O Amor é Cego escrita por Babi Rodrigues, Babi Hutcherson Black, Babi Hutcherson Black


Capítulo 7
Epílogo


Notas iniciais do capítulo

Bom diaaa! Vocês QUASE bateram a meta, por causa de 2 reviews :'( mas ok. Epílogo mesmo porque quero me dedicar à outra fic que estou planejando, mas não vou terminar ela no Nyah porque talvez faça um bônus. Obrigada a todos que comentaram, amo vocês



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Eu passei toda a madrugada lendo o livro do Peeta e me desfazendo em lágrimas. O livro era realmente sobre mim. Contava a história de nós dois, mas principalmente tudo o que ele sentia por mim. Era lindo! Era perfeito! No início de cada capítulo tinha um trechinho dos livros da série Twilight! Ele havia terminado a leitura mesmo sem mim.

O último capítulo do livro “Menina dos olhos”, e principalmente o finalzinho dele dizia tudo que eu precisava saber. Tudo o que queria saber.


“’... Eu estou aqui, e eu te amo. Eu sempre amei você. E eu sempre estava pensando em você, vendo o seu rosto em minha mente, durante cada segundo em que estive longe...’
[Edward Cullen - New Moon]

(...)

Eu tenho estado cego durante um longo período da minha vida. Eu estou cego desde que a deixei. Porque antes não importava se eu tinha visão ou não. O que importava era que eu tinha ao meu lado a garota que eu amava, e isso era meu “sentido” mais poderoso. Muito mais do que audição, visão, olfato, tato e paladar juntos. Porque o amor supera qualquer obstáculo; ele é a maior visão que se pode ter. Mas eu fui tolo demais pra perceber isso no momento certo. Eu precisei voltar a “enxergar” para entender que deixá-la foi um erro, para entender que eu fiquei cego no dia em que a deixei... Ela era mais importante do que tudo aquilo... Ela era (e ainda é) a menina dos meus olhos.”



Eram quase 4 horas da manhã quando terminei de ler. E eu não podia simplesmente esperar amanhecer para ir atrás do Peeta. Esperar 2 horas podia parecer pouco tempo, mas eu já havia esperado 5 anos. Eu tinha que vê-lo! Saí e deixei um bilhete pra Annie, para que ela não se preocupasse comigo.

§§

Sempre tive medo de velocidade, mas naquele dia eu dirigi muito rápido, corri ultrapassando todos os limites possíveis. Eu tinha pressa, meu coração tinha pressa.

– Kat? O que houve? - Magd abriu a porta assustada.
– Tá tudo bem, Mags! Não se preocupe! O Peeta tá aí?
– Tá! Tá no quarto! São mais de 4 horas... - Eu deixei a Mags falando sozinha e subi as escadas correndo.

§§§

Abri a porta do quarto do Peeta sem bater e sem um pingo de educação. Ele não estava dormindo. Estava sentado na cama, lendo. Parecia cansado, apreensivo. Olhou assustado para mim quando abri a porta do quarto. Fiquei parada na porta algum tempo olhando para ele.

– Você não veio pedir autógrafo, né? - ele disse tentando amenizar o clima estranho no local. Só então percebi que ainda estava com o livro dele nas mãos.
– Não! - Eu disse me aproximando.

Ele puxou minha mão de um jeito doce, me fazendo sentar ao lado dele na cama. Peeta me abraçou e beijou minha testa esperando que eu falasse algo. Ele me conhecia bem o suficiente pra perceber que eu tinha muito a dizer.

– Peeta, eu devia odiar você! Durante 5 anos da minha vida eu senti muita raiva, mas não era ódio. Era mágoa. Você foi um idiota com as suas atitudes! Eu nunca me importei por você ser cego, nunca te discriminei, nunca precisei abrir mão de nada por causa da sua condição e nunca dei ouvidos ao idiota do Gale. Eu sempre amei você, Peeta! Sempre! Mesmo quando eu estava com raiva, mesmo quando eu tentava te esquecer. Esses foram os piores anos de minha vida, mas hoje... Hoje, as coisas mudaram. O seu livro me fez entender tudo o que você sentia; tudo o que você viveu; que você aprendeu com seus erros estúpidos... E o mais importante! Me fez ver que você me ama. E tudo o que eu preciso, Peeta, é ser amada por você! - Eu permanecia com a nuca apoiada no ombro dele. Dizer tudo aquilo fez com que eu me sentisse mais leve.

Depois disso nós nos beijamos e não conseguimos mais parar. Eu nunca vou saber bem explicar como eu me senti naquele dia. Era como se eu estivesse 10 anos em uma guerra, passando fome, sede, frio, dor e tivesse, de repente, voltado pra casa. Bom, era mais que isso, mas eu realmente não saberia explicar.

– Você quer casar comigo? - Ele disse beijando carinhosamente o alto da minha cabeça e passando de leve a mão no meu braço.

– Mas, nós começamos a namorar agora! - Eu realmente gostava de tirar ele do sério.

– Nós namoramos por cerca de quase 1 ano e passamos 6 anos apaixonados... E eu sei que quero ficar ao seu lado toda minha vida. Quero ter você para me dizer que vai ficar tudo bem quando tudo der errado, quero brigar com você por causa do controle remoto da TV, quero ter sempre seu amor pra me inspirar a escrever muitos outros livros, quem sabe filmes. Eu quero ter que levantar pra matar uma lagartixa só porque você tem pavor. Ri dos seus medos bobos, de quando você dispara a falar sem parar nem pra respirar, das suas crises de riso. Eu quero ter filhos com você, eu quero acordar todos os dias ao seu lado. Eu tenho toda a certeza de que eu preciso ter você ao meu lado para sempre. Bom, agora você aceita casar comigo?

Eu fiquei cerca de 30 segundos calada. Não com dúvidas, eu não tinha dúvidas em relação ao que sentia pelo Peeta. Mas, precisei ficar um tempo saboreando toda a declaração que tinha acabado de escutar.

– Você pode mudar um trecho de tudo o que você disse?
– Ã? - Ele fez cara de confuso.
– “Quero brigar com você por causa do controle remoto da TV”... Se você mudar essa frase eu aceito! Eu caso com você se você deixar o controle da TV comigo!
– Ta bom, vai. Eu abro mão do controle remoto!
– Eu amo você! Eu aceito. E eu também quero muito viver todos esses momentos com você! - Peeta me abraçou forte e eu soube que seria para sempre.


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Notas finais do capítulo

Espero que tenham gostado, e comentem!!!!



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