Ilusão escrita por Mellconde


Capítulo 4
Capítulo 3




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uma garota estava me fazendo feliz em menos de duas semanas ? Isso era possível ? Aquele sorriso magico, não era de livros, de musica ou de filmes, era dela. Faz quase duas semanas que a vejo todos os dias, mas mal havia reparado que não sabia seu nome, sua idade ou onde morava. Será que isso era realmente importante quando se ama ?

Eu não acredito que acabei de dizer que eu estou apaixonado. Ou pior, amando. Alguém que conheço a pouco tempo. Ela me deixa nas nuvens. Isso é comum ? Acho que deveria ir ao médico, e rápido. Ela conseguia alterar minha respiração e meu sono. Conseguia me deixar quente enquanto estava frio e feliz enquanto triste.

Ah como eu amo aquele sorriso, e quando ela me abraça. Estou me sentindo incrivelmente gay, mas por ela eu faria qualquer coisa. Buscaria estrelas e lhe entregaria uma parte do arco-ires.

Mas o que fica martelando na minha cabeça é o que ela sente por mim. Nós nunca conversamos sobre isso, e eu ainda não disse o que eu estou sentindo por ela. Estou com medo, e se ela não me quiser ? Eu não acredito que isso está acontecendo comigo, era para eu ter certeza que ela me quer, como tive em todas ao outras vezes com as outras garotas. Mas o fato dela ser diferente de todas era o que eu mais gostava e o que mais me deixava com dor de cabeça. Ela pode gostar de rosa, afinal ela é uma garota, mas será que ela gosta de recebe-las ? Será que ela não tem alergia ? AAAAAAAAAH! ESTOU FICANDO MALUCO. É muito a se pensar e pouco a fazer.

Mas eu já estava certo de uma coisa, ela seria minha.

No dia seguinte eu foi a praia depois do almoço, a esperei até o sol se por, mas ela não apareceu. Talvez eu devesse retirar a ultima frase do dia anterior, a que dizia que ela seria minha. Então eu me levantei da areia gelada e em passos pesados fui até o carro e dirigi até a cidade vizinha, o único lugar onde teria um bar decente que vendesse bebida decente.

Entrei em uma bar onde uma grande placa em neon dizia: “open”. Me sentei em um dos bancos do balção e pedi a primeira coisa que me veio a cabeça, cerveja. Eu era menor de 18 por um ano, mas não creio que o magrelo atrás do balcão viria tirar satisfação com alguém com o dobro do tamanho dele.

Bebi a primeira garrafa, mas ainda sim era fraco demais, pedi algo mais forte e o homem me deu um pequeno copo. A bebida desceu queimando minha garganta a meus olhos se encheram de lágrimas. Coloquei o copo com força na mesa e pedi mais um. O homem encheu o pequeno copo e de novo a sensação voltou a minha garganta.

Eu me vi ali, em meio de homens bêbados e perguntei a mim mesmo se era isso o que eu queria. Todos eles eram mais velhos que eu e podiam pagar pelo o que bebiam. Era apenas uma garota, apenas a garota que eu sempre quis, mas agora eu poderia perde-la de vez. Estava começando errado, estava desistindo.

Então, no final do meu momento sóbrio eu a vi pela janela grande de vidro, do outro lado da rua. Ela não estava sorrindo, estava séria, me olhando fixamente. Ela não andou até mim ou acenou, apenas se virou e continuou andando. Eu cambaleei até a porta e tentei correr até o outro lado da rua. Mas não estava mais lá, nem no final da rua, nem na rua mais próxima, nem na outra, nem na outra. Ela não estava em lugar algum. Havia me deixado sozinho de novo. Mas por que eu estava que preocupando com isso ? Ela era apenas mais uma garota.

Passaram três dias depois do nosso ultimo quase encontro, faziam três dias que não ouvia nem sua voz, três dias que não sentia seu cheiro, três dias que meu coração se torturava na minha tentativa de se mostrar forte, mas a verdade era que ser forte era a minha maior fraqueza. Não digo de músculos, mas sempre fui sentimental demais. E a saudade dela crescia, era como dar ar quente ao balão. Quanto mais tempo eu tinha, mais a saudade crescia.

Cansado, me joguei na cama depois de um banho, e de novo eu estava pensando nela. Rolei de um lado para o outro na tentativa de encontrar uma posição que me fizesse esquece-la, mas era só para enganar a mim mesmo. Eu sabia que não iria conseguir dormir se não a visse novamente.

Revoltado vesti uma roupa qualquer, o meu casaco e sai de casa tentando não fazer barulho para não acordar Esme. Entrei no carro e dirigi o mais rápido que pude até a praia. Sai do carro correndo e lá estava ela.

Encolhida, abraçada nas próprias pernas ela olhava fixamente para a areia, eu via seu corpo estremecer a cada vez que o vento frio tocava sua pele. Corri até ela e parei logo atrás. Ela olhou e sorriu. Seu rosto estava molhado, a dor invadiu o meu peito. Eu me ajoelhei e a abracei forte.

- eu sabia que você viria.


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