é só que... –sacudi a cabeça com um sorriso, sem tirar os olhos da janela. –passei tanto tempo acreditando que você fora o culpado do meu inferno na terra que não consegui olhar em volta e perceber que o inferno estava muito mais próximo do que eu imaginava.


-como assim? –ele perguntou curioso, tocando minha mão com a sua.


-eu passei a temer o dia em que te veria, por que eu sabia que um dia ou outro eu veria... Talvez andando na rua ou voltando para a cidade. –fiz uma pausa para olhá-lo. –eu achei que esse dia seria doloroso como... Eu não sei... Mas eu não fui capaz de enxergar que você nunca fez nada diretamente para que eu tivesse tanto medo. Nenhuma palavra tinha sido trocada, apenas o disse e me disse de sempre... Acabei culpando a pessoa errada. –ele sorriu minimamente.


-e não fazemos isso todos os dias? Por que procurar pela verdade quando uma solução coerente está na cara? Mas nem sempre a solução coerente é a certa, não é? –assenti. Estava levando um sermão de EDWARD CULLEN ou era apenas a minha impressão?


-sim... Pai! –ele riu alto.


-desculpe não foi a intenção. –ele parou e me olhou.


-tudo bem. –sorri o olhando maravilhada.


[Alice]


(http://www.youtube.com/watch?v=QubWKLQUrN0)


-BABY, PICK A NIGHT TO COME OUT AND PLAY IF IT’S ALL RIGHT. WHAT DO YOU SAY? –eu cantava a plenos pulmões, fazendo da escova de cabelo meu microfone. Estava feliz por Bella, o que eu podia fazer?


(baby, escolha uma noite para sair e jogar, está tudo bem. O que você me diz?)


E foi quando eu estava cantando e dançando até o chão que meu pai entra em meu quarto e fica me olhando com a boca aberta. Fiquei constrangida é claro, mas o show não pode parar, então... Fui até ele e o abracei e continuei cantando.


-ONE, TWO, THREE. NOT ONLY YOU AND ME, GOT ONE EIGHTY DEGREES… - meu pai começou a rir, mas eu o ignorei e continuei cantando e dançando, é claro!


-Alice, telefone. –ele falou sorrindo e me passando o aparelho.


-Bella?


-não!


-Rosalie?


-não!


-Angela?


-nãããão! –ele falou um pouco mais alto.


-bem, então vamos dar boas vindas a minha vida... –e eu peguei o telefone e coloquei perto da boca. – THREE IS A CHARM, TWO IS NOT THE SAME, I DON’T SEE THE HARM, SO ARE YOU GAME? (N/A: acreditem, eu já fiz isso... A diferença é que o telefone ficou mudo depois! *chora*)


E então fiz uma pausa para rir, colocando o telefone e espantando meu pai do meu quarto, já que ele me olhava horrorizado.


-quem me incomoda?


-é... Oi, Alice? –é um menino?!


-ah...


-é o Jasper, irmão de Rosalie... –PUTA MERDA ALICE!


-oi, aqui é a Lu, irmã de Alice... Ela não pode atender no momento, quer deixar recado? –SE MATA ALICE, SE MATA!


-Alice, eu sei que você não tem irmãos. –suspirei.


-o que Rosalie tem? –perguntei contrariada.


-como assim “o que Rosalie tem”? Ela não tem nada! –hein?


-como assim “como assim ‘o que Rosalie tem’?”? Você é irmão dela, para estar me ligando aconteceu alguma coisa, DÃ! –é bom eu não contar isso para Bella ou ela nunca mais vai deixar eu chamá-la de tapada.


-ela está bem, é só que... Gostaria de sair comigo um dia desses? –minha boca caiu.


-PIRO FOI? BEBEU O QUE? EU NEM SEI COM QUE FREQUENCIA VOCÊ COMPRA ROUPAS! –segurei o nariz para não rir.


-é... Bem, não preciso de muitas roupas, sou um menino. –ele riu um pouco.


-NEM PENSAR, NEM MORTA, NEM POR CIMA DO MEU CADAVER! –não exagera Alice, ele é bonitinho... Bem INHO!


-mas...


-eu to ocupada, com licença. –desliguei o telefone e corri para a Janela, vendo Bella entrar em casa. DANE-SE QUE EU NUNCA MAIS VOU PODER CHAMÁ-LA DE TAPADA!


[Jasper]


-TU TU TU TU... –eu ainda estava atônito olhando para o telefone.


QUEM ERA AQUELA MENINA? E por que diabos ela não me deu bola?


Nota mental: Alice Brandon é a criatura mais estranha que pode existir.


[Bella]


Assim que entrei em meu quarto, vi Alice na janela sacudindo as mãos para cima e para baixo (sem contar na careta e nos berros: BELLA, BELLA SOCORRO... TEM UM TARADO ATRÁS DE MIM!”


Depois desse ultimo grito corri para a janela e ela logo tratou de tagarelar tudo. Sem cortar detalhes, segundo ele...


-Então o irmão de Rosalie te chamou para sair? –ela assentiu aterrorizada. –e...


-e, que ele pode ser um psicopata atrás de mim só por causa de minhas roupas, já pensou nesse caso? –arregalei os olhos e segurei para não rir.


-Alice, meu bem... Sinto ser eu em te informar isso, mas... Acho que Jasper não está atrás de suas roupas.


-mas é claro que eu fui uma pessoa educada e equilibrada dizendo que eu não podia por motivos pessoais, imagina só... –ela sacudiu a cabeça e a mão ao mesmo tempo.


-meu deus, o que você fez? –ela franziu a testa e então sorriu.


-e o Edward? –sorri me lembrando.


-está tudo bem agora, foi só um mal entendido. –dei de ombros e ela sorriu mais.


-isso está me cheirando a Affair. –franzi a testa.


-o que Alice? –ela bufou.


-ROMANCE BELLA, ROMANCE! OH, CÉUS O QUE EU FIZ PARA MERECER ISSO? –bem... Isso me economizou uma busca no Google depois.


-não sonha Alice. –ela revirou os olhos, mas sorriu.


-veremos. –e assim saímos da janela e voltamos para nossos quartos.


 


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Notas finais do capítulo

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