You and Your Heart escrita por QueenB
Notas iniciais do capítulo
Genteeeeee! Que bug desgraçado foi esse? Postei o capitulo na segunda como prometido, mas ai só hoje eu fui ver (estranhei a falta de comentarios) que o capitulo havia sido apagado! Estou brava! Por isso estou postada aqui novamente, e ate aproveitei pra mudar algumas coisinhas, beijos aproveitem e me perdoem, - HA, eu disse que apagar o capitulo do meu desabafo e explicaçoes do hiatus, pq se eu nao apagasse, o Nyah! Iria apagar minha fic!
Pov - Annabeth
Lá estava eu limpando as estantes de livros mofados e velhos quando encontrei um canivete. Desci assustada para mostrar meu achadinho ao Percy, e a primeira coisa que vejo é ele segurando um celular branco com uma capinha transparente, mas espera ai, o celular dele não é preto? Era o meu celular, parei em frente dele brava, e escondi o canivete. Assisti uma vez em um programa na tv que a melhor arma contra seu inimigo é mostrar que você está desarmado.
– O que você está fazendo? – Tentei não ser rude.
– Eu? - Respondeu ele acanhado.
– Não, a parede bem atrás de você!
– Ah, então assim sim.
– Cabeça de Alga. – Arranquei o celular de suas mãos e olhei o visor. – Não tem nada aqui, o que você estava fazendo?
– Ãh, a parede ou eu?
– Meu pai do céu!
Peguei minha bolsa e sai da sala o mais rápido possível, sei lá, vai que essa demência é contagiosa? No mesmo instante, Piper me mandou uma mensagem pedindo presença urgente na sala de teatro. Andando agora pelos corredores, me sinto mais familiarizada com esse lugar, ainda prefiro o clima bipolar da Califórnia e a arquitetura de lá. Quando cheguei, vi uma cena catastrófica. Thalia parecia prestes a enfiar um saxofone goela abaixo de um menino pálido e de cabelos negros. Piper parecia tentar separar a nossa carinhosa amiga a pegando pela cintura, joguei minha bolsa em cima da cadeira e corri atrás dos três que ficavam dando voltas pelo palco.
– Eu vou matar você Di Ângelo! – Thalia dizia aos berros.
– Thalia para, assassinato não é uma opção! – Piper pedia.
Entrei entre a Thalia e o Nico e arranquei o saxofone da sua mão. Eu não precisei falar nada pro Nico, apenas olhei e ele entendeu rapidinho a única mensagem que eu queria passar: “Corre pela sua vida”.
– Devolve meu brinquedinho Annabeth Chase!
Thalia parecia um touro de tão bravo e forte.
– O que tá acontecendo aqui? – Perguntei tentando elevar a voz.
– Nico só fez uma piadinha e Thalia ficou maluca. – Piper dizia.
– Uma piadinha de segundas intenções!
– Thalia, se você não se acalmar agora eu não participo do seu plano diabólico!
Thalia pareceu voltar a si. Andou até os degraus e sentou.
– Você não ousaria, já está tudo combinado. – Suspirou ela, eu hein – Não ousaria.
– Piper, - sussurrei – ela tomou algum remédio hoje?
– Então Annie, - sussurrou Piper de volta – ela tá assim desde a última aula.
– Eu estou escutando vocês duas!
Nos sentamos do seu lado só então percebi que sua pele estava fervendo.
– Você deve estar com uns 38° graus! – Exclamei.
– É mesmo Thalia, - Piper tocou sua testa – Você está queimando de febre.
– Eu estou bem, bem bem, é só o nervoso...
Thalia se levantou cambaleante pegando sua mochila e saiu da sala. Troquei olhares com Piper que parecia mais perdida do que eu.
~
Chegando em casa, me joguei no sofá e resolvi assistir tv, olhei para o visor do meu celular e não vi nenhuma mensagem do pessoal da Califórnia, nem amigas nem amigos. Nem em grupos do whatsapp do Fountain Valley HS mais eu entrava de repente.
Desliguei a televisão e subi para o meu quarto, vasculhei meu guarda-roupas em busca de algo diferente para usar na festa, após tirar aquelas camadas de panos, pelo menos eu esperava tirar ele. Nesse momento, meu celular tocou, Perseu.
– O que é que você quer? – Perguntei casualmente.
– Calma ai! Tem como você subir pro meu apartamento?
– Por que eu iria ai?
– Porque você é curiosa e eu tenho uma coisa pra te contar.
~
Quando cheguei na sua suíte, Percy abriu a porta. Estava de cueca, sem blusa e com a pior cara de sono que já tinha visto. Papai, que visão de tirar o ar de qualquer uma.
– Já vou avisando que estou sem tempo algum. – Passei por ele e entrei.
– Sempre doce como limão.
– Adorei a ironia. – Revirei os olhos.
– Poxa vida Annie, trégua! Senta ai.
Sentei no sofá e esperei ele começar.
– E ai?
– E ai o que? – Perguntou ele.
– Céus! O que você queria falar comigo?
– Ah, isso. – Percy parecia nervoso. – Eu achei que estava na hora já de nós dois termos uma conversa de verdade sobre o nosso casamento.
Puts.
– Ham, sim. Mas como o pessoal e nós dois concordamos, não vamos nos casar.
– Annie, você não ficou sabendo de tudo, ficou?
Admito que eu fiquei assustada com seu tom de voz, Percy nunca falou tão sério assim.
– De tudo o que?
– Tudo. Se não nos casarmos, Zeus e Hera não terão certeza de que nossos pais irão cumprir o acordo de juntar as duas empresas. A arquitetura da sua mãe e a empresa dos meus tios. Se nos casarmos, Zeus terá certeza de que nossas famílias não perderão contato.
– Não é mais fácil pegar um documento e assinar?
– Zeus odeia papeis, ele não confia em algo que não seja físico.
– Ótimo.
– Annie, - Percy pegou na minha mão e me olhou – Eu sei que você não me ama, e que você não me suporta, e eu também não quero casar, fala sério, tenho dezessete anos! Mas se tivesse outro jeito...
– E tem, o plano da Lia. – Pronunciei calmamente pra não gaguejar.
– Você acha realmente que vai dar certo?
– Totalmente. – Respondi incerta.
Meu celular começou a tocar e eu tive que tirar minhas mãos da dele para atender. (Lê-se ufa ou droga).
– Annabeth Chase, aonde você está? Eu exijo saber!
– Oi mãe, eu to aqui no penúltimo andar...
– O andar dos Jacksons? Não se importe, pode ficar ai...
– Na verdade já estou indo mesmo mãe.
Desliguei o celular e fui em direção a porta até Percy segurar meu braço.
– Tem mais uma coisa...
– Não tenho tempo Percy, na festa a gente conversa.
– Annie, é sério, seu amigo...
Uma onda de choque passava pelo meu braço enquanto ele me segurava, meu coração palpitava. Eu e meu coração bipolar. Eu não podia ficar naquele lugar, saí ás pressas antes dele terminar de falar.
Pov – Piper
Hoje é o dia! O dia da festa, onde eu irei falar finalmente o que eu sinto pro Jason. Aquele garoto é perfeito.
Fazia umas três horas que eu e as meninas (em uma tarde instável de sábado), procurávamos sapatos e corríamos para o salão para não perder a hora. O baile começava ás 19:30, e já eram 17:00. Thalia que não parecia nem um pouco feliz com o nosso “role”, fez um escândalo de felicidade quando paramos para comer.
– Temos que voltar logo. – Disse para as meninas.
– Você tem razão Rainha da Beleza. – Debochou Thalia imitando Leo.
Leo começou a me chamar assim por eu ser filha da mulher mais vaidosa desse universo, e por eu não gostar tanto de me cuidar como minha mãe gosta.
– Melhor irmos então, vou ter que entrar com o Jason nessa festa, - Annie disse, fazia mesmo parte do plano. – E com esse cabelo preto vai ser difícil ele me reconhecer!
Rimos com isso. Annie estava morena, eu loira e Thalia estava ruiva. Resolvemos seguir com essa regra de Zeus...
~
Quando deu horário do baile, eu recém estava tentando calçar os sapatos – Á dez minutos. Era meio difícil com esses panos. Nico bateu na porta as sete e meia em ponto, e eu tive que pedir pra ele me ajudar a calçar os saltos.
– Francamente Piper, hoje a senhorita está estranha com esse novo visual...
– Que tipo de falar é esse Di Angelo? – Perguntei rindo.
– Resolvi entrar no clima da coisa.
– Claro né! – Sorri e grudei meu braço no dele. – Vamos?
~
Quando chegamos ao Hall do hotel, fomos barrados por seguranças que pediam nossos celulares.
– Que frescura é essa? – Perguntou Nico bravo.
– O senhor Zeus pediu que todos os celulares fossem barrados. – Respondeu o segurança número um.
Não havia jeito, nem com discussão ou ameaças, não poderíamos entrar sem entregarmos nossos eletrônicos. Afinal, hoje estamos de volta ao século XIX.
O Baile estava lotado, pessoas que nunca vi desfilavam por lá. Garçons em trajes estranhos circulavam pelo hotel servindo uvas e cálices de vinhos em grandes bandejas douradas, procurei entre a multidão junto com Nico sinal dos nossos amigos, ao longe vi a cabeleira ruiva da Thalia em um coque muito “moderno”.
– Esse troço é ridículo, e não falo só da minha roupa não! – Ouvi Thalia reclamar.
– Nem reclama Thalia, eu tive que vir como seu par e isso não é nada legal. – Disse Percy.
– Não dá pra ser legal só hoje amiguinha? – Leo apareceu do lado de Thalia roubando algumas uvas.
– Não me enche Valdez, você só está aqui pra tornar essa festa mais interessante.
– E ai pessoal. – Nico cumprimentou.
Sentamos na mesa e começamos a conversar de coisas aleatórias, como os vestidos das mulheres que não pareciam não estar usando a típica gaiola.
– Ah, nunca vi festa mais sem graça. – Reclamou Annabeth.
– Então que tal uma dança? – Ofereceu Leo.
Percy pareceu pigarrear.
– Calma amigão, - Leo pediu se dirigindo a Percy – É só uma dança. Tudo bem com isso, Jason?
– Vai em frente. – Juro que vi ele olhar de esguelha pra mim.
Leo pareceu olhar para Annie como se passasse algum diálogo entre os dois, e depois olhou para o outro lado do saguão, onde Calypso Fanning se encontrava.
– Então. – Disse sentando. – Como vai ser o plano?
– Leo irá ativar as luzes na hora certa. – Percy disse, parecia emburrado.
– Por que você ainda não tinha tirado a Annie para dançar? – Perguntei pra ele.
– Não quero dançar com ela. E aliás, - disse – meu par é a Thalia.
– E eu acho que você não se incomodaria se eu fosse dar uma voltinha por ai. – Thalia disse se levantando.
– E com quem eu vou dançar? – Perguntou Percy.
– Com o Nico, - respondeu Jason – porque eu estou tirando Piper para dançar agora.
Sorri com esse anuncio e peguei em sua mão, juntos fomos para o salão.
Coloquei minha mão no ombro de Jason e outra apoiada na sua mão esquerda. A música estava bem clássica, e se eu fechasse os olhos por minutos poderia me imaginar realmente no século XIX, se não fosse pelo microfone de avisos no palco. A decoração estava incrível, minha mãe realmente caprichou nela. Não havia nenhum sinal de altar ou de votos que anunciariam o casamento de Percy e Annabeth.
– Piper, tem uma razão pela qual te chamei para essa dança. – Disse Jason me tirando dos devaneios.
– E qual seria? – Meu coração palpitava.
– Sabe, nos conhecemos a tanto tempo e naquele dia em que eu estava mal, você me ajudou tanto...
Por trás de Jason eu podia ver Leo pisando no pé da Annie.
– Tudo bem, eu sempre estarei aqui. – Disse reconfortando-o.
– Não, não é isso, eu queria te dizer que...
Antes que Jason pudesse completar a frase, todas as luzes se apagaram e uma fumaça densa começou a nos cobrir por inteiro. Nós dois corremos para perto do pessoal e ficamos juntos de costas um para o outro, como se fossemos entrar em uma batalha. Busquei por meu celular até lembrar que estava sem.
– Leo, - ouvi Thalia gritar – você podia ter nos avisado!
– Eu não fiz nada! – Explicou ele – Annie, você ta de prova, não?
Annabeth não disse nada. Forcei a visão procurando algum cabelo preto (ela teve que ter ficado com o cabelo preto?), não achei nada.
– Pessoal, cadê a Annabeth? – Perguntei.
Logo em seguida senti uma mão me puxar e cobrir minha boca, logo eu estava dentro de uma van preta. Esperneei, mas não dá para fazer muita coisa com uma gaiola de dois quilos presa na cintura. Senti a venda cobrir meus olhos. Fui jogada lá dentro e finalmente tirei a venda, que tipo de bandido não amarra as mãos da vítima? Foi ai que vi uma menina de cabelos pretos e pele clara esparramada no banco.
– Annabeth! – Corri para ajudá-la.
– Pipes? – Disse ela meio tonta. – O que aconteceu?
– Não sei, Annie.
Eu estava completamente assustada, ajudei ela a se levantar quando a porta se abriu e mais uma menina foi jogada pra dentro do carro. A van começou a andar.
– Calypso? – Gritei.
– Eu vou matar esses gorilas! – Disse ela tentando abrir a porta.
– Calma Caly, porque te pegaram também? – Perguntou Annabeth.
– Eu é que sei? – Gritava ela mexendo as mãos. – Só pude através dos gritos das pessoas um cara falando: “Se a senhorita Chase não vier conosco teremos que leva-la a força”. Eles nem acreditaram quando eu disse que meu sobrenome era Fanning!
– Então eles me querem... – Annabeth falava com si mesma.
– Calma, Annie. Faz tudo parte do plano, lembra? – Disse esperando que ela falasse sim.
– Não Pipes, não faz! Eu estava ensinando Leo a dançar quando tudo aconteceu.
– Ai meus céus! Então realmente fomos sequestradas?
– Foram sim. – Ouvi uma voz grossa falar através da parede que separava o motorista de nós três. – E como estamos quase chegando ao destino, me desculpem por isso garotas.
Uma fumaça densa começou a percorrer pelo nosso canto apertei firme a mão das duas, até que tudo ficou preto.
Não quer ver anúncios?
Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!
Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!Notas finais do capítulo
Comentem o q acham q vai aconteceeeeeeer, beijaooo