My Kind of Love escrita por Thaaai


Capítulo 3
Alguém segura o Gael !?!?


Notas iniciais do capítulo

E aí, povooooooooo??? Tô frenética hoje! uahaushasah (não reparem '-')
Quero dedicar o cap de hoje para minhas amigas/pestes que amooo, Raíssa e Nathália, que só me motivam dia após dia a escrever os caps. Enfim, vou parar de encher o saco de vocês...Aí está o 3°. Boa leitura! *----*



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– Quê que você tá fazendo aqui, moleque? – o dono da academia questionou.

Imediatamente todos se entreolharam. Pedro, encarava a mãe num pedido mudo e desesperado de socorro, mas Dandara não intervia, nem fazia questão disso, por estar tão curiosa quanto Gael.

– E-eu...é...eu vim acompanhar a Karina.

– Isso eu sei, né? Mas, por quê? – juntou as sobrancelhas como se ligasse os pontos – Cê tem alguma coisa a ver com isso?

Olhava para Pedro como um leão para um pedaço de carne.

Estava indignado! Como a filha vai parar no hospital e ele é um dos últimos a saber? E Pedro? O que ele estava fazendo ali? Se tinha uma coisa que o mestre odiava era ficar alheio ao que acontecia com as filhas...

Karina olhou discretamente para Pedro. O garoto estava quase tendo um parto de nervoso! Ela sorriu com aquilo, mas sabia que quando o pai tendia a ser um mala, superava qualquer expectativa! Ninguém, nem mesmo Bete com toda a sua calmaria, aguentava.

– É melhor a gente resolver isso depois, Gael. Esse barulho todo já deve tá incomodando os outros pacientes! – disse Dandara pela primeira vez desde que chegou.

– Não mesmo! Se tem uma coisa que eu não gosto é de ser feito de trouxa! A Karina tá...

– AAAAAI – no mesmo instante a loira simula uma dor no tornozelo, atraindo a atenção dos seus três acompanhantes.

Em partes era verdade, seu tornozelo realmente incomodava, mas não a ponto de fazê-la se contorcer de dor. Se alguém percebeu isso? Não. Pelo visto Bianca não era a única com talento nato para atuação, reprimiu o riso com esse pensamento.

A enfermeira finalmente chegou para fazer seus curativos e ela suspirou, aliviada, com isso. Os três se preparam para sair, mas antes o seu Gael tratou de lançar um “mais tarde a gente conversa” para a garota, que bufou irritada. Além dos cortes, Karina teve uma pequena contusão no tornozelo, mas nada que uns dias de repouso e compressas de gelo não resolvessem.

Gael ofereceu carona a Dandara, que pelo horário não poderia recusar. A manhã passou voando e ela saiu da Ribalta sem ao menos dá uma explicação cabível aos colegas de trabalho. Do jeito que conhecia Lucrécia e Edgar, sabia que ouviria até o fim do mês. Pela vontade do pai de Karina, Pedro não estaria ali, prestes a sentar ao lado dela, no banco dos fundos, mas era óbvia a falta de cabimento em deixar o “bebê” da professora Dandara, sua “amiga com benefícios”, ir a pé sozinho.

O clima dentro do carro era de silêncio total. De vez em quando, Pedro olhava para Karina, que fazia o mesmo, mas se aproveitando da sua visão periférica. Em pouco tempo estavam parados frente a casa de Gael.

Pedro saiu do carro, dando a volta para encontrar a mãe, enquanto Karina travava uma batalha com o cinto de segurança “Jura que eu vou ficar presa? Só falta isso pra melhorar meu dia!”, pensava. Até que ele soltou e ela pisou firme no chão, esquecendo completamente da contusão.

– Eita! – sorriu Pedro, para variar, segurando-a. – Se apoia em mim, tá bom? Eu te levo lá em cima.

Karina prendeu um gritinho, que ousava escapar de tamanha dor e apenas assentiu à sugestão do menino, que ignorando os olhares furiosos de Gael, levou-a até a sala de sua casa. Lá, enquanto o casal de adolescentes se sentava no sofá, Dandara, juntamente com Gael, esperava em pé por uma explicação. Nenhum dos dois falou nada, então o pai da esquentadinha resolveu se pronunciar:

– E então...Quem vai falar primeiro? – cruzou os braços.

– É...pai...é que...

– A culpa foi minha! – disse Pedro, fazendo a menina arregalar os olhos, prevendo a bronca do pai. Esse, gesticulou como se dissesse “eu já sabia”.

– Pedro! Que história é essa? – foi a vez de Dandara falar.

– Pois é! Que. História. É. Essa? – Gael disse pausadamente, rangendo os dentes.

– Eu fui lá na academia atrás da Karina, entregar o fone de ouvido dela – olhou de relance pra mãe, que o incentivou a prosseguir – aí, a gente teve uma discussão, como sempre... – sorriu, mas logo voltou a ficar sério, percebendo que o mestre não estava de bom humor – eu saí, a Karina foi atrás e aí...bom, vocês sabem...o carro veio e...- apontou para os machucados dela.

Após uns segundos em silêncio, que mais pareciam eternos, Gael esboçou uma reação:

– Inacreditável isso! – passando a mão no rosto, já vermelho de raiva – Eu não aguento mais essa palhaçada de vocês dois! Vocês não são mais crianças, eu já estou cansado desse “mi mi mi” todo! - cada vez mais seu tom de voz alterava - Você, moleque – apontando para Pedro- se afasta da minha filha! E você Karina, por favor, né? Correndo atrás do garoto feito um moleque macho caçando briga? Não acha que já chega não? Já imagino o que os vizinhos não devem estar pensando!

– Pera aê, né Gael? Não acha que está exagerando, não? Eles não são duas crianças, nem você um ditador pra levar a conversa desse jeito!- falou Dandara querendo apaziguar as coisas – Eu entendo e concordo que dessa vez eles passaram dos limites, mas também impedir um de ver o outro já é loucura, né?

– Por mim tudo bem... – comentou Ka, enrolando o dedo com uma linha que se desprendia da almofada.

– Até parece que ia querer ficar longe de mim, sem me jogar no chafariz e outras coisas... – disse Pedro debochado piscando para Karina.

Pedro fazendo “Pedrices”, pensou.

Deu um tapa na própria testa, enquanto fuzilava o menino com o olhar.

– De qualquer forma não daria certo! Eles não vão perder o contato...Karina luta na academia e meu filho estuda na Ribalta, que é no mesmo prédio, além do fato de morarmos aqui perto. – concluiu a professora.

– É... – suspirou Gael, derrotado – Ainda assim, não quero os dois de muito papinho não! Quase acontece uma coisa grave com a K.

– Ai, que bom que vocês chegaram! Eu tava louca de preocupação! – disse Bianca indo correndo ver a irmã. – Oi, gente. – sorriu cumprimentando Pedro e Dandara.

– Tá tudo bem, K? - perguntou Bianca.

– Tá, Bia. – respondeu já impaciente, principalmente com a irmã que a apalpava toda, se certificando de que estava “tudo no lugar”...

– Bom...já tá no meu horário, quer dizer, já passou, né? – Dandara comentou, olhando para seu relógio de pulso – Espero que tenha ficado tudo claro! Sem brigas, sem hospital e é isso...Vamos, Pedrinho! – gesticulou chamando-o.

– Vou pro meu quarto. – disse Karina, dando tchau para as visitas.

– Ei! Bianca... – perguntou Pedro para a morena, que confirmou – Eu quero te pedir uma coisa...

***

Depois do almoço, Bianca e Gael voltaram para a academia e Karina ficou sob os cuidados de Bete. Logo era noite e se preparava para dormir, depois de uma série de perguntas da irmã sobre o guitarrista. Estava quase pegando no sono quando o celular apitou. Era uma mensagem.

XXX – “Espero que você esteja melhor. Pode abrir a porta, menina maluquinha?

Pedro!

Que diabos ele queria com ela? Não, pior, como ele tinha seu número? Pensou seriamente em ignorá-lo, até que o celular apitou novamente:

Pedro – “É sério, a fama desse bairro não é muito boa a esse horário...”

Relutante, atendeu a porta:

– Quem te deu meu número? – perguntou irritada. – Já sei, foi o Jeff, né? Traidor!

– Hum hum – negou – Tenho meus contatos... – sorriu misteriosamente, enquanto a loira arqueava uma das sobrancelhas.

– Bianca? – riu sarcasticamente.

– Droga! – fez biquinho.

– Acho que meu pai ainda não dormiu, fala logo, veio fazer o que?

– O mesmo de hoje mais cedo... – entregou o fone – sei que você não vive sem ele. – riu.

– Tá, valeu!

– Tô indo nessa.

Estava quase saindo quando ela chamou:

– Mas, porque agora, tão tarde? – se referiu à ida dele a sua casa - Não poderia ser amanhã?

– Poderia – se aproximou da porta – mas, na verdade eu queria saber se você tava bem. Não conseguiria dormir sem saber isso.

E saiu, deixando a menina parada, no mesmo lugar, sem conseguir tirar os olhos da porta.


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Notas finais do capítulo

Gostaraaam? Espero que sim! *---------*
Mas, mudando drasticamente de assunto...Alguém aí curte fics da seleção brasileira?
Nossaaaaa, tô muito viciada! As do David Luiz então...são as melhores!