O Caso do Slender Man escrita por Hunter Pri Rosen


Capítulo 4
Pais e Filhos


Notas iniciais do capítulo

Oi!

Escrevi este capítulo todinho hoje e eu só ia postar na segunda-feira (seguindo o paranauê de postar uma vez por semana). Mas sabe quando você gosta tanto do breguenete que fica louca para compartilhar a coisa logo? Pois é, esta sou eu. Não resisti e resolvi adiantar o capítulo de segunda-feira. O que significa que agora o próximo vai demorar.

Se bem que nunca se sabe, né? De repente vem uma onda de inspiração e eu psicografo mais um capítulo antes do previsto, então tudo pode acontecer.

Espero que gostem porque eu amei!

Lá vai...



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A voz de Castiel, lhe dizendo que podia explicar por que havia contado certas coisas para Isabel, ainda ecoava na cabeça de Mia quando ela finalmente abriu os olhos, virou-se, ficando de frente para o anjo na cozinha, cruzou os braços contra o peito e começou visivelmente brava:

— Oi, amor. Então, como você prefere morrer? Frito no óleo santo ou fatiado com uma espada angelical?

Isabel arregalou os olhos um tanto assustada, começou a levantar da cadeira com certo cuidado e disse:

— Acho melhor eu voltar para o meu quarto.

Mia virou-se na direção dela e falou mais calma:

— Não. Você fica, querida. Pode tomar o seu café.

— Não se preocupe, filha, eu e a sua mãe vamos conversar em outro lugar e vai ficar tudo bem. — assegurou Castiel olhando para a menina por sobre o ombro da caçadora.

Mia voltou a encará-lo e corrigiu firmemente:

— Que nós vamos conversar, nós vamos, mas que vai ficar tudo bem... Isso eu já não sei. — e ao perceber um leve sorriso nos lábios do anjo, ela questionou confusa: — Do que diabos você está rindo?

— Você fica ainda mais bonita quando está brava. — elogiou o anjo.

Isabel sorriu e voltou para a sua cadeira. Mia pareceu sair um pouco da defensiva, mas em seguida colocou as mãos na cintura e retrucou:

— Não começa. Isso não vai aliviar a sua barra. Você disse que pode explicar, que quer conversar, pois muito bem, vamos conversar.

Então a caçadora passou pelo anjo, planejando sair da cozinha e assim ouvir as explicações dele em um lugar longe de Isabel. Mas antes que Mia se afastasse muito, Castiel colocou a mão em seu ombro.

Quando Mia percebeu, os dois estavam no quarto, no andar superior, e um barulho de asas foi ouvido e se extinguiu rapidamente.

Depois de entender o que Castiel havia feito, a caçadora deu alguns passos a frente, se afastando dele e resmungou:

— Sempre tão exibido com essas asas...

— Mia, eu sei que você está brava, mas por favor, me escuta. — pediu o anjo calmamente.

Então ela respirou fundo, virou-se para ficar de frente para ele, voltou a cruzar os braços e assentiu:

— Tudo bem. Eu estou ouvindo.

Castiel deu um passo à frente, mas parou quando Mia deu dois para trás, deixando claro que não queria muita proximidade entre eles naquele momento.

Então o anjo pensou um pouco e resolveu começar:

— Eu contei algumas coisas para a Isabel sim, mas eu só decidi fazer isso porque ela estava muito triste. Aliás, ela sempre fica triste quando você viaja, justamente por não saber o motivo de tantas ausências. Ela sofria com isso, Mia. Ontem mesmo ela me disse que achava que você não gostava mais dela. — depois de uma breve pausa, ele continuou: — Bem, no fundo a Isabel sabe muito bem que você a ama, mas ela precisa sentir isso. E ela não sentia porque você vive viajando e fugindo das perguntas que ela faz. Ela estava tão confusa...

Por mais que tivesse ficado mexida com uma parte daquela explicação, porque realmente era horrível esconder certas coisas da própria filha e se ausentar tanto, Mia protestou:

— E então você achou que seria uma brilhante ideia deixá-la ainda mais confusa, certo?

— Ela assimilou muito bem o que eu contei. — argumentou Castiel.

— Ela teve um pesadelo! — contou Mia indignada. — Ela estava tremendo quando eu cheguei, com medo de que o Henry e a Rachel estivessem em perigo.

Castiel franziu o cenho e perguntou intrigado:

— Você acha que ela teve uma premonição?

— Não, claro que não. As crianças estão bem. — esclareceu a caçadora. — O que eu acho é que a Isabel ficou impressionada demais com o que você resolveu contar, sem mais nem menos, e por isso sonhou com um monstro qualquer.

— Não foi sem mais nem menos. — protestou Castiel se exaltando um pouco. — Nós tínhamos concordado em contar a verdade para ela.

— Só quando ela crescesse mais um pouco. E juntos. — ressaltou Mia.

— Como eu disse, ela assimilou muito bem. — reforçou Castiel. — E eu não entrei em muitos detalhes, Mia. Eu não sou maluco. Além disso, ainda há muitas coisas que nós podemos contar para a Isabel, juntos, e no momento certo. Do seu jeito.

Indignada, Mia deu alguns passos a frente e esbravejou:

— Você contou, para uma criança de seis anos, que a mãe dela caça monstros e que o pai é um anjo! O que mais falta contar?

— Eu não contei para ela sobre a origem do seu dom, nem por que você parou de envelhecer. Entre outras coisas. — respondeu Castiel.

— Ah! Muito obrigada! — agradeceu ela com ironia lhe dando as costas e caminhando na direção da cama.

Em seguida, Mia sentou-se, abaixou a cabeça, levou as mãos ao rosto e fechou os olhos. Castiel observou a cena por algum tempo antes de recomeçar:

— Você sabe como a Isabel é especial. Ela é muito madura para a idade dela, Mia. Eu não teria contado se não achasse que ela ia entender.

— Não importa se ela é madura, ainda assim ela é só uma criança, Cas. — contrapôs a caçadora depois de afastar as mãos do rosto. — E por mais que você diga que não entrou em detalhes, ela tem uma imaginação fértil, é esperta, inteligente... Se ela sonhou com um monstro foi porque deve ter se perguntado que tipo de monstros existem, que tipo de monstros eu caço. E tudo isso porque você resolveu que era a hora de contar que essas coisas existem.

Castiel pensou um pouco e depois perguntou:

— Tudo bem. Então o que você quer que eu faça? Que eu apague a memória dela e assim tudo volta a ser como era antes?

— É uma ótima ideia. — aprovou a caçadora, vendo naquela sugestão a chance de reverter o estrago que Castiel havia feito na cabeça de Isabel.

— Tem certeza? — questionou ele. — Porque caso você não tenha visto, ela sorriu quando eu apareci na cozinha. Ela ficou feliz em me ver assim, como eu sou, sem mais segredos. É bem melhor do que ter que arranjar várias desculpas para justificar a minha ausência. Agora eu posso simplesmente dizer a verdade, que eu estava no Céu, que eu estava em outro lugar ajudando outras pessoas. E você também, Mia. Agora a Isabel entende perfeitamente por que você viaja tanto. Ela te vê como uma heroína, ela sabe que tudo que você faz é para ajudar as pessoas e para preservá-la, protegê-la. Você quer mesmo que ela volte a pensar que você não gosta dela? Que ela sofra por perceber que você e eu estamos mentindo para ela? Que ela volte a ficar triste e a se sentir sozinha toda vez que você tiver uma premonição e precisar ir caçar? Ou toda vez que eu precisar voltar para o Céu?

Mia pensou um pouco, avaliando tudo o que Castiel havia dito até ali. Odiava admitir, mas naquele ponto ele tinha razão. Por mais que os dois demonstrassem o amor que sentiam pela filha, aquele sentimento era massacrado toda vez que eles tinham que mentir para ela. Então, mais calma, ela perguntou:

— Por que você não me esperou? Pelo menos, nós podíamos ter contado juntos. Decidido juntos.

— Ela estava chorando. — contou Castiel com pesar ao se lembrar do momento em que viu a filha tão fragilizada. — Eu li um livro, tentei acalmá-la, pensei em obrigá-la a dormir usando os meus poderes, mas desisti porque eu não quero usar este tipo de coisa com a nossa filha, Mia. Desculpe. Eu realmente sinto muito, eu não queria ter passado por cima de você desta forma, mas quando a Isabel chora...

— Ela acaba com a gente. — completou a caçadora entendendo perfeitamente o que Castiel tinha sentido.

O anjo assentiu com um meneio de cabeça. Instantes depois se aproximou da cama e sentou ao lado de Mia com certa cautela, pois não sabia se ela ainda estava com vontade de fritá-lo no óleo santo ou fatiá-lo com uma espada angelical.

Ela permaneceu imóvel, olhando para o chão, mas parecia bem mais calma. Ou será que estava pensando em outra forma de matá-lo?

Algum tempo depois, Castiel quebrou o silêncio e pediu aflito:

— Por favor, diga alguma coisa. Diga que eu sou um péssimo pai, um péssimo marido, um anjo linguarudo, qualquer coisa.— como não obteve nenhuma resposta, ele mudou a estratégia: — Você ainda está com raiva de mim?

Mia pensou um pouco, respirou fundo, olhou na direção dele e respondeu:

— Não de você, mas de toda essa situação. Era horrível mentir para a Isabel, agora é complicado que ela saiba a verdade. Embora isso tenha algumas vantagens, tudo é tão complicado, Cas. Honestamente, eu não sei como nós vamos lidar com tudo isso agora. Ela pode ter se contentado com o que você revelou, mas não vai demorar muito e ela vai fazer novas perguntas. Ela vai querer saber mais, cada vez mais. Eu não sei como vai ser quando ela descobrir sobre mim, sobre o sangue que corre nas minhas veias e... Nela também. Eu não quero que ela sofra, que ela se sinta diferente...

— Ela é diferente, Mia. ­— afirmou Castiel a interrompendo. — Independente de ter poderes ou não, a Isabel é diferente e especial. Assim como os pais dela. Mas ela aceitou bem que a mãe é uma caçadora e o pai é um anjo. Então quem sabe não se acostume com o fato de que é uma nephilim?

— Com o sangue de um demônio. — frisou Mia.

— Não importa. Ela ainda é nossa filha, Mia. Uma boa menina, uma menina especial. Ela vai ficar bem. — argumentou Castiel. Em seguida, ele colocou uma das mãos no ombro de Mia e assegurou: — Tudo vai ficar bem.

A caçadora refletiu um pouco enquanto encarava o anjo e então, já completamente rendida, se aproximou e apoiou a cabeça em seu ombro. Em resposta, Castiel passou um dos braços em volta dela e deixou que Mia entrelaçasse a outra mão com a dela.

— Eu senti a sua falta. — admitiu a caçadora por fim, já que fazia dias que não via Castiel.

O anjo sorriu levemente e retribuiu:

— Eu também. — então Mia se mexeu um pouco e inclinou a cabeça procurando pelos lábios do anjo. — Minha coelhinha... — murmurou ele antes de segurar o seu rosto com carinho e beijá-la calmamente.

Depois ele afastou o rosto e a abraçou com força. Mia retribuiu e fechou os olhos. Ainda estava muito preocupada com as consequências de Isabel saber a verdade, ou pelo menos uma parte da verdade.

Enquanto isso no Bunker dos Homens das Letras...

Sam havia colocado a filha sentada sobre a pia do banheiro e pegado uma tesoura, em um armário que ficava naquela parede. Com cuidado, ele separou a mecha de cabelo, na qual Henry havia grudado o chiclete, e se preparou para cortá-la. Mas parou quando a filha voltou a chorar, borrando a maquiagem em seu rosto.

Então o Winchester colocou a tesoura sobre a pia e tentou acalmá-la:

— Rachel, filha... Não precisa ficar assim. Olha, por sorte, o chiclete está quase na ponta do cabelo, então o papai só vai cortar um pouquinho.

— Vai ficar feio... — temeu a menina chorando ainda mais.

— Não, não vai dar nem para perceber. Eu juro. — assegurou Sam.

Ao perceber que Rachel tinha se acalmado um pouco, ele voltou a pegar a tesoura e a segurar a mecha entre os dedos. Mas quando ele ia cortar, notou que a menina o olhava aflita, pressionando os lábios, como se fosse chorar a qualquer momento.

Então Sam fraquejou mais uma vez, afastou a mão, a apoiou na pia, mantendo uma distância segura entre o objeto cortante e a filha, e pediu:

— Por favor, não faça isso comigo...

Neste momento, Claire entrou no banheiro e perguntou:

— O que está acontecendo aqui?

Sam se recompôs, olhou na direção da esposa e, aliviado por ela ter aparecido ali naquele momento crucial, exclamou:

— Claire! Graças a Deus! — e lhe estendendo a tesoura, pediu: — Será que você poderia...?

A caçadora entendeu o pedido, sem que o marido precisasse completar a frase, e pegou a tesoura.

Em seguida, Sam se afastou um pouco, para que Claire ficasse de frente para a filha. Ao fazer isso, ela olhou a menina com segurança e disse:

— Filha, cabelo cresce de novo e ainda mais bonito.

— É? — indagou Rachel com certo interesse.

— Claro. Além disso, a mamãe só vai cortar um pouquinho, não vai dar nem para perceber e você vai continuar linda. — argumentou a caçadora. Mas ao notar que a filha ainda estava um tanto relutante, ela propôs: — Eu te compro uma boneca nova.

Os olhos de Rachel brilharam ao ouvir aquilo e, imediatamente, ela sorriu e aceitou a proposta:

— Fechado.

Então, num gesto simples e rápido, Claire cortou o pedaço de cabelo que estava comprometido pelo chiclete e o jogou na lixeira ao lado do gabinete. Depois disso, voltou-se para Sam, lhe entregou a tesoura e debochou:

— Será que você consegue pelo menos limpar o rosto dela agora?

— Como você fez isso? — questionou Sam abismado com a facilidade com que Claire tinha convencido a filha.

Ele olhava ora para a tesoura, ora para Rachel, que parecia bem mais tranquila e balançava os pés, ainda com os sapatos da mãe.

— Eu vou ganhar uma boneca! — comemorou a menina.

— Credo! Que horror! — intrometeu-se Henry aparecendo na porta do banheiro. — Eu odeio bonecas. Elas me dão arrepios.

Rachel o fuzilou com o olhar e Natalie surgiu atrás do menino, colocou as mãos em seus ombros e falou:

— Eu te entendo, filhote. Aquelas coisas são macabras mesmo. — e depois de uma pausa, orientou: — Mas agora pede desculpas para a sua prima.

Relutante, Henry olhou para o chão por alguns instantes, depois ergueu o olhar na direção de Rachel e finalmente pediu:

— Desculpa.

Como a menina não respondeu e ainda virou o rosto e cruzou os braços, Sam a repreendeu:

— Rachel, o seu primo te pediu desculpas. O que você responde nessas horas?

— Eu não posso dizer. — esquivou-se a garotinha.

— Por quê não? — estranhou o Winchester.

— Porque você e a mamãe não querem que eu fale palavrão. — justificou-se a menina.

— Rachel! — repreendeu Claire arqueando as sobrancelhas e a encarando firmemente. — Agora. — exigiu.

A menina suspirou derrotada, olhou para Henry e por fim disse:

— Está desculpado. E me desculpa por ter te chamado de Bebê Awesome.

— Tudo bem. — assentiu o menino. — Mas da próxima vez que me chamar assim, você vai ficar careca.

Rachel arregalou os olhos assustada com aquela ameaça, levou as mãos aos cabelos como se quisesse proteger cada fio e fitou os pais como se estivesse pedindo por socorro. No entanto, Sam e Claire estavam distraídos demais com a risada de Natalie que ecoava pelo banheiro.

Ao se dar conta de que estava sendo observada pelo casal, e agora também pelo filho e por Rachel, a loira parou de rir e balbuciou:

— O que foi? Eu só estava imaginando que a Rachel careca ia ser algo muito engraçado.

Claire cruzou os braços contra o peito e avisou:

— Se isso por acaso acontecesse, eu teria que comprar muitas bonecas para tentar consolar a minha filha, você não acha?

Natalie ficou extremamente séria ao imaginar o bunker infestado por aquelas coisas medonhas, engoliu em seco e afirmou:

— E eu teria que me mudar. — pensando nisso, ela voltou-se para o filho e ordenou: — Henry Jones Winchester, nunca mais mexa com o cabelo da sua prima, entendeu?

O menino assentiu com um meneio de cabeça e Natalie resolveu mudar de assunto:

— Ah! Claire, será que nós podemos conversar enquanto preparamos o café? Eu recebi uma ligação daquela xerife que nós conhecemos em Portland. Parece que nós deixamos passar alguma coisa naquele caso.

— Tudo bem, eu já vou descer. — respondeu Claire.

Depois que Natalie e Henry se afastaram, a morena olhou para Sam, que tinha voltado a olhar para a tesoura e para o cabelo da filha.

Então Claire achou melhor lembrá-lo:

— Tirar a maquiagem da Rachel.

Sam assentiu e em seguida Claire lhe deu um selinho carinhoso e também saiu do banheiro.

Rachel, por sua vez, se olhou no espelho que estava logo atrás dela na parede, se assustou com o que viu, colocou as mãos nas bochechas e murmurou:

— Ai meu Deus! Eu estou parecendo um zumbi!

— Vamos dar um jeito nisso. — disse Sam se aproximando, abrindo o armário e pegando uma caixa com lenços umedecidos.

Depois de tirar o excesso da maquiagem, ele lavaria o rosto de Rachel, secaria com uma toalha e tudo estaria resolvido. Pelo menos, até ela e Henry aprontarem a próxima travessura.

Mais tarde

Do lado de fora do bunker, Claire e Natalie se despediram dos maridos e dos filhos. Instantes depois, as duas entraram no Camaro.

— Não esquece a minha boneca! — gritou Rachel na frente de Sam.

Claire acenou para os dois e Natalie buzinou para Dean e Henry. Logo o veículo sumiu do alcance de visão dos quatro.

Então eles voltaram para o interior do bunker e Sam viu que o seu celular estava vibrando, sobre a mesa da sala principal.

Rachel e Henry correram pelo lugar e decidiram que iriam brincar de esconde-esconde. O bunker era um ótimo lugar para isso.

Enquanto isso, Sam se aproximou da mesa, pegou o celular e viu quem estava ligando. Suspirou aborrecido e resmungou:

— Eu não acredito...

Dean se aproximou e olhou para a tela do aparelho. Ao ver quem era, arqueou as sobrancelhas e questionou:

— O que será que ele quer?

Sam respirou fundo, colocou no viva voz, para que Dean pudesse acompanhar a conversa, e começou:

— Oi, Garth.

— Ei, Sammy! Como você está, cara? — disse Garth animado como sempre. — E as meninas? E as crianças? E o Dean?

— Estamos todos bem. — respondeu o Winchester mais velho.

— A Claire e a Natalie foram checar um caso e as crianças estão de férias. Nos enlouquecendo a cada dia... — completou Sam. — E você? Tudo bem? Por que está ligando?

— Eu preciso de ajuda com um caso. — contou Garth. — Lembra do Slender Man? Ele tinha sequestrado algumas crianças na Carolina do Norte, há uns oito anos. Bem na época em que as meninas ficaram grávidas.

Sam pensou um pouco e lembrou da ocasião. Infelizmente, naquela época, ele não conseguiu encontrar nenhuma arma capaz de destruir aquela ameaça. E o Slender Man simplesmente desapareceu depois de alguns dias. Nunca mais houve qualquer relato sobre aparições da criatura. Provavelmente porque depois de sequestrar a última vítima, ele entrou no período de hibernação.

— Lembro sim. — respondeu o Winchester mais novo.

— Pois é, parece que ele resolveu sair da toca. Mas desta vez escolheu outro estado. — relatou Garth.

— Qual? — quis saber Dean, que lembrava por alto daquele caso.

— O Kansas. — revelou o caçador do outro lado da linha, fazendo Sam e Dean se entreolharem. — E não entrem em pânico, mas de acordo com o que eu consegui apurar até agora, ele está se aproximando cada vez mais de Lebanon.

— O quê?! — surpreendeu-se Dean já que o bunker ficava naquela cidade. Era impossível não ficar preocupado com Rachel e Henry naquele momento. — E como nós matamos o desgraçado?

— Se eu soubesse, não estaria pedindo ajuda. — brincou Garth, mas Dean não viu muita graça e fechou a cara. — Eu chego aí em meia hora, ok? E então nós conversamos melhor.

— O quê?! Como assim em meia hora? — indagou Sam surpreso, assim como Dean que tinha arregalado aos olhos ao descobrir que o caçador estava a caminho. — Garth? Alô? — chamou, mas aparentemente a ligação tinha caído.

Na verdade, Garth mesmo tinha encerrado o contato, para que Sam e Dean não tivessem chance de protestar.

— Son of a bitch... — xingou Dean baixinho.

Sam colocou o aparelho sobre a mesa enquanto se preparava mentalmente para rever o amigo, temendo ser abraçado daquela forma constrangedora, bem típica de Garth.

Dean também temia por aquele momento e se perguntava se Garth ficaria muito chateado se ele simplesmente o deixasse no vácuo.


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Notas finais do capítulo

Tadinho do Garth... Que maldade deixar o bichinho no vácuo...

E o quebra pau Miastiel, hein? Gostaram? O Cas se redimiu um pouquinho ou ainda merece um castigo do tipo ficar sem "nada" por um mês?

Gente, eu sou muito retardada (não me diga!), eu dei tanta risada escrevendo a cena do banheiro, com o Sam tentando cortar o cabelo da Rachel, depois os primos se desculpando, a Naty rindo de um negócio sério e depois corrigindo o filhote, a Rachel se segurando para não falar palavrão kkkkkkkkkkkkkkkkkkkkk

Mas, porém, no entanto, todavia e doravante, as meninas foram caçar e o Garth ligou com notícias do menino Slender. O que significa que finalmente eu vou começar de fato O caso do Slender Man. Mas sempre mostrando os momentos em família dessas famílias nada normais kkkkkkkkk

Ah! Uma coisa importante. Como esta fic se passa no futuro do pretérito mais que perfeito (WTF?) eu tenho colocado alguns spoilers bem meigos assim aleatoriamente. Tipo, aqui o Cas já recuperou a graça dele e vimos que a Mia encontrou uma forma de parar de envelhecer.

Mas, porém, no entanto, todavia e doravante (again), isso não significa que eu vou explicar como tudo isso aconteceu. O foco da fic será o caso do Slender e também mostrar os papis, mamis e filhotes. O resto eu vou explicar mesmo em Heaven and Hell e nas continuações da saga sem fim.

Bem, this is it.

Reviews?

Inté o próximo capítulo! Que, em virtude do temperamento da autora, será postado... A qualquer momento.

Bjs!



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